Um Estranho Impar Poesia
"Advérbio"
De todas as palavras da linha portuguesa eu gosto mais dos advérbios, por que embora seja invariável, ele é o único capaz de modificar a si mesmo.
Palavras ao vento, ou somente em movimento
Tudo tão lento e rápido ao mesmo tempo
Que quase perco meu alento
no colo do Tempo
Maiúscula ou minúscula
estamos todos na mesma busca;
complicada e confusa, ou não,
só obtusa
Mas não perco a esperança
quem acredita sempre alcança
Se eu consegui rimar,
você até o Senhor pode tocar
escutar
abraçar
alcançar
amar!
Por que a pressa?
Gritou lá de longe
Virou, subiu
De novo desapareceu
Por que a pressa?
Gritava aquele que seu amor perdeu.
Perfume de uma amor.
Erros nem sempre são para sempre
Lamentações as vezes nos fazem recordar
Esquecer também faz parte de viver...
Lembranças as vezes me trazem você
Mesmo doendo prefiro, a lhe esquecer
Odeio pensar que tudo pode ter um fim...
Costumo deixar o tempo passar
Longe de você sobram me as rosa
Um agridoce perfume perdido no ar...
Se soubesse que sonhos são eternos
Jamais acordaria ou dormiria para sempre
Unidos pela surpresa de nossas alegrias...
Daria minha vida por mais um segundo
Se este instante fosse ao teu lado
E quem sabe assim sentir o teu perfume...
Não desejo nada alem de uma felicidade
desde que a felicidade seja você
Mesmo que o amor contrarie a razão...
Aprendi com o tempo a implorar, uma chance
Surpresas também podem nos encantar
Perdidos ou em busca de um lugar seguro.
O vento soprou teu perfume pra mim.
Fez comigo o contrario do amar
Transformou lembranças em dor...
Esquecer tornou-se difícil pra mim...
Não se assuste! Pegue uma cadeira. Ela vai estar vazia. Estou mudando alguns quadros da minha memória.
Quando seus olhos não brilharem mais. É porque você já não vê com o brilho dos meus.
E quando seu coração não amar mais é porque eu já não moro mais ai dentro.
Vai sobrar um espaço bem grande no seu coração, em que mesmo, eu não estando ai mais. Não poderá ser preenchido... O coração tem que ser preenchido com a alma certa.
MULHER
Mulher, levanta a cabeça
Mostre ao mundo que é forte
Que pode sozinha vencer
Que antes de ser parceira
Tem o seu próprio ser
Deixe de ser submissa
Arranque estas amarras
Que ainda prende você
Vá em busca da liberdade
Lute com força e coragem
Para vencer com dignidade
Mostrando sua altivez
É soberana e poderosa
Como qualquer outro ser
E sabe melhor que os outros
Amar, perdoar e compreender
Empunhe sua espada de guerra
Em busca dos seus ideais
Em frente de fronte erguida
Os caminhos que vai percorrer
Faça de você, uma vitoriosa
Não espere acontecer.
De seu vinho,
você quer
que me entorpeça?
Basta que me peça,
que dou goles
sem pressa.
Mas te peço em troca;
Cada gole,
uma peça.
Onde está o amor?
Em latas comerciais?
Onde ficou aquela velha vontade,
aquele brilho pupilar?
Onde está o amor?
Será que se perdeu nas teorias falsas?
Ou em um clichê barato digitado na tela?
De ti não encontrei mais nada!
Uma brisa corre rasteira, sussurrante
Medi o alcance do horizonte, para além do amor
Há sempre o vazio numa esperança imensa
Estou cansada dos passos nesta estrada...,
E sempre esboçar o perdão...e nunca encontrar nada!
O que seria do azul do Oceano sem o ósculo do céu
e ainda vereis todos os dias o por do sol...
Ele não morre se põe...
Chamejam devaneios neste caminhar
em mim os anseios, guias, quereres ocultados
Na vida, surgiram ao meu embate, mágoas e louvores...
Sufoquei um grito dentro de mim
E em estrondos abrandei a minha dolente alma
eu fui sincera...despi meus anseios e falei pra ti...
Inquiri ao vento quem sou, por que estou sempre aqui?
Respondeu-me que a calmaria e a doce noite
Eram apenas mais um sonho ...um sonho longo talvez...
