Textos sobre Trabalho

Cerca de 1701 textos sobre Trabalho

Em desordem...
(Nilo Ribeiro)

Estou afogado em livros,
mergulhado no trabalho,
tento achar o equilíbrio,
ser solidão, ser solitário

às vezes eu sou eu,
às vezes autenticidade,
às vezes um já morreu,
às vezes enfermidade

não encontro meu ponto,
sou menos, ou sou mais,
não me dou um desconto,
sou inferno, sou paz

linha do horizonte,
não existe para mim,
não bebo mais em tua fonte,
isto é todo o fim

vivendo desta forma,
sou envolvido pela ilusão,
quem um dia foi minha plataforma,
me deixou na solidão

como a vida é banal,
conclusão que eu repudio,
ser completo de bem material,
mas ter o coração vazio

minha vida ficou em desordem,
uma verdadeira anarquia,
somente as palavras me socorrem,
pois elas viram poesia

uma poesia de desalento,
mas uma poesia pura,
mesmo vivendo um mau momento,
não perdi a minha doçura

um poeta doce,
como se um anjo fosse,
um poeta sem sucesso,
pois não tem o teu regresso...

Inserida por NILOCRIBEIRO

'NASCIMENTO'

Noite turva.
Frio na espinha.
À Pátria mãe clamava atalaias,
rondas.
Trabalho em círculo,
andar cansativo,
mas significante em épocas de chuvas...
Lembro-me o olhar de tubarão,
serras pontiagudas,
escorpião.
E as tantas palavras vãs.
Não eras soldado,
mas capitão,
metralhando hediondos adjetivos...

Ser eletrocutado no desprezível,
exímio de chorume,
fuligem nos olhos,
teve significâncias no tempo.
Acolhi o que dissestes para crescimento.
E cresci infindavelmente,
não sabes o bem que fizestes...

Sem asas,
mostrastes o infinito.
Sem forças,
nascera um gigante.
Houveram milhares de noites,
e inspirei-me apenas naquela...
Lembro quando verbalizavas 'desmerecimentos',
'fracassos'.
Não sabes o volume,
tampouco o tamanho da medida.
Mas me levantastes naquelas palavras bem arejadas,
tão bem colocadas...

Engraçado!
Teu nome de guerra era 'Nascimento'.
Mal sabias,
do renascimento a cada palavra mal adjetivada.
Eras grande no momento para que eu galgasse o meu mundo.
Obrigado pelo nascimento,
caro amigo 'Nascimento'...

Hoje,
vi tua imagem,
com mãos ainda em formato de 'descansar'.
Ainda há tempo no moinho.
A vida dá voltas,
e o tempo nos ensina maravilhas....

Inserida por risomarsilva

A MAIOR MISSÃO NA TERRA

Enquanto trabalho em minhas planilhas, lembro das suas pequenas unhas do pé que precisam ser cortadas.

Enquanto almoço rapidamente, penso se as professoras da escola integral insistem algumas vezes para você comer o brócolis, assim como eu faço lá em casa.

Na academia (que tento fazer no horário do meu almoço, entre uma reunião e outra), tento levantar um pouco mais de peso nos equipamentos. Meu corpo precisa estar inteiro e saudável para organizar a sua festa de 15 anos.

Olho o extrato bancário e vejo que já debitaram a parcela mensal do meu seguro de vida que fiz antes mesmo de você nascer. Mesmo em minha ausência, caso ocorra, quero lhe deixar algum conforto.

Sorrindo, engulo mais um sapo a seco e aguento agruras no trabalho pois preciso do salário ao final do mês para o seu nobre sustento.

Viajo para as minhas aulas do doutorado muitas vezes em lágrimas e com o coração apertado por uma noite a menos com você, mas com a certeza que será melhor para o seu futuro. E com a esperança de tê-la orgulhosa citando a mãe doutora.

Faço questão de percorrer algumas horas de trânsito por dia para levá-la e buscá-la do colégio, pois são horas em que me dedico só a você, mesmo desviando dos ciclistas e cachorros que cruzam o nosso caminho.

