Textos que Tocam o Coração
Com o tempo a gente descobre que o coração, na verdade é bem maior do que aparenta ser. Nele cabe uma vida toda, as emoções que sentimos, a felicidade que vivemos, as pessoas queridas que encontramos no caminho. Nesse coração pequenino, cabe fé, esperança, perdão, solidariedade e muito amor.
Cabe nele também, os sonhos realizados, os amores vividos e os filhos criados.
Nesse coração sonhador, além de caber tudo que eu vivi, cabe ainda o que está por vir. A única coisa que não cabe nele é o mal, a inveja e a ingratidão, pois esses sentimentos eu não permito que faça morada em mim.
Batida inexata
Eu a vi parada na sacada
Surpresa e sem ter reação
Dura e longa foi a jornada
Batida inexata a do coração
Exatidão não combina com nós
Números diversos e complexos
Sedento por um momento a sós
Geometria de ângulos retos
A chuva que me embriagava
Estava para mim somente
O sinal que ela me dava
Fazia germinar uma semente
Todos sabem o tempo todo
Quem eu quero ter comigo
Penso um pouco e discordo
Seremos apenas bons amigos
Julgo necessário este vazio
Tratando da questão subliminar
Preenchido estaria eu de frio
Sem a sua ternura neste lugar.
CORAÇÃO FERIDO (soneto)
A poesia geme e a saudade murmura
No verso. Tão impaciente que parece
Um cântico, árdua toada, uma prece
Atulhando o versejar com desventura
Largando a imprecisão como messe
Aonde nas rimas a cólera configura
Então, a inspiração ruge, ó amargura!
É um aperto que da tentação floresce
Soa tom túrbido, convulsivamente
Trêmulos versos saem ferozmente
Por entre as mãos, sombria aurora
Roga o sentido nestes versos feridos
Com lastimas, sentimentos partidos
De um coração que pulsa e chora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2025, 18’23” – Araguari, MG
Pedra Coração.
Corações petrificados,
Congelados,
Cauterizados,
Onde o fogo do amor não se acende,
Não se alcança,
Ignoram cada movimento,
Cada grito de necessidade de socorro,
Relento,
Perderam a humanidade em egoísmo,
Fizeram em si mesmos deuses,
Seu mundo, o próprio umbigo,
Não os outros,
Pisando calçados de bota,
Em coração humano,
Fazendo das pessoas descartáveis,
Como bonecos em prateleira empoeirada,
Se acham fortes, sendo fracos, Usando os outros como degrau,
A queda desses será fatal.
Sabe qual é o problema das pessoas?
Elas querem quem não às quer,
Elas não dão valor ao que tem,
Os valores estão invertidos,
O amor cada vez mais líquido,
As pessoas se usam e se jogam fora,
Se fazem e fazem das outras descartáveis,
Tudo vem e vai numa velocidade voraz,
E as pessoas vivem o tempo do vazio das incertezas e inseguranças.
Simplesmente complexa.
Quer me conhecer?
Me leia,
Meus versos mostram meu passado,
Meu presente,
Minha visão de futuro,
Minha visão sobre o mundo,
Sou um eu criptografado em palavras,
Não se atreva a se achegar sem me ler,
Sou intensamente intensa,
Você conhece alguém pela sua arte,
Seus gostos culturais interferem altamente na sua essência.
Atente-se.
Há coerência.
Sou complexa demais à me entregar à metades,
Dou tudo de mim,
Mas, quando vou embora, não volto mais,
As cicatrizes ficam,
Mas, a dor logo passa,
Deus, decisão e tempo tudo curam,
Eu só quero a intereza,
Do Espírito Santo,
Só meu caráter,
Do Homem de Deus que será meu Marido,
Que se dará por inteiro,
Num relacionamento que não haja espaço para vazios ou tristezas,
Com todas as cartas na mesa,
Lealdade.
Sou uma garota nascida em Julho,
Uma garota que almeja o Amor,
O Amor verdadeiro,
Enquanto ele passa,
A dor escorre pelos dedos,
Fere os cantos,
Derramam-se em prantos,
Todos os corações despedaçados,
Ameaçados por tanta desilusão,
Coração.
Maléfico,
Enganoso sangue que corre em minhas veias,
É como o canto das mais belas sereias,
Se entrelaçou e morreu,
Dentro de si morreu.
