Textos sobre a Morte

Cerca de 4566 textos sobre a Morte

⁠O caixão da alma


Presa em uma casca de dor,
Aprisionada em uma pele d’onde se transita flor.
Releio Augusto dos Anjos,
poeta preso em fantástico caixão alheio,
Sinto similaridade com a dor dele, hoje.
Dor, coração e um triste sossego.

Presa em teu sonho selvagem,
curto metáforas de Clarice Lispector,
repenso Antônio Nóbrega,
todos poetas que profetizaram a dor,
a morte, o caixão em badalado, triste e feio.

Presa. E estar em cárcere machuca.
É um acordo feito consigo mesma.
É um contrato social a qual a gente olha e diz:
-Por que você está destruída?
-Se sou eu a única pessoa que precisa ser salva?
Ora, por que me fazes chorar?
Suas cicatrizes são minhas, sabia?

Presa na obra de um carpinteiro,
meu corpo lança um: “não te amo, mais”,
A alma na pele que habito,
tal como Almodóvar e seu percevejo.
Presa em uma cama fria,
Em um hospital onde a morte olha, vazia.
Aprisionada entre o sim e o não,
Entre a vida e o não.

Presa em um corpo de morte,
tal como preconiza Paulo,
presa, simplesmente aprisionada,
Rousseau já dizia que por todos lados
sigo acorrentada.

Presa. Simplesmente aprisionada.
À minha alma que segue inerte,
desejando que a dor galope e não me veja.
Mas, Clarice só me apontou a hora,
e “dos Anjos” me avisou da mão que apedreja.

Presa em muros poéticos,
onde o sonho e a morte dançam e combinam,
juntas, o seu mais próspero desejo.
Presa em um caixão d’alma,
aprisionada pelo karma, ancestralidade,
herança genética, por traumas e desejos.
Morta em um vivo caixão de peles,
de feles e méis. Simplesmente, presa.
(instagram: @claudia.valeria.kakal)

Inserida por Estrela.cacau

⁠Talvez seja breve...
A recordação de um sonho...
E um desejo pontuado de estrelas...

Talvez seja breve...
O barulho que fazem os sentimentos...
A lógica do presentimento...
A razão perdida...
A dor da ferida...

Talvez seja breve...
O agora donde se murmura a vida...
A chegada...a partida...
A glória e a ruína...

Talvez seja breve...
A memória acalentada...
Ou a memória sendo esquecida...

Talvez seja breve...
A paixão não correspondida...
O amor jurado ser eterno...
A dor do peito...
O flagelo...

Talvez seja breve...
A falsa ou verdadeira promessa...
O brilho de uma jura...
Feito em dias claros...
Ou na noite mais escura...

Talvez seja breve...
A alegria ou a tristeza...
A maldade de uma língua...
O bem e o amparo de mãos sofridas...
O medo e talvez o desejo do desconhecido...
Talvez mais breve seja o espamo de um grito...

Talvez seja breve...
O tempo que escoa...
A doença que se avizinha...
A morte que clama...
O silêncio que murmura...
O convite ou a recusa de deitar-se na cama...
O momento de se achar tudo perdido...

Mas que não seja breve...
O seu olhar sobre mim...
Seguido por um sorriso...
De que estás a pensar...
1001 maneiras de poder me amar...
Que me alegre...
Que não consegues disfarçar...