Aliás, no percurso até a sua escola, fico inventando uma nova brincadeira para interagirmos até chegarmos em nossa casa, na esperança que não pegue no sono e durma sem jantar.

Colei os seus desenhos ao lado da minha mesa do trabalho para eu lembrar que um dia duro faz todo sentido quando se tem um “pedacinho de gente” dizendo que te ama ao final da tarde.

Declaro com um sorriso escapando do rosto que aprendi a matar baratas, fazer omeletes, cantar no chuveiro, assistir desenhos animados e cuidar bem melhor da minha saúde depois que você nasceu.

Morri um pouquinho quando me pediu, pela primeira vez, para deixá-la no portão da escola e vê-la caminhar sozinha, e não deixá-la pessoalmente dentro da sua sala, aos cuidados da sua professora, como eu sempre fiz.

E falando de novo em morrer, quase morri de culpa quando vi uma cárie microscópica em seu dente do fundo. Eu me senti a pior mãe do mundo por isso. Fui derrotada, mesmo tentando cuidar dos seus dentinhos da melhor forma possível.

Revolto-me discordando das pesquisas que relacionam mães que trabalham muito com filhos com problemas psiquiátricos. Escolha cruel e injusta demais entre ser pobre ou ter sucesso, ter filhos saudáveis ou doentes.

E falando de doenças mentais, saí chutando a lixeira do consultório do meu psiquiatra quando ele me disse que a minha doença se chamava “sono” e que bastaria eu dormir oito horas por noite para eu sarar. Alguma mãe aí pode me dizer como faço isso?

Falando de perder sono, foram incontáveis as vezes que saí da minha cama e fui até a sua só para certificar se estava tudo bem, se você respirava, se a janela entreaberta te incomodava, se algum pernilongo te rondava, se sua “bexiguinha” suportaria até o amanhecer, se a manta que te cobria te protegia do frio ou te dava calor…

Chorei com a maior das paixões quando jogamos a primeira partida de xadrez juntas. E você só tinha 4 anos.

Chorei de novo quando soletrou “batata” e “boneca”. Quando pegou os meus dedos e contou-os até dez… Em inglês.

E falando em chorar, só “aprendi” a chorar mesmo, quando você contorceu de cólicas pela primeira vez, aos 20 dias de vida, e nós duas sozinhas em casa na madrugada. Antes eram só lágrimas de crocodilo ou derramadas sem um motivo tão nobre.

Depois que você nasceu, reconheci que fazê-la dormir segurando as suas mãozinhas pequenas é muito mais prazeroso (e saudável!) do que comprar uma garrafa de absinto e beber sozinha, andar em alta velocidade com um carro novo ou fumar um maço inteiro de um importado da Indonésia, sabor canela, pela madrugada…

O suor infantil exalado dos seus pezinhos após um dia todo de estripulias é muito mais perfumado do que uma “explosão de rosas”: o cheiro daquele meu perfume que você desde bem pequenina sempre pediu um “tiquim no pecôço”.

E quando fecho os olhos, naqueles dias que parecem não ter fim, eu lembro do nosso diálogo no dia da mais terrível tempestade que passamos juntas, sozinhas, você com apenas 4 anos de vida, salvando a minha:

– Filhinha, se tudo o que temos for perdido, tudo o que a mamãe precisa para recomeçarmos está aqui dentro, ó (e apontei para a minha cabeça).

– Mamãe, não se preocupe. Só não fique olhando para a chuva, nem para o vento, nem para as árvores (que se contorciam nessa hora). Me abrace, me dê as suas mãos (pegou as minhas mãos nas delas, tão miúdas), olhe aqui pra mim, para os meus olhinhos e repita comigo várias vezes: “eu não tenho medo, essa chuva vai passar, eu não tenho medo…”.

Obrigada meu amor por me fazer piloto dessa nave, na maior missão na Terra.

Inserida por nivea_almeida

OS DENTES DE JOÃOZINHO

Joãozinho apareceu no primeiro dia de trabalho com um par de sapatos maior que o seu pé. As roupas, bem largas, dançavam em seu corpo delgado. Ainda não havia recebido o uniforme azul para a labuta, e por isso precisou improvisar. Todo mundo reparou o seu jeito meio desconjuntado, mas ninguém comentou patavina.

