Tiago de Melo Poesia

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Porque é que Adeus me disseste
Ontem e não noutro dia,
Se os beijos que, ontem, me deste
Deixaram a noite fria?

Para quê voltar atrás
A uma esperança perdida?
As horas boas são más
Quando chega a despedida.

Meu coração já não sente.
Sei lá bem se já te vi!
Lembro-me de tanta gente
Que nem me lembro de ti.

Quem és tu que mal existes?
Entre nós, tudo acabou.
Mas pelos meus olhos tristes
Poderás saber quem sou!

Inserida por pensador

Simplicidade

Queria, queria
Ter a singeleza
Das vidas sem alma
E a lúcida calma
Da matéria presa.

Queria, queria
Ser igual ao peixe
Que livre nas águas
Se mexe;

Ser igual em som,
Ser igual em graça
Ao pássaro leve,
Que esvoaça...

Tudo isso eu queria!
(Ser fraco é ser forte).
Queria viver
E depois morrer
Sem nunca aprender
A gostar da morte.

Inserida por pensador

Felicidade, agarrei-te
Como um cão, pelo cachaço!
E, contigo, em mar de azeite
Afoguei-me, passo a passo...
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera.
E foi, assim, que, submissa,
Vi chegar a Primavera...
Quem a colher que a arrecade
(Há, nela, um segredo lento...)
Ó frágil felicidade!
— Palavra que leva o vento,
E, depois, como se a ideia
De, nos dedos, a ter tido
Bastasse, por fim, larguei-a,
Sem ficar arrependido...

Inserida por pensador

Andamos nus, apenas revestidos
Da música inocente dos sentidos.

Como nuvens ou pássaros passamos
Entre o arvoredo, sem tocar nos ramos.

No entanto, em nós, o canto é quase mudo.
Nada pedimos. Recusamos tudo.

Nunca para vingar as próprias dores
Tiramos sangue ao mundo ou vida às flores.

E a noite chega! Ao longe, morre o dia...
A Pátria é o Céu. E o Céu, a Poesia...

E há mãos que vêm poisar em nossos ombros
E somos o silêncio dos escombros.

Ó meus irmãos! em todos os países,
Rezai pelos amigos infelizes!

Inserida por pensador

Este belo sentimento tão fecundo
Faz de um simples cidadão a um doutor
Indivíduo realçado em qualquer meio
Instrumento do querer do criador
Seja um negro, branco, ruivo ou moreno,
grande, magro, volumoso ou pequeno
são iguais sobretudo no amor

Dá no mesmo ser patrão ou zelador
Independe de patente ou serventia
Seja um padre, um ateu ou um pastor
O amor não requer teologia
Não se compra ou se acha em cartilhas
Basta plantá-lo, pra colher suas maravilhas
que o Senhor nos dá de graça todo santo Dia

Inserida por gildam_de_demetrio

Sua carta não me causou o menor espanto
O problema não é exclusivamente seu
É como uma força nobre preste a te dar uma exata noção
Um equilíbrio forte e rico de experiência
Eles podem permanecer a beira do abismo sem o risco de cair.

Inserida por marianadefreitas

Sem se importar em seguir a norma culta da vida
Meu sentimento voa porque o estante existe
E meu coração não está completo
Preciso dizer que ainda te amo
Mas isso é tão difícil para mim
Que mesmo em face
Te olho e não exijo nada
O controle é o tempo e a atenção
Você não os usa
Só se distrai com isso.

Inserida por marianadefreitas

Quando pensarmos além das belas margens tem o canto dos pássaros
Talvez não a várias opções
Mas eu estou aqui mudando
Tá escrito aqui o que eu analisei de ti
Por nenhum canto vou sozinha
Não vou só por mim
Eu sei que esse vazio
Vem lhe dizendo o que fazer
Mas não adianta tu ouvir pra se sentir dentro do mundo
Sentimento cheio e mente bem vazia
Tiraram de mim um sorriso
E calaram meus argumentos
Quanto vale a tua lágrima quando cruza teu sorriso?

Inserida por marianadefreitas

Se você não aprender a ler meus olhos,
Meus gestos e meus sorrisos
Temo que tão pouco saberá tocar-me a alma

Se não tocar-me a alma
Creio que tampouco
Merece tocar meu coração...

Inserida por paty_souza

Todos, por menos que se importem,
acabam por porta-se as reflexões.
Sobre os dias que passaram,
os que não chegaram, e os que virão.
É assim então que vem a maresia. Sensações de amor, dor, esperança e alforria. Num desabafo da alma que se esvazia, na breve reflexão desta poesia.

