Um Estranho Impar Poesia

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⁠É verdade que tenho colocado
romance em tudo o tempo todo,
porque não quero perder a chance
que me leve a nos encontrar.

Viajando na mente por vários
lugares com você sem que saiba
que ando colocando entre nós
liberdade até onde ainda não me caiba.

Não quero pecar por afobação,
ando a cada dia mais poeta por premeditação por querer o seu coração.

Quando a vez da minha embarcação
se aproximar em Gran Roque
ali o amor como ave pousará na sua mão.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Feito Cayo Francisquí
com corais visíveis no meio
do azul infinito do mar
e das correntes a me levar.

É assim que leio o olhar
e cada teu pausar
quando o coração parece
diante das se tranquilizar.

Nas veias tens as correntes
ideais das Pequenas Antilhas
que perfeitas para navegar.

Não vejo outra rota a ousar,
quero além do azul do mar,
e muito mais do que estrelas contar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Na tranquilidade de Cayo Nordisquí
vou aproximando a embarcação
e abandonando o peso das bagagens
mentais pelo Mar do Caribe.

Deixo que o azul do mar
de mim se encarregar e a brisa
refrescar enquanto busco
um lugar para mergulhar.

Deixar que a paz bonita
me tome por dentro
e permaneça neste tempo.

Porque não desejo de jeito
nenhum outra rota que não
me leve ao encontro perfeito.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Deixar que o seu olhar
vir como rede a me arrastar
na beira de Cayo Pirata
nas Pequenas Antilhas.

Sob as oito estrelas
o seu coração arrebatar
no vai e vem do mar:
o tempo de amor vai chegar.

Quando o Sol surgir
e a Lua brilhar
tudo há de nos unir.

Viver com grandeza
sem se importar
com satisfação a dar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠*FÉRIAS*

Todos precisamos de férias,
Descanso dos afazeres,
Relaxamento de corpo e mente,
Espaço para lazeres.

Mas, o que é descansar?
Ficar sentindo o vento passar?
Parado, caminhando ou viajando,
Em outra atividade que gostar.

Do que necessitamos?
Precisamos programar,
Porque o tempo todo parado,
Também, enfadonho será.

E se for um belo roteiro,
Longe do que o coração,
Almeja o tempo todo,
Irá dissipar a emoção.

Será que não faz sentido,
Inverter a situação,
Transformar o lazer em trabalho
Promover realização?

Segunda não precisa ser chato.
Esperar sexta para ter alegria?
É isso que traz tanto cansaço,
Pouco tempo superando atimia.

Deus tem um plano maior,
Essa é uma esperança,
De tornar as nossas férias,
Constantes, nessa mudança.

O que você gosta de fazer?
O que proporciona prazer?
Deve ser sua rotina,
Para fazer a vida valer.

Se esse tempo não despontou,
Não fique aí parado,
Aprimore os seus dons,
Caminhe, dê novos passos.

Porque um tempo oportuno,
Ninguém sabe quando chega,
Importante estar preparado,
Pronto para essa deixa.

Encheste o meu coração de alegria, alegria maior do que a daqueles que têm fartura de trigo e de vinho.
Salmos 4:7

Inserida por EternizandoTesouros

⁠Às vezes, distraída, chegam-me estrofes tão nítidas e familiares, como se fossem memórias de tempos esquecidos.
No entanto, quando tento aprisioná-las no papel, elas se desvanecem da mesma forma que surgem.
Creio que não passam de breves lampejos de linhas de outras vidas.

Inserida por mileneabreu

Queria ser só Teu...

Queria ser o teu sono
Para contigo adormecer,
Ser a tua alegria que lhe
faz sorrir todo dia
A cada amanhecer

Queria ser todo teu
Sem medo de te perder,
Ser o ar que tu respiras
Teu verso em poesia
Tua razão de viver

Queria ser teu universo
Tua própria constelação,
Aquela estrela cadente
Que após o sol poente
Ilumina-te na escuridão

Ah ! Como eu queria
Ser teu jardim em flores,
Ser regado com carinho
Ser o teu próprio caminho
Que lhe conduz ao amor.

