Tristeza e Solidão
Hm...
A Dor..... meu acompanhante da noite... Que revive junto com as lembranças do passado...um sentimento amargo..... Gritar...escrever.....parar de pensar......ou se distrair....para fazer essa dor q habita em mim...adormecer...talvez n tenha cura.... tentar apagar as marcas que há no meu coração...as feridas n cicatrizadas...e com essa dor...vem o medo...o medo de se deixar levar...o medo de amar....o medo de por um momento viver como uma criança sem se preocupar....o medo de deixar que conheçam suas inseguranças...o medo de se entregar....é como um bloqueio q faz com que a minha única saída seja sumir...me afastar....n deixar se apegar...se esconder entre os sentimentos que me sufocam...talvez esse pequeno texto seja confuso de entender...mais n è surpresa ser assim...se é escrito por um coração confuso.... talvez.....eu preciso só me afastar um pouco mais... talvez....eu me acostumei com a solidão..... talvez.....eu possa aprender a conviver sozinha com isso...... talvez.........n deixar ninguém chegar perto evite com que eu espalhe mais esse caos que há em mim....
"Do que adianta salvar vidas, se eu não vou salvar a minha?
Reclamo de tudo isso, mas minha mente é vazia.
Não falo mais de amor, porque não sei amar.
Eu preciso de ajuda, mas eu quero te ajudar."
"Na pia uma gilete, era tudo o que eu mais temia, daí foi o primeiro corte, seguido de alegria.
A dor que eu tinha no meu peito, aos poucos diminuindo, eu entrei no banheiro, triste e logo sai sorrindo."
hoje estou em um barco mas paro porque não tenho força para remar, então deixo o remo. E resolvi tentar andar sobre o mar, mas logo percebo que não posso andar sobre o mar. Então tento nadar, e mais uma vez percebo que não sei nadar. Então deixou-me afundar pois pouco me importa só deixo o mar me puxar, pois estou cansada de lutar contra suas ondas.
Percebi que com o tempo as coisas foram mudando... De jeito, de lugar, donos, pensamentos e até mesmo o coração, que feliz ou infelizmente, foi mudando o modo de bater ou por quem acelerar, com a certeza de que todo o amor que eu tinha já não existe mais!
Amar a si mesma
Não é fácil
Quando os dedos apontam a outra direção
Dizem "seu cabelo é ruim"
"Seus dentes são tortos"
"Sua altura é pouca"
Tiram sua roupa
Só pra te lembrar
Que você não é nada
Além de uma imitação
Amar a si mesma
No mundo da réplica
É aguentar a tréplica
Da repartição
Hoje você dança
Hoje você casa
Hoje você engravida
Hoje você separa
Hoje você faz pose
Hoje você escancara
Hoje você morre
Amanhã você repara...
UMA ROSA SOLITÁRIA
Uma rosa bela.
Solitária, porém.
Se és vermelha, roxa ou amarela,
Isso não convém a ninguém.
Apenas uma rosa.
Justa posta em seu altar verde
Que a beleza reluzente transporta
Toda a alegria que talvez vai causar.
É tristeza, solidão, amargura?
Se és tão bela, porque em um canto se restringe?
Será a maldade de uma mão que a prende?
Ou a doçura dos olhos que as resguarda?
Não! Mas sim, a ambição tamanha
De no centro do jardim se colocar,
A Transmitir a todos que passam,
Todo o seu orgulho de bela conservar.
Mas quando o tempo passou,
Todos que a viam em seu altar,
Lamentavam sempre que viam
Aquele negrume de folhas secas no ar.
2º FP nº 23.
►Nosso Medo
Parece até que foi ontem
Que eu te avistei bem de longe, na sala
Me senti como se estivesse em um sonho
Já tinha a princesa, só faltava a fada
Lembro-me do meu nervosismo
Das pernas bambas e mãos suadas
Acho que nunca fiquei tão tímido
Tão menino, conversando por meio de gargalhadas.
.
Parecia tão incerto o nosso primeiro encontro
Eu mal conseguia te olhar sem estremecer
Fiquei com vontade de me esconder em algum canto
Mas, eu estava querendo tanto te conhecer
Essa vontade agiu como motivação
E, contra minhas próprias expectativas,
Hoje comemoramos seis anos de pura paixão.
.
Mesmo com as brigas tolas,
Dos silêncios e caretas bobas
Um segundo longe de você não me faz questionar
Se eu sou feliz, se o que temos não irá durar
Tudo o que a distância consegue alterar
É o sentido das lágrimas,
Que acabam despencando em pesar.
.
Passei tanto tempo tentando te descrever em versos
Mas, acabei por não completar esse objetivo
Tudo o que consegui foram textos incompletos
Compreenda o quão difícil é descrever seu sorriso.
.
