Um dia e dá Caça e outro e do Caçador
Caça à palavra
repleta, minha alma espreita atrás do estrume do mundo:
de onde vêm os versos, que face ocultam entre o amor e a morte?
às vezes os sons são os mesmos, as texturas, o tempo,
o mesmo homem a revolver-me as veias
onde se lacram as vãs repetições, que noite veste o poema?
o sol nos vasos de crisântemos, ecos de um triste país,
largos horizontes onde meu pai passeia verbos nem sempre sublimes.
tudo é memória, sirenes ligadas. a infância sempre ontem, mas aqui.
todo verso sugere uma serpente oferecida.
que na minha caça à palavra (que face ocultam o amor e a morte?)
não haja qualquer vislumbre de repouso.
me permita
me deixe ser
quero brilhar
quero crescer
rédeas
ferrugem
mordaças
caça
não sou bruxa
e se bruxa for, só me ame se for com amor
Utopia dos ratos a caça dos gatos,Mexendo os pauzinhos para sua sociopatia,Prevalecer na mente dos fracos e cansados,Telepatia é algo de cinema,Mas é impossível provar o contrário.Do sicário das noites ao charlatão de dia.Se duas estrelas colidissem eu me sentiria melhor ?,O mundo vive em ruínas,Vivendo robotizados e Dizimando pouco a pouco a racionalidade e o sentimento humano.Será que ainda existe amor,Felicidade,Paz,Fraternidade..? Nessa selva densa de arranha céus,Poderemos um dia observar o céu,Sem materializar nossa visão ?,A evolução pode virar uma auto destruição.
"Se proteger a mata, os animais sobrevivem, posso matar uma caça, para saciar a minha fome, eu vivo na natureza e sobrevivo dela".
Quando a caça desconfia, não cai, por isso não se trabalha a mesma dinâmica em sala de aula, os alunos não prestam a mesma atenção da primeira vez, piada contada duas vezes perde a graça.
A falta de instrumento para caçar pode até dificultar a caça, mas não inibe a fome. Não raras vezes, ir em busca do que se quer constitui um ato de sobrevivência, e não apenas uma questão de escolha.
Enquanto o Pop faz um hit caça níquel pra moda, o Rock faz álbuns conceituais que viram clássicos pra história!
A TRAMA DA POESIA II (Bartolomeu Assis Souza)
O poeta é um aventureiro, um bandeirante que caça esmeraldas do pensamento, lapidando-as à luz da dialética, da ciência e, principalmente, à luz de sua sensibilidade e de seu olhar profundo. É através dessa sensibilidade que ele pode tratar de elementos universais, como a dor, a paixão, a miséria, a esperança e muito mais...
Jornal Lavoura e Comércio, Uberaba, sábado, 09/06/2001
caderno Especial A-07
B.A.S, é professor, atendente de farmácia e agente funerário
Caça a raposa
Na tempestade dos teus olhos castanhos
Lenta e calmamente, você ainda consegue
Ler-me folha por folha amassada...
Haverá lugar para mim
Nessa tua nuvem branca?
Responda-me ou me devora.
Sempre#digo:
Não se pode dá confiança para os homens. Não queremos. Eles insistem, lutam e nos caçam até nos conseguir. Aí ficamos vulneráveis, no abate e eles se sentem a oitava maravilha do mundo... É nesse momento queridinha, que você deve se conscientizar que esse cara não é homem ideal... ele tem que saber: que existem mil homens no mundo pra você escolher com quem ficar. Se ele se sente a última bolacha do pacote, mostre educadamente que você não gosta de biscoito e sendo assim: "PARTIU#PRA#OUTRO"
Renata Carneiro
É CERTO QUE CAIA
HÁ SEMPRE UMA AMEAÇA
ALMAS SUJAS O TRANSFORMAM EM CAÇA
SUAS AÇÕES VIRAM PIADA
QUEREM LHE UUSAR COMO TRAPAÇA
NÃO IRMÃO, TENHA FÉ E OBTENHA A GRAÇA
ALIMENTE SEU ESPIRITO, REAJA
VAI SER SÓ MAIS UM FERIDO
BUSCANDO ABRIGO
EM MEIO AO PERIGO
UM ANIMAL COAGIDO
DESTINO SOFRIDO
FINAL SEM BRILHO
(RBJ)
NA GAVETA
A minha gaveta velha,
além de rígido para abrir e fechar...
ainda guarda cacos e cacarecos
e grilos que vivem a rondar.
... Peças velhas, recibo de frete
bilhetes de escrito amassado
cartas manchadas, confetes
de um eterno carnaval passado.
Grampos e bob's para cabelos
um broxe estorvando um canto
guarda também um lenço branco
que um dia, enxugou seu pranto.
Pregos, canetas, tachinhas
ate uma meia velha, vi ali,
ali só tem coisas minhas
mas tantas, que nunca vi!
Um enredo de um segredo
segredo que quis preservar
... Preservar, todavia é sedo
para um dia, em segredo chorar.
Antonio Montes
