Textos para Bodas de Prata
CAUSU DU CASAMENTO QUE DEU XABÚ
(Poeta Caipirinha)
O Caipirinha ia se casá cum a sinhá Mariquinha, tava tudo já prontu pra modi o casóru aconticê, mais dispois de uns disincontro a Mariquinha sumiu, disaparecêu seim dexá notícia e pista arguma!
Intão, o Caipirinha qui não é homi di ficá sozinhu, logu cunheceu a sinha Nininha, por ela si apaxonô e marcaru casamentu nas festa junina nas vespera de São Juão!
Tava tudo prontu e arrumadu. Tavão lá o cumpadi Juão Netu e as sinhás Craudeti, Tânha Voigt, Jô Tauil, Tânha Cardosu, Cunceição Lemus e a mãe do padre Jorge, sinhá Stella, que veiu cum procuração pramodi casá iêu mais Nininha.
Intão, quanu fui pro currá, pramodi tirá água du juelhu, chegô o cumpadi Zéduscorrêiu cum carta da sinhá Mariquinha dizênu que tava prenha di iêu e isperânu um Joquinha prus mêis di agostu.
Num pudi mais casá. Saí di fininhu pra modi se arresorvê os pobrema e fui pra minha roça, dexânu Nininha prantada no artá, isperanu pra mais iêu se casá. Ficaru tu lá isperânu, inté a madrugada chegá.
Na semana seguinte fômu iêu mais Mariquinha pra modi fazê o tár do DNA, pois nóis num se alembrava di nada, muitu quentão e vinhu na cabeça, nóis se perdêmu dus aconticido que se passáru na festa da cumadri Tonha.
Intão cum as nova tecnologia fizeru tirá sangui do Joquinha que tava di sete mêis, tudo apertadu nas barriga taméim apertada da Mariquinha. Tiraru sangui meu mais Mariquinha e num sei o que a tár da cumadi Honestina, aquéia que os homi dava tudo insima tava fazênu lá taméim ...
Passáru os tempo e fômu pegá os resurtado.
Resurtado: Positivu... sô pai do minino mêmu!
Intão fômu sentá e conversá cum o cumpadi Camargu, pai da Mariquinha.
... continua
- Bão cumpadi Camargu?... Bão taméim!... Possu me entrá?
- Acabe di entrá cabra, sente e vâmu cunversá mais iêu... Tome uma branquinha pra modi isquentá as palavra!
- Num bebu em serviçu, cumpadi!
- Ara!... Ocê num vêiu a serviçu homi!... Ocê veiu é pidi a mão da minha fia em casamentu e já tá dada!... E num tem vorta, num quero minha fia carreganu mininu nas costa sortêra não vici!... Prefiru ela viúva de ocê!... E ocê? O que acha cabra!?
- Uái!... Já que as proposta são essa e num tenhu braganha ... o jeitu é casá!... Num quero vê o Joquinha órfão di pai não!
- Pois é!... Intão vô chamá a Mariquinha pra ocêis se arresorvê cum as data que quero pra já!... E sem festa!... Num quero o povo falanu da minha fía casânu buchuda, prenha não!
Então o cumpadi Camargu mandô chamá a Mariquinha e nois se arresorvemu casá no sábadu, em casa mêmu e era só mandá chamá o dotô iscrivão du Cartório e pronto.
Mas a Mariquinha veio também cum otra situação ... que me dexô isquisitu ...
- Caipirinha, ocê num se alembra nadinha du quê aconticeu?
- Num se alembru di nada, Mariquinha!... Só se alembro que nóis tava lá nas páia de mío nu paiol, iêu, ocê mais a sinha Honestina!
- Pois ói homi, safadu!... Ocê bulinô cum nóis duas vici!... Emprenhou iêu mais a cumadi Honestina!... Ela proveitô e feiz taméim o tár do exame de DNA e ocê é pai do Zequinha taméim!
-Zequinha?!... Iêeeeeeu!
