Tiago de Melo Poesia

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Às noites entrego tudo aquilo que não me pertence...
Adverso a si, entrelaço-me ao vácuo entre os suspiros...
Tento, enfim, destruir o que me destrói...

Quando, como, onde? Terás fim com meu último suspiro?
Ou carregar-me-ei pelos escuros labirintos de incertezas?
Ocultarei, assim, minha própria existência?
Enfatizarei, assim, somente a dor?

Das chuvas irei carregar-me...
Tempestades e dilúvios a me rodear...
Sempre desejando afogar-me
Naquilo que parte de mim nunca fará...

Inserida por JamesWillianMelo

Temos medo do que não controlamos
Temos medo do desconhecido
Mas mesmo assim amamos e nos arriscamos
Mesmo assim vivemos contrariando a lógico Para viver com esperança
E vivemos magoando a experiência de nossos pais com nossas falhas decisões imaturas pois os anos os ensinaram e vão nos ensinar também
E tão pouco vamos assumir nossos erros a não ser que um dia compreendamos o quão gratificante é entender que errar sem querer é aprender a viver melhor
Um dia sabemos que vamos acordar e contrariar nossas opiniões anteriores assim como no dia em que acordamos e nos vimos contrariados
E a vida vai passar rápido e nada vai ter valho a pena se você não ter vivido com medo mas ao menos ter vivido
Brigaremos por pouco
Nos desculparemos pelas brigas
Amaremos com um todo
Odiaremos por muito
E preencheremos lacunas que estão lá para ser preenchidas com grãos de areia, seja como for ...
Se com uma vida digna ou com uma vida vã
Mas mesmo assim será sua jornada
Então se no final não compreender o que não entendia
Se não dominou o que não conhecia
Partirá após cheio desta vida ainda sentindo medo e não abraçara a sua viagem de retorno Com a singela tranquilidade de ter vivido, sobrevivido e deixado sua historia!

Inserida por rosaria2000

Quão fátuo é o lírico! um visco,um viso!
uma cópula entre a aorta e o escrito!
Quão distendido!
além da margem do sulfite,
além do que narra o grafite,
o esferográfico,o alegórico,o arremate,o arrebite,
abruptamente, o descomedido surge do atrito,
entre o psíquico e o somático,entre a íris e a epiderme,
entre eu e você...o revérbero!

O tanger da alma , fez-me ver que o desejo é auspício,
é preciso friccionar o contexto do lido e do não dito,
do que não cabe no verso,que é mero resquício,
réquiem do substantivo,
que não cabe na palma da mão!

Meu anjo telúrico de exéquias guirlandas,
meu anjo exímio da mímica,
sou letrada em tua pálida fisionomia,
todavia não me prendo a adjetivos,
eles limitam a forma como sentimos o outro,
a palavra é uma argila fina,
nas mãos do poeta é escultura abstrata,
nas mãos de um tolo é uma lápide!

Inserida por marypoetisa17

A nódoa da mágoa,
é uma póstuma lira,
que desafina,
ao escorrer da pálpebra!
emana da retina,
translúcida película,
da mácula!
há uma elipse nos teus olhos,
nos côncavos recônditos há o lapso,
do lacrimal!
o declive dos lábios,
e o corpo transpassado de amarras,
que se entrelaçam na narrativa hemorrágica!
sintaxe incompreensível?
será possível?
o corpo ser subjugado ao exílio...das palavras!
a morfologia do quebradiço,
dos cacos que não se encaixam,
resquício psicografado de um coração fragmentado,
cuidado com as palavras!
elas vestem a alma...de significado!
fomentas o regurgitar de sílabas decrépitas,
mas sorri latente como de costume,
dizes:"Está tudo bem!"
mas aquilo que não é dito lhe corrói profundamente,
fácil agarrar-se ao sentido do tátil!
difícil é compreender o inaudível,
sim a palavra as vezes é gesto,
que perdeu os fonemas,
e de alguma forma se veste do evasivo,
poucos percebem que letras são coadjuvantes,
da leitura do anímico!
poetas convertem o emotivo em símbolos,
mas do ângulo do outro tudo é assimétrico,
por isso nem sempre o que digo se encaixa no meu sorriso,
não me interprete ao pé da letra,
e sim na sutileza de asteriscos...

