Tiro no Escuro
A vida doce de felicidade me deixou perdido em um canto escuro, me escondeu do mundo... O brilho do sol não vejo mais...
Um dia tu verás... Em um dia saberás... Que a amor plantado por mim nasceu... Escolhas feitas, sorrisos deixados... O que era certo se tornou menos certo e em mim se perdeu... Passei a ver o mundo, andarilho surdo e mudo... Em busca apenas de gritar e ouvir a sua voz... Morcego viajante, já não sou tão escarlate, o brilho do sol não me revelará jamais... Se precisares de mim... Já não busque mais... Sou a cinza pintada nos dias de chuva.. Esquecido, perdido, simples e escuro... Componho as lágrimas de um falso palhaço infeliz ...
A imensidão do escuro
O farol de carros ao longe
O choro do quero quero
O coaxar dos sapos
O grasnar dos gansos
O latido dos cães
Mas o que mais gosto
É ouvir o trinco da porta
Porque sei que alguém está chegando
Para me fazer companhia..
Um poço escuro e sem fundo. Lamentações, lágrimas, saudades, frustações, perdas, mentiras, fracassos, vícios, timidez, inibições. Sensações e sentimentos ardendo em chama e que insiste em apagar quando sooa um vento gelado, que esconde e ecooa tudo que ainda grito e guardo dentro de mim.
PENSO
Prá mim falar é encostar os olhos
E esquecer e durar o tempo do escuro
Mas ninguém pode fazer no tempo
A escuridão, porque a claridade
Se persiste o dia
Ela dissimula os lados de entrar.
E os enigmas da coexistência com coisas adversas
Não são relevados nem na sombra nem na clareza
Cabe na imaginação a pressuposição
E concluo por pensar na anti luz.
No reflexo dos preferidos por mim, os próprios olhos
E não consigo pensar em nada.
Porque a luz são adequados os pensamentos.
E deslembrar é uma claridade que nos distrai
O sol se presta no escuro a atrapalhar visões
As inferências a que podia se chegar.
A sol a cada dia se desengana, como eu
Por não saber do que fazer
E isto é comum nos dias de claridade.
Luzes se adéquam à noite
E penso e esqueço no mesmo tempo
Da intensa máxima verdadeira.
A luz não refaz verdadeira aquilo
Que distinguimos muito bem na noite.
REGREDIU
Onze da noite, tudo escuro.
Pensamentos fluem com constância.
Consigo inalar o ar mais puro
Me vejo pensando na infância.
Não fui egoísta
Pensei no geral
Sobre como era vista
E seu declínio [a]normal.
Observando com calma
Vem muita coisa na mente
Lembro-me das brincadeiras
E do jeito puro, inocente.
Em tempos remotos
Vivíamos um sub-mundo
Tanto que nem existem fotos
Está tudo na cabeça, bem lá no fundo.
Não havia apego ao material
Nada de computador ou celular.
Brincávamos, quase sempre no meu quintal,
Que era arejado e ampliava o magnífico luar.
O cenário era uma pequena vila
"Vila Sol Nascente"
Onde a vida era tranquila
E só morava boa gente.
Fora da minha casa
Tínhamos um quartel general
Cheio de frutas e animais,
Era o misterioso Horto Florestal.
Meu canto era aquele ali
Naquele mato escuro
Onde, de verdade, vivi
Subindo em árvores e caindo de maduro.
Era o lugar pra onde fugia
Onde tirava manga, laranja, mamão.
Corria do vigia.
Brincava de polícia e ladrão.
E isso é só uma parte
De uma época fenomenal.
Em que podíamos estar em Marte
E, em um piscar de olhos, ir ao Nepal.
Era perfeito!
Mas, chegou uma tal de evolução
A quem dou o nome de retrocesso.
E tudo aquilo que era feito a mão
Passou a ser, por uma máquina, impresso.
Inocência virou maldade
O claro virou obscuro.
O horto, uma raridade,
Foi cercado por um grande muro.
O rio, de tão poluído, secou.
Perdeu toda sua essência, sua beleza.
O verde acabou.
Uma enorme agressão à bela natureza!
Foi uma enorme destruição,
Aquilo que o próprio homem fez.
Hoje, esbanjando diversão,
Somente duas crianças, talvez três.