- Ocê memu, cão disgramentu!... Que emprenhô duas no mesmu dia!
- Iêuuuuuuuu!!
- Ocê sim!... Agora é que as coisa vão ficá preta pru seu ladu vici!... Ocê vai casá cum eu e ela vai morá mais nóis!... Ô cá!... Ô lá na sua roça!... Mais casá, casá só mais iêu!... Já tá tudo se acombinadu... Iêu mais cumadi Honestina já se acertamu e ela só qué que ocê cuide dela e du fiu di ocêis, num qué casá nem brigá!... Intão, o que você arresorve!
... continua
Ocêis já tão tudo cas combinação ajeitada?
- Já, cabra safadu!
- Uái, num tenhu iscapatória!... Vâmu tudo pra minha roça que cuido do Joquinha e do Zequinha ... Vai sê inté bão uma dupra caipira na famía!... oquinha da viola e Zequinha da sanfona ...
Intão foi isso que aconticeu... Num se alembro de nada, Mas que devi di tê sido bão, ah!... Isso devi!
.
Agora tenhu que cuidá das muié, que pro mêis us mininu tão paridu ...
Nininha me adescurpe, mais num tive comu casá mais ocê!
Pessoá, me adescurpe taméim, promodi dexá ocêis tudo isperanu e procuranu iêu!
Inté, intão!... Que a vida vai sê difíci cum duas muié em casa, tudu prenha, isperânu dois mininu pru méis que veim!
Mais vô a vida levânu, chorânu cum a viola e puxânu o fole da sanfona. Insaianu as música pra fazê mininu drumi e duas muié pra dá conta.
Agora ansim, preciso das gemada du cumpadi Juão Netu, dos ovo de pata e da garrafada du cumpadi Jorge LInhaça.
Inté, intão!... Mais meu amô du coração, tá na morena do meu sertão! Nininha num fique triste. Vô dá um jeitu di casá mais ocê um dia!
Um abraçu du cumpadi Caipirinha, que si metêu numa confusão!!! To num matu seim cachorru, cheiu di onça pintada e parda!
Casamento?
Não, Não quero me casar. Por quê? Exatamente por que te amo.
Como assim? Simples. Não quero me prender a promessas vãs, quero continuar ser eu mesmo, e que você meu amor, continue ser a mesma. Amo-te e sempre vou te amar. Mas, não é o casamento que faz o amor, e sim o amor que faz o casamento. Jamais quero fazer algo por impulso, e principalmente estragar o que é bom. Não estou fugindo de absolutamente de nada. Só não vejo necessidade alguma para provar nosso amor de testemunhas e registro em cartório com data e hora marcada.
Daí vem com o roteiro em baixo do braço o mesmo ritual cerimonial de sempre. Única coisa que muda são os personagens. Poucos verdadeiramente poucos são os apaixonados, a grande maioria forçados a este chamado por muitos do “cerimonial do amor”. Depois de toda essa cena, quando saem realmente de cena, aí sim vem a tão espera lua de mel, alias, nem tão esperada assim, pois o mel já foi há muito tempo ou estou aqui dizendo alguma mentira? É lógico que toda regra tem sua exceção, mas nos dias atuais, digo sem medo de errar que são poucos.
E mesmo com todas essas evidencias comprovadas insistir com o casamento e suas tradições?
São louváveis aqueles que verdadeiramente seguem sem nenhuma exceção toda essa tradição.
