Textos para Teatro sobre Alcoolismo

Cerca de 29 textos para Teatro sobre Alcoolismo

É assim que lembro do meu tio alcoólatra, bebia até cair, a família cansou de buscá-lo na sarjeta, era uma decisão infeliz, ele não se sentia doente e nós não conseguíamos mudar seu ponto de vista.

Ele não era aparentemente saudável, usava roupas inapropriadas, cabelos assanhados, com uma vontade súbita de morar na mesa de um bar. De forma esplêndida ele se destruía a cada dia. Fiel a cerveja, whisky e cachaça.

Era um otimista incorrigível, a vida estava sempre pedindo comemoração com um copo de bebida na mão, havia mil razões para convencê-lo do contrário, mas ele estava completamente feliz com sua escolha.

A família foi paciente, passou por momentos de vergonha, por dúvidas sobre uma internação compulsória, sob o olhar de julgamento de quem não entende da cruz de ajudar quem não quer ser ajudado.

Às vezes damos mais importância às drogas ilícitas do que ao alcoolismo, mas o sofrimento é o mesmo de toda dependência, principalmente para a família que não sabe como agir.

Por várias vezes ele foi encontrado molhado de xixi, com frio de uma madrugada ao relento quando resolvia mudar de bar e sair de casa sem avisar, com dívidas exorbitantes de vendas no fiado.

Foi tudo repentino, uma dose aqui, outra ali, uma vontade de beber de dia, de tarde, de noite, de madrugada, uma vontade de não sair do bar até ser expulso porque o estabelecimento precisa fechar.

Nem ele acreditaria que fosse possível se viciar, de jeito nenhum, essas coisas acontecem com os outros, ficamos imunes, não sofro de nada, posso parar quando quiser, bebo porque gosto e me faz bem são as respostas de sempre.

Essas pessoas não afundam sozinho, não sabem a gravidade de adoecer a família inteira com preocupações, com emoções desgastantes, com falta de dinheiro desviados para o bar, meu tio foi rico, poderoso, político, importante, porém perdeu tudo, se afundou.

Perdeu principalmente a dignidade, o respeito, o amor-próprio, perdeu seus neurônios, perdeu o que a vida tinha a lhe oferecer, perdeu a bondade, se espatifou no chão, se destruiu.

Inserida por Arcise

Um velho

Andava tonto de tanta ingestão de doses sem motivo
De um lado para o outro à deriva dos soluços noturnos
Sempre aos risos dos que olhavam, riam, e julgavam
Ele era incapaz de pedir ajuda, tampouco compreender a causa
No fim, era uma vítima. Dos risos, dos olhares?
Apenas vítima da vida que insatisfez e correu pelos braços,
Vivendo sem motivos e ingerindo várias doses de incertezas.

Inserida por itamazor

“O vício é um fantasma que assombra sua vida, despreza suas qualidades, zomba de suas capacidades e, o pior é que você abra as portas para ele, o coloca em sua vida, o alimenta, o deixa em lugar de destaque e de maneira submissa, aceita que ele o mate.” Luiza Gosuen


A dependência de bebida alcoólica tem se tornado um fator preocupante em diversos setores.
O índice alarmante está na área da saúde onde a quantidade de dependentes aumenta a cada dia, principalmente entre jovens e mulheres. Um dos fatores que contribuem para isso é o emocional, onde pessoas insatisfeitas consigo mesma, com problemas familiares e profissionais acham que a solução pode estar num copo de bebida e em companhia de pessoas que passam também por transtornos e carências afetivas e que em nada poderão contribuir para melhorar seu desconforto, ao contrário irão levá-los a caminhos muitas vezes sem volta.
Toda dependência chega disfarçada de alegria, vitalidade e bem-estar e de maneira covarde assedia ,conquista e mata sua presa, aos poucos.

Ouve-se muito as frases:"Eu sei meu limite" , ""Eu não estou bêbado"
Mas, como reconhecer esse limite?

Uma pesquisa recente do International Center for Alcohol Policies (ICAP), dos Estados Unidos, aponta que o flagelo do alcoolismo começa a ocorrer dentro do núcleo da própria família, com o direto incentivo dos pais, em 46% das famílias (Jornal o Estado de São Paulo do dia 21 de outubro de 2013, Caderno Economia, página B16).

