Textos sobre Vida Bob Marley
SOBRE METADES INTEIRAS
Demétrio Sena - Magé
"Ter individualidade" ou "fazer o que eu quero" é ilegítimo", se há alguém ao meu lado e o excesso do meu eu a torna infeliz. Prometi (com ou sem cerimônia religiosa) amar e tornar feliz essa pessoa, "até que a morte nos separe". Se o amor morreu, já nos separou, e se foi em mim essa morte, preciso enterrar a vida que já não faz sentido e livrar minha companhia dos meus arroubos... ou se ainda existe amor, ajustar a convivência para a individualidade sem abandono... fazer o que eu quero sem "mostrar quem é quem"... ser livre sem trair ou deixar parecer que traio, por possível vaidade machista.
Sou indivíduo, mesmo na vida conjugal, e não quero ser levado na rédea curta. Mas a reivindicação não pode cometer excessos que diminuam quem vive comigo. Tenho direito às amizades só minhas e meu cônjuge também; ao trabalho que me realize. Aos perfis em redes sociais e senhas só minhas. Mas nada pode ser usado para humilhação, abandono, traição (...). É fácil cobrar confiança à minha individualidade... mas preciso não fazer dela o salvo conduto para não ter escrúpulos. Nem tornar "cabeludos" os segredos aos quais tenho direito; até porque, um dia vêm à tona.
Respeito é troca. Liberdade é troca. Confiança também. Posso abrir mão da vida conjugal para "viver minha vida" e posso viver minha vida sem deixar de viver a nossa. É só alcançar a troca de respeito, liberdade, confiança e direitos individuais. A sociedade, mesmo democrática, tem leis que punem o mau uso da democracia. Vida a dois é sociedade dentro da sociedade. Também tem leis, mesmo com regime democrático. Há outra pessoa e meus direitos não podem massacrar os seus, por excesso; má fé. Sou livre para não ter vida a dois, mas a decisão tem que ser inteira, para não oprimir a outra metade. Consensualidade é valor inestimável.
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ESSES "VELHOS"
Demétrio Sena - Magé
Às vezes penso em alertar os mais jovens sobre a grande soberba que marcou minha juventude, para que seus anos tardios não tenham buracos iguais aos meus... tantas perdas irrecuperáveis... tanta sensação de que tudo podia ter sido diferente.
Mas o meu desejo ainda é soberbo e mostra que não aprendi tanto quanto penso. Cada um tem seu tempo, sua história, seu processo de maturidade... sua forma de absorver aprendizados. Também tive "mais velhos" que tentaram me alertar sobre minha soberba, tão em vão quanto hoje tento fazer, da mesma forma, em vão.
Esses "mais velhos"... pobres "mais velhos" como eu... ah, se eles soubessem o que não podem fazer, como pensam que podem (com licença, Gil), por "esses moços... pobres moços" e suas releituras das nossas trajetórias!
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SOBRE LÁ
Demétrio Sena - Magé
"Lá" é um horizonte. Nunca chegamos ao horizonte, por mais que pareçamos ter "chegado lá". O horizonte está sempre além... no horizonte. Sendo assim, qualquer pessoa pode voltar de onde ainda não chegou... e se não teve humildade no trajeto já percorrido, vai se deparar com aquelas pessoas às quais diminuiu, apartou e que, talvez, estejam mais fortes, agora... mais estruturadas e com mais bagagem do que as "lebres" que as ultrapassaram e fizeram chacota, expressamente ou em silêncio. A sorte quase certa, é que essas pessoas mais... longânimas, são menos... rancorosas.
Em todas as artes, letras, ofícios e, na vida cotidiana, muitas cadeiras dançam... muitas posições se alternam... a realidade mostra que nem tudo é questão de mérito; algo pode ser fenômeno reversível. Algumas vezes a vida corrige suas injustiças, por força do Ministério Público do universo. Há muitos talentos injustiçados e muitas fraudes do destino a nosso favor, mesmo que nós, pessoalmente, não tenhamos agido com fraude ou má fé... porém, se fomos frios e soberbos, um eventual recuo na trajetória pode ser bem desconcertante, ainda que, sem rancores à volta.
O "lá" e o "cá" têm uma parceria permanente. Toda ida pode ser definitiva. Como também pode não ser. Precisamos estar naturalmente preparados para que uma eventual queda não se agrave como consequência da nossa eventual construção conturbada, egoísta, excessivamente vaidosa ou questionável, a depender dos produtos e/ou dos seres humanos que fomos, nas construções... corporativas ou pessoais.