Não sou contra o casamento, pelo contrario, sou a favor do verdadeiro amor. Por isso acho que o casamento não é esta fantasia que fazem por ai, depois vem o bicho papão chamado realidade caem na real enxergam a verdade e se separam. Casamento para mim meu amor, é aquele que pode sim correr riscos, percas, idas e voltas sem fim. Mas no final o que predomina não é aquele que esta lá registrado por homens impondo as suas condições, condutas morais que raramente seguem na sociedade, e por isso mesmo a cada dia que passa se mostra falho este sistema implantado, não pelo casamento em si, e sim pelo que fazem dele, parecer sem sentido algum. Por isso meu amor, sou adepto a união sim, mas aquela união verdadeira. Não um registro de papel e uma peça teatral sem fim, que vai dizer tudo que sinto por você enfim, o amor é aquele que antes mesmo do homem registrar no papel a prova desse amor, alguém maior do que todas as criaturas em sua visão privilegiada há muito tempo o registro. E talvez por falta deste registro, que o homem duvide desse amor, e por fim, faz como sempre fez as coisas a sua maneira que pensa ser a mais correta. E como todos nós já sabemos nem sempre termina com o final feliz. É lógico como disse antes, toda regra tem sua exceção.
Por isso digo e volto a dizer que já estamos meu amor unidos ha tempos e por tamanho amor, casados de papel passado. E o melhor de tudo, pelo senhor, registrado e confirmado.
Amo-te, e por esses motivos que contigo não vou me casar. Por já estarmos casados, mesmo você não acreditando.
Casamento não é brincadeira, não é conto de fadas e não se resume a um dia de festas. Casamento é uma escolha realizada por duas pessoas, que se amam e estão dispostas a aceitar o compromisso de se cuidar, se amar, se tolerar e respeitar.
Não existe magia no casamento, não existe princesa ou principe, então não se iluda com essa idéia...
Na vida real existem apenas pessoas comuns, com virtudes e defeitos, a procura de alguém que possa aceita-las como são, sem a ilusão de querer encontrar perfeição!
Dessa vez eu não falei de amor,
nunca fiz planos de eternidade,
nem falamos sobre casamento,
ter filhos ou algo do tipo.
Também não quis só te usar,
te magoar e nem te fazer chorar.
Muito pelo contrário, meu bem.
Eu só quis te fazer bem.
Amenizei o quanto eu pude o vazio.
Não nos deixamos ficar a sós.
Aprendemos gastar nosso tempo.
Compartilhamos bons momentos.
Nessa mistura de possibilidades,
O teu sorriso é o que me vale.
Eu só quero te ver bem,
E nem me dói se é comigo ou com outro alguém.
Talvez essa tivesse sido uma das principais razões do casamento não ter dado certo. Não há mulher que suporte a ideia de ser menos importante, para um homem do que seu trabalho. Ele trabalhava demais, adorava viajar, seu prazer consistia em estar longe de casa e da família, para ele só importava o dinheiro e o luxo, isso tudo era sinônimo de amor na cabeça dele.
Ele voltou aqui depois, sem que eu pedisse e iluminou a minha vida. Ele tem sido a pessoa que espero ter como amigo. E eu jamais desejaria que nada de ruim acontecesse com ele, sempre quis ele próximo, mesmo distante. Não há dinheiro no mundo que pague um convivência harmoniosa, unida e feliz. Por isso, se você acha que vale a pena trabalhar um pouco menos e ceder um pouco mais, faça isso, mas lembre-se renuncie de corpo e alma não como peso ou passando por cima de si mesmo.
Sempre que ando de avião e ouço aquela famosa ladainha "no caso de despressurização, máscaras caírão sobre sua cabeça, e passageiros com criança devem colocar a máscara primeiro em si e depois na criança" aprendi que devo pensar em mim antes de qualquer outra coisa.
Gosto do casamento acho até que ele merece uma oportunidade, mas não posso depositar a vida nas mãos dele. Eu preciso cuidar de mim, do meu futuro antes de mais nada, acho que já sofri demais, já passei por maus bocados, e sapos difíceis de engolir. Posso sim te dar uma chance, afinal fiquei dias acordadas com seu cheiro no nariz, o cheiro que trazia à memória os momentos felizes e despreocupados. Um outro fator importante, eu acho que você aprecia muito mais a minha companhia que eu a sua, agora é cara pra mim e coroa pra você. Preciso repensar minha vida sem amarguras ou remorsos. Acreditei em você desde o primeiro instante, acreditei na sua boa vontade, honestidade e até na sua ingenuidade. Percebi que nunca me enganei. Quero seguir adiante procurando tirar proveito do aprendizado. Teria economizado lágrimas se pressentisse seu arrependimento, por muitas vezes fiquei em ponto de ebulição, extremamente nervosa, andando de um lado para o outro e quase subindo pelas paredes Precisei de amparo psicológico e agora que me encontro completamente curada eu me confundo com os seus encantos.
