Um Cavalo Morto e um Animal sem Vida
Feliz possibilidade
Eternidade é um privilégio de Deus
Que ele estendeu a cada um de nós
Precisamos alcançá-la renunciando ao nosso eu
E deixar essa mania de sempre querer ser mais
A palavra chave para morar na eternidade
É bonita de pronunciar
E mesmo com muita seriedade
É difícil de praticar
Tem que estar com o coração em paz
E nós a chamamos de humildade
Quanto ao orgulho, ele só nos leva a perdição,
É um sentimento de dignidade pessoal
Mas quando usado ao extremo
Nos torna arrogante sem igual
Ao contrário da humildade
Que é de grande valor para o nosso pai celestial
Fio dental
Eu era aquele fio dental
Que levavam para todos os lados
Uma criança perguntou a um tal
O que fariam de mim.
Uma jovem lhe respondeu,
Você quer mesmo saber?
Vem ao banheiro ver.
A criança curiosa queria me vestir
A moça bem dengosa começou a sorrir
Vendo ela ansiosa, disse-lhe assim:
Esse fio dental se usa é aqui.
Passou-me entre os seus dentes.
Ah, que tristeza sem fim!
Porto seguro
Andava perdido em busca de um amor
Que vontade de encontrá-lo para sair da dor
Mas queria uma alma bondosa
Que entendesse o meu temor
Ao te ver me aproximei sem titubear
Sentir o aroma que exalava do seu perfume
Tive arrepios só de ver você me olhar
Na busca do tesouro mais precioso do que o de costume
Encontrei o meu refugio ao me declarar
E ver a minha alma com a sua entrelaçar
Senti ali que a minha vida poderia melhorar
Eu acabava de à primeira vista me apaixonar
Entre todos os portos em que já atraquei
Nenhum foi tão seguro quanto o seu
Agarrei-me fortemente a você sem querer largar
Com as amarras do meu desejo de te amar
Ao passar pelas tempestades da vida
Vi que os dilemas não queriam me abandonar
A força do vento era tão grande
Que parecia que o porto não iria segurar
Mas quando passou a tempestade
Até encontrarmos novamente a brisa
Vi que o meu porto é muito forte
Se quiser casar comigo avisa
Você é o meu porto seguro
Construído sobre uma firme rocha
Não tenho mais medo desse mundo
Meu amor eu vou ti encher de rosas
Amar o perdido
Saudade é presença na ausência,
Desejo profundo de voltar a um momento feliz.
Algo muitas vezes impossível de acontecer...
A saudade é o amor que fica,
E nesta vida as pessoas vêm e vão...
Algumas deixam marcas, que jamais se apagarão!
Aqui se perde mais do que se ganha,
E amar o perdido dói muito.
Pessoas vão para nunca mais voltar...
Mas quando amamos alguém de verdade,
Ele estará para sempre em nosso coração,
Jamais morrerá!
Ficará eternamente na memória.
A saudade tem o poder de nos trazer belas lembranças,
E de provocar a mesma dor por diversas vezes...
Mas a vida continua e conhecemos novas pessoas,
Voltamos a nos apaixonar e, aí!
Quando elas se forem? Sentiremos saudades...
Mas se partirmos! Deixaremos saudades...
Caridade
O amor de Deus se constitui
De um sentimento espiritual
E mostrar que somos parte dele
Sempre foi fundamental
Pois criar bondade no mundo
Com atos de humanidade é excepcional.
