Um dia Vamos nos Conhecer

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O cheiro dela me atingiu como uma bola, como um bastão de jogo. Não há nenhuma imagem violenta o suficiente para encapsular a força do que aconteceu comigo naquele momento. Naquele instante, eu não era nada nem perto do humano que um dia eu fui, nenhum traço da humanidade na qual eu estive tentando me esconder. Eu era um predador. E ela era a minha presa.

Não existe essa estória de marcar um gol estando no banco de reservas. Você tem que estar em campo, chamando o jogo pra si, tomando a responsabilidade: a responsabilidade por si próprio, de quem faz a própria vida, e de quem não espera, mas faz acontecer.

Cada mulher é um universo a ser descoberto.

Porque se um julga a verdade por mentira, não é por isso ofendida a verdade, senão o que a não conheceu.

Você pode ser tão fiel a um lugar ou a uma coisa como a uma pessoa. Um lugar pode realmente fazer seu coração dar um salto.

“O Homem não é um fim em si”

Dê-me uma alavanca longa o suficiente e um suporte forte o suficiente que eu poderei sozinho movimentar do mundo.

Nunca sabemos quando será nosso último momento.
Cuide para que ele não seja um 'curtir' no facebook.

A inspiração é como um misterioso cheiro de âmbar.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Muitas coisas não são realizadas por que o mendo vence as pessoas. Vença o medo e verás um mundo de possibilidades desdobrar-se diante de teus olhos.

‎Fantástico: o mundo por um instante é exatamente o que o meu coração pede.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Quando se viaja em direção a um objetivo é muito importante prestar atenção no caminho.

Um frase que alguém te fala é o suficiente pra te tirar o sono e te fazer pensar em vários significados pra ela.

E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos.

Por que ser desagradável quando, com um pequeno esforço, você pode ser intolerável?

Eu queria escrever um livro. Mas onde estão as palavras? esgotaram-se os significados. Como surdos e mudos comunicamo-nos com as mãos. Eu queria que me dessem licença para eu escrever ao som harpejado e agreste a sucata da palavra. E prescindir de ser discursivo. Assim: poluição.
Escrevo ou não escrevo?

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Ah, então era por isso que eu sempre havia tido uma espécie de amor pelo tédio. E um contínuo ódio dele. Porque o tédio é insosso e se parece com a coisa mesmo. E eu não fora grande bastante: só os grandes amam a monotonia. (...)
Mas o tédio – o tédio fora a única forma como eu pudera sentir o atonal. E eu só não soubera que gostava do tédio porque sofria dele. Mas em matéria de viver, o sofrimento não é medida de vida: o sofrimento é subproduto fatal e, por mais agudo, é negligenciável.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Pior do que sentir-se um peixe fora d'água
é descobrir que nunca existiu água
e que você também nunca foi um peixe.

Eu sou um pouco paranoico, ou não, penso demais, estudo o comportamento das pessoas, e dependendo das minhas análises eu mudo de opinião e escolho outras atitudes. Talvez seja o medo de errar, de colocar a carroça na frente dos bois, querer me jogar no incerto e correr o risco de me arrepender depois. Mas o que posso fazer?! Eu sou assim.

Em relação à Fotografia, eu era tomado de um desejo "ontológico": eu queria saber a qualquer preço o que ela era "em si", por que traço essencial ela se distinguia da comunidade das imagens.