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PECADO
Demétrio Sena - Magé
Sou pra quem o pecado é sobre os outros;
é pecado se alguém ao meu redor
sentir dor, sofrer dano e tiver medo,
for castrado e tangido por meus atos...
Ou também oprimir, não der saída,
tiver peso de algema e de aguilhão,
um arpão que não deixe alguém voar
com a vida sem rédea e sentinela...
O pecado evolui, se torna crime,
se meu ato é tirano, impõe assombros,
põe escombros nas costas doutro alguém...
Destilar preconceito e julgamento;
ser eterno instrumento inquisitório;
há um grave pecado em quem é santo...
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SOBRE RISCO SOCIAL
Demétrio Sena - Magé
Bom mesmo, é ser alguém respeitado em situações improváveis. Ou ser levado a sério em contextos que ninguém seria. Merecer, como não seria concebível no cotidiano, bons olhares e admirações sinceras. Ter a confiança de quem normalmente não confiaria, pelas livres exposições desse alguém; de quem ele é, sem qualquer camuflagem.
Secularmente, um ser humano precisa de muitos vernizes. Camadas incontáveis de massa corrida, casca ou lona sobre corpo e alma, para ter o respeito, a confiança e os espíritos desarmados em derredor. É algo inexplicável, quando alguém acerta em cheio ao escolher quando e onde mostrar sua versão mais deslavada, crua e desnuda.
Depois é leve o seguir. Tendo sido feliz em, talvez, um mundo particular, habitado por gente que sabe ver além e mais profundo, sem a canga de tantos dogmas. Gente que aposta no caráter, sem pé atrás, ainda que o casco à frente não ajude, por ausência de rótulo. Às vezes é preciso arriscar, para saber que determinadas pessoas existem.
Evidentemente, no meio do caminho tem as mesmas almas previsíveis... assombradas pelas próprias sombras.
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IMPROVISOS DE VIVER
Demétrio Sena - Magé
Não acordo pensando sobre o dia
ser de quem ou de que, no calendário;
sobre horário e critério pro que faço
entre meus improvisos de viver...
E não quero vigias de lembranças
ou que meçam daí meu sentimento,
ponham lanças na minha consciência
nem me façam seguir a multidão...
Quando acordo não sei que dia é;
sei apenas que acordo novamente
minha mente, meus olhos curiosos...
Quero a vida nos vãos e pormenores
de alegrias e dores ou surpresas
que não fico surpreso quando vêm...
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MINI-TRATADO SOBRE A INVEJA
Demétrio Sena - Magé
Pode não ser inveja, e sim, uma sóbria e silenciosa admiração sem interesse; por isso mesmo, sem excesso de aproximação e procura. Ou pode não ser inveja nem admiração, mas um tanto faz: a pessoa não dá bola para o que você tem ou quem você é... por isso não estende um tapete vermelho aos seus pés. Você precisa conviver com a ideia de que alguém (ou ninguém) tem inveja de você. A inveja de quem consegue não ter inveja pode corroer suas vísceras. Isso tem cura. Procure ajuda profissional.
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ARTILHEIRA
Demétrio Sena - Magé
Sobre a tua desculpa sempre pus a minha;
me sentia culpado se não desculpasse;
dei o passe perfeito a cada jogo teu,
para dares o chute que arbitrasses dar...
Foram tantos e tantos os gols que fizeste;
fui um débil goleiro que nem se mexia,
porque via em teus olhos uma perda eterna,
se num salto perfeito eu detivesse a bola...
De repente um descuido me fez espalmar
o teu chute perfeito como sempre foi;
meu olhar foi ligeiro e providencial...
Eu queria não ter acertado em teu dolo;
te manter artilheira sem nenhuma pausa;
preservar este colo de ninar teus truques...
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SOBRE UM NOVO TEMPO
Demétrio Sena - Magé
Entre as inúmeras formas de renovação humana e social que desejo a cada novo ciclo - pessoal ou coletivo -, sonho com um tempo de menos teorias da conspiração. Teorias em torno da crença... da não crença ou do ateísmo... da sexualidade, o gênero, a ideologia... dos hábitos, o passado, a origem e a cultura do outro, que só dizem respeito ao outro. Que não causam danos reais ao seu redor (as teorias da conspiração envolvem danos fantasiosos, todos causados por desinformação, superstições e fanatismo).