E se tudo que foi breve...
Que muito tenha valhido a pena...
Pois é vivendo que se aprende...
E aprendendo que se vive...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠Amigos
Meu enterro, estranho...
está cheio de amigos, parentes, pessoas que nem conheci em vida. As pessoas comentam o quão triste é alguém ainda jovem partir. Choro pra todo lado, aos montes. Alguns dizem lamentar por não poderem se despedir. Como a morte é rasteira, não é...?! Andamos juntos, bebemos e comemos juntos. Íamos à casa uns dos outros, fartura... Na igreja, falávamos a mesma língua, o amor de uns para os outros, e Deus? Era nosso elo... éramos filhos Dele e nos amávamos. Lembro-me de que trabalhamos longos anos juntos, carregamos os mesmos fardos e batíamos nos ombros uns dos outros, parceiros eternos, empatia! Em algumas festas que fizemos juntos, a alegria era contagiante. Também...bebíamos do mesmo cálice e a bebida dáva-nos um ar de imortalidade, e, detalhe, estávamos rodeados de gente alegre e satisfeitas por serem amigas...mas, como tudo na vida, a gente passa. Agora estou aqui deitado, sem vida, sem sinal de alegria, sem nada. Todavia tenho aqui amigos, que durante a vida andaram comigo em vários momentos, nunca largaram minha mão. Não me sinto só, agora. Apenas sinto falta, aqui, daqueles que, estando eu triste, com pouca grana e com a cabeça atribulada, não estiveram comigo e eu sentia essa ausência. Quando estive doente, nem souberam; minhas ligações e recadinhos nas redes, mal liam; o tempo era curto, o trabalho é pesado, dá pra entender. Alguns nem lembravam mais de mim, acontece. Espera! Opa, vejo alguns deles aqui também, se lembraram, que legal! Melhor estar no enterro, né?! Alguns podem comentar que não vieram, não pegaria bem. "Que amigo é esse?!", diriam.
Obrigado, queridos, por não me abandonarem nesse momento tão importante para mim. Não me sinto mais só!

Inserida por ClaudioNunes

⁠A vida que leva sentido pela dor,
e que somente a dor pode nos tirar,
mesmo que sem vontade ou razão,
nosso último sopro de ar.

Dentro dessa contradição,
jaz no buraco vazio do teu peito,
onde devias ter um coração,
um nó de forca para o desavisado.

Onde amargo fim chegou e,
sem ser considerado por motivo algum,
amor, desvaído, sem força ou vontade,
no peito do condenado.

No fim, apenas o silêncio,
e uma alma pura em sua elegância,
queima no fogo sem fim,
destroçada e sem esperança.

Inserida por FlavioBorges

⁠Enquanto caminho para o cemitério.

Aprendi a não perder tempo com coisas que parecem ter grande importância no momento mas terão nenhuma importância no futuro. Aprendi a não colocar sentimentos em tudo o que brilha porque algumas pessoas não tem brilho próprio; algumas pessoas só brilham porque refletem o brilho dos outros.
Aprendi a não ter muita pressa para mudar de fase. Aprendi a aproveitar cada momento; a apreciar cada detalhe de todo ser que respira e também de toda a criação e feitura Divina.
Aprendi que o melhor dia da vida é sempre o Hoje.
Aprendi que serei esquecido mas não posso esquecer.
Aprendi a plantar lembranças para contar com muitas risadas no céu.🤣🤣🤣
Aprendi a relevar o mau humor dos outros que ainda não aprenderam tudo isso que eu já aprendi.
Aprendi que amar é sentir a dor do outro e fazer algo por ele(a) mesmo sem ele(a) saber.
Aprendi quase tudo o que precisamos saber para viver, e aprendi que para viver, não precisamos de quase nada de tudo aquilo que pensamos precisar.
Pena que perdi tanto tempo para aprender essas coisas.
Mas agora, o pouco tempo que me resta para viver, será muito maior e mais bem aproveitado, que todo o tempo desperdiçado enquanto caminho para o cemitério.

(Robson Bezerra Alves)

Inserida por RobsonBAlves

Em todo lugar lhe procuro,
Vou afundo e te encontro
Em meus pensamentos, me descuido
Esperando o seu retorno,
Não há lugar físico em que esteja
Somente em lembranças
Nessa ruína, se despeja
Minha enorme insegurança.
Nas ondas te vejo,
Elas te levam pra bem longe,
E é aí que eu percebo
O quão difícil é a morte.

