Textos de Sabedoria
Somos feitos de instantes que não voltam, de palavras que ecoam e de silêncios que dizem tudo.
A vida não espera aplausos nem promessas; ela cobra presença.
Enquanto buscamos respostas no amanhã, esquecemos que o agora também fala — e às vezes, grita...
Escutar a vida é um ato de sabedoria.
Patrono: Mateus Sebastião Kilola
PARA QUE SERVE A FILOSOFIA?
Um ancião de barbas e cabelos longos chegou a um vilarejo um pouco distante dos grandes centros urbanos, um lugar desses onde o tempo tem outro tempo, um tempo natural de ser.
Naquele lugar havia poucas pessoas, mas, dentre elas, havia uma miniatura do mundo real: pessoas que tinham mais ou menos habilidades para desenvolver aquela realidade. O fato é que se tratava de um lugar com costumes tradicionais, por assim dizer. Isso não quer dizer que não havia sabedoria no coração daquele espaço e daquelas "gentes".
O velho andarilho tinha uma vivência profunda, por tantas realidades que ele já havia presenciado. Então, como um bom pensador, ele achou por bem conversar com aquelas pessoas. Conversar sobre tudo: sobre o tempo, sobre Deus, sobre conhecimento, progresso, sustentabilidade, etc.
Uma de suas perguntas foi saber o que aquela gente pensava. Então ele perguntou: "Para que serve a Filosofia?"
Começou a andar por diferentes lugares com a mesma pergunta: "Para que serve a Filosofia?"
Primeiramente, ele perguntou a um pastor, que, desconfiado, respondeu: "A filosofia não é de Deus, está na Bíblia".
O ancião seguiu sua andança e foi até a única praça da cidade, onde ele poderia encontrar mais pessoas. Fez a mesma pergunta a um ateu que estava discutindo sobre a inexistência de Deus com os homens responsáveis pela limpeza da praça. O ateu respondeu da seguinte forma: "A filosofia serve para fazer as pessoas deixarem de ser ignorantes, idiotas, alienadas, gado".
O senhor perguntou também a um daqueles homens responsáveis pela limpeza, e ele respondeu: "Eu não gosto de filosofia, isso é coisa de gente que não tem o que fazer, que só tem minhoca na cabeça".
Da mesma forma, o velho curioso agradeceu pela resposta e saiu daquela roda de conversa.
Então o velho encontrou uma professora, com o jaleco da escola onde trabalhava, e lhe fez a mesma pergunta. A professora respondeu uma enorme lista de utilidades que a filosofia, segundo ela, teria: "A Filosofia serve para fazer as pessoas pensarem a respeito do mundo, da vida, dos mistérios do universo, da origem da humanidade, das linguagens, das demais Ciências. A filosofia é a mãe de todas as ciências. Sem ela não seríamos capazes de saber nem quem somos nós realmente".
O velho agradeceu educadamente e seguiu sua jornada de questionamentos. Abordou um homem que estava sentado em um banco da praça, cabisbaixo.
"Para que serve a Filosofia, meu caro?"
O homem então respondeu-lhe dizendo: "Eu não sei, não sei o que é isso, mas deve ser para enganar as pessoas." Agradecido pela resposta, o velho saiu da praça e desceu em direção a um rio que contornava a parte Sul da cidade.
Ao chegar embaixo da ponte que ligava aquele vilarejo a outras regiões mais ao Sul, o ancião percebeu que havia um senhor, também com aparências semelhantes, com mais idade talvez. Decidiu se aproximar para desenvolver uma conversa. Aquele outro senhor estava ali pescando e fumando um charuto. Isso era interessante para o que se aproximava. Talvez pudessem fumar cachimbos e trocar um "dedo de conversa". Ao cumprimentá-lo de perto, o senhor andante perguntou o seguinte: "O senhor tem fumo?" "É óbvio que tenho", respondeu o velho pescador. "Então empresta-me, eu avio também."
Enquanto isso, ele desenrolava seus panos de bagagem e pegou um velho cachimbo que pertencera ao seu avô, algo feito à mão. O silêncio pairou sobre os dois.
Fumaça vai, fumaça vem, o andarilho perguntou ao pescador: "O senhor pode me responder para que serve a Filosofia?"