Inserida por marypoetisa17

Entre a lagarta e a borboleta,
há um hiato,um limbo,o notívago do pupo,
o prelúdio contorcido...da crisálida!
há nervuras em suas asas,cicatrizes de seu êxodo,
quem vê o colorido de suas asas no azul primaveril de setembro,
se esquece do casulo de onde veio,
da solidão latente do invólucro,
como uma gaze espessa ,a dor da metamorfose,
revira-lhe o ser com o distendido,o disforme,o amórfico,
tudo é tão desprovido de sintaxe,
qualquer fissura que lhe surge,
é um bramido de liberdade!
quer monarca ou morfo azul,
borboletas transcendem o metafísico,
e converteram a dor do íntimo,
em traços belos de singularidades,
faça de seus estigmas, lindas pinturas íntimas,
porque entre a larva,
a crisálida,
e a borboleta,
há uma paleta de cores para preencher a vida,
contornar as dores é ofício de artista!
poeta nem sempre tem pincel e tinta,
porque o coração as vezes é tinteiro vazio,
secou-se após tantas rimas e arritmias...
se não posso pintar a tua fisionomia com nanquim,
posso adorna-lo de fonemas e interjeições,
nem sempre projeto de forma translúcida minhas emoções,
no côncavo dos olhos esmeraldinos,há o suprassensível,
que reverbera o ambíguo,
porque falta-me as vezes a borracha da sensatez ,
que nivela minha visão de mim mesmo,
ah se todos pudessem usar a interpretação, como usam rímel,
não haveria o borrão da ignorância!

Inserida por marypoetisa17

Preso na úvula,
no glote,
entre a traqueia e a aorta,
um nó feito de dó incomoda,
e a "ré" de toda dor,
não é "mi" ,nem"fá",nem "sol",nem "lá",
é um lacrimejar,
e fiz do pesar o nanquim,
e do lamento o grafite,
porque a pele é sulfite,
do que não se pode pronunciar...
e a memória insiste em exumar lembranças inglórias!
ora essa, que infortúnio não ter incógnitas,
porque certezas são como extremos,facas de dois gumes,
o ego não pode pesar mais que o argumento,
é preciso ser leve como lírios ao vento,
procurando o acolher de uma brisa...de inspiração!

Inserida por marypoetisa17

Eu posso ver sem as imagens,
mas e você?
posso sentir mil caracteres num tom de voz,
e nenhum caráter no teu silêncio,
não estou presa as figuras,
mas você por dentro é desfigurada,
presa ao que você rotula,
presa ao que discrimina,
presa ao que não entende...

Que cordas invisíveis,
dedilham n'álma dizeres tão ilegíveis?
se emotivos,
desprendem-se da escala da materialidade!
se ébrios,
se decompõem no prisma do lúdico!
e por isso o sentir lhe parece confuso,
tenta classifica-los em gráficos, em formas,
mas teus olhos o deformam,
o sentir nem sempre é homogêneo e estável,
ou tem centímetros cúbicos,
porque baseia-se no súbito,
como um feixe de luz oblíquo,
onde tua insensatez transita,
dispersa no cerebelo,no córtex neural ,
onde há um jogo de espelhos,
e o seu ego soberbo,
não sabe distinguir a si mesmo.

Foge do seu campo de visão,
a percepção do outro,
porque não vê o outro como ele é,
vê o outro como o que sóis,
a sua opinião é um ópio,
te consome vorazmente,
reflete o sujeito oculto atrás do espelho,
por trás das cortinas dos cílios postiços,do pó e do rímel,
tudo em você é artificial e vazio?
o bojo é falso,o corretivo é falso,o discurso é falso,
parece boneca inflável...deplorável!
tirando tudo isso nem sabe interpretar um texto,
ou criar um verso que seja ...verdadeiro.
por isso não se lê o indivíduo com olhos iníquos,
por isso o tato não é disléxico,
porque não vê o mero estético,
ou os arquétipos,
de padrões forjados da ignorância.

Mas não basta tocar só com polegares,
para tirar a impressão de alguém,
é preciso sentir o não impresso,
a fotografia pode até ser uma invenção maravilhosa,
mas quisera eu que inventassem óculos invertidos,
e você pudesse corrigir ,
o que a maquiagem e o photoshop não pode.

Inserida por marypoetisa17

Que além do óptico e do humor vítreo,
além das abóbodas oculares,
e das espirais da íris,
além do espectro lírico,
encontre eu, nos teus olhos magníficos,
a somatização do imaginário!