Cheios de contentamento
Estamos, Senhor amado,
Porque é o casamento
Um Teu bom mandado.
Aos noivos dá proteção,
Concedendo o Teu amor,
Para eles em união,
Viverem p'ra Teu louvor.
Faze viverem guardados
Na Tua santa doutrina
E só andarem guiados
Por Tua mão divina.
Confirma esta aliança,
Nós Te pedimos ainda,
Enchendo-os da esperança
Da Tua santa vinda.
A CAPA
Um rapaz se apaixonou por uma moça e decidiu pedi-la em casamento.
Ao falar com o pai dela foi advertido que a moça ainda não estava pronta para o casamento, pois, não era prendada e era muito preguiçosa.
Mas o rapaz não se importou e decidiu casar assim mesmo,falou para o futuro sogro que amava a filha dele e que ela aprenderia com o tempo.
Eles casaram e foi uma cerimônia linda.
A primeira semana de lua de mel ele fazia tudo para agradar a mulher amada: café, almoço, lanche e janta na cama.
Ao termino da lua de mel, veio a rotina do dia-dia.
Na primeira semana, ele, antes de sair para trabalhar, fazia o café da manhã. No final do dia, ao chegar em casa, depois de um dia exaustivo de trabalho, fazia o jantar.
Findada a primeira semana ele não aguentou mais e falou: Amor, tenho que ir ao mercado. Ela, curiosa, respondeu: Fazer o que marido? Ele: Tenho que comprar uma capa.
Ela, novamente, indagou: Para quê se não esta chuvendo?
Ele ignorou e saiu, foi até o mercado e comprou a tão desejada capa. Ao retornar, colocou na parede da casa um prego e pendurou a capa.
No dia seguinte ao sair da casa falou para a capa: Vou trabalhar, quando voltar quero o meu almoço pronto, a toalha no banheiro, a minha roupa na cama e o chinelo na porta do banheiro. Ta ouvindo?
Mesmo sem resposta, ele foi trabalhar.
Ao retornar para a sua casa não encontrou nada do que desejou pronto.
Então mais uma vez ele fez tudo!
No dia seguinte deu a mesma ordem, mas não adiantou de nada.
Depois do sexto dia ele falou para a mulher: Mulher essa capa não fez nada do que eu mandei. Não fez nenhum dos meus pedidos. Não tem outro jeito, vou ter que bater nela.
Tirou o cinto e começou a bater na capa.
A capa caiu no chão.
Então ele disse: Mulher, eu preciso da tua ajuda! Por favor segura esta capa pra mim.
Ela então levantou da cama e segurou a capa enquanto o marido batia.
Só que ao bater, algumas batidas do cinto atingiram a mão da moça que deixou a capa cair no chão.
Então neste momento o marido disse: Mulher, veste esta capa para que não caia mais.
Ela vestiu a capa e ele continuou batendo na capa.
No dia seguinte ele pendurou a capa no prego e falou: Capa eu vou trabalhar, quando voltar quero o meu almoço pronto, a toalha no banheiro, a minha roupa na cama e o chinelo na porta do banheiro.
Vocês já imaginam o que aconteceu?
A capa fez tudo.
E eles viveram felizes para sempre.
"Quando pequena sempre ouvia esta historia da minha mãe, Walnice Ribeiro da Silva."