Se começarmos o ano cuidando mais de nossas vidas e menos das dos outros... desejando a nossa felicidade mais do que a infelicidade alheia... disputando menos destaques pessoais e dando menos ouvidos ao que não é de nossa conta e podemos observar silenciosamente, por conta própria, teremos um ano melhor. Já o mundo melhor exigirá de nós, mudanças mais profundas de pensamento, ação e respeito ao outro. Seja como for, é sobre nós em relação ao próximo e seu direito a ser quem é.
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INQUIETAÇÕES LEIGAS SOBRE A BIPOLARIDADE
Demétrio Sena - Magé
Entendo e respeito a bipolaridade no seu aspecto não massificado. No aspecto que não virou moda (dizer poucas e boas quando quer, depois virar anjo; ser gentil agora e daqui a pouco agredir, sem nenhum peso na consciência; perder a consciência... amar e odiar, fazer o bem e o mal como quem troca de roupa).
Tenho como certo, que bipolaridade causa variação de humor: alegria e depressão num piscar de olhos; tensão e calma; medo e coragem, pontuais ou vertiginosos. Mas não causa variação de personalidade nem de caráter. A pessoa não é ora vilã, ora "mocinha" ou "mocinho". Bem educada agora, sem educação logo depois... honesta e desonesta, boa e má, gentil e perversa, capaz e incapaz de amar e ter bons sentimentos.
Não acredito em bipolaridade calculista, planejada, utilizada como vingança e afago, a depender da carência ou não carência do momento. Bipolaridade não é manipuladora e a pessoa nem tem esse controle, pois é bipolar; não psicopata.
O laudo de bipolaridade não pode ser uma "carta branca" para quem deseja romper com os compromissos de afeto, ética e bom senso, pois o bipolar não é incapaz mentalmente... nem com as suas prerrogativas de responsabilidade social e humana... ou com a intenção de ser sempre acolhido, respeitado, e só acolher e respeitar quando lhe "der na telha".
Não tenho formação em área que diagnostique. Só vivência e observação para intuir que a bipolaridade é interna. Extravasa, sim, é sentida pelo outro, mas não de formas intencionais e má fé. O bipolar não é um psicopata; porém, um psicopata pode ser bipolar. Aí sim, ele usará o diagnóstico, não como bipolar, mas como pessoa de mau caráter; personalidade manipuladora e perniciosa.
Posso ter dito um monte de incoerências... fazer o quê? Só espero que o possível texto incoerente seja bom o bastante para fazer entender minhas inquietações leigas com o assunto.
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SOBRE OS "DONOS" DO BEM PÚBLICO
Demétrio Sena - Magé
Ao "decretarmos" que um espaço público aberto... "é publico!", para justificarmos uma possível utilização particular, sem nenhuma solicitação formal prévia para liberação desse espaço, somos totalmente arbitrários e contraditórios. Afinal, tornamos privado o que é público e suprimimos para todos mais, o direito de ir, vir e utilizar.
A rua, por exemplo, é pública. Todos podem transitar, sentar em uma calçada e até ficar no meio dela, em pé, olhando para o céu. Mas ninguém pode cercá-la para um evento, sem antes recorrer ao setor de ordem pública do município, para consulta prévia de viabilidade sobre dia, horário, som, trânsito, natureza do evento e muitas outras questões. Isso, todos podem fazer, utilizando critérios lineares estabelecidos pelo poder público.
Fazer obras na rua, na calçada ou em uma praça; pôr barricadas e quaisquer outros impedimentos, para dificultar acessos... desmatar para qualquer fim, as áreas públicas de preservação ambiental... invadir escolas públicas (ambientes sempre desrespeitados pela população) para realizar atividades não agendadas, tudo isso é proibido. É privatizar arbitrariamente o público; tomar para si, como pessoa ou grupo, definitiva ou provisoriamente, o que é de toda a população.
O que me deixa intrigado, é que essas pessoas arbitrárias, truculentas e "brabas" que usam ruas, calçadas, praças, escolas e outros bens públicos, como seus, não invadem também, delegacias, fóruns, áreas ambientais vigiadas e quartéis. Esses espaços também são públicos, mas neles, os mesmos trogloditas miam.