No outro dia, já de uniforme e sapatos luzentes do seu tamanho, veio de cabelos bem penteados e unhas cortadas. Apresentava-se sempre sorridente e cortês, assim como havia aprendido em seu treinamento para ser um jovem aprendiz, e assim também como, decerto, ditava a sua própria natureza.

Os dias foram passando e todo mundo se afeiçoou ao Joãozinho. Um garoto de costumes simples e jeito humilde, mostrava-se sempre prestativo, educado, gentil e bem humorado.

Pele negra, estatura pequena, bastante magro, cabeça ovalada enfeitada de madeixas negras encaracoladas, mãos, pés e orelhas desproporcionais, Joãozinho no auge de sua adolescência, tinha os dentes grandes e brancos sempre ostentados em um sorriso.

– Joãozinho, você cuida muito bem desses seus dentes, hein? – Disse como forma de encômio, no intervalo do café.

– Sim, senhora, cuido sim. Na verdade a mamãe faz uma fileira conosco todas as manhãs e no fim do dia. Ela mesma escova nossos dentes.

Sem entender muito bem aquela resposta, continuei meus questionamentos:

– Como assim João? Você já tem 15 anos de idade, já sabe escovar seus dentes sozinho. Sua mãe não precisa mais te ajudar.

– Sabe, dona, lá em casa a água é difícil. E não temos escova de dente. Mamãe pegou alguns sabugos de milho, cortou assim ó (mostrou com as mãos vários longos cortes na vertical) e cada um de nós tem uma “lasca”. Somos doze, né…

Eu continuei ouvindo estarrecida, não imaginava que era aquela a realidade de Joãozinho.

– Dos doze, dona, dez já tem dentes, dois são muito bebês ainda. Daí mamãe guarda nossas “escovas” bem organizadas na beira da prateleira e cobre com um paninho bem limpo. De manhã e à noitinha ela nos coloca enfileirados por ordem de tamanho, e começa o trabalho do menor para o maior. Os pequenos, que não tem dentes, ela limpa direitinho a boca e as gengivas com um rasgo de fralda umedecida na água. Na sequência, ela vai pegando as nossas “escovas”, passando um pouco de sabão de coco na ponta e esperamos todos de boca bem aberta. Mamãe é muito inteligente, dona, ela nunca confunde nossas “escovas” para não correr o risco de pegarmos bactérias da boca um do outro.

Joãozinho descrevia aquele rito com uma absurda riqueza de detalhes, e com os olhos tremeluzindo de orgulho da sua tutora esmerada. E ainda teve mais:

– Ela escova nossos dentes, dona, pois pela manhã, por exemplo, só temos um balde grande de água para tudo. E mamãe, para não desperdiçar, faz o trabalho ela mesma, evitando que entornemos ou que um de nós use mais água que o outro. Ela pega o copo de ferver a água do café, enche, e faz com que aquela porção dê conta de todos os nossos dentes. Sabe, dona, sabão de coco não é muito gostoso não, mas olha o resultado (e arreganhou os dentões todo soberbo). Como sou o maior e mais velho, sempre fico por último, e às vezes saio de casa com gosto de sabão na boca, pois o que sobra de água para mim para retirá-lo às vezes é bem pouquinho.

Joãozinho relatou sua higiene bucal e a de seus irmãos com muito empolgamento e a mesma alegria estampada na cara, do começo ao fim. Pelo que se podia perceber, era um momento ímpar de união familiar e partilha, promovido pela mãe daquela trupe.

Após o seu relato, engasgada, não consegui falar muita coisa. Terminei o meu café, já frio, agradeci pela história em murmurejo e saí dali de volta para o meu gabinete de trabalho. Mas não consegui ficar sentada por muito tempo. Peguei a minha bolsa e avisei a minha secretaria que iria rapidamente a um supermercado nas redondezas.

No final do expediente, como era de costume, Joãozinho foi até a minha sala perguntar se existia mais alguma demanda para aquele dia, e, em caso de minha negativa, sempre se despedia com o mesmo mantra “deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona”.