Ó meu anjo rítmico,
adornado de lauréis e azevinhos,
folhas de louro enfeitam teus cabelos arredios,
e como grãos de areia fina,
escorregam pelas frestas...adágios.
sabe que amo-te além dos freios do físico,
além das rédeas do maciço,
e as minhas metáforas são lágrimas da abstração,
nada alcança a mácula dos olhos,
sem transpassar o cognitivo .
o verdadeiro amor te liberta de títulos...

Ó meu anjo negrume , nenhum poema te excede,
nem a psicografia descreve-te,
nem a psicofonia transcreve-te,
e nem mesmo a pictografia,
pode desenhar a etérea figura,
que está subtendida em tua voz telúrica!

Eis o rabisco do desfigurado!
o poema é um esboço das rasuras e das ranhuras,
do frêmito árdego das fissuras,
no atrito contínuo do impulso,
pois te amo além dos pulsos!
e a lâmina do verso,
corta-me o silêncio.

Inserida por marypoetisa17

Quer saber o peso das palavras?
pronuncie elas em frente ao espelho,
se o seu reflexo não vituperar o sentido,
então sabes pesar o irrefletido!
e quanta distorção há no emotivo!
porque o externo não me cabe,
e o interno me transborda,
e além da esferográfica,
preciso das réguas figurativas da lógica!

toda pronúncia é um anagrama de conotações,
fragmentadas em letras,difundidas em fonemas,
as palavras tem teoremas,
que só o refletir pode medir o peso,
das consequências...

Inserida por marypoetisa17

Diz-se tão cético,
que chegas a crer,
na descrença!
é um contrassenso!
pois não existe descrença,
mesmo uma ideologia política,
precisa de fé...na natureza humana,
e por quê devo crer eu, em algo tão volúvel e sinuoso,
como as veredas de um ser humano,
que facilmente se corrompe pelo irracional?
sim! é mais difícil ter fé no homem,
do que em Deus!
ser imaginário?
e todo maquinário mercantil,
com o qual o homem vil,
fez de seu semelhante servil serviçal de sua imaginação?
todo seu excesso,
é falta de nexo,
é falta de algo,
que não se preenche no tato,
é fato,
uma vida de exagero,é no fundo um desespero!
ó homem vazio,
permaneces faminto,
escravo de impulsos primitivos!
Quando os sentidos são úteis?
quando os usamos,
e não somos usados por eles,
você usa a marca ou a marca te usa?
você usa a farda ou a farda te usa?
você é consumidor ou só a mercadoria,
de uma sociedade "privada" e mercantilista?
agora não me diga que não tem fé em Deus,
e sim me diga qual é o seu Deus?
pois Deus é tudo aquilo que colocas no pedestal e veneras,
se a sua fome ou o seu desejo é o seu Deus,
e obedeces a ele,
o que é mais imaginário,
o meu Deus ou a sua necessidade de um?

Inserida por marypoetisa17

Venha para o poema,
lá a dor é trema,
caí obsoleta,
no limbo ortográfico,
de ideias vencidas!

Ambíguo não sou eu,
e sim o jeito que você me vê!
o eixo do ângulo,
não faz a figura,
só prefigura,
o prumo,
de uma concepção!
Não retiro sua razão,
cada qual tem um formato,
que cabe perfeitamente,
no retrato,
do singular!
mas se havemos de viver em plural,
que tal,
remover molduras pejorativas?
o adorno mais lindo da dialética,
é não atacar o sujeito,
e sim entender o verbo...

Sim,eu creio na simplicidade,
de mãos que alinhavam bondade,
como flores enfeitando planícies hostis!
Sim,já colhi interrogações!
mas aprendo um pouco mais a cada vírgula,
e se tem algo que a poesia não descrimina,
são linhas que fogem à margem...da compreensão!
nada afirmo,
nada rejeito,
apenas aprendo a interpretar um meio,
de não dividir pessoas e sim compartilhar emoções!

Inserida por marypoetisa17

Leia-me os tons embaçados,
há máculas que transpassam o vítreo,
o lido,
o sentido...oblíquo!
discrepância?
só há em edições editadas,
e cópias plagiadas,
de pessoas em branco!
dai-me tinta e sulfite,
e transcrevo os matizes,
do incomum!
Poupe-me de dedos analfabetos!
decifra-me os contrastes,os arabescos,
decifra-me os graves,os adereços,
e a frequência subjetiva,
de algoritmos subliminares!
quem pode conter a alma em colchetes?
em borrões de grafite,
argila ou nanquim,
há bem mais oralidades,
que em belas molduras vazias,
por isso não julgue pelo periférico!
o amor é atópico,
e o poema não o alcança com perfeição!
Anjo disforme,
"desloca-se como a chuva e retém o fogo nos punhos"
a alma não usa uniformes,
não vive de formalidades,
precisa libertar-se de geometrias e do tópico,
o despir-se é despedir-se do tátil!
todos buscam um amor,
que não caiba na palma da mão!

