Um Cavalo Morto e um Animal sem Vida
Era uma caminhada silenciosa todo o peso do morto dividido por quatro ,elevado às presenças e semblantes, às tantas potencias... quem faria tantos cálculos? O orgulho do finado pesaria pelos coturnos de todos os exércitos, multiplicado por todos os pelos do bigode de Hitler e tudo brilharia como os botões do batalhão nazista que venceria a Europa; . mas era uma caminhada silenciosa sem sons metálicos de fuzis ou baionetas, era uma caminhada silenciosa, era uma caminhada silenciosa. Alguém procuraria no fumê do Chanel da viúva, um traço de tristeza na sua roupa preta, nas suas pernas bem torneadas, provavelmente esquecidas na política bélica de estratégia de guerrilha; quem pensaria em guerra diante de tanta beleza? O féretro desceu, desceu a bandeira, uma salva de festim que só tornou depois tudo ainda mais silente. As pernas da viúva tinham prazer pela vida...
PASSAGEM
O que olha, o olhar do morto fixo no teto,
Pensa no aborto no feto,
No filho que seria o prodígio,
Porque os que vingaram,
Envolveram-se com drogas,
O que pensa o defunto?
Pensa no gerúndio do verbo morrer
Pensa nas coisas que deixou de dizer,
Pensa nos abraços que deixou de dar,
Pensa na esposa que deixou de amar,
Pensa no particípio do verbo finar
O que pensa o finado
No féretro fechado
No pranto caindo de alguém preterido
No pretérito imperfeito
E no mais que perfeito
Do verbo acabar
Acabara bem antes do lapso, do colapso
O que olha o olhar do morto,
Num ponto indeterminado,
Pensa no pigarro, na cirrose,
Pensa no enfisema,
Na cachaça que não mais beberia,
No cigarro, que não fumaria ...
O que olha o olhar do defunto,
Germes, vermes em festa,
Por um novo presunto,
A passagem? Alguma paisagem?
Trevas ou luz?
Ou A singular possibilidade de renascer?
Esconder-se por medo de revelar o que vossa alma tem de mais sublime é o mesmo que estar morto em plena existência.
A existência parece insistir em ações isoladas, cada qual em seu casulo morto, acreditando que do seco brotará esperança e vida.
Rodeio lá no teu Rio Morto
Sob a bênção de São José
o meu coração também mora lá,
Rodeio lá no teu Rio Morto
tem muita história boa contar.
Sob a bênção do Padroeiro
da escola das Irmãs Catequistas
com carinho eu lembro,
Rodeio lá no teu Rio Morto
vive a saudades de um tempo
Com o relógio poético da vida
no pulso tu me dá razões para amar,
Rodeio lá no teu Rio Morto
também és a explicação de te adorar.
Rodeio no Rio Morto
O teu Rio Morto antes
era chamado pelos imigrantes
vindos do Tirol Trentino
de "Vale do Rio Morto"
devido as águas
cheias de tranquilidade
neste trecho do Rio Itajaí-Açú
da nossa gentil Rodeio
que nos doa o amor perfeito.
Com esforços do teu povo
e dos religiosos foi erguida
a Capela de São José
em homenagem a fé
ao Padroeiro dos Trabalhadores
e das nossas Famílias:
ali devotas esperançosas se fazia
festas com todas as alegrias.
As Irmãs Catequistas,
o Frei Bruno Linden
e o Frei Polycarpo
trabalharam pelo teu povo
que com lavouras de amor
ergueu a nossa amada Rodeio
e ainda hoje se recorda com
saudades a infância
na antiga escolinha
das nossas irmãs heroínas.
ARQUIVO MORTO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Dou ao tempo a coragem dos meus passos,
porque tenho a missão de ser quem sou,
crio laços e driblo a solidão;
não me dou ao vazio que se oferta...
Quero apenas o quanto está pra mim;
vou pro mundo que vem ao meu olhar,
lá no fim se desenha o que já é
neste mar de verdades pré-moldadas...
As receitas estão no arquivo morto,
há um porto em que todas as sucatas
contam suas histórias pra ninguém...
Forjo a rota, o destino, crio a fé
sem correr, pois a vida me acomoda;
tenho muita preguiça de morrer...
Somos a soma total do que nos aconteceu e o modo como o processamos. Isso é o que nos torna nós. É tudo neuroquímica.
Dizem que o amor é cego. Que besteira! Tenho muita pena daqueles que não sabem que os olhos do verdadeiro amor se encontram no coração!
Quanto mais tempo eu estudo, mais me convenço de que existe mais do que apenas o mundo físico. De que há uma realidade mais ampla.
Embora possamos nunca resolver o maior de todos os mistérios, o que acontece após a morte, as provas sugerem que podemos fazer parte de algo maior que não conseguimos compreender.
O maior erro das pessoas é achar que o segredo da felicidade tá em fugir da rotina. O segredo da felicidade tá em ter uma rotina que você ame cada detalhe.
A gente não escolhe as histórias de amor que a gente vai viver. Elas aparecem.
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