Há alguns anos atrás era totalmente contrário a casamentos, porque se casamento vc bom não precisava de testemunhas, registrar em cartórios, jurar perante Deus...etc. Mudou quando senti o gosto da coisa. Uma pessoa ao seu lado que não importa o seu estado emocional ou financeiro sempre estará lá. Pois é, o casamento é bom. Triste daquele que nunca experimentou dormir ao lado de alguém que vc sabe
que no outro dia vai estar lá, tão linda quanto antes de deitar ou ouvir deste alguém "oi" simples, mas que soa no ouvido como uma história ou quando vc coloca alguma coisa num certo lugar e quando vc se volta não esta mais, faz parte. Não sou a favor de escrever coisas no facebook relacionadas a minha vida, nem sou fã, mas que eu sei que a pessoa certa vai ler isso e de alguma forma ela vai entender. Na minha imaginação isso nunca será apagado, como eu disse sobre a história, a história é essa...oi.
Hoje em uma discussão saudável com pessoas do meu trabalho conversávamos sobre o amor, casamento, relacionamentos e afins, e eu contextualizando, dei minha singela opinião.
Por um tempo houve uma falsa expectativa criada pelo próprio homem, que o casamento era um mar de rosas, onde havia um príncipe encantado e uma princesa a ser salva. Ai descobriu-se que não é bem assim o casamento ele tem que ter estrutura para aguentar os desafetos e contratempos de ambos e saibam isso vai acontecer.
Não há um ser compatível com outro, todos somos incompatíveis por isso a necessidade de se adaptar um ao outro. Por isso não sai dizendo que o casamento é uma instituição falida, ele depende de nós para dar certo, infelizmente pessoas despreparadas para este momento único e eterno não se preparam suficientemente para isso.
Vejo um mundo com pessoas sem compromisso sem responsabilidades uns para com os outros, tirando a verdadeira essência daquilo que o próprio Deus criou ... O que Deus uniu não separe o homem...pois deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher, e ambos serão uma só carne...Eis que esta é agora ossos dos teus ossos e carne da tua carne...
Ninguém jamais foi a um casamento, ninguém jamais esteve lá senão o próprio casal. E eu não falo da cerimônia, daquele evento efêmero onde as pessoas se beijam e se abraçam. Onde todos os convidados se acotovelam, cochicham e resmungam alguma coisa. Não é dessa festa tradicional (em que a noiva se fantasia de fada virgem e o noivo se apresenta mais desengonçado que um pinguim de geladeira) que falo... Afinal, isso não é casamento, muito diferente disso, desse glamour florido, casamento é tudo o que vem logo depois.
Sem querer enrolar muito quem se deu ao trabalho de ler até aqui, penso que ninguém – nem mesmo os padrinhos – esteve por lá quando as luzes se apagaram, quer por motivos ‘sacanas’ ou pelo simples fato do casal não ter grana para pagar a conta de luz.
Ninguém jamais conseguiu contar as lágrimas de um choro abafado no travesseiro, ninguém jamais viu a rotina atravessar os dias ou a dúvida varar a madrugada. Não havia ninguém ouvindo as batidas do coração da mulher quando se sentia segura, e nem para se lembrar do sorriso bobo do homem quando ele se sentia abraçado sem que fosse tocado.
Eu poderia tentar escrever várias laudas a respeito daquilo que ninguém viu, ouviu e nem pode imaginar... Mas eu também nunca fui a um casamento de verdade, ninguém jamais esteve lá.
Casamento de copo
Sentamos no bar, nos conhecemos
só de relance, apenas algumas olhadas
despercebidas e inocentes.
ao meu lado, em uma pequena cadeira
na qual estava vazia, eu senti seu perfume,
o primeiro cheiro da sua pele na minha boca,
eram nove e meia da noite
ouvi um instrumento de sopro
permear no nosso meio
finas gotas caíam, nem percebi ao certo
olhei para cima e relampeou forte
a cidade estava preta e branca
minha cabeça inclinada, girava em direção as nuvens
e caiu de lado, era ela..mais ninguém.
ali, tão perto, sem falar e gesticular,
pulsou seu corpo dentro do meu
e pude sentir a fusão.
a chuva era uma rival dura
e não deu trégua, porém minha vontade era puxá-la
e rodá-la, ali mesmo, no rio.