Caridade é o amor de Deus em ação
Ela nos leva a prática da dedicação
Ao outro sem nenhuma intenção
Pois é grande essa expressão
Nesse tipo de amor
Vou amar aos meus irmãos
Por uma simples vontade
De querer fazer o bem
Acreditando que sou nascido de Deus
Pois quem nunca faz questão
De demonstrar um amor fraternal
Não conhece a Deus e jamais será paternal
Eu me desafiava
Toda vez que comprava um fardo
De cervejas
Geralmente eu conseguia beber duas
Em dois minutos
Até chegar em casa
E no fim, sempre era eu
Competindo comigo mesmo
Competições estúpidas
E arrumando desculpas
Pra não enfrentar o que eu tinha que enfrentar
A maioria acha que sou um personagem
Que não sente dor
E não se magoa
Ou que só amou uma vez
Gastou poemas
E não ama mais
Ontem tive uma boa foda
E hoje eu não tenho assunto
Com nenhuma pessoa
Tudo parece pela metade
Mas
Ainda há os comentaristas de poemas
E os bêbados amadores
De sábado
As mesmas pessoas
Os mesmos roteiros
E o mesmo sorriso idiota na cara
Carregando
Debaixo do braço
Um pote de merda
Que fede perfume caro
Mas ainda é um pote de merda
Ainda
No caminho de volta, com as cervejas
Uma criança e sua mãe
Vinham ao meu encontro
Atravessei a rua, porque devia
Mas sabia que sempre assusto as pessoas
Eles deram meia volta
Foram as pessoas mais inteligentes
Que encontrei hoje
Nem sempre terei tudo que desejo, mas a cada conquista ou a cada sorriso arrancado de um rosto, já me sinto pleno.
Ela sentiu frio.. daqueles que arrepia ate a alma.... mas não era um frio comum, ele vinha de dentro, ele queria escapar, mas algo não deixava. Ele achou uma brecha e todas as noites ele saia pouco a pouco pelos olhos dela... Saia pra dizer que ainda existia mais frio, que aquilo iria se repetir por longos tempos... que era para lembra-la que não era possível ser forte o tempo todo.... E pelo contato acabar sendo rotineiro, a menina e o frio se tornaram parceiros...
Azul, a minha cor preferida
a cor do meu amor
a cor da minha dor
a cor de um anjo que me machucou
Azul...parece até nome de filme, mas me lembra o filme
um filme que sempre que assisto lembro de você.
Azul também é HQ
E também lembro de você
mas, sabe?
Eu odeio lembrar.
Se prepare pro combate mais terrível que está vindo, o que você passou agora não é um terço do que está previsto.
Haverá sempre um lugar
Existem lugares retos
Difíceis de trilhar
Lugares altos
Onde vemos a face do senhor
Há também lugares baixos
E fáceis de entrar
Lugares tortuosos
Caminhos de perdição
O vulcão é lugar quente
Os rios lugares úmidos
O céu é lugar para aviões
Trafegarem sem apuros
O pólo é lugar de gelo
O mares lugares profundos
O universo é a morada
Dos luminares e dos mundos
Há também lugar de descanso
Estreitos e difíceis de entrar
E lugar de sofrimento
Largos e fáceis de entrar
Porta estreita
E larga de passar
Onde temos
A plena liberdade de optar
Poeta em desalinho
Ao escrever um poema o poeta projeta sonhos
Declara amor a sua amada e sentimentos pela vida
Descreve paixões ardentes com finais tristonhos
Revelando momentos lânguidos das partes envolvidas
Externa tudo o que uma pobre alma deseja
Quando se encontra na mais profunda tristeza
Ou está feliz em ter encontrado a sua amada
Esbanjando toda alegria que o mesmo almeja
O poeta não usa vulgaridade em seus temas
É muito sensível e fiel aos seus sentimentos
Tem prazer em externá-los como um lema
O amor de um poeta é descrito entre as linhas
Mas quando entra em sua crise existencial
Torna-se uma pobre alma em desalinho na vida
Velho livro
Vi jogado ao chão
Um livro alfarrábio
Ao abri-lo com emoção,
Li seus textos hilários...
Eu não podia admitir
Aquele triste genocídio,
Queriam o livro destruir,
Jogá-lo pelo precipício...
Se ele fosse para o lixo
Mesmo sendo um cartapácio,
Seria grande o desperdício
E olha que eu só li uma parte!
Desse tesouro escondido,
Que guardei a sete chaves.
Aqui
Meu coração se parte ao ve-la chorar.