Inserida por JoaquimGomesAlves

Cinzas

Talvez o verão tenha queimado os frutos.
As mãos, ressequidas, apenas recolhem restos.
Cinzas, ardores, ossos.
Havia ali,
não se lembra?,
um rumor de desejo,
que nenhuma palavra salva:
todo poema é póstumo.
Botei a boca no mundo,
não gostei do sabor. Ostras e versos
se retraem
ao toque ácido das coisas tardias.
Na sombra insone do meu quarto,
o vazio vigia, na espreita do que não há:
por aqui passaram
pássaros que não pousaram. Fui traído
por ciganas, arlequins e cataclismos.
De nada me valeram
guardar relâmpagos no bolso,
agarrar nas águas as garrafas náufragas.

Linha de fundo

Assim meio jogado pra escanteio,
volto ao poema, este local do crime.
Mas é o desprezo que melhor exprime
aquilo que no verso eu trapaceio.
Se pouco do que digo me redime,
cópia pirata de um desejo alheio,
revelo a ti, leitor, o que eu anseio:
um abutre no cadáver do sublime.
A matéria é talvez muito indigesta,
me obriga a convocar um mutirão
para acabar com toda aquela festa
de pétalas e plumas de plantão.
Memória derrubada pelo vento,
quero aqui só lembrar o esquecimento.

Não me dê o fim!…

Quero entrelaçar o infinito
No nosso gozo
Quente, fulgurante de chamas.
Quero me ausentar,
Presentear
Quando preciso.

...

Não bata os olhos,
E não me dê o fim!...

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Eu

Este mundo imenso, imenso mundo
De pessoas que nem sempre se acham
Grandiosas, este mundo de pessoas
Que acreditam em valores e perdem valores.
Mundo de vapores
E construções, pessoas em estilhaços
Amordaçado – coração.
Mundo imenso, imenso mundo de seres viventes,
Mundo movente, comove por dentro
Pega fogo e se consome – exausto.
Tudo vai perdendo o sentido,
Como esse mundo vasto e imenso,
Querendo ser explorado, explorado
Mundo incompreensível.
E assim vai seguindo o mundo,
Este mundo imenso, de máquinas
Movidas a vapor, combustível
Ou sangue – mundo imenso,
De pessoas que fingem amar,
De pessoas que se acham donas da outra,
Que firmam a posse, e se acham
Únicas, e perde a que se mostrar
Inferior.
Este mundo imenso, imenso mundo.

Os estudantes

Estudantes mendigando carona ao motorista de ônibus,
Que fechou a porta na sua cara, e na face do futuro da nação,
Este sequer recebe direito o salário de quem o subordina,
Diz muitos que dar carona a estudantes não é obrigação…
Nas mãos de alguns estudantes, caderno, livros,
Em seus bolsos (parecia vazio)
Quem sabe faltava lápis, caneta, borracha…
Eles tinham uma grande arma, o estudo
Os livros, a ideia, e quem sabe lá na frente
Façam a revolução.

Desvario

O amor vermelho
Tem muitos segredos
E o pássaro preto a voar
Nuvens brancas e azuis
Casas pintadas de luz
Eis a vida não há quem diga
Que beleza flutua meu bem
Algodão voando
Quero aprender a ler
Os segredos do destino
O cão vadio
E não há regras
Pra quem ama
E coração preso
Quer ser solto
Como um pavio
Não pega fogo
Quando assobia
O tempo marcha
Em outras direções.
No baile
Na regra
Um mundo na régua
Conserva
A lei
Quem manda
É feroz
E perde-se a palavra
Quem dizer a verdade
Será expulso do paraíso
E viverá na terra
Pra toda vida.

Para conquistar uma mulher

Para conquistar uma mulher
Tem que ter lábia,
Mas, será que é verdade?
Será que um olho no olho
Não seria capaz de roubar
Um coração?
E o amor a primeira vista?
Será que o amor a primeira vista
Existe? Dizem que para
Conquistar uma mulher
Tem que ter atitude,
Mas, o que é mesmo ter atitude?
E se tudo acontecer sem
Que ao menos perceba?
Nem tudo é como um romance
Ou quem sabe uma novela...
Isso é meio que gozado,
Para conquistar uma mulher,
Tem de fazer-se galã,
E querer todas,
E quem sabe até mesmo
Quebrar a cara, até
Encontrar uma que seja
Quem sabe a razão do viver,
Ou apenas um estar junto,
Quem sabe muito mais
Que isso.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ser romântico,
Os românticos sofrem a solidão.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ter diploma,
Para o amor não tem diploma,
Principalmente quando
Estar-se preso
Um ao outro.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017.