Inserida por Tri_samer

A Dança da Insignificância⁠
A LIFE, um palco escuro, um palco sem plateia.
Um amanhecer que se esvai antes mesmo de nascer,
uma promessa de sol que se dissolve em névoas cinzas.
Um falso sol "entardescente", enlouquecedor em pleno horizonte,
a melodia fúnebre da existência,
uma sinfonia de morte que ecoa em cada batida do coração. TUM-DUM- TUM-DUM…
A queda, a queda eterna,
um ciclo vicioso que nos arrasta para o abismo,
sem trégua, sem esperança, sem piedade.
Cada passo em frente, um passo para trás,
um eterno retorno ao ponto de partida.
Sem sentido:
Nascer para morrer,
levantar para decair,
Uma dança macabra onde o ritmo é a própria finitude, de mãos dadas estamos com os dias contados.
Sorrisos, máscaras frágeis que tentam esconder a dor,
uma farsa que se dissipa com o vento.
A dor, um fantasma que nos assombra,
uma sombra que nos acompanha num passo a passo em toda a LIFE.
Lágrimas diamantadas,
um brilho que se dissolve em lágrimas de sal,
um lembrete cruel da fragilidade da vida.
O riso, um eco distante,
uma lembrança tênue de um tempo que não existe mais.
Um grito silencioso que se perde no vazio,
uma tentativa desesperada de negar o inevitável.
Olhar sincero,
olhar vazio,
olhar de quem já não tem nada a perder,
de quem já não tem mais esperança.
Pois, é isso!
A dança sem música,
a valsa do desfiladeiro da inevitabilidade.
A vida, um palco sem luz,
uma dança macabra sem fim,
um eterno retorno à morte.
A morte, a única certeza,
a única verdade.
A morte, o único refúgio,
o único descanso.
O que resta?
O que resta é a dança,
a dança sem música,
a dança da vida e da morte,
a dança da inevitabilidade.
O que resta é a dor,
a dor da existência,
a dor da finitude.
O que resta é a esperança,
a esperança de um amanhecer que nunca chega,
a esperança de um sol que nunca brilha.
O que resta é a vida,
a vida em sua fragilidade,
a vida em sua beleza,
a vida em sua crueldade.
E assim dançamos,
nós, seres insignificantes,
neste palco sem luz,
neste desfiladeiro da inevitabilidade,
nesta dança macabra sem fim.
E assim dançamos,
até que a música pare,
até que as luzes se apaguem,
até que a cortina caia.
E assim dançamos,
até que a morte nos leve,
até que a morte nos abrace,
até que a morte nos liberte.

Free me from this meaningless life!

A.C -> 22/08/2024

Inserida por SrAnonymous

Me lembro de um grupo de amigos
que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém.
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué? Hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro,
quando não cancelavam o encontro também.
Mas no dia que o marcão morreu
No velório não faltou ninguém....

Inserida por FasDaEscrita

Poemas de Amor

⁠Não gosto de poemas de amor, nunca gostei.
Poemas devem ferir, excitar, provocar fugas, mudança de página;
Poemas devem ser escritos não para serem lidos, ou suportados, até o final,
Mas para serem sentidos, admirados ou repudiados, desde o início.
Gosto de poemas hemorrágicos, catastróficos, assassinos, incendiários;
Gosto de poemas malcheirosos, estúpidos, invasivos;
Aqueles que denunciam, provocam, ofendem;
Aqueles que desenterram cadáveres esquecidos
E com eles dançam um bom twist sobre mármores e flores artificiais.
Gosto, sobretudo, da poesia que denuncia os significados
das insignificâncias do mundo

Inserida por TerezaDuzaiBr

Onde é que andam os teus sonhos
E aqueles pensamentos risonhos
De mudar o mundo?

