Textos sobre a Morte
O tempo foi pouco,
Me encontrar nunca foi problema,
Eu quem vendava os olhos.
Sobre o agora? Tanto faz.
Tento ficar acordado.
Este é o último dos muitos pensamentos,
Mantive-os comigo e não me arrependo.
Deixo migalhas do meu eu.
Vou, porém volto!
Sou mais um brinquedo do destino,
Manual não há, nem nada.
A vida passa sem demora,
O vento leva sem dó a esperança,
De um futuro já esquecido.
Oh doce adeus,
Abrace aqueles que não pude.
Dê forças aos que a perderam.
Oh tempo frio, venha e faça morada.
O sol já não brilha e os brinquedos quebraram-se.
Muitas vezes, a vida se torna pesada e difícil de suportar. E eu me sinto extremamente exausto, confuso e sufocado,
como que me afogando num abismo de águas profundas e negras. Em momentos nebulosos assim, a dor da
solidão é mais perversa e tortuosa que as muitas linhas profundas a sangrar em meus braços.
Meus lúgubres devaneios são o clamor da vida prestes a ceder ao quase inevitável. Mas meu esvair-se na escuridão,
longe de ser desesperador, é pura placidez; mórbida, talvez, mas atenuante e profundamente apaziguadora,
suave como uma serena brisa do paraíso. É em suma tudo que preciso para relaxar em meu etéreo padecer.
Vida esta que segue em penumbra, cercada pelo vazio e o som de ecos distantes, oriundos de minha alma
quase sempre entorpecida. Meu tudo se resume a um absoluto nada. Quem sou, no flagelo desta escuridão?
Pode uma sombra existir sem a luz? Qual a utilidade da luz sem a escuridão?
Fui um dia talvez, um frágil clamor de vida que subitamente se esvaiu na solidão de sua própria ignorância?
O tempo será cruel, será nosso inimigo mortal.
Caminhando com a gente, segurando as nossas mãos, envelhecendo nossos corpos frágeis e gentis; colocando um ponto de sujeira em nossos rostos limpos, fazendo renascer em nossa memória, que nossas forças, as forças que sustentam aventuras mil, irão aos poucos se esvair. Bem aqui, do nosso lado, ao nosso redor e em nós mesmos. Eu e você, desaparecendo do universo de mãos dadas, com nossos filhos já grandes e nossas forças neles.
Que alegria será, vê que o patrimônio que erguemos e os filhos que educamos estarão ali, quando o tempo final da nossa vida nos atingir!
DEUS existe?
Não dá para vê-lo, mas à sua percepção nos define, pois vejamos:
Vivemos em uma existência pautada pela realidade e a fantasia, quando a distância entre as duas diminui nossa tendência é de ficarmos satisfeitos exp.: estou desejando um bolo e ganho um de presente ou compro, quando a distância entre as duas aumenta nossa tendência é de ficarmos insatisfeitos exp.: estou desejando um bolo não ganho e nem posso comprar. É nesse momento de frustração que entramos no caminho: com Deus (razão, ciência) buscando os meios verdadeiros, sinceros, corretos, de paz, compreensão, amor, aproximação, desapego para diminuir esta distância; ou para seu lugar (emoção, intuição) buscando os meios falsos como a mentira, traição, matamos, escondemos, vingamos, separamos, atrasamos, com a intenção de corrigir uma situação que não nos satisfaz, queremos ser o Deus de nossos destinos podendo defini-los de qualquer forma até nos matando.
Por tudo isso rezo a Deus pedindo para meu amigo de infância ÉCIO OTTO seja acolhido por ele com seus pecados e perdoado para um descanso eterno, AMEM!
Plantei uma flor que não pode florescer
Construí na minha mente
Terra fértil pra plantio
Impossível suportar a tempestade dentro do meu peito
A água e os ventos
Tudo destroem
Já está difícil segurar as raízes
Absorver o que é bom
Eu estou com medo
No jardim já tudo se desfez
O dia escurece a cada segundo
E com mais força
Tudo se repete
Vamos conseguir superar?
Essa catástrofe é natural
O sol tímido logo vai aparecer
Queimando as memórias remanescentes
E tudo
Anjo de Deus
Anjo de Deus sente-se aqui do meu lado
Não finjas que és invisível porque vejo seus olhos tão azuis cor de anil
A sua boca quer sorrir, brincas como se não te visse, tentas fugir
Foge não anjinho! Vem cá!
