Tiago de Melo Poesia
A crise pode ser uma chance ver a vida, o que melhorar e as consequências que poucos conseguiam ver.
Num contexto cósmico, não tem como enganar o outro, tudo que fazemos volta a nós, sendo assim, as maiores mentiras são aquelas que dizemos a nós mesmos.
A dor existe para nos mostrar que tem algo errado, para nós refletir, aprender, ajudar e se melhorar.
Não acredite em todos que querem impor uma verdade mas também não os julgue, aprenda com eles e siga seu próprio caminho.
Preste atenção no que faz, no que planta, somente nisso, pois querer colher o quê não plantou perante o universo não dá, pois quem semeou, a colheita é inevitável.
A maior escravidão é aquela que não percebe, que acredita estar livre mas está preso, sendo assim jamais encontrará a liberdade pois acredita que ela não existe ou já a tem.
O despertar da consciência é como uma água gelada que você entrou e está ventendo muito e percebe que o frio está fora e Não mais lá.
Não se sinta mal por algumas pessoas serem ignorantes, elas apenas estão seguindo o fluxo que a humanidade ignorante plantou.
— Severino retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.
Hei de cortar claras manhãs
com a sola dos meus passos,
com a tinta do meu traço,
com o sonho do meu verso.
Meu pai,
beijo suas mãos,
não como um homem
pretende beijar as de Deus,
mas como uma árvore
beija suas raízes.
E no céu da minha nação
não há juventude nem sabedoria
se não houver tua companhia.
O outro que és é o longe
que se alonga ao meu encontro.
Vai, meu passarim, segue teu rumo.
Vai e frequenta as esferas que te esperam.
Uma noite teu sonho atravessou minha seara
e foi uma revoada de alegria.
Agora chegou o momento de tua energia
buscar outras vibrações, outros horizontes.
Estende tuas asas pelos azuis que te aguardam.
Eu preciso de um espelho:
olhar no fundo dos olhos
e ver bem dentro de mim:
quero beijar minha sombra
Encravo o meu punhal na tua pequenina porta,
encravo-o com todo gás, com toda força,
e ao realizar essa completa invasão
descubro que a tua pequenina porta
guardava e resguardava um imenso salão.
O que impera em ti
são esses milagres
que são tuas tetas,
dois punhais
que a cada instante
furam minha paz
e que me ensinaram
a amargar
a verdadeira sede.
Assim é a criação,
uma revolta por dentro,
um espetáculo trágico,
um grande acontecimento,
que só encontra sossego
quando se espalha no vento
e alcança todas as plagas
até ser esquecimento.
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