Ó meu alaúde ,sou tua sílfide!
o corpo é cítara,
mas o coração é lápide!
onde as palavras morrem,
sepulcral sonata do inconjugável!
lajotas poeirentas,jazigo de poemas,
coração é o asilo das letras,
que não formam sílabas!
Metafísica?
só o putrefato é fato,
o que se exala em vida,
é só a teoria do falho,
e cacofonias oníricas!
túmulo de sonoridades...

Inserida por marypoetisa17

Túmulos vocálicos não calam adjetivos!
Ó sinuosa escrita!
senda oblíqua,
de arritmias linguísticas!

Anjo regente,
sou cítara em seu opus!
sou alaúde em seu odes!
sou escrita cuneiforme em seu códice!
sou a personificação mais vívida,
do que imaginas!

Olhos mádidos,
filetes orvalhando o súbito,
eis o néctar do impulso:o abrupto!

Não sou asceta,tenho arestas!
não sou perfeita,tenho fendas!
Não tenho mitra,tenho estigmas,
e sou compelida por etimologias!
o que para você soa como filosofia,
para mim é só fisiologia,
não é anomalia,
pensar por si mesma!
Tenho medo do anatômico!
tudo que cabe na palma da mão é ilusório,
por isso contorno o imensurável!
dedos são cegos,
por isso não aponte eles para mim!

Gosto quando subestimam minha percepção,
assim posso surpreende-los com a minha sensatez,
porque é melhor engolir sapo,
que vomitar um boi!
guardo no íntimo,
uma força invisível,
que me liberta dos seus rótulos mesquinhos...

Você não suporta o diferente,
porque isso, destaca a sua mesmice,
e a sua falta de compreensão!
não confunda discordar com discórdia,
nem primário com primitivo,
tampouco use adjetivos,
sem conhecer o substantivo!
é melhor ser ingênuo do quê leviano,
antes a pequenez da dúvida,
que a arrogância maiúscula da presunção!

Inserida por marypoetisa17

O teu andar está atrelado ao passado,
precisa desengatar o fardo,
da decepção...
não deixe a dor ser a locomotiva,
não somos vagões,
nós somos uma trilha desconhecida,
longe da rodovia,
querendo ir onde a pupila conduzir!
a emoção existe para lembrá-lo que viver,
é ter atalhos para seguir,
é ter a habilidade de subtrair,
o que não levar a lugar nenhum!
Ó anjo da estrada,
mesmo uma aspa,
pode ser uma farpa,
na fraseologia do coração!

Nem tudo é óbvio,
nem mesmo o tópico!
nem tudo é dito no ditado,
pare de sublinhar o que narro!
de mim só conheces o prefácio,
e fora de contexto,
o texto é falho!
o grifo é seu!

A pedra filosofal,
é uma lápide figurativa,
onde morre o literal!
Ó anjo abrevia-me as símiles!
transmuta-me em simples!
dispersa-me em síntese!
A química é um processo que coexiste,
com o imaterial!
o atrito do epitelial,
com o intelecto,
é a combustão do etéreo,
no subcutâneo!
mesmo o intáctil,
é a fricção do imaginário,
no volátil!
os projéteis dos olhos,
são figuras disformes,
que deformam o horizonte,
se queres encontrar a pedra filosofal,
precisa sepultar o foco no tátil,
porque o toque é a cegueira dos sentidos,
e sempre te aprisionam a instabilidade,
do anatômico!
nem todas as palavras cabem no corpo,
por isso escrevo!

Inserida por marypoetisa17

Tudo que exalo,
e tudo que aspiro,
é síntese do reflexo e do irrefletido,
sumário,glossário e ao pé da página,
que nunca me calem as falhas literárias,
a poesia é diálise,
espelho e psicanálise,
divã do extra-sensorial e do imperceptível!
ó meu anjo escarlatino!
meu silvo lírico,
fresta do oblíquo,
avesso de mim...
não leia-me ao pé da letra!
o fonema nada representa,
se não houver formas que se encaixem,
na essência das intenções!

