Textos Melancólicos
Essência do ser
Cada segundo que se passa
Me aproximo do inevitável
O que antes me assustava
Hoje nem me estressa mais
Quero ter a sensação
De finalizar minha vida
Me aproximar do fim
Relaxar no seio da morte
A cada segundo que se passa
Eu ganho mais coragem
Para me esfaquear
Tudo em prol do fim
Mas eu penso naqueles ao meu redor
Me fazendo questionar
Morrer ou não morrer
Sinto o carmesim do meu corpo
Querer extrapolar de dentro
E honestamente nem ligo mais
Só quero o fim desse inferno pessoal
Meus sentimentos habitam a catedral da minha alma, das quais os fantasmas cantam uma canção de dor,
a melodia dos meus gritos silenciosos.
Um por um eles levam minha alma,
eles consomem cada pedaço de mim.
Eu acho que é uma vingança apropriada,
ser consumido pela sua própria mente e coração, e no final, a minha ganância me consumirá também...
Nessa catedral não é por fé que eles rezam,
é pelo sofrimento eterno,
uma canção melódica de dor e morte.
Meu próprio inferno escondido no disfarce do meu lindo paraíso.
Não há antídoto para a alma atormentada, não há substância ou filosofia que preencha o vazio do peito – o vazio de sentir demais num mundo que valoriza o desapego, o vazio de amar e não ser amado, o vazio de sentir saudades de momentos e sensações que se perderam para sempre.
Trecho do eBook 'Pílulas de Esquecimento'
Controvérsias
Te escrevo esta lírica crítica poética
Como um tolo devaneio desta minha mente
Antes tão inerte, agora inquieta
Redijo substantivos e vocábulos
Tão mornos e oblíquos
Afim de encontrar acalento
À esta minha vida, morna e incerta.
De amantes a inimigos
Malditos escravos
De devaneios antigos
De estranhas aversões
Nossos nocivos estragos
Eu queria a calmaria
Do encontro das marés
Queria a melodia
Orvalhada dos ouropéis
Queria não ser tão estático
E poder não sentir
Essa minha dor
Mas não sei se queria
O privilégio de chamar-te de amor
No ápice de minha saudade
Houve um lapso temporal de desespero
Em que sem pudor ou medo,
Infligi a mim, uma dor de total desmantelo
Queimei-me a pele
Por não suportar o queimor que me aquecia por dentro
Meus epitélios pareciam desgrudar da derme
E seu nome não me saía da cabeça
A tu, eu perdi a sanidade.
Nem mesmo todo o tempo que passamos na estrada
Bastaria a compensar as horas que perdi delirando por ti
Queria não ter essa intensidade exacerbada
Mas das rosas que você me deu,
Sou a estragada.
Desvencilhei-me das lembranças tuas
Mas tua foto ainda está em minha cabeceira
Ainda sinto teu cheiro em pessoas alheias
Em minhas andadas rotineiras
Queria ter lembranças como as suas
Boas e puras
Mas nas minhas,
Só fomos dois inconsequentes
Cambaleando sob a linha tênue à margem da razão e da loucura
Beijei bocas das quais não lembro o gosto
Pousei em corpos estranhos, conhecidos e em tantos outros
Mas sempre foi você,
O fogo que me torna imune aos sopros
Estou numa bolha de inércia prestes a ser estourada
Meu mundo rosa tem coloração acinzentada
És parte fundamental desse caos instaurado em mim
E sem você, eu me resguardado
Nada mais vai ser cem por cento
Nada tem a beleza extraordinamente quântica
Linda, leve
Como teu sorriso e teus cabelos ao vento
Minha energia lasciva destruiu teu carro
E a minha sanidade,
Me trouxe os debates existenciais sobre a beleza da ida
Mas se eu não fosse azarada,
Não conheceria quem me ensinou a fórmula de resolução
Ou da destruição de minha vida
Toda a incompreendida chama que juravas ter
Era brasa molhada, fogo de palha
E agora, cobrança de saudade
Que só sobrou pra mim
Junto à esse romantismo ultrapassado
À imensidão de lirismo incompreendido
Você me trouxe de volta à monótona realidade.
Com a dor de ser o que sou,
Acabou.
Acabaram os vocábulos
Todos os numerados fósforos foram queimados
E apagaram
Só restou a fumaça
E a dor reconfortante de quem os segurou até o final.
Serei sua
Enquanto meus versos inconformados e desajustados
Insistirem em ser seus.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Não apenas um fracasso, mas sim um completo fracassado.
Tudo que ele toca se desmorona, rasga feito lona.
Ele é mais um papel amassado que se encontra na lixeira,
Ninguém liga, Ninguém quer.
Pobre fracassado abandonado, tocou em tudo em sua voltou
E ficou apenas pó.
Pobre fracassado amaldiçoado carrega consigo a certeza que tudo para si é vão,
Lá vai ele correndo na contramão.