Pois somente ela e dona de um sorriso doce de encantar.
As lágrimas dos olhos dela escorre na imensidão.
Escondendo o brilho que ilumina a escuridão.
Não tento entender qual é o motivo da sua grande decepção.
Mas consolo ela com um abraço de ursão.
E se por ventura ela quiser desabafar eu empresto o meu ombro pra ela chorar.
Me preparando para morrer,
Viver em outra dimensão.
Depois, reviver em mais um dia...
Pois é, mais um dia...
RIO DE JANEIRO, 9 de dezembro de 1977 – dez e meia da manhã. Quando – em decorrência de um câncer e apenas um dia antes de completar o seu quinquagésimo sétimo aniversário – a prodigiosa escritora Clarice Lispector partia do transitório universo dos humanos, para perpetuar sua existência através das preciosas letras que transbordavam da sua complexa alma feminina, os inúmeros apreciadores daquela intrépida força de natureza sensível e pulsante ficavam órfãos das suas epifânicas palavras, enquanto o mundo literário, embora enriquecido pelos imorredouros legados que permaneceriam em seus contos, crônicas e romances, ficaria incompleto por não mais partilhar – nem mesmo através das obras póstumas – das histórias inéditas que desvaneciam junto com ela. Entretanto, tempos depois da sua morte, inúmeras polêmicas concernentes a sua vida privada vieram ao conhecimento público. Sobretudo, após ter sido inaugurado, em Setembro de 1987, o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB/CL) – constituído por uma série de documentos pessoais da escritora – doados pelo seu filho, Paulo Gurgel Valente. E diante de cartões-postais, correspondências trocadas com amigos e parentes, trechos rabiscados de produções literárias, e outras tantas declarações escritas sobre fatos e acontecimentos, a confirmação de que entre agosto de 1959 a fevereiro de 1961, era ela quem assinava uma coluna no jornal Correio da Manhã sob o pseudônimo de Helen Palmer. Decerto, aquilo não seria um dos seus maiores segredos. Aliás, nem era algo tão ignoto assim. Muitos – principalmente os mais próximos – sabiam até mesmo que, no período de maio a outubro de 1952, a convite do cronista Rubem Braga ela havia usado a identidade falsa de Tereza Quadros para assinar uma coluna no tabloide Comício. Assim como já se conscientizavam também, que a partir de abril de 1960, a coluna intitulada Só para Mulheres, do Diário da Noite, era escrita por ela como Ghost Writer da modelo e atriz Ilka Soares. Mas, indubitavelmente, Clarice guardava algo bem mais adiante do que o seu lirismo introspectivo. Algo que fugiria da interpretação dos seus textos herméticos, e da revelação de seus Pseudos. Um mistério que a própria lógica desconheceria. Um enigma que persistiria afora daqueles seus oblíquos olhos melancólicos. Dizem, inclusive, que em Agosto de 1975, ela só teria aceitado participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria – em Bogotá, Colômbia – porque já estava completamente convencida de que aquela cíclica capacidade de renovação que lhe acompanhava, viria de algum poder supremo ao seu domínio, e bem mais intricado que os seus conflitos religiosos. Talvez seja mesmo verdade. Talvez não. Quem sabe descobriríamos mais a respeito, se nessa mesma ocasião – sob o pretexto de um súbito mal-estar – ela não tivesse, inexplicavelmente, desistido de ler o texto sobre magia que havia preparado para o instante da sua apresentação, e improvisado um Discurso Diferente. Queria ser enterrada no Cemitério São João Batista, mas – em deferência aos costumes judaicos relativos ao Shabat – só pode ser sepultada no dia 11, Domingo. Sabe-se hoje que o seu corpo repousa no túmulo 123 da fila G do Cemitério Comunal Israelita no bairro do Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro. Coincidentemente, próximo ao local onde a sua personagem Macabéa gastava as horas vagas. No entanto, como todos os grandes extraordinários que fazem