Um Estranho Impar Poesia
Cheiram
a terra molhada
as manhãs bordadas
com dedos de chuva
e a sangue
de papoilas
degoladas pelo vento
Foi à meia-noite
Daquele dia,
Larguei os cigarros
Cobri-me de sorrisos
Resplandeci a volta.
Ao mergulho de cabeça
De ponta
No escuro
No curto segundo
Do cintilar dos olhares.
À meia-volta
Eu estive lá
Despido pela brisa.
Mostrei-me
Esperei-te
No escuro.
À meia-noite
Numa meia-volta
Que estive
E ceguei-me.
Acreditei
No nada,
Que leva tua feição,
Para fazer-me bem.
Mas nada
Só faz bem
Ao não procurar por alguém.
Ceguei-me
.
Poe a sua melhor roupa
Aquela camisa verde água que combina tanto com os seus olhos...
me encontre no jardim
Estarei com aquele vestido floral azul que você acha engraçado
O vento dança com os meus poucos fios de cabelo
Os pássaros saboreiam Pitanga com tanta ternura
Meu amor,
Irei te esperar
Com todos os beijos que jamais lhe entreguei.
Já é quase noite
O sol está se pondo
Na vitrola toca Tom Jobim
"Só tinha de ser com você".
DIFAMAÇÃO
Quem faz
Já tá
No chão
Poema MINDIM estilo criado por Luna Di Primo
construção em 3 versos de ATÉ 2 silabas gramaticais; pode marcar tônica, porém, dentro das 2 sílabas gramaticais. Vogal sozinha pode ser usada livremente, pois não tem valor de sílaba,ou seja, só conta como sílaba quando formar palavras.
No dia que parti
Não estava bem certo se era para nunca mais voltar.
Eu levei comigo os teus sorrisos
Teus abraços
E todo amor que nesse tempo pode me dar.
No dia que parti, queria muito dizer adeus.
Senti um desejo enorme de te avisar
Mas, ao mesmo tempo, eu não queria
Por nenhum instante te ver chorar.
Não sei o que carrego na bagagem.
Lá eu vou abrir e recordar.
Porém, no último momento eu senti medo
Do brilho dos teus olhos não poder olhar.
Agradeço a Deus por todos os dias
Que ao teu lado eu pude estar
E todos os passos que me ensinaste
Com você os quero deixar.
Quando te lembrares de mim
Não entristeça porque parti
Me veja como um ser amadurecido
Que a sua missão precisou concluir.
No momento que parti
Lembranças passaram em minha mente
Eu não queria te fazer sofrer.
Ainda assim, sei que me amarás incondicionalmente.
Continue trilhando a tua jornada
E não tenhas pressa por me reencontrar.
Saiba que para onde eu parti
Eternamente posso te esperar!
Nas festas de São João
Eu passava as noites na porta de casa
Distante da fogueira
Que queimava
Eu fazia cara feia
Desaprovando toda aquela fumaça
Só depois voltava
Para me aquecer perto das brasas
Ciente do tempo perdido
Enganando a mim mesmo
Dizendo que tudo aquilo
Que eu tinha feito
Não seria em vão
Quando você chegava
Fazia tudo para eu perceber
Fazia de conta que não me via
E eu te encarava
Pensava
Naquela rua calma
Que o meu maior erro
Foi você
Mesmo que eu não pudesse esquecer
Não era meu tipo se arrepender
Mas olha que ironia
Eu estava ali
Sentado no meio-fio
Sorrindo
Dos frutos do meio termo
De meio caminho andado
Lembrando do que eu fiz
Pra te ver
Lembrando do que eu não fiz
Pra te ter.
Imagino-me em lugares onde não posso estar
Tenho três dias pra decidir
Se eu tenho que ficar
Ou prosseguir
Tenho dois segredos
Revelados quando sustento teu olhar
Meu coração é um cofre
Mas não quero te guardar
Meu corpo entorpece
E tudo tende a parar
Quando estou no mesmo ambiente
Em que você está.
E na escuridão do quarto
Iludo-me com teu beijo,
Mas você parece não se interessar.
E percebo que a experiência de te amar
Não é tão ruim,
Mas já basta,
Quando estou com você eu me perco
E me perder não é tão bom assim.
Sou folhas secas
Papéis amassados
Vidros quebrados
Sou o choro inconsolado
Sou raio de verão
Livros no lixo
Sou o pó
O irreversível
O Chão frio
Sou vazio
Pois transbordei
E não fui tua enchente.