Fomos para dentro do bar, cheiro de barata
e cigarro - "Meu Deus, não me tire daqui nunca".
ei de morrer neste local em seus braços,
me decidi...
eu quero juntar os fios dos cabelos no travesseiro,
misturá-los em cor única
retirá-los do pente em cima da cômoda,
penso em filhos,
nas escovas de dentes usurpadas no dia que você foi
dormir na casa da amiga, só de pijama de frio.
não quero jantar sozinho, beber vinho sem brindar
com pequeno toque nas taças de cristais polidas,
vejo grandes brigas, delírios, loucuras
gritos de prazer, de raiva,
e nada é normal
nada na minha vida é normal
muito menos nas nossas será normal,
o amor não é estável
não balança debaixo da árvore
ele é mesclado por toda essência
além da nossa compreensão.
a insanidade grita e me atrevo
impacientemente
desenhei no caderno um coração, lhe mostrei
você nem liga,
de repente
tenho uma ideia
arranco a folha com gana
recorto o coração torto desenhado à mão
você se espanta, arremesso-o na lixeira
que está cheia de bolas de papéis escritas e inutilizáveis
estendi a folha
centralizei meu olho no meio e pisquei de leve
você acha engraçado e ri
Pronto! Nos casamos ali mesmo.
A vida se faz assim...
Noivado, casamento, lágrimas nos olhos, ouvi-se o sim, beijo na boca, romance, carinho. A vida se faz assim.
O primeiro parabéns, abraço do irmão, reunião com os amigos, formatura e festa... alegria, emoção, amor, paixão. A vida se faz assim.
Brincadeira de criança, traquinagem com o cachorro, turminha da escola, um passeio pela cidade. A vida se faz assim.
Olhar de mãe, colo do pai, almoço com a família, viagens, sorrisos, risadas. A vida se faz assim.
Tristeza na despedida, alegria da chegada, noite de lua cheia, pôr do sol no horizonte, flor da primavera. A vida se faz assim.
E a vida me guardou tudo isso, numa linda caixa, repleta de amor e carinho em forma de fotos, para que eu pudesse reviver cada momento sempre que sentisse saudades.
A vida se faz assim...
O Julgamento Errado
Tudo ia bem na vida de Dina, com o passar do tempo o casamento já não tinha tantas novidades como no início ,é que seu marido lhe trazia agrados bons como : bombons finos, flores e algo mais...O marido chegava do trabalho e era aquele carinho só.
O intrigante disso, foi a mudança repentina de seu marido, parecia outro homem, é claro que antes do casamento ele tinha lá seus defeitos, tinha muito ciúmes de Dina, principalmente que Zico era o causador do tal ciúmes, pelos galanteios a ela nada demais. A coisa piorou depois mesmo da boa fase do casamento, para piorar a irmã de Lucas a Zica colocava desconfiança que fazia ele acreditar que sua bela esposa tinha algo com outro homem.
o marido de Dina parecia um psicopata de julgamentos, fazia questão de vê-la triste e chorando pelos cantos da casa, cada dia era uma desconfiança atrás da outra e sendo que ele que era um tremendo sacana, vivia traindo Dina com qualquer mulher.
Lucas um homem arrogante, durão e metido a machão pegador fazia galanteios para as mulheres na frente de Dina, o celular do homem tocava sem parar , quando Dina atendia o telefone as mulheres desligavam e quando ele atendia só falava:_Tudo bem, ok,sim, fala, estarei lá, e nunca dizia coisa séria, deixava algo estranho no ar como se fosse um encontro marcado.