Surdina
No cerrado, lá no alto um sino canta
Da capelinha, num badalar soturno
Canta um sino e a melancolia pranta
Finda o turno!
Canta, pranta o sino no campanário
Como se assim se quisesse
Benesse, no chuvoso dia solitário
Resplandece...
Na messe! Canta e pranta silente
Na torre da igrejinha sem estresse
E o dia adormece, docemente
18 horas: - tal uma prece!
O coração abafado e vazio
Num acalanto o sino canta
Nebuloso dia... Que frio!
Triste melodia, triste mantra...
Sina!
Bate o sino... surdina!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/01/2020, 19’47” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"Se soubesse que viria
E a farpa apertaria
Do meu peito expelia
Na madrugada não faria
Outra vez sua alegria
Se eu tentasse e não culpasse
Não diria essas palavras, cantaria
Mas se soubesse
Que a tal ponto
Esse encontro colidia
Na estribeira de suas dores
Com as minhas
Jamais te acordaria
Na madrugada, dormiria
Não te faria sofrer
Nem ao vento sopraria
Meu amor, minha alegria
Meu pesar e melancolia"
Desfecho vago |
Presenciaram os primórdios
Enalteceram vossos ódios
Compactuaram com a veemência
Efetuaram tamanha conivência;
Perante os esforços inalterados
Pedaços foram desordenados
E caminhos certos tornam-se indeterminados.
Desfecho vago ||
Seus dogmas tornam-se cinzas
Como toda esperança extinta;
Desmoronando sob um papel elegido branco
Negando à subordinada usar o manto
Por ser a tinta que promove sua insatisfação
Seu pranto.
Não importa
Não ligo
Que se dane tudo
É o que você diz, é o que você diz que pensa
Diz que não tem nada haver
Que está bem
Mas o que você mais sente
É tristeza e raiva
Você sorri pras pessoas
Mas chora por dentro
Você parece calmo
Mas por dentro você grita
Alguns veem falar com você
E você diz que está apenas incomodado.
O mundo está necessitado de ajuda
Cada vez mais vejo pessoas perdidas
Tristes
Angustiadas
Pois o mundo as julgam
Não as aceitam
As abandonam
E isso está nos matando aos poucos
Onde está aquele tão famoso amor?
As pessoas tanto falam
Mas nunca vemos
Ele é a cura para as pessoas
Mas pelo visto, é raro
Então eu pergunto
Onde está o amor?
Você o tem?
Você é amado?
Você ama?
Você o aceita?
O amor é uma Droga, a Droga mais viciante que se tem
Ela pode fazer mal, mas também te faz bem
Te faz feliz
Te deixa uma pessoa melhor
Onde está você ó amor?
Apareça para nós salvar
Nós necessitamos...
Vocês me veem
Mas não me enxergam
Vocês me ouvem
Mas não me escutam
Vocês falam comigo
Mas não conversam
Me veem presente
Mas não me sentem
Vocês se aproximam
Mas não me abraçam
Vocês dizem "te amo"
Mas não "eu te amo"
Não sei se sou uma mentira
Ou vocês que não são uma verdade
24 de Fevereiro
A vida cinza
Conduzida
Lágrimas, choros
Sonhos,
idas e vindas
Cinzas
Sem cor,
Sem sabor,
Sem infinita alegria
O que é amor numa vida cinza?
É bater
Sentir, doer,
Voltar, morrer,
Reviver, sentir,
E... de novo
Doer
Como segundas cinzas
Às cinco da matina
Cinza
Sem cor, sem vida
Não colorida
Desmotiva
Desanima
A vida.
Eu pego e tento segurar
Mas ela sempre corre
Essa brincadeira a lidar
Esse sentimento escorre
O ato de pensar de sentir
Que tudo vai bem é real ?
Essa coisa não saber ir
Esse querer não é leal
E correndo levamos denovo
No ato de pegar e abraçar
E não querer nunca o estorvo
De ver esvair e ter que sonhar
Pensar no que não está aki
E adiar tudo que está por vir
No momento do agora fora
E a insatisfação me revigora
Esse enigma que esfola
O coração do que chora
Que me enche e atola
É entrar do lado de fora.
A síntese
A síntese de mundo...
Um mundo ideal
Seria pedir muito moça?
Um mundo de alegrias
Em família ou desconhecidos?
Só quero ter alegrias
Moça, seria pedir muito ser feliz?
Porque não me deixa ser feliz?
Porque n me deixa cair na ilusão da felicidade...
Mesmo que seja apenas uma ilusão
Me deixe ser livre nesse mundo, moça...
Mesmo que a liberdade não exista
Uma vida de incertezas
Que servem apenas para nos prender
Para que viver assim? (Cheio de incertezas)
Moça, me responda apenas uma vez
Para que viver assim? (Apenas com o essencial da vida)
Cheio de incertezas...