Estendi a mão com uma sacola plástica com as compras recém-adquiridas e entreguei ao Joãozinho. Lá dentro quinze escovas de dente de tamanhos e cores variados, alguns pacotes de algodão, dois pacotes grandes de lenços umedecidos, cinco tubos de pasta de dente com sabores diversos, um vidro grande de enxaguante bucal e duas embalagens de fita dental.

– Toma João, coloca na prateleira da sua mãe.

João recebeu a sacola com uma interrogação na fronte. Abriu e espiou, matreiro. João não sabia o que fazer de tanta satisfação. Abriu, vislumbrou e fechou aquela sacola plástica um milhão de vezes, como se ali escondesse uma grande e reluzente barra de ouro. Ele não acreditava no que via. Não sabia se agradecia, se me abraçava ou se saía correndo dali para encontrar logo a mãe.

– Dona, isso é pra nós mesmo? É sério? – Perguntou, com os olhos marejados.

– Corre, João, sua mãe precisa se organizar para o ritual da tarde. – Respondi.

Joãozinho, se não bastasse, deixou a sacola sobre a mesa, e subitamente, ajoelhou aos meus pés principiando um Pai Nosso bem alto, com as mãos para cima. Tentei retirá-lo dali puxando-o pelo braço, constrangida, mas foi em vão levantá-lo. Deixei-o terminar a sua oração. Era o seu jeito de agradecer por aquele gesto tão ínfimo da minha parte.

– Deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona.

E aconteceu. Naquela mesma noite eu sonhei que estava no Céu. Doze anjos negros e lindos, cabelos pretos encaracolados, vestidos de branco, asas enormes, suspensos do chão, cantando divinamente em uníssono, alinhados, mostrando os seus sorrisos com dentes tão brilhantes que ofuscavam o meu olhar…

Inserida por nivea_almeida

Pai
Tudo está indo tão bem, estou conquistando minhas coisas trabalho bom notas boas amizades novas de 0 a 10 minha vida está 10, mas quando me lembro de você, seu sorriso sua maneira de falar seus conselhos ou o enorme herói que eu tinha na minha vida me faz pensar que poderia estar melhor ai minha vida de -1 a -10, fica -10...
Mas obrigado pai pelo pouco tempo e pela enorme experiência que você me deixou, não vejo a hora de ser pai e ser tudo aquilo que você foi pra mim em tao pouco tempo !

Inserida por leandro_junior

Eu já percebo que o mundo não se resume em trabalho, diversão e convivência com a sociedade.
Eu percebe que o mundo tem mais segredos doque imaginamos!
Segredos daqueles que a humanidade recusa a creditar e ignoram suas existências.
Meus pensamentos e sabedoria foram dados por um propósito, tentar aplicar o conhecimento e a verdade, aqueles que estão destruindo um mundo de vida.
A partir dos primeiros séculos, o mundo se encontra em batalha pela sobrevivência, uma batalha interminável com a humanidade e climas catastróficos, oque exigia medidas de comunicação em diversos pontos do planeta, " Oque a humanidade não acredita, é oque trará sua destruição." pessoas tentam ser perfeitas ao ponto de deixar, tudo que obteve e aprendeu aos seus descendentes, oque torna a evolução cada vez mais lenta.
Ponto que seus herdeiros aprende oque foi lhes deixados por direito, eles aprenderam oque foi lhes concedidos na mesma proporção de tempo que os seus antepassados deixaram.
Oque isso tudo significa? Eu poderei esta louco, como todos outros que tiveram os mesmos pensamentos: Fonte ilimitada de informação é o cérebro que foi lapidado ao passar de eras, além do compreensível das espécies que foram designadas a estabelecer uma vida de metamorfoses evolutivas ao decorrer dos anos.
Pecado meu, acreditar em pensamentos de fluxos exaustivos, tentando determinar ao certo, qual é a lei fixada na determinação dos conhecimentos complexos, a mente chega ao agressivo para tentar determinar e distinguir, oque foi me passado!
Tentar entender ou não? Não cabe a quem está informando, cabe aquele que está lendo, saber identificar o resumo, que daria a tau raciocínio lógico do autor.