Cada vez mais era completamente absurda a vida dos dois juntos, ela sujeitava as malícias e traições sem direito de falar, se falasse era ameaçada por ele, tudo acontecia diante de seus olhos , o homem não lhe fazia mais nenhum agrado , fazia questão de colocar defeitos em Dina, o principal assunto era que ela havia engordado, não dizia nenhum carinho, fazia o julgamento errado sobre ela direto e sendo que era um infiel traidor, cruel e valentão, puro machista!
_Dina uma mulher boa, só lhe faltava atitude de sair daquela vida cheia de maldade, foi a vida dela, muitas mulheres passam pela vida como Dina tem que abrir os olhos, a mulher hoje tem suas conquistas, não precisa passar por tantas desavenças da vida dizia Felícia.
Dona Zelda também achou um absurdo, o absurdo que vivia aquela pobre mulher:_Quanta maldade num homem, casa e depois dar uma vida cheia de sofrimento, eu não suporto vê tanta ignorância numa pessoa, pobre Dina deve sair logo desta vida, o casamento não lhe faz bem, é melhor ela estudar e trabalhar do que ficar com este sem vergonha que a trai descaradamente e ainda mais que não respeita Dina como pessoa, vê ela como objeto de uso,usa e no outro dia despresa dizendo que tem mulheres lindas e interesantes lá fora.
Casamento
Vamos nos casar: te quero atraente.
Um vestido que te faça corpo-ouro reluzente,
branco, branco como neve.
Sapatos cristalinos, marchantes e precisos no corredor principal
Como o ritmo dos clarins te recebendo – em festa.
Num casamento não basta o amor
É necessário o visual:
Te querer mais que a mim - é o que importa.
Te olhar e desejar-te toda torta
Depois da festa
Numa festa
Só nossa.
Casamento vira respeito, amizade, união (em alguns casos)
Um está acostumado com a presença do outro, mas aquela paixão inicial, aquele sentimento envolvente, surpreendente e avassalador deixam de existir. É isso que temos que curtir, quando esse sentimento surge, curtir o momento, aproveitar sem pensar em coisas inúteis, afinal ele passa, vai embora, e é gostoso ter uma historia com alguém, olhar e ver que foi bom, sentir o gostinho e a saudade de todas aquelas aventuras juntos, afinal, Paixão é uma aventura.
Casamento?
Pensei em ti, como antídoto de solidão.
Me convida para dançar,
Eu pego tua mão e já não somos um – mas vários sonhos reunidos.
E flutuamos duma nota a outra de melodia, e nossos pés já não tocam mais o chão.
Sinto o perfume das madressilvas,
das rosas desabrochando vida –
pingando cores no borrado que vejo passar por mim quando rodopio em seus braços.
Meu buquê?
No meu abraço
Enlaço-te de uma ponta a outra.
Mordisca minha boca nesta cama tão imensa!
A festa já acabou,
A minha trança se desfez e o que anseio é uma noite carregada de suor e suspiro – sou sua de vez.
Sim, casamento.
Invisível aos olhos
Vinte anos de casamento. E, parece que eles haviam chegado ao tão famoso ponto em que o matrimônio significa pouco, diante da rotina. Dia após dia, vendo os mesmos rostos, tendo as mesmas conversas e não conversando sobre os mesmos tabus. Na verdade, o cardápio variava. Mas era só isso.
De um lado, uma mulher que dedicara toda sua juventude a preocupar-se com a satisfação (em todos os aspectos) de um homem, o qual julgava seu eterno amor. De outro, um homem que dedicara toda sua juventude ao trabalho; para não deixar que faltasse o que quer que fosse para a mulher, a qual julgava seu eterno amor.
Pois bem, o “tão famoso ponto em que o matrimônio significa pouco, diante da rotina” estava ali, presente exatamente no espaço que os separava cada vez mais: o tempo. Dizem que com o tempo as pessoas amadurecem e aprendem a ver a vida por outro ângulo. Mas, será mesmo assim, ao pé da letra? A verdade é que não é assim, sempre.