Senta aqui um segundo, vamos conversar
Eu quero ouvir da correria da tua vida
Da tua falta de tempo
Das lutas e das tretas
E também do fundo daquela gaveta
Onde eu sei que os teus sonhos foram parar

Onde é que anda aquela criança
Que via a vida como uma dança?
Hoje ela cresceu e se tornou você
Mas eu sei que de vez em quando ela te visita
E quando ela vem, você acredita
Ou prefere a esquecer?
E dizer que a vida adulta não dá margem
Tirar um dia pra ser criança é bobagem
Porque você tem muito mais a fazer

Quando foi a última vez que você andou de pés descalços?
Quando foi a última vez que surpreendeu alguém que ama com um longo abraço?
Quando foi a última vez que tirou um dia 100% pra você, sem pensar em mais nada?
E quando foi a última vez que você chorou… mas de tanto dar risada?

E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?

– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…

– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!

– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…

Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém

Você já parou pra pensar que o tempo com seus pais e avós é extremamente limitado?
Que o teu cachorro tão amigo não vai passar a vida inteira do seu lado?
Que os anos só vão seguir voando de um jeito cada vez mais veloz?
E que se você não tem tempo agora
Você vai arranjar tempo, mas vai ser naquele dia que te faltar a voz

Vinte, trinta, quarenta, cinquenta
Década após década, essa chance só aumenta
Com sorte… Com sorte a gente vive, sei lá, mais ou menos até os oitenta
Quando tempo você ainda acha que tem?
E mais do que isso: quanto mais você aguenta?

Quantas despedidas você ainda tem pela frente?
Quantas dores, machucados, decepções com todo tipo de gente
Quantas vezes você ainda vai votar pra presidente?
E será que a gente vive pra ver pelo menos um político decente?

A vida conta mesmo é nos pequenos momentos
Você vai ter derrotas, quedas, mágoas
Daquele nosso time rebaixamentos
Mas o mais importante de tudo e que eu acho que vocês estão esquecendo
Quantos pequenos sorrisos ultimamente você anda tendo?

Inserida por stackedactors

⁠E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…

Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém

Inserida por stackedactors

O figurante

⁠O passado me mata, constantemente, me massacra. E por que? Seria fácil falar que é por causa de um amor, mas é muito mais complexo que isso. Quando você ama alguém, você se entrega. Você não se coloca em primeiro lugar. Você deixa aquela pessoa ver cada linha sua. A vulnerabilidade, As dores, Tudo. Tudo o que você pode ou não oferecer e ser rejeitado é normal, mas ser rejeitado por todos a vida toda, te coloca em um mar de inferioridade gigantesco como se somente por você nascer, você já está errado. Você se vê perdido, como se realmente todo mundo mente pra você, como se você realmente não existisse e é só parte de uma novela, onde você é o figurante, sabe? Ninguém liga pro figurante, ninguém leva a sério o figurante, ninguém se importa com o figurante.

Inserida por Nymos

⁠MINHA IRMÃ
Vi você se apagar como uma velhinha, mostrando a todos força sobrehumana, enquanto tinha vontade de chorar no coração.
Eu a conhecia como uma estrela, não podia vê-la naquela dor.
Você com seu grande coração de irmã, com os problemas de sempre e tanto amor. Você adorava a vida, o mar, o sol.
Não podia vê-la naquela dor.
Não pude lhe dar aquela ajuda
que eu desejava mais do que tudo na vida, implorando com todo o nosso amor,
“um milagre a Deus, nosso Senhor”.
Você nos deixou no coração o seu sorriso, na alma a sua força interior.
Não quero lembrar de você naquela dor.
Dentro de nós você continua esta vida, no nosso sangue, instante após instante. Você nos mostrou com infinita dignidade,
quanta coragem pode ter um coração.

Inserida por Fastefani

Sete sentidos reais para Fé!
1.Somos parte do divino!
2.YHWH nós adverte sobre o bem e o mal.(Gênesis 4:7)
-O pecado gera a morte!
4. A morte é psíquica!
5. A morte gera enfermidades, dores, conflitos!
6.A morte altera equilíbrio psíquico e espíritual.
7.A morte trás tormenta planetária

Inserida por verahaddadmattos

⁠A SUA EMOÇÃO
Viva-a de forma pessoal.....
Viva-a com respeito,... intensamente...
Se preciso for, desesperadamente Viva-a com paixão vibrante........
Esprema-a, assimile todo o seu sabor
Escolheu você entre milhões,... entre as pessoas....
mas viva-a com garra e devoção Viva-a com amor ... de verdade.....
Faça com que seja sempre honesta e natural
Não! ... nunca fuja da Emoção...
mas viva-a...e com a alma presente...
… Filho …

Inserida por Fastefani

Purgatório.