Ontem, ao culminar de uma discussão, você partiu
Para rua foi-se destemida, sem olhar para trás
Estava anoitecendo, resultando em calafrios
Lá estava indo, virando a esquina, minha paz
Como poderia deixar? Fui te seguindo
Pedindo-lhe desculpas, que retornasse
Para que eu não a acompanhasse, ameaçou-me chamar a polícia
Fiquei assustado, mas continuei em seus passos
Senti medo de que você estivesse mesmo decidida
A cada passo, meu coração se despedaçava em cacos.
.
Em pedaços, nossas memórias me atacaram
Minha solidão me abraçou quando você se sentou no ponto
Fiquei arrasado, desorientado me dirigi ao rio logo abaixo
Sem coragem para olhar para trás, apenas segui em prantos
Pensei que você me deixaria no escuro para sempre,
Por conta disso caminhei, caminhei bastante
Até retornar para casa com apenas seu nome na mente.
.
Difícil dizer para todos ao meu redor que eu estava bem
Minha tristeza era tanta que meus olhos estavam em chamas
Fui para meu quarto, meu refúgio, buscar algum bem
Você então me ligou minutos após eu me esconder na minha cama
Não a respondi prontamente, eu só queria me lançar ao trem para bem longe
Para longe da dor, da solidão, de incertezas.
.
Ao tocar minha campainha você me abraçou
Dizendo que sentiu medo de que eu tivesse sido devorado pelas águas
Eu sorri, em uma tentativa falha de parar suas lágrimas
Em meu abraço você me segurou forte, e
Espero que, com sorte, continue assim
Até minha morte.
Buscamos algo tão grande que no final acaba despedaçando nossos corpos em formatos microscópicos e no final vem a velha amiga solidão e o amante sofrimento.
A zumbi
Me sinto mais morta do que viva.
Quero viver. Mas a ideia do “descanso eterno” é tão mais apaziguadora
Mesmo tentando, nem sempre conseguem enxergar os dois lados da moeda.
Afinal, o de cima brilha, tem uma bela cor e possui um desenho mais elaborado. Já o outro lado, é mais escuro, difícil de se enxergar, seu brilho já está fosco e sua estrutura é envelhecida, apagada e deformada.
Pela beleza do lado de cima, só enxergam ele, esquecendo completamente que o outro também existe, também sente e também se importa.
Possui sua história, afinal, tudo que possui uma história carrega suas marcas, as cicatrizes e as feridas do passado que muitas vezes ainda não estão coaguladas.
Essas feridas gangrenam, ardem, machucam e cortam aos poucos o coração do lado de baixo, que com esse isolamento só se enferma cada dia mais.
Pouco a pouco, a cada dia mais, em cada segundo, só se aproxima mais de um abismo, que nunca mais sairá.
E nele, o lado de baixo sempre se encontrará, sozinho, desolado e triste.
Mas esperançoso que um dia as trevas não o cercarão mais, e que um novo capítulo, sua vida proporcionará.
Nele, o lado escuro será lapidado, tomado de luz e adoração. Pela primeira vez será adorado e valorizado como sempre sonhou, nunca mais o irão excluir, isolar e ignorar. E dessa forma, sua vida finalmente vingará aos que o deixaram para baixo, proporcionando felicidade ao lado de baixo, que agora é o brilhante lado de cima.
►Vela ao Norte
Passei por lá hoje cedo
Esperava te avistar na janela
Ao não te ver, senti um medo
Como se não fosse mais vê-la.
.
A labuta foi árdua pela falta
Minha mente estava toda em ti
Pensei em sair cedo para ir a sua casa
Mas o dever me proibiu de ir.
.
Logo ao tardar, lá passei novamente
A janela continuara fechada
Toquei a campainha brutalmente,
Esperando que viesse toda empolgada.
.
No silêncio da noite acendi uma vela
A encostei perto do nome ao Norte
Admirei por um tempo sua foto bela
Até me adormecer sob o aroma da morte.
~Relatos no silêncio~
O luto de reprimidos
A lástima dos envolvidos
Todos iludidos
Todos perdidos
Desde gritos não ouvidos
Até o sonhos desistidos
A guerra dos desejos oprimidos
A derrota dos pensamentos esquecidos
Atuando os personagens
Na grande vida de viagens
Silenciadores nos tornamos
Diante ao mundo nos calamos
Sonhar não significa longa vida, apenas os resistentes vivem um futuro distante. Se realmente isso fosse real, aonde está Elis Regina? Era uma mulher que acreditava tanto em seus sonhos, lutou tanto por eles, realizou tantos, mas se perdeu no meio do caminho entre a felicidade e infelicidadade.
Viveu, amou, casou, teve filhos, foi feliz e teve um final trágico. Simplesmente parei de acreditar nisso, que seja eterno enquanto durar, viver são águas profundas e perigosas, e que apenas os corajosos conseguem se aventurar sem medo do que vem a seguir.
Enquanto você procurar a felicidade você não vai acha-la.
