Tiago de Melo Poesia
A expressão do amor não assume a semântica puramente.
Os seus gestos assinalam todo o conteúdo do amor ou da falta dele.
Ponteiros que giram no incessante tempo da espera.
Sonho que dorme com a aurora.
Vozes que me buscam sem trégua.
Saudades sem fim.
O seu grito é o eco do seu destempero.
Assim como o seu silêncio é a acústica da sua falta de atitude.
Contemporizo-me num estreito espaço de sôfregas e sofríveis lembranças.
Enleio-me numa mistura torturante de saudades.
Vento soprando a tez desenhada com sinais de irrecuperável tempo.
Aceno o modo da penúria que faz brotar acidez face abaixo.
No retórico retoque não há maneira exata.
A inexatidão é fato.
Absorvo os meus ais para absolver o meu sussurro.
Inexorável confidência que me impõe sentir a alma ausente e perdida dentro do seu mundo.
Deixa o mundo girar.
O porto de partida sempre é o porto da chegada.
Sempre ando mirando o horizonte!
Não singrarei meu barco com o peso de agora,
não levarei culpa e nem culparei...
fui o que pude, mas a essência não fora capaz de suprir
a beleza do frasco que é o alvo pretendido!
Deixei o que pude e com o exalar do cheiro... o vento expandiu-me e volátil e sem imagem não signifiquei!
Enfim... enfim.
Fim.
É pena que a grande maioria vive em função de si mesmos...talvez, por isso, tantos desencontros.
Enfim, quem não sabe olhar para fora do seu pequeno mundo não consegue ver o mundo aqui fora.
Não pode existir prorrogação para as decepções.
A repetição dos fatos ocorrem sob a nossa permissão.
Talvez a hora anuncia o ponto essencial para o reinício de nova vida.
Precisamos adequar as nossas vontades às nessidades da evolução espiritual. Ninguém encomenda alegria e, tampouco, a felicidade.
Elas nascem do resultado das nossas ações.
Não são os elefantes que nos metem medo, pois eles são visíveis e quem não consegue percebê-los são cegos de olhos abertos.
Observemos as formiguinhas, pois são os detalhes que nos aniquilam.
Não enfeite o agora com o agouro do abraço.
Acene apenas... mas não inexista os meus versos que se declaram te amando.
Não há sentido cruzar a linha do impossível com a tristeza no coração.
A conquista, qualquer que seja, deve vir acompanhada da sutileza da alegria.
Qualquer coisa pode ser nada, mas qualquer nada será uma coisa.
Prefiro o nada quando me oferecem qualquer coisa inútil.
Não devemos lamuriar as escolhas que não nos inclui.
As escolhas focadas naquilo alheio ao que oferecemos não pode merecer o nosso pranto.
Neste mundo efêmero e passageiro em que a maioria das pessoas se prendem aos subterfúgios da posse, muitas vezes, a essência não consegue exalar.
Devemos ser inteiros sempre e se não puderam nos sentir como substância elementar, talvez, não nos mereciam.
É preciso ser o necessário e, jamais, ter o necessário para tentar atrair as sutilezas desta vida.
Por isso, sejamos, pois ter sem a essência sublime do ser é sofrimento puro.
São traços,
riscos,
mundos e mundo
sob e sobre asas
de um pássaro ferido e a ferir...
carregando o que não se pode carregar
sem as penas da vida.
Quanto mais caminho e, supostamente, um bom aprendiz sobre o amor e a vida...
confidencio que pouco sei sobre o amor e sobre a vida quando me refiro à conjugação do verbo amar.
As conjugações são desapropriadas,
pois o tempo das pessoas é diferente e somos indivíduos amando outros indivíduos.
Contando os pontos sem pontas.
Horas cheias de vazios pontuados na mesmice da espera.
Nada movimenta os ares anunciando a sua chegada.
Outra noite repleta de saudades e sem você.
Não me indago sobre alguns fatos.
Eles quando surgem... são a minha realidade.
Posso até ter contribuído com eles ou não.
Foco a solução para o demasiado sofrimento ou até para saber conviver com a alegria que, também, passa.
Vivo e não me permito ser, apenas, um sobrevivente.
Alguns pensam que o amor nasce do nada e,
mesmo assim,
fazem de tudo para continuar seguindo sem as ações necessárias para a sua permanência e frutificação.
Por isso, vivem no fosso permanente dos seus corações pela incapacidade de amar e serem amados.
Podemos ser severos, mas amoráveis.
A verdade não solicita rudeza nas palavras.
A doçura da abordagem convence muito mais.
O amor é o amor.
Não podemos sofrer amando.
Amor é entrega.
É completude.
É soma e divisão....inserção e elevação da pessoa amada.
Amor é amor que se quer e
quanto mais se vive mais se quer viver.
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