da vida um passeio de aprendizado, deduz-se que Clarice tenha mesmo levado consigo uma fração de ensinamentos irreveláveis. Possivelmente, os casos mais obscuros, tais como os episódios mais sigilosos, partiram pegados ao seu acervo incriado, e sem dúvida alguma, muita coisa envolta às suas sombras jamais seriam desvendados. Como por exemplo, o verdadeiro motivo que lhe incitou a adotar um daqueles pseudônimos. Sua existência foi insondável, e seus interesses tão antagônicos quanto vorazes: com ela, fé e ceticismo caminhavam ao lado do medo, e da angústia de viver. Sentia-se feliz por não chorar diante da tristeza, alegando que o choro a consolava. Era indiferente, mas humanista. Tediosa e intrigante; reservada e intimista; nativa e estrangeira; judia e cristã; lésbica e dona de casa; homem e mãe de família; bruxa e santa. Ucraniana, brasileira, nordestina e carioca. Autoridades asseguravam que ela era de direita, outras afirmavam que ela era comunista. Falava sete idiomas, porém sua nacionalidade era sempre questionada. Ao nascer, foi registrada com o nome de Chaya Pinkhasovna, e morreu como Clarice Lispector. Mas afinal de contas, por que a autora brasileira mais estudada em todo o mundo era conhecida pelo epíteto de A Grande Bruxa da Literatura Brasileira? Que espécie de vínculo Clarice teria estabelecido com o universo mágico da feitiçaria? Por que seu próprio amigo, o jornalista e escritor Otto Lara Resende advertia sempre alguns leitores: "Você deve tomar cuidado com Clarice. Não se trata apenas de literatura, mas de bruxaria”.
Certamente, ainda hoje, muitos desconheçam completamente, o estreito envolvimento que a escritora mantinha com práticas ligadas ao ocultismo, assim como o seu profundo interesse na magia cabalística. Para outros, inclusive, aquela sua participação em uma Convenção de Bruxas, seria apenas mais uma – entre as tantas invenções – que permeavam o imaginário fantasioso do seu nome. Inobstante, Clarice cultivava diferentes hábitos místicos. Principalmente, atrelados a crendices no poder de determinados números. Para ela, os números 5, 7 e 13, representavam um simbolismo mágico, uma espécie de identidade cármica. Durante o seu processo criativo, cafés, cigarros e a máquina de escrever sobre o colo, marcando sempre 7(sete) espaços entre cada parágrafo inicial. E, por diversas vezes, não hesitava em solicitar a amiga Olga Borelli para concluir os últimos parágrafos dos seus textos que, inevitavelmente, inteirassem as páginas de número 13. Ela própria escreveu: “O sete é o número do homem. A ferida mais profunda se cura em sete dias se o destruidor não estiver por perto [...] O número sete era meu número secreto e cabalístico”. Há sete notas com as quais podem ser compostas “todas as músicas que existem e que existirão”; e há uma recorrência de “adições teosóficas”, números que podem ser somados para revelar uma quantia mágica. O ano de 1978, por exemplo, tem um resultado final igual a sete: 1 + 9 + 7 + 8 = 25, e 2 + 5 = 7. “Eu vos afianço que 1978 será o verdadeiro ano cabalístico. Portanto, mandei lustrar os instantes do tempo, rebrilhar as estrelas, lavar a lua com leite, e o sol com ouro líquido. Cada ano que se inicia, começo eu a viver outra vida.” E, muito embora ela tenha morrido apenas algumas semanas antes de começar o então ano cabalístico, sem dúvida alguma, todos esses hábitos ritualísticos, esclareceram a verdadeira razão pela qual – aceitou com presteza e entusiasmo – o inusitado convite do então escritor e ocultista colombiano, Bruxo Simón, para participar – como palestrante/convidada – do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria organizado por ele. (Prefácio do livro: O Segredo de Clarice Lispector).
A Procedência Dos Princípios Se Provém De Um Acontecimento Cuja Originalidade Intrigam A Lógica E A Razão...
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