Tiago de Melo Poesia
Entre o dito e o não dito,
O saber algo e o não saber,
Saber algo e saber tudo,
Entre o ignorante e o erudito.
Sobre ou sob o mundo,
Com a paz ou com conflito,
Indiferença ou prometer,
O raso e o profundo.
A maneira certa e a errada,
A pouco errada e a toda certa,
A benevolência e o egocentrismo.
Entre todos esses versos,
Versa o nada.
Há um abismo.
Ser Jovem é:
Seguir em frente e sonhar,
que, tudo pode melhorar.
Acreditar que um dia as coisas irão mudar.
Jamais aceitar o que lhe imposto é,
sem antes lutar.
Navegar, sem receios de afundar.
E se afundar? Sabemos nadar!
Marcharemos firmes na direção que o vento soprar,
Ventos, que, de tempos em tempos podem mudar,
Estamos atentos às mudanças,
E jamais perderemos a esperança.
De viver uma sociedade Livre, igualitária e Fraternal,
Dessa forma lhes desejamos um Feliz Natal,
E um ano novo sem igual
Perdoar, é a vingança do humilde.
Ignorar, é resposta sagaz.
Amar a si mesmo nunca foi egoísmo
sofrer pelos outros é burrice demais.
DAS CONTRADIÇÕES
Digo que não mais farei
mas refaço no outro dia,
tudo aquilo que falei
que nunca mais faria.
Chuva bate no teto
eu esperto, esquento meu chá,
meu coração tá repleto
de palavras, pra quando ela chegar.
Minha rua, vira rio,
a espero até virar mar
passo horas áfio
enfim,ela encontra meu lar.
Rua 'A' taciturna,
no silêncio acontece a invasão
poesia noturna,
por fim,veio a mim,inspiração.
Quanto tempo já passou?
Quanto tempo se vive em um dia qualquer, onde nada se guardou e nem tempo sobrou
Quanto tempo já passou?
O que resta, é viver
Mesmo apenas um dia
Pois a vida é relativa
E o tempo é do tamanho
Que quiser
Quanto tempo já passou?
Para muitos um dia é nada
Para poucos, o mesmo nada
É tudo
Quanto tempo já passou?
O futuro é cheio de incertezas
Mas repleto de opções
Sabe Quantas chances terá de novo
Só para não viver ilusões
Pois viver somente o amanhã
É desperdiçar o hoje!!
E aí...
Quanto tempo já passou?
PESADO
Porque o peso
de desejar alguém
nunca é coeso;
convite suntuoso
ao experimentar
teu beijo sinuoso.
A hora da sucumbência
Como a pele exposta ao sol numa tarde
Em que o frio inexiste na ardência,
Um nó apertado a garganta invade
E faz sentir o gosto amargo da ausência.
O berro que só dentro faz alarde
Por fora cria um ar de clemência,
E o sentimento taxado de covarde
Molha os olhos desmedindo truculência.
O fim com dois golpes foi trazido,
Inobstante a feição inconsciente
Do resultado obtido.
O que restou foi o laço sucumbente
Com um irmão fugido
E uma amizade imprudente.
Soneto de Páscoa
O sofrimento pelo caminho
Do peso que carregou,
Da coroa a cada espinho
Quantas lágrimas não chorou.
A dor suportou sozinho
Dos membros que a cruz pregou,
Mas como a água que virou vinho
Jesus Cristo ressuscitou.
A Mãe recolheu o pranto,
Irrompeu de seu peito o manto
Que abriga todo sofredor
E olhou para o céu enquanto
Agradecia ao Espírito Santo
O retorno do Redentor.
O que há com os copos
Quando do vidro são confeccionados copos,
Todos eles logo anseiam o preenchimento.
A espera pelo líquido vira um tormento
Àquele que ao lado já vê seus iguais com amigos.
Os copos cheios atingem o comprazimento
E ganham a vida dada pelos novos coloridos.
Felizes aqueles que do líquido tornam-se abrigos,
Pois desfrutarão, pela companhia, do divertimento.
Não que esteja impedido o vidro lacunar,
Mas a transparência não costuma dar o brio
Que impede a incompletude de se catalisar.
Passa o copo a sentir cada vez mais o frio,
Pois aquele que nasceu para sempre abrigar
Se vê carregando o eterno fardo de estar vazio.