Cheguei até a pensar que escrevia.
Durou até o dia em que percebi o papel preenchido e a tela inundada.
Era algo mais que palavras.
Eram versos…
com alma…
Eu amo e você gosta;
Eu falo, tu ingnoras;
Eu chamo, mas tu não olhas;
Eu grito...
Eu choro...
Eu canso ...
E vou embora.
Só eu que me sinto sozinho
Só eu que fico a chorar
Só eu que te quero comigo
Mas não posso te esperar
Só eu que faço charminho
Só eu que quero brincar
Só eu que amo sozinho
E prefiro me calar
Só eu, apenas eu!
O vento parou
As ondas calaram
O tempo passou
As lágrimas rolaram
Hoje entendi
O que me falaram
Das coisas da vida
Que me anteciparam
Teu corpo que eu quero
Sem ver teu passado
Hoje só espero
Estar do teu lado.
Motoristas buzinam;
Gritos calados.
Olho meu relógio,
Estou atrasado.
Pego meu "Mobil",
Procuro o contato.
-Amor, sinto muito!
Chegarei atrasado.
Sinto falta do teu cheiro
Do calor do teu abraço
O seu corpo me envolvendo
Do teu olhar meio disfarçado
Com toda essa saudade
Dá meio que uma vontade
De ir correndo até você
Pra tentar me aquecer
Sei que agora isso não posso
Isso não posso fazer
Agora somente espero
Amanhã pra ver você.
Quando digo que te amo,
[ Tu me amas?
Quando forte te abraço
[ Tu me abraças?
Quando tua boca eu beijo
[ Tu me beijas?
Quando nos teus olhos olho
[ Tu me olhas?
Pois quando eu te olho
[ Só nos teus olhos olho
E quando te beijo
[ Apenas tua boca beijo
Quando te abraço
[ Só nos teus braços quero estar
E claro, que quando o amo
[ Te abraço, te beijo, te olho
Te vivo e te amo
Chuvas de Verão
Os pássaros não se assustam
Os pastos se alegram pelo chão
Formigas ganham asas
Outras navegam em folhas então
O aroma no ar exala
O café está pronto no fogão
Vou relembrando minha infância e
da janela minhas chuvas de Verão.
PHRASIS
Tinta a recantar
Aroma a compor versos.
Verbos expressos a expressar
Como fosse o teste unitário do poeta,
seu inquietante aprovar.
Tangenciando sentimentos dispersos
Na oficiosa trama de melodramar .
Criando verbos, suprimindo vírgulas,
Desapontando a cada ponto de parar.
Onde o poeta extenua suas forças.
Como se lhe exaurisse a inspiração.
Perdesse o olfato, desaprendesse a conjugar.
Imo termo onde o leitor reside
entre o enleio de ler e o de parar.
“” De quebra te dou carinho
Todo meu tempo e meu amor
E sempre que puder te levarei rosas
Vermelhas como o fogo de minha paixão
Impetuosas como a fúria de meu desejo
Desejáveis como a ternura do teu beijo
Assim, coberto de felicidade todo dia
Cantarei a ti o amor que de meu peito irradia
Numa bela e saudosa canção
Perfeito como brumas de Chandon
Ou doce como lembrança de Amsterdã.
Assim serei teu
Por completo e perdido......””
Sexta-feira
Ultimo dia
Despedida
Ultimo beijo
Seu cheiro
E agora?
Onde te encontrar ?
Quando o terei em meus braços novamente?
Amanhã
Nunca
Quem sabe?
Quem vai me beijar com tanta intensidade?
Quem vai me olhar com tanta profundidade?
Quem?
Saudade
Coração apertado
Lembranças, apenas lembranças
Foi bom
Foi bom enquanto durou
Obrigada
Por tudo ou por nada
"Agora você está presa"
Estou, e sempre estarei
Presa a você, e com você.
NOITE TENSA
Tensa noite, noite...
Uma sombra no canto
... Gritos, pedido de socorro
ladrar de cachorro
estampido, estouro
ao escuro, desencanto.
Cidade ao pé do morro
um desencanto desacato
eu cato um olhar arregalado
catando medo, olho
Pela brecha, do segredo
eco se calam.
Ao golpe da foice tenso...
Boca se fecha sem fresta
e ao secreto, tudo se dissipa,
com o primeiro tempo.
Antônio Montes
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