Garota criança
Você pode tocar o céu
Pode até ter esperança
Mas você esqueceu
De uma coisa
Que não há em livros
Só há na alma que habita em nós
Disso eu falo com direito
Para chegar no céu
Tu precisas chegar no estreito caminho
Para o inferno
Lá não terá amiguinho
Nem alguém fiel por perto
Porém, assim que chegar
Você verá o que é certo
Além de enfrentar o seu ego
Suas raízes ficaram fortes
E você terá chegado
No infinito céu azulado

Inserida por isabella_bergamin

⁠Nossa composição química não é a mesma do pó da Terra, mesmo porque não nascemos para este planeta. É do pó das estrelas.
Deus é quântico!
Construa para si um bom campo eletromagnético praticando o bem e, quando deixar a matéria, voltará para sua estrela de origem.
Construa para si um mau campo eletromagnético praticando o mal e,
quando deixar a matéria pode ir, talvez, para um buraco negro, um sol de primeira dimensão, ou elementos que nem sabemos.
CéuS e InfernoS realmente existem.

Inserida por nilidis

Ecos da Existência

Na vastidão do ser, onde o tempo se faz poeta e a vida, sua musa, há uma melodia que ecoa, suave e constante. Ela dança nas sombras do passado, brilha nas promessas do amanhã e reside no calor de cada hoje. Esta é a sinfonia da existência, a canção que Vinícius poderia ter cantado, entre goles de poesia e suspiros de amor.

Na tessitura desse tecido chamado vida, cada fio é um instante, entrelaçado com a arte e a dor, o riso e o choro. Aprendemos a ter força na coluna não por rigidez, mas pela flexibilidade de saber dançar com o vento, de não quebrar quando a tempestade vem. Em cada curva, em cada esquina da existência, há uma história a ser contada, um aprendizado a ser abraçado.

O amor, ah, o amor! Esse sentimento que Vinícius cantou com tanta paixão, é o vinho que embriaga a alma, é o sol que nunca se põe no horizonte do coração. Amor que é rio, fluindo sem fim, amor que é mar, profundo e imenso. Em suas águas mergulhamos, buscando a pérola da verdadeira conexão. O amor é encontro, é a fusão de almas, é o toque que transforma o comum em extraordinário.

E a morte, essa inevitável companheira, que nos sussurra sobre a impermanência de tudo. Ela não é o fim, mas uma transição, um portal para um mistério maior. Nos ensina a valorizar cada respiração, cada risada, cada lágrima. A morte nos lembra que viver é um ato de coragem, um desafio constante para abraçar a plenitude do agora.

No espírito reside a essência, o imaterial que nos faz mais humanos. É a chama que arde, inextinguível, mesmo quando o corpo cansa. É a parte de nós que se conecta com o infinito, que toca o céu em momentos de pura alegria e profunda tristeza.

As lembranças são as páginas desse livro que escrevemos a cada dia. Algumas trazem sorrisos, outras lágrimas, mas todas são preciosas. Elas são o mapa do nosso caminho, as marcas deixadas na areia do tempo. Saudade é o preço que pagamos pelas boas memórias, é o doce-amar de ter vivido algo que vale a pena ser lembrado.

E a memória, essa artista caprichosa, pinta os quadros do passado com cores ora vivas, ora desbotadas. Ela é o museu da nossa história, o lugar onde revisitamos nossos amores, nossas aventuras, nossas perdas e conquistas.