Sente-se aqui. Sintas! Meu coração está a pulsar forte. Parece até que a morte está à espreita para ouvir o que vou dizer.
Queria tanto voar.
Sem asas.
Como faço para voar?
Tem dias que quero voar. Não sei o que me deu. Olho para o céu
Sinto-me pássaro, pássaro ou anjo, sei lá.
E essa vontade que não passa. Sente-se aqui e me diz como é do lado de lá.
Peço ou não peço para “Deus me puxar?”
Tem horas que fico a olhar o céu azul, o mar.
Aqui não tem rios, secura sem fim, tomam conta de mim.
Oh lágrimas, o mar!
Tento ou não aprender a voar?
E se amanhã eu quiser caminhar?
Tudo pode ficar verde de novo.
Mas, senta aqui anjinho.
Diz-me se é bom voar!
Sei que o meu tempo está chegando! Você acha que vou ficar chorando e a me lamentar. Nada disso! Foi como foi! Acertei e errei.
Saboreei boas coisas, desfrutei de momentos indescritíveis. Venci e perdi batalhas, mas creio que deixarei um legado positivo em muitos corações. Tem o tempo de chegar e o tempo de partir. A morte, faz parte do show da Vida!
Gostaria de escrever
sobre as belezas
que é conviver
em sociedade.
Como nós,
meros seres humanos,
vamos encontrar todos
o mesmo fim.
Mas quanto mais experiência
adquiro,
mais observo,
que nosso objetivo
é fazer das pessoas,
objetos.
Uma verdadeira comédia,
deveríamos todos nos amar,
mas o objetivo
é outro.
Sim, você se foi
E me levou junto
A minha melhor parte
A mais sincera
E me dói te ver partir
Com toda força do egoísmo
Que perde o chão ao ver subtraída
A esperança de ser melhor
Pra você
Por você
Por tua causa
Por tua luz
Amor
Querer retribuir
Tudo que me fez sentir
Me fez viver
Me fez feliz
E respirar
E você se foi
Sem avisar
Sem pedir
Sem se despedir
E eu fiquei
Com a dívida eterna de quem
Não amou o bastante
Que perdeu um instante
Eterno
Em não dizer
A base de remédios pra curar o vicio, ainda na abstinência sinto-me um pássaro na gaiola.
A vontade de usar é grande, mas sei que não posso.
Então recordo aos remédios, a arte e procura um pedaço de chão pra morar e viver em paz.
Hoje reconheço que a droga é um refúgio traiçoeiro que nos das uma brisa seguida de depressão e desorganização mental.
Crack - INDEPENDÊNCIA OU MORTE
Um desejo oculto
Todo mundo tem um desejo oculto
Um desejo que pode valer sua vida
Que pode acabar com seu mundo
Numa passagem só de ida
Um lugar onde sua opinião não vale nada
Onde seu ego vale menos ainda
Onde seu achismo vale tanto quanto sua certeza
Nada.
Um lugar onde não exista necessidade física
Ou talvez não exista mais nenhuma necessidade
Onde inteligência não passe de uma isca
Isca para os vivos e sua vaidade.
Tangível ou intangível
Onde o material não vale nada
Onde o sentimento não é mais conhecível
Onde tudo já significa nada
Onde poeira, esta pessoa será
Como dito por Kansas em "Dust in the wind"
Como a própria Bíblia confirma em Gênesis 3:19
"pois tu és pó e em pó tornarás."
Um desejo onde a maioria vê medo
Talvez isso te faça uma pessoa de sorte
Com sorte ou medo, nosso destino é o mesmo
Morte.
Vazio
Há tempos que não sinto nada ao me mover
Que estou inerte numa estranha ambição de me preencher
De encontrar algo ou alguém que traga-me à vida
De criar apreço por qualquer coisa que seja-me querida
Por vezes submeto-me à futilidade, por vezes a algum vínculo profundo
Mas ainda sinto-me só, incompleta, um poço sem fundo
O essencial falta-me, não vivo nada verdadeiramente
Como se não existisse passado, futuro ou presente
Algumas pessoas contentam-se ao molhar os pés, outras a cintura
Outras um pouco mais profundas mergulham de cabeça nessa aventura
À mim seria necessário o afogamento
Talvez eu fosse completa, por pelo menos um momento
Uma Supernova que passou a vida a buscar
Algo ou alguém para se afundar
Para dar fim ao vazio de dentro de mim
Explodi e parti, para um oceano sem fim.