A saudade faz parte do Amor,
Assim como eu faço parte de você em mim,
A distância é inevitável agora, eu bem sei,
Ôoo se sei,
Então, que seja,
Em tua ausência a companhia da saudade,
Misturada com a imagem de uma história,
Utópica,
Platônica,
Que com muito Amor,
Se desenvolve à Neruda,
Um enlaço,
Um abraço,
Teia.
Desesperadamente,
Sem fim.
Eu sou o Amor,
Ou seria somente Dor?
Ou o Amor é isso?
Alma nua,
Vontade de sair correndo na rua,
Uma saudade crua,
Dura,
A lágrima nos olhos,
A distância que mata,
Aos poucos,
Sádica,
Caótica,
Cruel,
Doce amar?
Entre o Céu e o Fel,
Em paixão me localizo,
Ternura ou loucura?
Me acho,
Encaixo e desencaixo,
Arregaço,
Esse coração de esculacho,
Ladeira abaixo,
Não sossega o facho,
Acende e queima,
De volta a fogueira ...
E nem é São João.
Siga seu coração eles dizem...
E pra que?
Se ele tende a me doer?
Maluco, maléfico e tendencioso,
Terrível, bandido e ambicioso,
E onde fica a razão,
De mim se esconde...
Não sei pra onde,
Queria medir na mesma medida,
Retribuir como sou atribuída,
Mas, ele não me deixa sair,
Ruído e sedento a me denegrir,
Capcioso coração que pulsa e nele o sangue se bombeia,
Sangra e verte-se vigorosamente de um lado para o outro,
Em um é puro e no outro é doente.
A sensação é derreter,
A sensação é de não conseguir me mexer,
O coração dói, de tão forte que bate,
Compressão da incompreensão,
Saudade,
Vontade daquilo que está fora das minhas mãos e que eu abraçaria com todas as forças,
Embora eu não a tenha agora,
É como se eu tivesse partido em 7 partes nessa partida.
Dilacera coração, forte,
Pra que?
Ser bandido,
Viver me punindo?
Como se já não bastasse o Caos externo que me assola,
Chora.
Sem o colo do quero,
Sem o abraço do querer,
Receba o beijo da solidão amiga,
Daquilo que não se escolhe,
Não se controla e não se acalma.
Receba essa carta,
Dolorida,
Talvez seja a despedida.
Nem mais voz,
Nem silêncio,
A taça quebrou-se em mil partes,
Não faz mais sentido,
Não olhar ou olhar,
O fato é que não se controla o que sente,
Meu coração bate na dualidade da vida,
Entre encontros e desencontros,
Sua energia ainda está em mim,
Eu só queria poder voltar no tempo,
Naquele dia de domingo,
Onde a paz,
Harmonia,
Alegria,
Reinava nessa casa,
Agora é só lamento,
Vazio,
Sofrimento,
Aonde foi que a gente se perdeu?
Não quero mais me perder em outros copos,
Outros corpos,
O fato é que não sei mais como dança essa música,
O Universo se recusa,
E eu não sei lidar.
Deusa Maria.
O universo não dá ponto sem nó né?
Tirou esse coração da cartola,
Que é ninho,
Não gaiola,
Escorreguei no Arco-íris,
Caí dentro do pote de ouro,
Caixa de Pandora ao revés,
Jardim de infância tu diz,
Mãos dadas,
Explorar e ser feliz,
Dentro da inocência de um amor,
Que não se faz unilateral,
Que reconhece a vida como tal,
O ser humano como é,
Entre luzes e sombras,
Lindo,
como aquela dança,
Pintura,
Um som erudito,
Nossas artes nós completam,
E nos fazem,
Livre das amarras da sociedade,
Então voa passarinho!
Alto e Avante,
Essa Deusa cintilante,
A quem almejo cultuar em cada variante,
O prazer é constante,
Em cada troca fascinante.
Coração de pedra
Pedras perpetuam-se
e, em sua passividade, rolam
transformam-se
mudam de histórias
mas nunca perdem sua essência...
e o homem
com seu coração de pedra
tem inversa sua trajetória
e de inglória em inglória
em sua mortal existência
transforma o mundo
promove guerras
vêm pestes, fome...
no escuro
de sua parca consciência
e em sua operosidade
desmata e mata a terra
e a si destrói...