A derrocada dos viajantes
O meu destempero acompanha meus passos, os portões silenciosos e as janelas escuras são testemunhas, mas são através de subidas, e mais subidas, e um repente de súbitas sensações de cansaço, que se fazem todas minhas manhãs. Muitos me dizem que esta é a hora de se fortificar, porém esses parecem tão fracos quanto eu, não os julgo, muitos se contentam com suas estradas, e é claro, cada um têm a sua; curva, inclinada, esburacada estrada que os levam para um destino, esse no qual é incerto de sua chegada e, sua volta é almejada desde à partida. Sou mais um como muitos outros, mas ainda não perdi a graça de observar meu trajeto, entretanto, outros nem perscrutam por onde passam.
Outrora vazio ou cheio me sinto, ouço o ressonar dos passos atrás de mim, e aqueles que irão me acompanhar, não os conheço, mas são gente assim como sou, pois, é assim que penso, e sei, que não deveria pensar assim. Hoje, ainda jovem, tenho força para me defender, ou será que tenho? Porque pessoas não são nada, para aqueles que gostam de sentir o poder e o domínio de sua jornada, e quando você pensa, é menos um andando pelo caminho que partilha. Claro, tenho medo, mas não posso parar de viajar. Minha juventude, infelizmente, em nada me beneficia neste caminho que começo tão jovem, consigo se traz ingenuidade e carência, eu vigio por muitos, mas será que alguém vigia por mim? Não, sei que não, porém logo cedo o sol bate no pico da catedral, e nos ilumina, nós, os viajantes. Ainda assim, mesmo com essa luz, meus consortes não conheço, logo, como os mais velhos instruem; “olhem para os seus pés”.
Agora fria, minha pele começa a ficar morna, contudo, esta bendita estrela não me consolará assim. Em horas, estarei banhado pelo meu suor, angustias, revoltas, e pelos cantos, ficarei choroso. Mas meus pés nem doeram para pensar assim, nem estou na metade do percurso, quem dirá o dia. Sendo assim, devo me atentar para não me desarmar na frente daqueles que cruzam bem rapidamente minha caminhada. Sempre acenam, fazem um assobio, mas o que se faz presente nesses, são os sorrisos sem tempero, até menos que o alimento na metade do dia.
Outrora, fazia questão de se atentar para minha jovem saúde, hoje, parece que não tenho mais opções para fazê-lo, são grãos que não agraciam minha dispensa, minha fruteira de plástico, são medicinas que não jazem mais em nossos velhos criados, e um conjunto de pessoas que necessitam do mesmo que eu, que prezam pela sua recém vitalidade, e aquela que já quase parte. Canso-me de pensar, e de tanto pensar, canso de mim. Ó, descida desvanecida, não cheguei aos montes para não conseguir te enfrentar, pois, quando eu estiver no platô, terá mais um cume para desbravar, donde desaguarei em vias e rodovias turbulentas, sujas e com mais gente assim como eu, que de tanto pensar, cansa de si. A minha astúcia não se faz mais presente quando tenho de exercer o que realmente tenho que fazer, e minha altivez se desbota na última esquina que dobro, e sinto o tempo escorrer pelas minhas mãos, meu doce e precioso tempo, escorre por minhas grandes e (que agora) gélidas mãos.
Todavia, na volta é onde me faço vivo, onde minha existência não é tão execrável assim, onde minhas enfermidades não me preocupam, e nem sequer me pego pensando que todo fruto do meu esforço, são para dividas que não foram engendradas por mim, e paras quais, desconheço seus valores exorbitantes. No fim das contas; para ser exato, no fim de muitas contas. O meu êxtase se torna real quando ouço o caloroso e doce falar de um futuro viajante, que peno por ele em todas minhas caminhadas.
- Chegou cedo, papai!!!
A Lua sempre nas noites escuras a brilhar, sozinha, serena, e silenciosa, olhando para a Terra e vendo as Histórias das pessoas, da Humanidade começar e terminar e assim segue durante séculos e séculos a brilhar, mas um dia existirá que ela deixará de enfeitar as noites escuras do infinito céu do luar.
EU SINTO MUITO
Eu sinto a dor,
O horror, a ferida aberta;
Esse calor que queima,
O frio que corta,
A casca deserta.
Eu sinto a culpa,
A exaustão, o mal tão carente;
O sol que me cega,
A chuva que cai,
A alma ausente.
Eu sinto as horas,
O passado, o futuro que morre;
O presente que grita,
O silencio que abraça
- Prisão que socorre.
Eu sinto os sorrisos
Tocar-me os ouvidos,
Cobrando atenção... ;
Eu sinto saudade,
Eu tenho vontade,
Eu quero o perdão!
Eu sinto muito!
Itamar FS
O homem procura na bebida
O que não sente na vida
Anestesia, fuga da rotina
Um breve momento de alegria.
Toma erradas decisões
Pra iludir a mente
Passa um tempo solitário
No meio de um monte de gente.