O abraço

Lindo o abraço,
O abraço que acolhe,
O abraço que desaba
O ser em lágrimas,
O abraço que conforta.
Lindo o abraço que marca,
O abraço que surge,
O abraço de quem
Ama,
O abraço é lindo.
Nem todos resistem
Ao abraço.
O abraço, o abraço
É poderoso,
O abraço tem poder,
O abraço cura o ser.
O abraço que nem sempre
Recebemos.
O abraço, que nem sempre
Se é dado.
Ah, o abraço, o abraço
De mãe, o abraço de pai,
Da avó, do avô, tio,
Tia, amigo, amiga, colega, irmão
Irmã...
O abraço
É benéfico.
O abraço é raro,
O abraço passa energia,
O abraço torna o ser
Mais humano.

Gozação poética

Papel em branco
Dia poético,
Palavra medida.
Eu que não penso
Que figura de linguagem
Eu vou usar.
Deixe o poema
Fluir de forma natural,
Que cada um interprete
Da sua forma.
- Eu não tenho nada a explicar!
Se eu escrever sobre paz - você ver amor
Se eu escrever sobre paixão - você ver guerra
Se eu escrever sobre natureza - você ver sexo
Se eu escrever sobre vida - você ver...
Você ver no poema o que você
Quiser, o poema agora é seu!

O eu lírico? Não sou eu!
Faz de conta
Que as palavras veio de longe...

- Eu psicografei!

Atualidade

Quanto mais vazia e calma
Mais ainda é perigosa a rua
(Isola). A bola na rua
Simplesmente a bola
E o asfalto,
Não há quem queira mostrar talento,
Não há quem queira jogar uma pelada,
Não há quem queira fazer pontinho,
Não há quem queira...
Casas com grade
(Já não basta ter medo da marginalidade,
Tem que ter medo de doença
Invisível), a rua nua e doentia,
A rua nua prostituída
Por quem se aproveita
Da situação alheia
Para lucrar (sistema podre -
Capitalista).
No mundo de crença,
Onde muitos colocam
Deus acima de tudo
E carrega por dentro
A falta de amor.
Há ser que mata mais
Que droga,
Quantas pessoas são assassinadas
Por ano?
Calamidade pública,
Pobre nem sempre tem vez.
Humano nem sempre é humano
(Desigualdade social
É desumano).
A sociedade feito a rua
A cada dia, nua, vazia, calma,
Doentia...

Sina

A tragédia
Também produz dinheiro,
Para quem vive
Na ambição
De tirar proveito.
Tem gente lucrando
Da nossa miséria,
Tem gente lucrando
Da nossa desgraça,
Tem gente
Manipulando a nossa
Mente,
Tem gente zombando
Da gente.
Tem gente
De tudo que é jeito
Que tira proveito
Da nossa crença,
Que brinca
Com a nossa humildade,
Que brinca com a nossa
Lealdade:
– Sociedade vivendo na cegueira.
Tem gente que nos separa
Em oposição.
E sustentamos
Todo o sistema,
Para o nosso próprio
Desespero,
E ser visto
Como bom
Cidadão.

Ao sentir o teu corpo perto do meu
Senti calor.
Olhei nos teus olhos,
Ganhei confiança
Nessa noite serena me apaixonei…
(...)

Parte da poesia "Onde está o teu corpo".

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

(...)
Vamos aproveitar
Segundos, minutos, horas, o fim, o começo
Como estivéssemos vivenciando
O gosto do último gole
De um prazeroso vinho
E passar a sentir a essência
De um grande perfume
Vou mostrá-lo que a vida
Não precisa ser tão longa
Para ser tão amada
Mas ela é curta
Para se ter
Inimigos.

Da poesia "Coração de pedra", essa poesia se encontra no livro "Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, 2017, Clube de Autores/Amazon, pág. 09, ISBN: 9781549710971.