Viver, portanto, é um ato de equilíbrio entre tudo o que foi, é e será. É ter força na coluna, sorriso no rosto e abraços apertados. É saber que, em cada fim, há um novo começo. É entender que, em cada adeus, há a promessa de um reencontro. Pois a vida, em sua infinita sabedoria, é um ciclo eterno de aprender, amar e, acima de tudo, viver.

Inserida por MarioVascon

⁠Vê
Que mesmo em face da nossa dor maior,
O folião retorna ébrio deste carnaval
O cidadão exerce seu papel mor
Carros, buzinas, atletas, sacerdotes, putas
Mantém suas poses e rotinas
Alheios ao nosso coração que não combina
Não cabe
Não casa
Não bate no peito do planeta
Porque o mundo vive
Enquanto sobrevivemos
Na extra sístole
Da morte anunciada.
Lâmina afinada
A talhar nossa alma conjunta e emendada
Ainda que através da dor
Feito junção de peças de legos,
Estamos multicoloridos, encaixados, seguros e interdependentes.
Nos necessitamos nesta hora
Neste formato temporário
Porém imbativelmente forte.
Que força é essa que nos une tanto
E não consegue rodar as horas pra trás?
Não há mesmo tempo
Cada minuto passa a ter mais do que sessenta segundos
No lento arrastar do sofrimento
Em meio a essa Tissunami cruel
Onde nós,
Vítimas da avalanche imprevista e devastadora,
Nos encontramos na convergência dos contrários
Desejando absurdos impensáveis
Através de preces profanas
Apelos aos céus que mais parecem infernos
Quando pedimos que o mar recue,
Junto com a vida
Ainda que tenhamos que sair,
Pesadamente,
Recolhendo nossos inúmeros mortos.
TIta Lyra

Inserida por TitaLyra

As Damas

⁠As vezes me vejo pensando sobre que tipo de companheira gostaria de ter e qual realmente terei. Penso se meus ideais são realmente corretos, adequados e se serão realmente concretizados ou se serão subjugados por alguém surpreendente, mas que ainda assim acabe por substituir minha referência de de companhia ideal.

Digo... Sei que todos temos uma linda dama a nossa espera, a quem chamarei de "Dama da Noite", mas esta só é linda porque é responsável por dar sentido e beleza à vida. Ademais, essa dama de paciência morbida, olhar triste e toques frios nos espera em uma cama gélida e desconfortável.

Busco saber quem será minha companhia quente e inspiradora, a quem chamarei de "Dama do dia". Aquela que não me faça ver um filme da vida só por me aproximar de seu beijo.

Fato é que todos temos um encontro inadiável com uma delas. Um encontro do qual a eternidade se fará testemunha. Porém, antes de mais nada, quero ter a certeza de que, até lá, terei vivido e apreciado os mais diversos momentos com aquela que trará calor à frieza e brilho à escuridão, apenas por permitir-me levar nossas memórias nessa viagem sem bagagens.

Sobre a Dama do Dia, tenho desejo de que seja bonita, tenaz, altruísta e compreensiva, mas que o excesso destas qualidades não a tornem "trouxa" para os mais espertinhos. Creio que ela deve ser realmente uma inspiração, pois devo admirá-la, posto que é difícil você se manter muito tempo com alguém se não admira algo da outra. Relações sem base em admiração costumam ser superficiais e baseadas em fatores que se corroem facilmente. Ela deve ter seus próprios sonhos e objetivos e lutar seriamente por eles. Em troca, sempre farei o possível para me tornar o tipo que vai elevar as expectativas dela quanto à imagem de homem ideal, fazendo-a perceber que sempre haverá espaço para sermos melhores, ainda que longe da perfeição.

Assim, ter a certeza de que meu "dia" foi surreal e com um alguém realmente indescritível, que ao cair da "noite" o único encontro certo não seja capaz de me fazer sentir o toque frio da Dama da Noite, pois estarei ainda regozijando-me entre as quentes memórias de outrora.

Inserida por guilhermeespinosa

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