Um pai que ingere bebida todos os dias tem o conceito para si de que essa atitude em nada altera seu comportamento e que seus filhos "entendem" como correto e aprovado essa sua atitude em família. Aí está o perigo, pois realmente este pai pode estar passando esta informação aos seus filhos, que os tem como exemplo do que deve ser seguido, sem contar que em alguns casos, esses filhos observam também a figura da mãe como participante ativa fazendo companhia ao pai e até oferecendo a bebida aos filhos, achando "bonitinho" e se divertindo com as caretas feitas pelas crianças ao contato com o gosto desagradável do que num futuro próximo poderá ser a causa de tragédias e dores irreparáveis.

Em pesquisa da OMS _Organização Mundial de Saúde, quem diariamente não consegue ficar sem beber uma única dose ou um copo de cerveja está na faixa dos "Alcoolistas", e quem, diariamente, bebe mais que dois copos de bebida alcoólica já faz uso nocivo do álcool. Se a pessoa beber três ou quatro doses num dia é considerado "Alcoólatra", estará expondo seu organismo a um nível de toxicidade que mudará seu padrão de sono e aumentará o risco de hipertensão, por exemplo. Um número maior de doses diárias além da dependência ,provavelmente irá ocasionar outros problemas como doença cardiovascular, acidentes pessoais, etc. e precisará de tratamento adequado, caso queira se livrar do vício e a possibilidade de recuperação.

A orientação da OMS é de que o limite para o nível de álcool em pessoas saudáveis não ultrapasse a 30g. O consumo não pode superar o equivalente a três copos de chope ou apenas uma dose de uísque ou vinho, por dia.
Para quem costuma beber diariamente mais de duas latas de cerveja ou duas doses de destilado, como uísque ou pinga, aqui vai um alerta: o nível de álcool presente nessas quantidades de bebida está acima do recomendado pela OMS, podendo causar danos ao organismo.
Para o consumo moderado, a quantidade de álcool presente em cada bebida é:
1 lata de cerveja - 17 gramas
1 copo de chope- 10 gramas
1 taça de vinho - 10 gramas
1 dose de destilado - 25 gramas (uísque, pinga, vodca)

Veja agora os efeitos no cérebro de acordo com a quantidade de álcool por litro,no sangue:
2 latas de cerveja ou 2 taças de vinho ou 1 dose de uísque - Até 0,5g - Leve mudança na percepção e relaxamento.
3 latas de cerveja ou 3 taças de vinho ou 1,5 dose de uísque - 0,6 a 0,9g - Euforia e redução da atenção
5 latas de cerveja ou 5 taças de vinho ou 2,5 doses de uísque- 1,0 a 1,4g - Forte alteração nos reflexos
7 latas de cerveja ou 5 taças de vinho ou 3,5 doses de uísque - Acima de 1,5g- Confusão mental, vertigens, visão dupla.

De acordo com Sociedade Brasileira de Clínica Médica da Regional São Paulo, o consumo moderado de bebida raramente prejudica a saúde do fígado ou do coração. Ao contrário. Baixas doses de álcool estão associadas ao menor índice de infarto, pois dificultam a adesão de placas de gordura nas paredes das artérias. O vinho, em particular, ainda tem os flavonóides, substância que aumenta a concentração do bom colesterol (HDL).

Porém, se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes, esses benefícios não existem e o álcool terá um efeito totalmente maléfico. Esse paciente nem mesmo pode beber, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Consumo acima de 30 gramas de álcool por dia também causa efeito inverso e pode provocar miocardiopatia alcoólica (dilatação do coração).

Nenhum médico deve estimular o consumo de bebida alcoólica como método de prevenção de doenças cardiovasculares.
Os especialista alertam seus pacientes que é bastante perigoso misturar álcool com medicamentos, principalmente os calmantes.

