Um Estranho Impar Poesia
No silêncio noturno
ilhéu da Ilha do Quiriri
Um olhar profundo
como um banho de estelar
Dos pés a cabeça
a amorosa emergência
A fortuna poética
que não dá para disfarçar
Navegando neste estuário
tenho consagrado
a rota do atemporal rimário
Daquilo que ninguém conta
sobre a Baía do Babitonga
reafirmo o pacto com o tempo.
Até o curso de um rio
fora de um momento
não se desafia em nome
do seu próprio tempo.
O Rio da Madre ensina
até quando se lida
com gente é preciso
sempre aguardar na vida.
Desafiar não é a opção
em nome do imprevisível
que podermos contar.
Amar e o tempo respeitar
seja para ir de barco, canoa
ou até mesmo para nadar.
Um dia já foi pouso
tropeiro o Rio Negro
do meu Sul Brasileiro
nascido na Serra do Mar.
Filho deste Hemisfério
Sul qua se divide entre
duas terras desta Pátria
e que une a existência.
Tudo ainda é muito pouco
perto do que o Rio dá
sem pedir nada em troca.
Neste Rio Negro também
está escrito a nossa história,
e cabe a nós gratidão e a glória.
Agradecer ao Bom Deus
por ter um rio de mel,
Que faz da nossa terra
um pedaço do céu.
Abraçar o belo Rio Irani
como ele urge e merece,
Cuidar dele e de qualquer
rio também é prece.
Amorosas águas que têm
dias de abelhas furiosas,
e a gente sempre agradece.
Com o coração considero
e exalto o abençoado Irani
que dá muito mais do que mereci.
De tudo existe
um pouco por
todo o lugar,
Gente que semeia
tempestade,
E depois finge recolher,
Por achar que ninguém
é capaz de perceber
que se esconder
atrás de uma nuvem
para tentar convencer.
Te mimar com algo
feito com carinho
e Castanha-do-Brasil
de um jeito que
você jamais sentiu,
e ninguém nunca viu.
(Não será preciso
nem mesmo
de amor falar contigo).
De qualquer ângulo
como quem vê um
filme em dia de estreia,
Olhar nos seus olhos
como quem aprecia
um pé de Bacuri carregado,
Com o coração gamado
e beijos apaixonados
por todos os nossos lados.
(É sobre erotismo aberto
sem dizer uma só palavra)
Não existe um só
dia que não recorde
dos lábios de Abiu
que me fazem escrever
Versos Intimistas
do anoitecer ao amanhecer.
(É sobre o nosso silente querer).
24/10
Se tens um teto
mesmo de estrelas
para chamar de teu,
e uma porção
de terra segura,
não permita que nada
tome a paz tua.
...
24/ 11
Nenhum poderoso
merece que você
perca a sua paz por ele,
Cuide do seu próprio
caminho para que
cumpras o teu destino.
...
24/12
Prefira a sua paz
acima de qualquer
onda ou ideologia.
Pintei os meus lábios
com uma Pitanga Vermelha
para colar nos teus lábios,
Assim se fez um poema
sem nenhuma palavra
e com toda a entrega,
Ali no meio do mato,
com alegria poética
do peito que te venera.
Aquela Iara com
um beijo de sabor
de Pitanga do Mato
capaz de te levar
e deixar-te enredado,
Num piscar de olhos
ficará apaixonado.
(Considere-se avisado).
A memória de um tempo
como Caipora correndo
veloz e solto na mata
para desatar os nós
que os homens criaram,
Dá para perceber
que não não aprenderam
nada e que não desejam
nem nunca aprender,
Para não perder o brio
sigo o curso indicado pelo rio.
Um canto ancestral
com afeto nos oferto
o profundo atemporal,
a paz sem igual tal
qual a paz de Caral;
A chama sagrada
ainda viva no coração
de uma cidade inteira
sem muros entre nós.
Como um Beija-flor
busca pelo néctar
da Esponja-de-ouro,
Não dá para evitar
aquilo que também
está desejando
que vai muito além
da amizade que já existe;
É sobre mostrar o quê
rosto não consegue
mais seguir disfarçando:
o amor que vem todos
os dias se revelando,
e em nós se emaranhando.
Para nós construí um abrigo
onde só a troca de sossegos
em setembro nos é permitido.
Onde os hemisférios ajustados
nos encontram e as ruélias
coloridas se espalham poéticas.
O melhor não tenho dúvida
que irá nos encontrar
com o seu ritmo encantar.
Porque ser feliz é um capítulo
que por nós é imperativo ser
escrito sem tormentas ou ruídos.
Ninguém precisa
vencer uma discussão,
Um exemplo é deixar
os frutos da Indaiuçu
como são e do jeito que estão
para não se envenenar,
Diferente da discussão,
dela ainda podemos
aproveitar a beleza
da sombra e da delicada floração,
E quando chegar o momento
obter madeira para a construção
o quê permitir a sua imaginação;
e deixar os frutos para
as aves obterem alimentação.
Se tempo a tempo for dado,
mesmo que nada for usado,
diferente de uma discussão,
com uma Indaiuçu ainda
se pode aprender alguma lição.
(Palavra à mente e ao coração).
Profugato
Uma história esquecida,
que para alguns sequer
foi contada com exatidão,
Um história de fazer
doer qualquer bom coração.
Não tenho dúvida que
eles eram diversos,
e a maioria era italiana:
todos com o signo
de uma fé oceânica
que cruzaram o Atlântico
trazendo o signo da bravura
para este brasileiro destino.
Muitos foram deportados
à força para outros países,
outros viveram como estrangeiros
dentro do seu próprio país,
Alguns conseguiram fugir
do Império Austro-Húngaro
que insistia com o quê existia
de pior a lealdade à Itália perseguir.
(Este poema dedico em especial aos trentinos que imigraram para o nosso país e como parte da memória pelos "150 anos da Imigração Italiana
no Brasil).
As veias de um farroupilha
carregam a herança indígena
Guarani, Kaingang ou Charrua,
É por isso que ninguém domina
e a liberdade sempre o fascina.
Levando a fé, a música, a poesia
e o gigante orgulho do ancestral
sabor pelas estradas da vida,
O farroupilha não teme a ventania
porque tem a sua alma instruída,
e pode vir a passar o quê for:
porque nada nem ninguém diminui
pelo Rio Grande do Sul o seu amor.
Tempo do dia mais próximo
de ser por nós comparado
com um espinho incômodo
está aí na pele impactado.
Antes parecesse de fato
com Jurubeba encontrada
em plena Mata Atlântica,
para fazer a gente curada.
Alguns não têm buscado ter
compreensão aprofundada
e mantém a opinião formada,
trago o olhar de plateia calada.
Navegando para bem longe
onde observar crescente pede
em nome do que é imperativo
sobre brasas e cacos de vidro.
Relembro sob o Uxizeiro
que não é época de Uxi,
Embalo um doce segredo
que me apaixonei desde
o primeiro dia que te vi,
E que não há um só dia
que não pense numa
maneira chegar até a ti,
Obediente aos apelos
próprios do nosso tempo
aguardo o melhor momento.
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