As ruas, já asfaltadas,
Foram tomadas pela violência
E por pessoas, coitadas,
Sem um pingo de inteligência.
Era perfeito!
Hoje, não é mais.
E assim, desse jeito,
Todos buscam por paz.
Eu, mero pensador,
Continuo escrevendo
Falando dessa minha dor.
Desse retrocesso que eu estou vendo.
Peço que tudo volte a ser como era
Que acabe toda essa tristeza
Peço que a maldita fera.
Volte a ser princesa.
Lamento pelas novas crianças
Que se divertem com moderação.
mas, ainda guardo esperanças.
De que elas saiam dessa ilusão.
Chamada, erroneamente, de evolução.
No escuro e ao vazio da noite, durmo com a janela aberta que é pra você entrar, me abraçar, e, por fim, me beijar. Não consigo dormir. Levanto, pego um caderno para anotar com a força de quem mais uma vez quer estar, abraçar, beijar. Erro! Faço um novo rascunho daquilo já não pode mais ser dito, pois agora, tudo que posso é lembrar, aos olhos fechados, mais uma vez sentir, sonhar. Se hoje escrevo, é porque o meu coração permite, nesse breve e errante rascunho, de novo sentir a tua falta e desejar, para sempre, me amar. Sei que de mim nunca partiu e jamais o fará, pois também sei que a sua maior vontade para sempre será: me amar. Te deixo ir; ao voo tornar, com a certeza de que outrora, mais uma noite, irá voltar.
Com todo o meu amor, daqui para a eternidade, papai. 09/03/2012
Que jogo estrando: a pedra anda em caminho escuro e vai pegando outras pedras desprotegidas... Mas no final vira dama!
Mesmo sem querer você me apaga fazendo que somente te assista no escuro sem pistas e sem armas para lutar nessa guerra;
Não quero entregar o meu coração antes que eu tenha minha redenção;
Sei que devo me esquivar antes que eu mergulhe em água e sal vendo minha casa desmoronar;
Estou fingindo alegria porque estou com medo do escuro.
Ás vezes não é o escuro que me preocupa, mas o que há nele ou o que vem depois dele.
Vou estampando sorrisos, esbanjando olhares.
Vou dando migalhas de mim para alguns, dando-me completamente a outros.
Vou me despedaçando, mas não assumo o medo, não assumo nada.
Porque se eu não tiver nada, não terei tristeza constante.
Não terei do que me lembrar algumas vezes que chover ou que eu não consiga dormir.
Não terei que me lembrar do que por força maior teve que ir embora ou eu mesma expulsei da minha vida.
Porque tenho medo de ter medo me permito ser só mesmo à dois.
meu anjo de guarda me esconda para que eu assista a pessoa amada no escuro;
Quero os carinhos dessa menina dê-me o atalho para o seu coração;
Você com certeza sabe de tudo então me fale os segrdos desse coração;
Acenda as luzes, ainda tenho medo do escuro. Aqui está frio, me falta um feixe de luz pra me esquentar por dentro. Minha cabeça dói e eu não sei se é porque borrei a face. Feche as janelas. Que aqui está tudo agasalhado, mas o vento pode levar as coisas que eu temo perder. E eu preciso tanto delas pra respirar e viver um pouco melhor.Os meus pés andam meios cansados, caminho, te procuro mais não te acho.Eu preciso me recompor, ando fatigada, as lembranças pesam na minha mente.Eu só precisava ter ver, te olhar direito, apreciar o teu sorriso, que hoje haveria de ser o meu melhor remédio…
Eu te amo calado no meu silêncio te assistindo no escuro sem medo de você sem querer me apagar;
Eu te amo calado ouvindo e escrevendo os meus sentimentos que me torna totalmente sensível;
Me habilito a ser o seu alvo para você acertar o seu amor como em uma sinfonia de luz de medo e desejo;
No escuro vou procurando minha luz ou minha direção sem lamentos e incertezas que me trazem aflição no desconforto;
Tolice é não ter a razão de abandonar a vida ou tentar ver o caminho da bondade que se perde por ai;
A noite tenta consumir meu coração é me fazer calar. Mais digo uma coisa, não tenho medo do escuro e nem de trevas alguma. Cuidado, meu coração não é tão inocente como você imagina.