Alcoolismo é uma doença crônica onde o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação que a droga produz e quando é retirada por algum tempo sente os efeitos da abstinência. Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo.
Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.
Se a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.
Uma das características mais importantes do alcoolismo é a negação de sua existência por parte do usuário. Raros são aqueles que reconhecem o uso abusivo de bebidas, passo considerado essencial para livrarem-se da dependência e quando isso não acontece é necessário um processo severo de desintoxicação, com possível internação em clínica especializada.
As recomendações atuais para tratamento do alcoolismo, envolvem duas etapas:
a) Desintoxicação – Em Clínicas Especializadas de internação geralmente programada para alguns dias sob supervisão médica, permite combater os efeitos agudos da retirada do álcool. Dados os altíssimos índices de recaídas, no entanto, o alcoolismo não é doença a ser tratada exclusivamente no âmbito da medicina convencional, sendo necessário o envolvendo de equipe multidisciplinar que irá auxiliar e fortalecer do tratamento e se necessário, essa programação poderá variar de 8 meses a 1 ano.

b) Reabilitação – Alcoólicos anônimos é uma outra opção recomendada. Depois de controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes devem ser encaminhados para programas de reabilitação, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem álcool na circulação sanguínea.
Para que o tratamento tenha sucesso é fundamental a participação dos familiares e amigos próximos.Essa demonstração de afeto fará grande diferença na recuperação do usuário.
Para apoio a familiares existe a Al-Anon, que é uma associação dedicada a dar apoio e orientação aos familiares dos dependentes do álcool.

Inserida por LuizaGosuen

⁠Sobriedade não é parar de beber, sobriedade é se transformar em uma pessoa melhor, a psicoterapia de hoje tem isso quase que como um lema para leva-lo a se tornar a melhor versão de você mesmo. Para que você consiga resultados mais eficazes, talvez você tenha que mudar algumas das suas atitudes, pois como você espera resultados diferentes fazendo as mesmas coisas?

Inserida por escribajosue

Você não causou isso; não pode controlar isso; e não pode curar isso. Então, pare de tentar! [...]controlar é uma ilusão, não funciona, bloqueia a capacidade de outras pessoas crescerem. Deixe os outros livres para que sejam quem são, fazendo isso, você também se libertará livro Codependência nunca mais

Inserida por Paticunha

⁠ As mulheres negras constroem e ocupam espaços de discussão e transformação na sociedade, atribuindo significado político às iniquidades que nos acometem, pois o racismo alimenta todas as formas de poder e molda a maneira como vivemos. No que diz respeito ao consumo nocivo de álcool e suas consequências, isso não é diferente. Se, por um lado, somos as mais prejudicadas pelo consumo de álcool — um dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis — por outro, há uma indústria, branca e masculina, que lucra deliberadamente a despeito de nossas dores e com o aval do poder público. Enfrentar o racismo é também unir-se às mulheres negras na luta contra tudo o que compromete nosso direito a uma vida plena e saudável, quando, em vez disso, nos oferecem doses de sofrimento.

Inserida por natana

Como uma criança que nasce e passa por vários estágios até seu completo caminhar, o dependente químico que quer vencer alcança sua sobriedade e recuperação. Resgata o que perdeu em função de uma doença tão devastadora, deixando de ser o “escolhido”, abraçando com muita dignidade e garra sua liberdade em “escolher”.

Inserida por universoadicto

Abril de 2021! É, entendi que só este ano já morreram +d18 Milhões de pessoas no mundo e desde o início da Pandemia em 2020, foram +d3 Milhões por Covid-19. Sim, há muito mais outros tipos de mortes também com o que se preocupar: só este ano são +d500 Mil por HIV; +d700 Mil por Alcoolismo; +d1,5 Milhão por Tabagismo e +d2 Milhões por Cancro. Porém, para você que minimiza o poder de um vírus o comparando com doenças e ainda não percebeu o que este sozinho já fez com o mundo, parabéns, você é um dos maiores motivos por ele ainda ter tanto poder.⁠

Inserida por FranciscoFontes

⁠O álcool me arruinou financeira e moralmente, partiu meu coração e o coração de muitas outras pessoas. Mesmo que tenha feito isso comigo e quase me matado e eu não tenha tocado em uma gota em dezessete anos, às vezes me pergunto se eu poderia me safar bebendo um pouco agora. Eu concordo totalmente com a noção de que o alcoolismo é uma doença mental porque pensar assim é claramente insano.

Inserida por sammis_reachers

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