Inserida por RafaelM

A GEOGRAFIA NA JORNADA DO TRABALHO!

Chegou um momento de atenção,
é hora de dialogar.
Sobre o Mundo do Trabalho,
área instigante de pensar.
Debatendo suas serventias,
incluindo até as “geografias”
e o que devemos investigar.

A fala agora é diferente,
conversaremos rimando.
No intuito de instigar todos,
a interpretar um mundo de desmando.
Onde o capital prevalece,
Com tanta barbárie que enlouquece,
os contrários a esse comando.

Se tratando de um viés acadêmico,
a dialética deve permanecer.
Como o modo de pensar mais lúcido,
para a realidade não se desvanecer.
Priorizando a relação sujeito-objeto,
focando a totalidade do jeito correto,
com a centralidade do sujeito a prevalecer.

A geografia do trabalho se liga à ontologia,
esta do ser social.
E para engrossar esse feedback das categorias,
do universo conceitual.
Aprimoramos a Geografia do Trabalho,
também como área do espaço global.

Como toda a geografia,
pautamos a dinâmica da sociedade.
Contudo nossa referência,
volta-se à subjetividade.
Alinhada as interfaces do Mundo do trabalho,
inclusive nas materialidades.

É por isso que o foco é o espaço geográfico,
pelas redefinições e contradições do processo social.
O território, a paisagem e o lugar dos fenômenos,
movidos pela ação do capital.
Moldados de forma desrespeitosa,
por pessoas melindrosas,
Que (dês)constroem o mundo atual.

São saldos da reestruturação produtiva do capital,
alinhada à competitividade irracional,
sempre em busca de uma escala mundial,
Seguindo características de um planeta neoliberal,
que no resultado final,
A maioria dos seres se dão mal.

Se tratando da relação sociedade-natureza,
devemos nos aprimorar.
Pois a precarização do trabalho cresce,
de modo a assustar.
Junto à degradação ambiental inerente,
que envolve sujeito e agente.
Modificando cada lugar.

O tal do “Toyotismo Sistêmico”,
aparece vinculado a tudo isso.
Mudando métodos de padrões de gestão,
agora com mais compromisso.
Do trabalhador controlado,
dessubjetivado e fetichizado,
menos militante e mais omisso.

Calma!
Esse é apenas um momento da história,
que em outrora,
já possuiu momentos de glória.
Com resultados de vitória.
Bons tempos guardados na memória.

Hoje o trem mudou,
Se distorceu até a relação,
do patronato e o empregado.
Com “parcerias” junto ao patrão,
Enquadrado em toda uma flexibilização,
da informalidade à terceirização.
Essa é só mais uma vinculação.

Falando-se em terceirização,
vinculada à mobilidade do trabalhador.
Seja ele agricultor ou doméstico,
E também camelô.
Enquadra-se todos aqui,
Outro bocado encaixa-se ali.
Sempre nesse vai e vem de horror.

Dentro desse emaranhado todo,
está a interpretação territorial,
resultante de uma processualidade social,
ligada a ditames do capital,
apresenta–se de modo essencial.
Em uma geografia do Trabalho,
ativa do “câmbio” ao canavial.

Finalizando esses versos rimados,
deixo aqui mais um abraço.
Sempre com ar de esperança,
Para nunca perder o compasso.
Combinando como Corinthians e Odebrecht
e alegre feito palhaço.

Inserida por tassiocunha

Vá Procurar O Que Fazer

Vamos ao trabalho
Porque o dia de amanhã
Nunca vem de graça,
Você tem a mente sã
E um corpo que te abraça
Tá na hora de ir trabalhar
E sair do banco da praça,
Vá procurar o que fazer
Não seja mais um vagabundo
Chega de tanta desgraça
À tomar conta do mundo,
Dá um basta na tua cachaça
E vá praticar algum lazer
Um dia tu ainda me mata
De pirraça
E isso não me dar nenhum prazer,
Deixa de tanta preguiça
E vamos todos à luta
Um dia a tua vida se enguiça
E cada problema te chuta,
Deixa de tanto capricho
E vá procurar uma direção
Pra ver se um dia
Tu encontre o teu nicho
Preenchendo o teu coração
E à todos nós causando alegria.