Com o passar do tempo também podemos infantilizar-nos: podemos começar a achar que qualquer coisa é motivo para briga, que determinados tipos de roupa vão nos deixar parecendo ‘velhos’. Mas, e se nós formos velhos? Com o amadurecimento deixamos a preocupação com a “embalagem” para os jovens. E passamos a nos preocupar com a “aparência”. E não é tudo a mesma coisa?
Com o passar do tempo (o tal espaço) ela foi percebendo que, caso se esforçasse muito, ainda assim não conseguiria lembrar quando ele lhe havia demonstrado afeto após o segundo ano de casamento. “São dezoito anos sem carinho” pensou.
Enquanto trabalhava ele pensava em quão ingrata era ela, por não reconhecer todos esses anos de esforços que lhes foram dedicados. “Tantos anos e nenhum agradecimento, afinal” pensou ele.
Mas do que nenhum dos dois se dava conta é de que havia carinho e havia agradecimento em toda a parte. Em cada cômodo do apartamento: na cozinha o almoço feito com muito carinho para agradecer o esforço dele, fazendo com que repusesse as energias para em seguida fazer mais um esforço; no quarto um mural de fotos e ingressos de shows aos quais foram juntos, para mostrá-la que lembrava aqueles momentos com carinho; na sala, uma bíblia aberta em Cantares 8:7 “As muitas águas não poderiam apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” e uma foto do casamento. Agradecimento e carinho.
Como num despertar, após um dia de trabalho ele chega em casa e vê que na mesa de centro havia um pote de doce de leite (seu preferido). E, em seguida, prepara o jantar. Ao vê-lo cozinhando, meio desajeitado, ela percebe que aquela era a forma que ele tinha de dar afeto. O mesmo ele pensou ao ver o doce: aquela era a forma que ela havia encontrado para lhe agradecer.
A maturidade havia, enfim, chegado.
Diria então Saint- Exupéry: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”
Quando o amor se vai após trinta e cinco anos de casamento...
Oi, minha querida não perdestes com certeza; a vida é feita de momentos aos quais passamos pela aprendizagem; e a aprendizagem é necessária ao homem a fim de que ele cresça, usufrua desse tempo e possa retratá-lo, comentá-lo, sorrir, e até chorar, pois se ultrapassastes esta jornada do tempo, é sinal de que és uma guerreira e tanta, cumpriste a tua Missão com muita galhardia. O sinal são os frutos que te rodeiam em teu dia-a-dia, e você com todo o seu amor a embalá-los, encantá-los como uma fada madrinha, vovó. Só nós sabemos o que é um calor, uma presença descompromissada diante de nós a nos acalentar. E, então podemos dizer valeu e vale a pena essa aterrissagem aqui neste planeta terra. Você sabe que existem aqueles que chegaram por aqui passaram, retornaram ou até continuam sem terem nada a relatar. Logo minha querida,Parabéns para nós Mulheres firmes e fortes lutadoras que trazemos dentro de nós o dom da multiplicação, da doação, do amor, da sabedoria.Você está numa nova fase da vida, contando, narrando, escrevendo uma nova e linda história para nós.Vamos viver este novo momento com mais alegria!
Casamento é um aprendizado diário de como as divergências entre as pessoas acabam quando a libído aumenta.
Mas casamento, também, é uma lição diária de como a Libído tem limite, igualzinho a Paciência!
E nada melhor que alguém pra te encher o saco e cuidar de você quando mais precisa.
Enfim, o casamento sempre será uma "Guerra dos Mundos", conheço alguém que vende uma bazuca, vai ai?
CASAMENTO
"...e serão ambos uma só carne..."
Para ambos serem um é preciso amor;
amor não pode ser só de palavra - sacrifício.
Sacrifício de negação e entrega;
negação da vida e entrega à morte - do eu pelo ser amado.
Amor-negação-entrega-sacrifício-morte;
isso é ser ambos um - senão seja um só e sozinho!
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