Em pensar que eu quase me entreguei a você, meu namorado, meu amante, meu amor, quem eu nunca pensei que fosse me fazer tanto mal, a pessoa em quem eu confiei os meus mais profundos segredos e sonhos, a pessoa a quem eu confiei os meus dias de marguras e tristezas, mas também te confiei os meus dias de sanidade, e felicidade. A meu amado se eu soubesse que tudo seria tão dificil após conviver com você por longos 7 meses de namoro, se eu soubesse que estaria no estado que me encontro de profundo desespero, solidão e medo. Sinto sua falta, assim como um peixe sente quando está fora d’água. Será que algum dia você foi capaz de me amar? Essa é a pergunta que me faço todos os dias, ao dormir e ao acordar, gostaria de saber por onde anda os seus pensamentos, o que será que pensava enquanto me abraçava? Será que pensava na outra, será que quando você me beijava era desejando provar o beijo dela, será que todas as vezes que você me dizia “eu te amo” era pensando nela que você dizia isso? Eu me angustio em pensar, será que você sente minha falta?
Mesmo tendo apagado o seu numero, as fotos que tiramos juntos, os videos, todas as declarações, eu não consigo te esquecer, porque os melhores momentos não vão poder ser apagados poque eles estão dentro de mim, e eu daria tudo pra poder arrancar-los. Maldito seja os meus pensamentos, por permitir que eu sofra, quando lembro do seu sorriso eu também me lembro de quando eu abri as conversas do seu facebook e lá estava você chamando outra de amor, ali estava quem realmente você é, foi só nesse momento que eu te conheci de verdade. Isso me faz acreditar que tudo que vivemos não passou de uma história, aquelas que os pais contam para crianças dormirem, a quela com direito a um príncipe e final feliz. Na vida real eu era a criança, que sempre acreditou, mas assim que cresce descobre que nada daquilo era real, eu precisei de 7 meses pra crescer e descobrir que você não era real. Eu te amo nuca existiu. 02/03//19
Humor Cadavérico
A frieza ríspida, brusca, inexpressa a verborragia eloquente de seus olhos onde se floresce a tristeza que escurece a abóboda dos teus olhares.
O rosto corado reflete com um ar trágico como água inerte, que transparece o sombrio e sádico desânimo de seus pesares.
Se esquece da natureza doce e reescreve em sua beleza o retrato da alma podre outrora ilesa, que agora padece em seus agitados mares de incerteza e de lagrimas que caem aos pares.
Será isto, um estado contínuo e irrefutável, que fora escrito na dura rocha do peito tal a lei?
Será passageiro, talvez a culpa tardia e longa dos tolos casos em que errei?
Seria isto, meu reinado de tristeza, melancolia áspera que eu herdei?
Se isto for, pego comigo toda essa lastimável podridão que a mim se mistura de forma homogênea, me proclamando ilustre Rei.
Eu insisto em esperar
Mais do que mereço
Mais do que é ofertado
Mais
Frustração
Quando vou reconhecer o meu lugar
Para que não precisem mais apontar
Fiz tudo o que esteve ao meu alcance
Pra mudar
Mas cada um tem aquilo que merece
Afinal, castas existem na Índia
E eu existo no Brasil.
Está chovendo forte lá fora e eu fiquei pensando no que ela me disse, depois que me levantei do chão gelado, "você parece inabalável". Me pergunto se ela acredita mesmo nisso, ou se sabe que eu só sou um bom ator, um mero farçante, que por trás de risos e sorrisos finjo estar bem, enganando à todos menos a mim mesmo. Se ela fosse capaz de presenciar o que há poucos minutos acontecera, com certeza não diria esse tipo de bobagens.
Pergunto ao anjo triste que fica ao meu lado "ela acredita nisso?",Ele não responde,ele nunca responde, talvez seja melhor assim, pois ainda está chovendo lá fora, e aqui dentro, tambem.
Às vezes as lágrimas vão se fazer presente, sem um porquê!
Nem tudo tem que ser explicado
Às vezes é possível apenas sentir
Não é fraqueza, nem mesmo tristeza
É um breve momento em que mesmo os fortes, deixam transparecer seus sentimentos.
Só não se engane, minha coragem de continuar é latente
Eu sou assim, guerreira, fiz de cada lágrima, um novo combustível...
E segui destinada a vencer minhas batalhas
Seus atos impulsivos botaram em perigo minha qualidade de viver
O amor que entorna alcança teus defeitos e qualidades
me deixa próximo de morrer
Nunca precisei ouvir mais que sua voz amaciando meus ouvidos ao alvorecer
Doces gemidos, que nasceram de uma nuvem de delírios, loucos de enlouquecer
O seu corpo em eletricidade me endureceu de choques
de prazer
Lindo, formidável
cérebro
corpo
tens
engrazo-te delicadamente
só do gosto piro
cada pingo
cada trago
derramado em você
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