- a quebrar.
Irmãos, não fiquem criticando uns aos outros! Quem critica o irmão ou julga seu irmão, está criticando uma lei e julgando uma lei. E se você julga uma lei, você não é alguém que obedece a uma lei, mas alguém que a julga. / Ora, só um é o legislador e juiz: aquele que pode salvar e destruir. Quem é você para julgar o próximo?
Tiago 4, 11-12
O simples não me chama à atenção, a rotina me entendia, o fácil não me desafia e consequentemente não me faz evoluir.
Não gosto de seres humanos que podem ser definidos com uma ou duas palavras, e acredito que existe muito mais além do bem ou do mal, do certo ou errado, afinal não sou um computador que funciona em sistema binário e logica bivalente!
por:Tiago Maia
Ao sol e à memória pertence o tempo.
O sol se põe também no mar.
Eternidade.
A memória se põe também no mar.
Eternidade.
O tempo pertence a seu passo.
Nem sol ou eternidade.
O papel da verdade
Vai se engolindo a verdade com menos temperos.
Real em essência e busca.
Com atenção.
Com pensamento.
De pé na fila.
Entre um bando de responsáveis.
Entre as modas por estação.
Com as patentes de presos políticos.
O preço do globo e números
Circenses ou teatrais, puramente instrumentais.
O cotidiano fim de semana,
Sempre no particípio.
Arte plástica.
Como ser mais de dois mil anos depois de Cristo e uns trinta a mais depois de Cleópatra.
Sem muito destaque para contribuição à memória.
É verdade agora e mais ou menos.
Luto das pedras
Grito no sonho.
E ainda no escuro protetor,
Grito de novo acordando.
Tantas idades em reações.
O Passado. Dias seguindo contrários.
A vida é mais do quanto já se foi e pouco do que se quer ser,
Que deixo as palavras nos dentes.
Na teia do presente,
Tece ainda a falta, a saudade
Entre as ações acontecidas,
Entre o silêncio, o imóvel.
O invisível luto das pedras.
Desde quando imperceptível,
Até quando eu deixar de ser o mesmo.
Duo
Respirar as intenções no ventre.
Buscar o corpo, e nas mãos encontrar o outro.
Outro. Outro.
Entes reflexos.
Mudança em caminho comum.
Energia que se faz da fantasia e de acreditar.
E se entrega a identidade posta.
Erros
Não perdoa a pele.
Me serve de pecados.
Tão de perto me empurra contra mim,
Que a cheiro.
A imito.
Não perdoa a noite.
Meus gritos algemados na garganta.
As memórias plásticas e soturnas.
Páginas marcadas soprando violentas.
O que foi o meu querer.
E de joelhos no chão. Na queda.
O castigo imediato.
Ardendo, estalando, sangrando nas conseqüências de mim.
A vontade de nada. De ser coisa alguma.
Envolvido em mudez. Afogado em meus olhos.
Longe de outras chances.
Salvo na fuga do que não resisto.
Mordido
Me falta um pedaço que foi bem mordido por quem não posso culpar.
Lembro-me inteiro e como antes sentia ali onde não faltava.
Não fui surpreendido por aquela malícia.
Sabia dos dentes, do profundo olhar que traga.
Deixei sem interromper. Era vivo; era eu e meu.
Fui aquela parte levado como por alguém que espalhasse minhas palavras nos ouvidos de tantos, nos encontros e apresentações, nas ruas escurecidas que estão poucos a sorrir.
Deixei.
Sou resignificado.
A Parte que foi, deixa o espaço e todo seu passado inviolado.
As linhas preenchidas são mais soltas e vão mais facilmente por todas essas janelas abertas.
Delas não se vê o jardim; se vê lua. Ficou mais frio, mais denso e escuro.
A Parte que foi, deixa o espaço.
Lembro-me inteiro e como antes sentia ali onde estava.
Resignifico meus dedos nessas linhas preenchidas.
Receoso ainda. Mordido. Sem medo atravesso a noite.
Entroso movimentos nas voltas do que vejo e do que foi.
Tão vivo quanto são as charadas e as metáforas que se tornam uma na outra.
Ora com chances, ora sem apelos.
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