Inserida por valdenirdelimaolivei

"" Você é mais rico do que pensa
tem família e um trabalho
tem saúde e paz
você tem muito mais
tem esperanças
sonhos
projetos
você tem um tesouro imensurável
tem uma vida para viver e apreciar a beleza de tudo
tem alguém especial te esperando
você tem muito
então por que ainda quer mais??

Inserida por OscarKlemz

Talvez você hoje não tenha feito uma faculdade e por isso não
tenha o trabalho dos seus sonhos.
Talvez hoje você tenha se formado, tenha o trabalho dos seus sonhos, tenha a vida que sempre
sonhou.
Mas...
Duas vidas totalmente diferentes e ao mesmo tempo iguais, embora uma realizou
seus sonhos, mas vive uma vida frustrada pois não ama o que faz.
O ser humano jamais está satisfeito com o que fez e com o que não fez em sua vida.
O que realmente faz a diferença é amar, viver e correr atrás dos seus sonhos, cair em
meio a caminhada, ouvir desaprovações e mesmo assim jamais desistir do que almeja sua
alma.
Não é fácil trabalhar em algo que amamos, pois nada é tão simples como parece ser.
Deus ele faz milagres, mas se você não se dedicar a chegar ao topo,jamais
chegará.
Jesus para dar o livre hábitrio ao seu povo teve que sair do lado do seu Pai e nascer
nesse mundo. Ele teve que passar tudo e muito mais que nós meros mortais.E olha que o que Ele
passou nós jamais suportaríamos sem reclamar. Isso pode ficar pior ainda, pois em meio a xingamentos,
sofrimentos e surras Ele ainda dizia: " Pai,perdoa-lhes porque não sabem o que fazem", em outras palavras
Pai, não castigue ou faça algum mal com eles.
E hoje qualquer luta, é culpa de Deus, nada dá certo na minha vida, tudo que faço dá errado, porque só comigo.
Você não está vivendo a vida de outras pessoas, por isso não sabe de suas frustações e queixas.
Agradeça pela sua vida, por ter saúde, por saber que tem um Deus, um Pai maravilhoso, que ainda que
todos te abandonem Ele jamais te abandonará.
Então segura na mão desse Deus e levante sua cabeça e corra atrás de seus sonhos. Só se tornarão realidade se
você correr atrás, se você fazer o que ninguém faz.
Reclamar de como se encontra sua vida, até hoje não resolveu, pelo contrário só te fez parar no tempo.
Só você pode escrever uma nova história!.
by gccosta

Inserida por gccosta

MODERNIDADE DE HOJE

Já que terceirizaram o meu trabalho...
Terceirize, minha crise, minha fome
o desando e desvio do congresso
terceirize também para mim...
O descarrilamento desse bonde
e esse imposto que me consome.

Terceirize minhas dividas
a fila da minha doença
os exames do INSS
a espera do INPS...
O desacreditar da política
a diversidade das crenças.

Terceirize o parlamento
a ética que lá não existe
o desvio dos impostos
nos trazendo tanta crise,
terceirize esse mal gosto
a crise de leste e sul...
Do oeste e do norte
Terceirize o golpe da foice
o suspiro da minha morte.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Um brinde à verdadeira amizade
Por isso trabalho com a verdade

O amigo é amigo até desequilibrar o equilibrista,
Até desestabilizar o outro com a verdade.
Mas isso, fora das doses de felicidade.
Guenta coração!
Amizade de verdade transpira veracidade
Por isso, não espere falsidade
Ou contribuição para desmantelar as bases do seu engenho meu irmão.

Inserida por LaisLarissy

Rosas...
Esta vendo senhor coração?
Aprende, pequeno coração valente, vê se dá menos trabalho pra nós, só nos envolva se for recíproco.

Você vive acelerando, colocando a gente em apuros, parece que nunca viu outro coração pulsar.

