Um Estranho Impar Poesia
Um beija flor, sabe,não pode
separar-se de sua flor,
é um pássaro que se prendeu
pelo resto da vida a êsse amor
Tal qual uma flor embotão,
transmuto-me em primavera,
se houver beija flor que me agrade,
fico de um beijo, à espera!
As vezes acho que tenho um dom
Esse dom que me faz mentir
Eu minto que é um dom
Fingindo não ser maldição
Ah, mas aceito como verdade
E não como negação
Faço tudo que me ama me odiar
E tudo o que eu amo se acabar...
"MILAGRE
Segunda-feira...
Na cara amassada deste dia,
de repente,
a ponta da asa
de um anjo:
Um milagre, quem diria!"
Quem eu sou?
Não sou nada
Apenas mais um número
No meio de tanta gente
Apesar de ser grande
Sou pequeno
perante o mundo
Corro contra o vento
Navego em alto mar
Grito e não tem
ninguém para escutar
Quando penso
que não sou nada
Percebo que posso ser muito
E colorir o mundo
Nesta minha jornada
Amor perfeito...
Não tem jeito.
Cada um ama,
do seu jeito.
E a arte de amar...
É aceitar,
cada um,
do seu jeito.
Eu sou assim...
(Nilo Ribeiro)
De tão comum,
chego a ser complicado,
às vezes sou um,
outras, multifacetado
viver é divino,
viver é tentar,
viver é destino,
viver é amar
eu sou assim,
vivo poeta,
se a porta se fecha para mim,
encontro uma janela aberta
não vivo em poesia,
ela que me conduz,
dá ânimo para meu dia,
preenche minha alma de luz
eu sou assim,
assim me apresentei,
a ideia foi ruim,
a distância aceitei
viver é belo,
viver é primor,
sou sim sincero,
sou sim amor...
Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas,
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas.
Se ela deixasse, extático e suspenso
Tomar-lhe as mãos mignonnes e aquecê-las,
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o lume das estrelas.
Se aquela que amo mais que a luz do dia,
Me aniquilasse os males taciturnos,
O brilho dos meus olhos venceria
O clarão dos relâmpagos noturnos.
Se ela quisesse amar, no azul do espaço,
Casando as suas penas com as minhas,
Eu desfaria o Sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.
Se a Laura dos meus loucos desvarios
Fosse menos soberba e menos fria,
Eu pararia o curso aos grandes rios
E a terra sob os pés abalaria.
Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a Lua afogaria nos meus braços.
Se ela ouvisse os meus cantos moribundos
E os lamentos das cítaras estranhas,
Eu ergueria os vales mais profundos
E abateria as sólidas montanhas.
E se aquela visão da fantasia
Me estreitasse ao peito alvo como arminho,
Eu nunca, nunca mais me sentaria
As mesas espelhentas do Martinho.
Cada vez mais
Cada vez mais a languidez que seu sorriso me tras
No olhar de uma dama a culpa um rapais
Cada vez mais deleitarme em seus lábios
a ternura da tua pele regozejo lamuirias perdidas em outrora.
Cada vez mais sem depreender por que te quero cada vez mais.
Não se trata de um poema, verso ou canção;
Falo apenas o que sinto, o que vem do coração...
É um sentimento intenso muito forte meio louco... posso te garantir que inexplicável e te garanto não é pouco...
As vezes tenho vergonha em falar, pois é muito complicado
Se não falo você não sabe, se eu falo pode achar quem sabe que apenas falo por falar...
Só quero que você saiba o que acho de verdade...
Acho você simplesmente linda e faço questão de te dizer...
Se for possível todo dia pra você não esquecer...
Meu Amor o quanto eu te amo e impossível descrever;
Queria falar muitas coisas
Mais o tempo não daria...
De Amor, saudade ou poesia...
Mais vou resumir pra você...
Quero que nunca esqueça o quanto és linda e faço questão que você sinta...
Amor...
Amo amar Você!
Os vinte anos remetem ao fim da mocidade
Inicia-se um ciclo escorregadio, o prêmio marcado pela idade
Tem marcas mais profundas, o deleite de uma esperança
Calada tão cedo por uma política de amargas alianças
Meu país não é meu lar
Não me restam forças, inda na mocidade, para lutar
Essa profundeza de abismo coberta por purpurina
Não engana minha mocidade, trágica euforia
Ser não mais nova
Ser inda não velha
Resistir para que os versos em mim resistam
Insistir para que as saudades em mim não consistam
Com o eterno esperar
Olhos de alma inquieta
Tão só, naufragada
Refugiei-me em ilusões incertas
Sonhei como marinheiro, a espera da alvorada
Vinte anos, o nada
Bilhões de anos, astrais
De que me valeria a estadia
Se a alma não regozija? Se a alma não tem paz?
E de que valeria a paz
Se só se mostra ela presente
Ao término do ciclo
Da vida intermitente?
Se tantos sonhos ainda sonho
Se tantos versos não sou mais capaz de compor
Por onde anda o sonho de marinheiro
Que um dia em meu peito desabrochou?