Tem sonhos que são feitos para torturar...
procurei por ti dentro de mim...
Já era uma ave sem voo... De ti não encontrei mais nada!
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
SÓ PENSO EM VOCÊ
A QUESTÃO DE TE VIVER
É PORQUE SÓ PENSO EM VOCÊ
NO DORMIR E NO LEVANTAR
EU VOU SEMPRE TE AMAR
MÁS COMO EM TUDO HÁ TRISTEZA
VOCÊ SÓ GOSTA DA VIDA ALEIA,
JÁ PENSEI EM DESISTIR, MAS ACHEI
ISSO ERRADO, ISSO PROVA QUE
ESTOU APAIXONADO
PENSEI EM ATÉ PARAR
MAIS NÃO RESISTO SEU OLHAR
NO SEU SORRISO TEM BELEZA
NÃO AGUENTO ESSA TRISTEZA
TRISTEZA DE SABER, QUE
NUNCA VOU TE TER
A ÚNICA COISA QUE POSSO
FAZER, É PENSAR SÓ EM VOCÊ
O pior da minha vida
Foi conhecer você
Nunca pensei que
Se apaixonaria por você
Quando vejo seu sorriso
Já min dar muito prazer
Só que nunca tive
Coragem de dizer “amo você”
Falo, falo, falo
Pensa que estou brincando
Mais na verdade
Estou é te amando
A beleza dela é tão
Grande quanto a minha
Quero ser teu Rei
E você minha rainha
Desprezão o poeta só
Porque é de amor
Você quer dizer que
Nunca se apaixonou?
Todo mundo se apaixona
Para isso tem um tempo
É por essa fase que
Eu estou vivendo!
Insônia
Os cães sempre latem ás seis da manhã
Freios dos carros e ônibus cantam nas ladeiras
O domingo se levantando de sábado
E eu indo pra cama, ainda acordado.
Nas mãos tenho o tremor
Nas unhas o cimento da parede
Na cabeça tenho sede
Na cabeça tenho dor
Tenho arte e lirismo
Tenho o que for.
Leia para saber ou ser o saber
Ler para ouvir o que o retalho aqui dentro diz
Aprender sobre as coisas , a primeira vista inúteis
E só assim compreender
meus versos de giz, e os chavões parvos, quase invisíveis.
Minha mente e meu coração são antagônicos
é discernível quando se sofre por amor
ele tem o efeito que ecoa em sanatórios
te deixa doente num escuro corredor.
"AINDA HÁ EM MIM"
Mesmo não te conhecendo na circunstância certa.
Você esquenta a vida.
É tanto desejo querendo fazer alguém feliz.
Tanta paixão querendo preencher os dias.
Era a razão de um sorriso ensolarado.
Era a esperança desesperada para que meu dias fossem sempre primaveras.
Tentei amar você brincando de uma forma séria.
Mas só depois que você foi embora.
Que descobri que você estava com o coração ferido.
Eu fui de encontro ao desencontro.
O peso da despedida ainda esta sobre meus ombros...
Você continua indo embora pra sempre.
E esse pra sempre é tão sem fim...
As serras sentem sede do correr de suas águas
Sentem vontade do refrescar dos seus ventos
Sentem saudades de suas cordilheiras
Sentem falta da mágica de seus fenômenos naturais
Do quase silêncio de seus sons naturais
Sentem fome de vida
Não deixemos a natureza com a vida seca
Seca de verde e todas as suas cores e encantos
Seca de natureza
De seu próprio chão e terra
De amor
De paz
E sobretudo de esperança
(...) Você esta em todos os meus parênteses.
Estou em todos os seus parágrafos.
Sempre estive em seus colchetes.
Me prendi na suas "aspas"
Estava tentando encontrar as respostas, mas você se foi com as perguntas...
Meu desejo maior era ter suas chaves.
Continuo vivendo as reticências...
Carregando seu sorriso pra sempre no meu coração...
Escrevo para sair e ficar
Não faço muito
Desejo apenas libertar
Nutrir... Iluminar
Sou barquinho frágil
Que navega em correntezas
Às vezes embalado
Outras, arremessado contras as rochas
Mas sigo... Não paro
Não crio convicções
Gosto de sentir e tocar
Libertar
Derrubar preceitos
Derrubar regras
Estimular o pensar...
Gosto de ir e ficar
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