Depois acaba entrando em discórdia com o pobre cérebro, ele fica na dele, mas você é difícil cara, acaba fazendo ele imaginar uma vida inteira; ilusão.

Se você tivesse espinhos, ah se tivesse...

Inserida por LyuSomah

Eu precisava falar sobre a Mariana

Conheci ela no trabalho. E não, não foi nada romantizado como alguns filmes gostam de mostrar. Simplesmente éramos duas pessoas trabalhando numa cidade pequena qualquer, num trabalho qualquer e nos tornamos colegas de profissão. Eu como sempre fui tímido, ficava quieto no meu canto respondendo às perguntas que ela me fazia. Ela puxava conversas mais longas. Minha timidez não permitia que elas fossem muito longas. Mas o tempo passou, e passava rápido mesmo, as conversas ficaram realmente longas, o período de oito horas de trabalho pareciam minutos ao lado dela. Aquilo já não era o suficiente pra mim, eu queria mais e para minha surpresa, descobri que ela também queria.

Pra mim foi tudo diferente, até mesmo estranho. Como assim eu gosto de alguém que também gosta de mim? E agora o que eu faço? Com rejeição eu estava acostumado, mas com sentimento reciproco?!

Acabei fazendo o que sempre fiz. Estraguei tudo. Ela tentou. Eu tentei. Mas meu erros só aumentavam, chegando a atingir o imperdoável. Hoje não tenho nem o amor e nem o perdão dela, não sei dizer com qual dos dois é pior viver sem. Mas sei que é péssimo não ter nenhum.

Eu ainda trabalho no mesmo lugar, agora sozinho. As oito horas de trabalho agora parecem meses. As conversas que a princípio minha timidez evitava, agora sinto como se fossem tão necessárias como comida e ar. E eu aqui, de mãos atadas. Só não há remédio pra morte, dizem, e infelizmente esse
amor morreu.

Não vou esquecer, tenho uma ótima memória, lembro de coisas insignificantes de muitos anos atrás. Como esquecer algo que significou tanto para mim? Vou apenas jogar esse amor lá pro fundo do baú, colocar outros por cima, deixar ele lá escondido. Seguir a vida. Torcendo para que, mesmo sem me falar, ela possa um dia me perdoar em seu coração. Eu vou tentar me perdoar daqui, por ter perdido um grande amor. Talvez até O grande amor. Vou lembrar das coisas boas que vivemos. E, então quando a saudade surgir e uma lágrima ameaçar roubar a cena, vou sorrir. Porque num trabalho qualquer, numa cidade qualquer, eu a conheci e mesmo que por um curto período de tempo posso dizer: “Eu fui feliz.”

Inserida por wkarols

SEI MAIS NÃO SEI

Eu não vou ficar aqui...
Protestando o seu trabalho
nas minhas horas de folga
tudo para que,
essas horas passem agora
pois elas se parecem mais
com o calvário das minhas horas.

Eu não vou ficar aqui...
Ouvindo palestra que não são, e sim...
O que são, são imposição de patrão
e cobranças a mim.

Eu já sei, eu já sei...
Eu já sei que com a minha
carteira assinada...
Eu nunca serei o que sei.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

"Quando aquilo que você sente for vendido no mercado de trabalho, entenderá que ainda não aprendeu a sentir; quando aquilo que cegamente você acredita ver, em sua vida, lhe fizer falta frente a ausência de cegueira, você aprenderá que ainda não sabe ver. E surgirá você com poder de um Deus, cabe a você entender: curvar-se ante a sí próprio ou atentamente aprender consigo próprio, a ser mais forte!
E surgirão dois exércitos alegando que o Deus é parte deles, e da referência ou sentido a luta travada entre eles; estes exércitos irão recrutá-lo, transformando você em um cego combatente, para destruir a presença de outros Deuses, pois assim sobrará espaço suficiente para nascer um herói. E heróis constroem, somente, aquilo que destruíram, erguem aquilo que jogaram ao chão... Ocioso você sentirá a presença do caos, e mais, vos digo! Não terá visão para estabelecer a ordem, cegos em coma induzido não preservam a vida. Isso é para você, é o presente que enviou a mim, não aceito o seu presente! Então, ele ainda é seu..."