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SOBRE CONVIVER COM PESSOAS E CÃES
Demétrio Sena - Magé
Muitos repetem a todo instante, que preferem os cães às pessoas. Há duas cadelas em minha casa. Eu as amo. Mas não vejo como comparar a relação ser humano/pet com os relacionamentos interpessoais. Cães obedecem o tempo todo; não discordam; aceitam a vida que oferecemos e o ser humano é seu dono; sob a classificação de tutor.
É um desafio à nossa humanidade, à dignidade pessoal e ao nosso exercício como seres sociais, nos relacionarmos com outras pessoas. Muitas vezes requer uma grande humildade, a contenção do brio... abala o próprio protagonismo. O ser humano contra-argumenta, contraria, raciocina à altura e não pertence um ao outro. Não somos donos nem propriedades de outros seres humanos, embora o pronome possessivo meu/minha seja muito comum entre nós.
A fraqueza de caráter... a vaidade patológica... o complexo de superioridade, o sentimento de posse, o medo e a preguiça de se relacionar igualitariamente com o outro explica bem esse mantra de algumas pessoas. Elas querem simplesmente que o próximo lhes obedeça, concorde sempre, não tenha vontade própria, opinião, aja sempre com passividade, sem brio e protagonismo. Só elas podem ter sentimentos, reflexos, decisões, opiniões e arbítrios próprios.
Ter cães (duas cadelas) não me faz desejar ter as pessoas de minhas relações "na coleira"; sob o meu domínio; minha tutela permanente. Meu amor pelos bichos não é maior nem menor... é apenas diferente do amor que tenho pelos meus afetos humanos, que trato exatamente como afetos humanos. Com todos os desafios da convivência social.
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SOBRE TODOS NÓS
Demétrio Sena - Magé
Sou amigo de fulano e cicrano, que são muito amigos de bertano, pessoa muito bem sucedida e influente no bairro em que nós residimos. Bertano tem um problema comigo, por preconceitos que ele nutre porque não tenho religião e sou eleitor da esquerda. Em razão disso, percebo que fulano e cicrano evitam qualquer proximidade comigo em ambientes físicos e virtuais onde bertano esteja (ou não, mas perceba essa proximidade). Em outras palavras; só são próximos a mim, com ele ausente ou distante.
Dia desses fulano e cicrano, que estão sempre juntos, vieram conversar comigo, meio sorrateiros. Olhavam muito em volta: quem sabe, verificando se não passava ninguém que depois pudesse contar para bertano que o viram comigo. Quando eu lhes disse, com muita franqueza, que sabia o que vinha ocorrendo nos últimos dias, eles bem que tentaram se explicar. Disseram que só não queriam aborrecimentos e, pelo que depreendi, havia uns interesses envolvidos, etc. Segundo eles, eu devia entender. Explicações esdrúxulas.
Não entendo. Não entendo escravidão social, afetiva, ideológica, de classe nem qualquer outra... também não entendo "sinsenhorismo" e vocação para camuflagem. Se não entendo, é porque sei lidar com a diversidade... separar quem de quê... ser fiel às amizades opostas entre si... nunca julgar ou deixar que julguem por mim ou me orientem sobre quem é quem. Eu jamais entenderia esse rastejar nas sombras; esse viver de modo a dar satisfações de como vivo, com quem lido e de minhas verdades existenciais.
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Respeite autorias. É lei
Entendendo sobre a Bandeira do Brasil.
O retângulo verde: simboliza os Braganças para representar poeticamente as matas brasileiras.
losango amarelo: simboliza os Habsburgos para representar poeticamente o ouro do Brasil.
O círculo azul: representa o céu brasileiro no dia do golpe republicano (15 de novembro de 1889), cada estrela refere-se a um Estado. Assim, a quantidade de estrelas variou ao longo dos anos. Hoje são 27. É interessante lembrar que a estrela isolada não trata-se do distrito federal, mas sim do Estado do Pará.
frase escrita: a frase escrita na bandeira “Ordem e Progresso” refere-se ao lema positivista “O Amor por princípio, a Ordem por base, e o Progresso por fim”.
SOBRE O QUE É REAL E O QUE DILUI NA IMENSIDÃO
A verdade as vezes dói, mas é uma dor veloz ... a ilusão envelhece a tua alma, Amarrota a tua face, a ilusão rabisca a tua testa e marca o teu sorriso... a Juventude só dura uma ilusão e uma verdade e aos vinte anos você já viveu tudo
Baby as manhãs tem cor de ouro e sabor de hortelã e à noite nem tudo é absurdo
Só um pouquinho de amor e alguma compreensão e o mundo fica doce...