Fragmentos de Amor
Em versos quebrados, um adeus amargo,
Um coração partido em mil pedaços.
O amor que um dia floresceu tão farto,
Agora se desfaz em tantos laços.
Divergimos em sonhos, em ideais,
Caminhos distintos, rumos opostos.
A dor da despedida nos corrói os ais,
E a saudade nos invade, insistente e colosso.
Queria te ter para sempre, assim, ao meu lado,
Mas o destino traçou um outro desenrolar.
A razão, fria, nos afastou, pesado,
Deixando em nós uma ferida a sangrar.
Em cada canto, um eco da tua voz,
Em cada olhar, um reflexo do teu ser.
A vida segue, mas a alma não se acomoda,
E a saudade, insistente, não quer se perder.
Que a vida te leve para onde sonhas,
Que a felicidade te encontre, a todo instante.
Mas saiba, meu amor, que em meu coração,
Tuas lembranças guardarei, pulsante.
ACASO
Jamais saberás se foi ao acaso
Raio de luz a escolher o sujeito
Mal sabes o lar que vais ancorar
Nem podes prever qual sua missão
Pra vida de alguém sair do marasmo
Vai um coração batendo no peito
Vibrante a pulsar e ser um exemplo
Resgate de amor em sã compreensão
São duras penas buscando culpado
Perda de tempo não é escorreito
Cada minuto fazer o seu Templo
Casa segura pra evolução!
MURMÚRIOS
Quantas frases buscadas e não ditas
As mais rebuscadas nem sempre as “benditas”
Palavras e desencontros por aí perdidos
No silêncio clamando como mendigo
Um abraço sincero em forma de abrigo
Apelo não dito que só pode escutar
Aqueles que amam sem nada falar
Sentimento profundo no infinito lançado
Quieto, calado, querendo bradar
Maturidade: abafa esse grito do peito
Bem desse jeito murmurando baixinho
Não perde a esperança de encontrar sem razão
Alguém lhe escute a voz do coração!
IMPLOSÃO
Estranha sensação
Me julgava Sansão
Baquiei e sofri
Logo ali já vi
Tão pouco era Davi
Luta inglória
Fértil memória
Alegrias e incertezas
A embalar o coração
Amor, paixão, perfeição?
Trajetória em vão
Sobremesa tristeza
Ergui a cabeça
Assumi os riscos
Fiz uns rabiscos
Libertei a aflição
Confessei a emoção
Implosão do projeto
Desabou desde o teto
Na lona e no chão
Não olvidei o afeto
Pedi perdão
E invoquei gratidão.
Poema QUINTANARES
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei,
Que há até uma encantada,
Que nem em sonhos, sonhei.
Mas se a mim me permitir,
A vida em redemoinho,
Quero me ir levemente sorrindo,
Como se vão aquelas folhas outonais,
Que varrem as ruas centrais da cidade que habito.
E se não for por ventura,
Que o coração se reparta,
Quero que arda em fogo árduo,
A pungente alegria, daqueles que se embriagam,
Simplesmente enamorados na claraboia da lua.
Há tanta coisa escondida, nestas ruas que andarei,
Até mesmo a própria vida, feita uma canção atrevida,
Que quiçá, talvez um dia,
Com as próprias mãos tocarei.
Carlos Daniel Dojja
Em Homenagem a Mário Quintana
DO DESEJAMENTO
Alguns são feitos de um desejamento dilacerado.
Desse querer aflorado, não receio.
Nele me introduzo. E me ponho a ver o não dito.
Como quando me enamorei por uma moça.
Ela tinha um nome no meu peito escavado.
Chegava-me nas noites em que a buscava.
Deitava sua ternura sobre minha espera.
Acariciava as palavras que o silêncio esculpia.
Ela era tão docemente tingida de inteireza,
Tão despida de melancolia e incerteza.
Que apenas eu a via, andarejando ao meu lado,
Com suas mãos encravadas em minha ausência.
E eu já então, descabidamente encantado,
Apenas me sabia, ao traduzir-me fecundado,
Que mesmo a passar a só, a esperar a moça que viria,
Ela com o coração entreaberto de mim não partia.
Carlos Daniel Dojja
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