Inserida por desfragmentador

Maio, mês de Maria
Maio, mês do trabalho;
Trabalho que nos dignifica
Trabalho que nos escraviza

Sem dinheiro, nada tenho;
Sem dinheiro, não vivo.
Sou escravo desta moeda
Que compra até um amigo.

Mesmo com dor, com medo;
Tenho que continuar.
A fé não me faz desistir
De um emprego alcançar.

Fim de semana chega;
Domingo descansar.
Não deixar de ir na igreja
Agradecer sem cessar.

Maria mãe de Jesus e dos homens
José pai trabalhador.
Deus de amor infinito;
Que olha pelos operários e desempregados
Com olhos de amor.

Inserida por SoniaGuiraldelli

somos uma maquina de trabalho
vivemos em mundo perdido
a cidade está em chamas,
com sentimentos
que uma maquina não conhece,
para o mundo nada tem sentido,
para a morte á cidade é um pesadelo,
em trilhos de fogo e futilidade
o desejo se dissolve...
na morte de tantos,
quando sonhamos em ter
tudo é uma esperança falida.

Inserida por celsonadilo

TRABALHO (Tortura ou Veículo?)
-Leandro Emiliano®-

A palavra Trabalho tem origem do latin ~tripalium~ pela junção dos elementos ~tri~ que significa três e ~palum~ que significa Madeira...

Tripalium era um instrumento de 3 estacas super afiadas que era utilizado em torturas para os escravos e os pobres que não podiam pagar seus impostos... logo, "trabalhar", significava SER TORTURADO.

Somente no século XIV é que trabalhar passou a ter o significado que temos até hoje, onde trabalhar significa aplicar suas forças, talentos e habilidades para alcançar um determinado fim...

Com base nesse pequeno resumo, Vem a pergunta...

Como você esta vendo seu trabalho?
Como Tortura ou como veículo para um determinado fim? Como um sacrifício para sobreviver ou como um meio de alcançar suas conquistas?

Seu Trabalho preencherá grande parte da sua vida, e para fazer dessa grande fatia da sua vida um momento feliz, é preciso que haja satisfação, que haja harmonia entre o que faço e o que gosto de fazer...

Todos trabalhamos com propósitos, temos uma Motivação individual que nos impulsiona a acordar cedo, passar o dia no trabalho retornar para casa cansado, e fazer tudo novamente no dia seguinte...

Porém isso tudo pode ser mais leve e
Prazeroso, quando fazemos algo que
Gostamos, quando temos paixão e entusiasmo pelo nosso trabalho...

Amar o que faz é o melhor combustível para o sucesso, quem ama o que faz despeja carinho, cuidado, esforço, capricho e sempre entrega o melhor de Si... e faz tudo isso com um brilho nos olhos e um sorriso no rosto...

Nesse dia do trabalhador, lhes convoco a refletir o quanto são apaixonados pelo seu trabalho e o quanto ele pode te proporcionar durante toda sua vida, NENHUM GRANDE HOMEM NASCEU GRANDE... Entao passe a buscar sua grandeza!!!
Utilize suas habilidades para conquistar o inatingível, e tenho certeza que despejando amor pelo que você faz, a satisfação da vitória será apenas questão de tempo...

Mas se você trabalha em algo que não ama, se ainda está vivendo como se fosse antes do século XIV, lamento, e desejo que seus dias sobre o TRIPALIUM se encerrem o mais breve possível...

ARTE (Conto de Natal)
Enlouqueceu depois de muitas exposições sem êxito. Seu trabalho não repercutia na mídia. Abandonou a casa. Começou a morar na rua. Continuou pintando compulsivamente. Era alto, elegante e belo. Meu irmão e eu o observamos enquanto comia. Não parecia um indigente. Tinha a postura de um príncipe. No Natal pintou barcos carregados de presentes nos muros de uma fábrica. Os adultos nem paravam para olhar, mas meu irmão, eu e outras crianças do bairro de operários, admirados, aplaudíamos o artista louco.

Isabel Furini

Inserida por IsabelFurini