Ó fenda metafísica,
o sentir elucida,
o ignoto!
com olhinhos apreensivos,
tocamos o subtendido,
como o reluzir do cosmos
na lápide da interrogação!
Cada estrela é uma nota airada,
que infla-nos a alma,
e na efusão do emotivo,
o planger das órbitas,
transbordam as abóbodas,
de incógnitas!
E aquele olhar melancólico,
é uma estrela caída,
que prefere a lousa do esquecimento,
que a lembrança do que se apagou...

Efêmera chama,
é a ótica,
pois depende da superfície rasa e perecível,
enquanto que só no íntimo,
há a síntese,
de todos os sentidos!
Papilas gustativas,
dedos apelativos e o olfativo,
só assimilam frações minúsculas,
do indivíduo!
queres conhecer alguém?
não dependa de mãos e dedos...

Inserida por marypoetisa17

Ele tecia no banjo,
um nó ou uma dó?
toda nota que não vibra na aorta,
é uma arritmia sonora,
é preciso vibrar não só a úvula,
mas também a tablatura,
do coração...

Inserida por marypoetisa17

O transmutar é transferir,
o inconsciente,
para a emoção!
E quem assimila o figurado,
tem um dom nato,
da conotação!
se a alma é tátil,
é só um pedaço,
de possessão!
Mas se a alma é vácuo,
é um sorvo fátuo
de inspiração!

Inserida por marypoetisa17

Ó anjo imaterial!
o sólido é corruptível,
o verso é desencarnado!
a consistência do amor,
não é a textura da pele,
nenhuma substância converte,
anímico em animação!
é o opaco,
que de fato,
é concreto,
é muito além do métrico,
a estética do inverso,
do que me desfigura,
e só a ti prefigura,
esse meu insólito...tocar.

Eis o vibrato atroz dos artigos possessivos!
o ríspido silêncio é o artigo" indefinido"
da alma craseada,
crivada de vírgulas e grifos!

E os intervalos retinem o vício,
do inexpressivo!
o vício do intangível,
o intocado é a canção do alusivo,
na diatônica da escala figurativa,
o amor oscila,
como o intervalo harmônico de uma muda sinfonia!

cifras não decifram,
os desarrazoados borrões,
de paixões instáveis!
por mais voláteis,
ou inviáveis,
toda volúpia,
é volata abrupta,
da possessão!
e os agudos,
são aguilhoadas,
cravejam em disparada,
o desespero da nota,
que tenta percorrer a aorta,
do coração!

Se o vibrato do arco,
transpassa o adágio,
tanto mais a afonia,
dos caracteres inflados,
do vácuo,
do incorporado!
a clarividência se desprende da lógica,
o corpo é ilusão de ótica!
só segue a carótida,
da obstinação!

O artesão vê no gesso,
não o frio relevo,
mas o flexível sentimento,
que modela a sua visão!

A textura não é tradutora,
é a intermediadora,
entre tocar e sentir!

Escrita é fêmea,
tem estilete,florete e gineceu!
nos braços de Morfeu,
é ninfa carmim,
em anáguas de cetim,
parece sangrar em papel almaço,
todo o estigma de seu ouriçado...subtender,
ou será submeter?

Inserida por marypoetisa17

Quando seu mundo se confunde com o meu,
é sincronia !
quando meu mundo é indiferente ao seu,
é apatia,
se isso acontecer não é culpa minha,
a confusão começa na ausência,
e termina na sentença:tanto faz!

Inserida por marypoetisa17

O maior problema do ser humano começa ao nascer pensando que viverá para sempre. Posteriormente, age como se tudo e todos durassem para sempre. Não bastando, ama como se fosse amar e ser amado para sempre.
Todos sabemos que nada é para sempre, porém, é esse mesmo saber que nos traz a necessidade de acreditarmos que não é assim, pois acreditar nas coisas é o que nos mantém vivos e bem.
Mas, quando o para sempre acaba, as únicas coisas que restam são as boas memórias e o pensamento de como poderíamos ter sido melhores.
A partir daí, caberá a nós acreditarmos em algo ou não. Caso não acreditemos em mais nada, não existirá mais passado, presente ou futuro. Portanto, aos nossos próprios olhos, deixaremos de existir.


Acredite! Tudo seguirá o seu curso e tudo ficará bem. Ainda que restem saudades daqueles que se foram e levaram partes de nós com eles...

Inserida por JamesWillianMelo

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