Um pouco de perdão pra quem precisa... olhar por outro prisma a vida
Baby, o mundo pode ser maravilhoso, contanto que seja menos imundo
Baby se as estrelas fossem minhas, o que eu faria com as estrelas...
Eu faria um piquenique em cada dia, mas aos finais de semana
Eu morreria de saudade dos meus amigos farofeiros em Copacabana
Baby te amei tanto e acho que te amo ainda, mas agora não amo este achar...
o mistério de tudo... se fosse diferente talvez não fosse tão doce,
mas conversaríamos sobre qualquer banalidade
sob o calor daquelas tardes mornas
e as futilidades eram só pretextos para estarmos juntos;
por que haveria de ser diferente...
eu escreveria alguma coisa...
eu já pensava que era poeta,
mas nunca dirigi a palavra correta para a pessoa certa... meu Deus!
um colibri se perde com o néctar das flores;
por que, ou por quem se perdem os poetas...
minhas fantasias tem carnavais tão lindos;
meu coração está cheio de feriados,
de sábados e inesquecíveis domingos
mas... se fui feliz, eu não sei
felicidade é a próxima estação, ou a estação passada...
não diga mais que a vida é tão fugaz,
fugaz é essa dor de dor nenhuma...
é o teu olhar, o teu sorriso, o teu perfume,
o teu cabelo ao vento;
é este sentimento que me diz que tudo é mistério...
e no amor, mistério é tudo... mas tudo é tão fugaz.
ADEUSES
Ainda não falei sobre os adeuses...
as vezes era noite, as vezes era dia, as vezes eu perdia a noção do tempo,
ou eu ainda não tinha noção de nada...
hoje diria que perdi muitos outonos, que despetalaram as primaveras, ou talvez atordoado... tantos "jabs" me deixassem grogue, e eu olhasse cuidadosamente as dependências farejando qualquer resquício de uma presença, de uma ausência num utensílio numa peça de roupa esquecida. A solidão sempre faz surgir fantasmas pelos corredores, barulhos de passos, sussurros, um grilo impertinente, até que o espelho da penteadeira reflete as lágrimas tardias que não caíram no momento da despedida. Xícaras copos, pratos, colheres e migalhas silenciam o colóquio dos últimos momentos de despedida; fica então, tudo tão quieto, e uma brisa vinda não se sabe de onde sopra fria...
Estive pensando o que é o amor, aliás vivo meditando sobre isso...
vivo matutando... talvez ele se guarde na temperatura suave das manhãs,
talvez viaje à velocidade de cometas ou meteoros como veículos de luz e calor no nosso sistema solar, talvez se esconda na solidão sob pretextos de ansiedades sob os tons cinzas de tardes chuvosas que se derramam melancolicamente nas vidraças. Talvez nas incertezas e inseguranças que constitui a alma humana nasça esse sentimento... talvez nas paixões; não naquele sentimento de possuir, de consumir e sim de perceber, de preservar, de deixar seguir, de alimentar e tornar, melhor; talvez seja esse o elo que nos dá a semelhança divina e nos traz a capacidade de amar...
E.Ts
Já te falei sobre os discos voadores
No meu firmamento pessoal,
Sobre os aliens e meteoros,
Já te falei sobre a minha gravidade,
Sobre os dragões que povoam as minhas cidades,
Já te falei sobre são Jorge guerreiro,
Jorge Ben ou Jorge Ben Jor, Seu Jorge,
Acho que tivemos sorte,
Mas sob os astros, quando a vaca caminha
Numa total penumbra quem aposta
Que um rastro de bosta...
Quem caminha seguro com uma vaca em sua frente?
Quem caminha seguro com uma vaca no escuro?
Teremos sempre ameaças de chifres
Jamais teremos férias em Chipre
Teremos sempre ETs a povoar nossas inseguranças
Teremos sempre monstros
Nos olhos mais ternos de nossas crianças
Quase sempre não somos os únicos culpados pelos nossos pecados
NAPOLEÃO
Psiuuu! O gato repousa...
O silencio é sagrado
Tudo que foi dito pela madrugada
Sobre a inabalável reputação de Lili
Fica esquecido
Toda algazarra no telhado,
O escândalo do bife roubado,
Os arranhões no leão,
Tudo põe-se de lado,
Napoleão dorme,
Provavelmente sonha
com batalhas consagradoras,
Um império grandioso,
Um exército irreparável
Infalíveis estratégias felinas...
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