Se puder, eu, enfim, ser borboleta
Sem rumo, vagar entre flores do equinócio primaveril...
Por que não veneramos também as mariposas
De vidas noturnas, outonais de abril?
Se tantos sonhos já desisti de sonhar
Por que ainda é latente no peito
O esboço do desejo
Da eterna desventura?
Eu quero me calar
Eu quero gritar aos mares
Para a moça bonita que passa
Que traga a vida na morte
A resposta inconstante
De como se navega para o norte
Fatigada dos sonhos
Do deixar de sonhar
Alçar os céus no prumo da borboleta
Nos ventres da mariposa, repousar.
Quando vou a um baião
e escuto dois cantadores
em gemedeiras, louvores,
falando sobre o sertão
de Mãe Preta e Pai João,
na minha mente solfejo
as notas que só eu vejo
na minha longa jornada
e a saudade faz morada
no peito do sertanejo.
A vida é um mistério indecifrável
Difícil saber por que estamos aqui e qual o seu objetivo. Lutamos arduamente por conhecimento, prazer, e nos mantermos de pé. Aí vem o imprevisto e nos diz que temos ou não o direito de sermos felizes ou até mesmo que nosso tempo esgotou-se, que é hora de ir, de findar. Quando alguém é sobrepujado pela morte, ficamos ainda mais intrigados com nosso destino certo. Quando é alguém querido que é vencido, pensamos em desistir, pois ninguém nos responde o porquê da passagem. O que fazer diante do futuro certo? O máximo que podemos fazer é prorrogar nossa estadia aqui. Viver de forma responsável e ficar próximo de nossos entes. A vida, embora não tenha conceito exato, deve ser tratada como algo emprestado que não é nosso. Vivamos a vida prestando contas a quem nos emprestou, Deus.
Enquanto houver um poeta no mundo a literatura estará salva,
Mesmo que seja somente a dele que exista.
DUETO (soneto)
A minha tristura é uma gargalhada
A saudade um suspiro. Ela chorava
Na solidão onde eu me encontrava
Me deixando além d'alma estacada
Os sonhos pouco ou nada resvalava
Pelo olhar. Não tinha a asa dourada
A saudade ria com a tristura chegada
Sob a cruel melancolia que matava
Do sorriso a saudade fez morada
Sequer de um pranto ela alegrava
Tinha tristura na sinfonia cantada
No dueto: saudade e tristura, aldrava
O coração no peito, da aflição criada.
Então, atrozes, alívio na poesia forjava...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
ANCESTRAIS
Aquela casa na estrada
por onde a boiada passou
n'um dia contava as jardas
n'outro saudade do amor.
Já serviu caneca fria
com água lá da cacimba
na agonia de um dia
passo da vida atrevida.
Aquela casa na estrada
nas margens d'aquele lugar
contava historia sem farda
d'uma fada p'ra casar.
Contava corda, amarelinho
em tempo distante atrás
pesponto estrelas pontinho
na historias dos ancestrais.
Antonio Montes
Quero tocar tua alma
com a genialidade de quem manuseia
um Stradivarius...
Solene, terno e apaixonado.
E com a simplicidade de quem faz amor no milharal
Assim,
Sagrado, ao mesmo tempo que carnal!
Vou tocar tua alma,
mas antes vou dedilhar as cordas do teu corpo.
Mulher,
criação magistral
de um artista detalhista.
Deus,
num momento de grande inspiração
deu vida ao amor
em forma de flor.
Mulher.
Sublimação.
Solidão
Mais um dia cansado passou...
Não o culpo de está comigo
Mas hoje és o melhor amigo
Que realmente me sobrou
Pode não acreditar, mas sou
Alguém ainda de compaixão
Independente da ocasião
Só nos sobrará um ao outro
De longe, pareço até solto
Mas vivo preso a ti, Solidão.
(Jefferson Moraes)
Olinda, Pernambuco
20/05/201
Fragmentos de um tempo
Eu não sou homem (...).
Sou um anjo incompreendido,
Sombra doce do anoitecer,
Um tesouro desnudo... Avulso...
Consumido por um prazer inquietante.
Vou seguindo em frente...
Sou um pássaro simples
Às vezes triste...
Eu volto... Pouso... Canto...
Vejo o tempo cantarolar momentos...
Meus enigmáticos modos... Adoro!
Manhã de sonhos...
Parei para pensar por um momento...
São tantos os caminhos que me trouxeram até aqui...
Fecho os olhos para lembrar com perfeição a paixão...
E um Anjo sorriu-me e eras tu...
Um passarinho falou-me dos sentimentos que ainda
Habitam em mim...e eu sorri...!
Ah! Eu quero ouvir tuas palavras
O suntuoso de teus rubores
Quero beber a magia deste sol
Que te queima a pele...
Voar nas asas de uma ilusão presente...
...o sol brilha não importa o tempo...
Abraça-me anjo nesta manhã de sonhos!
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