Inserida por AlvaroAzevedo

Amor Imortal

Plantei o teu amor no meu coração e todos os dias eu gosto de cultivá-lo com sorrisos e mimos. Um turbilhão de pensamentos sobre você norteiam o meu ser, o que sinto por ti, me dá uma experiência única, tenho a sensação de ser intocável ao que faz mal, ando com a impressão de estar coberto com o manto da invisibilidade referente às tristezas e as fraquezas da vida. Você é a minha fortaleza é você quem me protege com o teu amor, sou sincero quando digo que sei que não sou imortal, mas sou justo e mais sincero ainda quando te digo que o nosso amor em versos, a partir de agora vira poesia e se torna imortal.

Inserida por Ricardossouza

Antiga alquimia

Criada Pelos antigos
Filósofos e escritores
Em um ritual conceitual
Formado pelo seu
Amor, sangue e magoas
Junto a uma concentração espantosa
Um coração Flamejante
Uma mente enevoada
E Uma escrita detalhista
Forma-se a mais Realista
E genuína Poesia

Inserida por Lucas_Nunes_De_Assis

PERDA

quero ser inteiro
mas me divido
entre o que finjo
que sou
e o que sou
de verdade.
para quem estender
a mão
se não consigo?
em que ano perdi
a minha idade?

Inserida por rodriguesdesenna

Amai

Coisas que nos fazem bem
O amor, por exemplo,
Sendo o mais profundo
E que nos alcance
Que traga paixão
Que venha com alegria
Como uma melodia
Que embala o coração

Inserida por EdmilsonNaves

Refletindo ...
Raros momentos,
perplexidade no olhar,
uma folha que cai,
um grito de ai,
aquela folha desfaz e,
fecha seu ciclo.
Banal é,
não banalizar,
o que fora,
banalizado,
a folha que cai,
não tocou o solo,
está caindo,
juntando-se as outras,
juntando-se ao todo,
retornando para
a alma-máter
natural.

Inserida por Marques880

Que ditoso de amores por ti eu vivi
Que lembranças daqueles olhares,
Sôfregos e lânguidos, que n’alma senti.

Inserida por ElectroWave19

Falso Soneto II

Adeus, minha querida, adeus, meu amor!
Dei-te afeto, carinho, e tu, só me deste dor
Agora, vou-me embora, mas de ti não esqueço
Porque tão ingrata com quem te deu tanto apreço?

Fizeste-te escarlate aos meus primeiros cortejos
Agora, é com tristeza n’alma que eu te vejo
Entregaste-te a outro! Sabe que ele não te ama!
Não vale um vintém, bêbedo que minha musa profana!

Despeço-me agora de ti querida, não posso mais
Ver o que tu fazes comigo, mata-me aos poucos
Só queria ter os sorrisos, que tu me davas tempos atrás

Pois adeus, luz de minh’alma, não posso curar esta ferida
Não aguento teu desdém, teu descaso deixa-me louco
Morro, lembre-se de mim, como quem mais te amou em vida...

Inserida por ElectroWave19

Meu coração


Meu pobre coração, que nessa terra
De amores e de esperanças se enchia
Agora em mortais desgostos se enterra
Foi ditoso, mas de ilusões vivia!

Oh! Descansa meu pobre coração! Embriagou-se no enleio das mulheres
E não percebeu que era tudo em vão
Eu te deixo em paz, morra se quiseres

Porém, só não se esqueça das venturas
Inocentes gracejos, e as doçuras Que nos deram os amores das donzelas

E se quiseres morrer, eu te entendo
Antes pelo menos, morra sabendo
Feliz daquele que morre por elas.

Inserida por ElectroWave19

Camille

Deixa dizer-te os formosos cânticos do meu coração
Que a minha alma tanto repulsa pela emoção e pela dor
Foram moldados com carinho, ternura, brandura, zelo e amor
Petrificados na ânfora de Atena com a força de uma paixão

Camille, tu que viajas nas cataratas eternas, deleitando-se
Nem de longe esquece-te do imponente ser de garras e rugido
Oh minha sonhadora: de mechas loiras, ruivas e traje brunido
Quero viajar para sempre nas quedas celestiais, acariciando-te

Tu matastes a morte com a flamejante espada da esperança
E me destes a vida, criando um paraíso que nunca poderei igualar
Cravando o sagrado opúsculo nas areias do Chronos hodierno

Por ti, sofro nas mãos cruéis e perversas do soldado da vingança
Tudo para cavalgar pela última vez, rumando para o reino basilar
Unindo-me para coabitarmos no paraíso cróceo, flavescente e eviterno

Inserida por PablodePaulaBravin

Eremitando


Na solidão me entrego,
entre olhares perdidos,
Erguidos em escapismo.
Lirismo encoberto.


No horizonte me enterro,
neste luto eterno,
entre meu mundo interno,
e a realidade que impera.


Quisera eu poder inventar
minha quimera,
e dela fazer minha existência,
substância, essência.

Inserida por danielleronalddecarv