Luto dos entes mais novos,
Nossas crianças se despedem mais cedo
E nos deixam com uma imensa tristeza
Para sempre nossas lindas lembranças
Que vimos crescer e seguir em frente
Chegando no grande universo, encontre
Tantos amigos e outros lá desfrutando
De seu eterno descanso, tendo sua paz
No dever terreno cumprido a sua missão
Continuaremos aqui, com muitas saudades
E com Deus confortando os seus familiares
E quem sabe um dia, entendermos o sentido
De conviver com as perdas e sermos eternos
Fogo
Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.
Você é paz demais pro meu caos.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}
CORAGEM
Quero ter a coragem de cantar
A música da vez...
Talvez, o tema de nossa vida,
No Karaokê!
Quero ter a coragem de dizer
Juras românticas,
De eternizar declarações de amor,
De pagar mil micos...
De paixão!
Quero ter a coragem de viver
Viver intensamente,
Milhões de aventuras...
Sem fingir e esconder-me
Por um grande amor!
Quero ter a coragem de encarar
As coisas que são certas, a se fazer;
De contar com a sorte,
De esperar a morte...
Nada considerar azar.
De viver e ter que tudo faz parte da vida!
Sozinho morto e triste
São isso que eu sinto
Um vazio infinito
Quanto mais eu penso
Mais eu fico triste
Meus amigos me abandonando
Esse é o pior sentimento que existe
Maldita seja essa noite gelada
Como eu pude te perder
Como eu sou um babaca!
Que vontade de morrer
Então por favor me mata
Não ha pior coisa do que morrer por dentro
Vendo ela com outro
Enquanto eu vou morrendo
Sendo esquecido
Por pessoas que eu mais amei
Maldito seja esse sentimento que eu sempre odiarei
As pessoas perguntam "vc esta bem?"
"Como vc esta?"
Sempre respondo que eu estou bem
Pra quanfo chegar a noite
Eu apenas chorar
Não consigo mais sentir
Vontade de viver
So decepção atras de decepção
Espero amanhã eu morrer.
Sozinho nesse maldito mundo
Isso é o inferno absoluto
As palavras as vezes são cruéis, - mas você é responsável de levá-las para o seu coração. Se levou é porque você precisa refletir sobre isso. Acolha com amor e resiliência, pois somos passageiros com as malas prontas para partir. Aproveite o passeio, pois o trem vai chegar.
Ame e perdoe! Não deixe para depois...
Oh as pessoas estão doentes de indiferença
E morrem como mortos, da sua doença
Morrem umas na frente das outras as pessoas
Umas são assim outras como são?
As pessoas são más as pessoas são boas
As pessoas as pessoas as pessoas as pessoas
As pessoas somos todos nós ou ainda menos (...)
Oh nós não vamos ser assim daqui a uns tempos
-Nós não vamos ser assim: pois não? pois não?
O fim te lembra o começo
O começo tende a ser sempre mais marcante,
mesmo que não tenha sido algo tão bom,
tudo que foi vivido desde então,
faz parecer que o fim é que é errante.
O ensino fundamental, o médio e a graduação,
todos os tempos de estudo, sem exceção,
o fim é tido como alívio, ficam-se os amigos
e o medo de não repetir tudo aquilo que foi bom.
Vai-se a estação preferida,
seja a calorosa ou a fria,
o outono ou a colorida,
e com elas, também se vai a vida.
O fim de um relacionamento,
que te faz lembrar da paixão,
do proibido, das loucuras, e curtição,
surgindo então um buraco de ressentimento.
A morte também é um fim.
Uma tentativa da vida lhe mostrar:
viva, sinta, releve, aprenda, coragem,
curta, agradeça, tenha deslumbramento,
mesmo correndo o risco de todo sofrimento.
Mesmo que de mim você discorde,
mesmo que isso pareça tão ruim,
não há nada mais motivador para se viver, que a morte.
Viva novos começos, antes de seu último fim.
A vida e o tempo
Essa admirável vida
Acesa por uma chama intrínseca
Disputa com o tempo
O desfrute da alma viva
O tempo é eterno
Pra sempre existirá
Ele traz e leva, do verão ao inverno
Mas sentenciado, a solidão vivenciará
A vida é movimento
Ama, odeia e semeia
Chega e vai num sopro de vento
Mas será ela maior que o tempo?
Eternas enquanto sua existência
Felizes experiências e doces lembranças
A vida não acaba com a morte
E isso o tempo não pode mudar
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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