O velho pescador virou as costas em silêncio, sem dizer uma palavra. Então o que se ouvia naquele lugar era apenas o murmúrio das águas do rio e algum barulho de pássaros e carros que passavam sobre a ponte de quando em quando.
Depois de um longo período de silêncio, e de muitas "chumbadas", o ancião que chegou agradeceu o fumo, despedindo-se do pescador para seguir sua caminhada.
Então o velho pescador virou-se na direção de seu visitante, respondendo da seguinte forma: "A Filosofia não serve para nada! Ela recusa-se a servir quem quer que seja".
O senhor recém-chegado permaneceu calado, como quem espera mais. O pescador continuou a dizer: "A Filosofia recusa-se a cair nessa vala de servidão que surgiu nos padrões mentais medievais e que tem tragado tantas gerações que acreditam que servir é o mais importante. É por isso que nós, os velhos, não somos vistos como seres úteis. A maioria dos indivíduos das nossas gerações se tornaram inúteis, de tanto ouvirem que estavam velhos, e envelheceram realmente. O brilho vital deles ficou opaco de tantas palavras e olhares que demonstravam tristeza, talvez, pelo peso da idade, que não deveria ser um peso, mas uma bagagem muito importante de experiências deles".
Aquela conversa era profunda demais para não acender mais um cachimbo. Então o visitante fez menção de que iria fumar novamente, e o pescador logo lhe alcançou fumo e avio.
O silêncio se fez por um curto tempo. Não havia interesse em fazer qualquer pergunta por parte do ancião recém-chegado. Era uma questão de tempo para que novas explicações viessem por parte do pescador.
Fumaça vem, fumaça vai, e o velho do rio continuou: "Esse mundo utilitário, onde tudo cai em uso e desuso, inclusive as pessoas, tudo é coisa útil. É um tempo onde as coisas são mais importantes do que os seres. E os seres se transformam em coisas que servem ou não servem. As pessoas se coisificaram tentando se manterem úteis, serviçais, servas. Até mesmo as demais ciências se tornaram úteis, quando deveriam ser apenas caminhos. Os caminhos não são utilitários. As religiões, os Estados, as instituições, os deuses, os sagrados, as escolas, os homens, as mulheres, os jovens e as crianças, tudo isso se tornou números. Os números são utilitários, assim como as letras e os símbolos, mas a matemática, as demais ciências, as linguagens, nada disso deveria ser utilitário. As artes caíram em uma situação de serviço, se tornaram servas.
O homem curandeiro se tornou servo, o professor, o orador, os políticos, todos servos. E querem arrastar tudo mais consigo também. Por que diabos a filosofia deveria servir também? Ela não serve, porque ela não cabe nesse mundo de coisificação, de utilitários, de descartes. Veja bem, no que as religiões se transformaram? Não passam de alojamentos de imbecis que não sabem se conduzir e buscam alguém que lhes proíba de caírem em situações difíceis. Mas isso não lhes ensina absolutamente nada. Veja o que ocorreu com Deus, que na mentalidade medieval se tornou um espantalho para assombrar os medrosos através da fé. Até ele se tornou coisa, utilitário, servo.
As pessoas fazem os diabos e depois exigem que ele resolva suas desgraças, ou seja, ele é obrigado a fazer milagres, além de ser a capa de poder dos charlatões da fé."
Nisso, o senhor recém-chegado perguntou ao pescador: "O senhor é ateu?"
Ele então disse muito rapidamente: "Eu não tenho a necessidade de ser ateu, nem de ser religioso, nem de ser um pescador, nem seu amigo, nem de saber absolutamente qualquer coisa. Eu estou tentando aprender alguma coisa, e todos os dias aqui na beira deste rio, eu chego à conclusão de que o que eu sei se derrete diante da imensidão do abismo que eu não vejo, mas que provavelmente me vê. Eu preciso responder mais?"
"Não!", disse o ancião que escutava atentamente.
O pescador continuou: "Por que tornar a filosofia uma serva? Tudo que serve para alguma coisa, tornou-se servo, vassalagem. É impossível torná-la uma serva, defini-la como uma servente seria "apartá-la" da sua originalidade, da sua essência."
O velho pescador pediu licença ao seu companheiro de cachimbo, dizendo que costumava frequentar aquele lugar procurando entender todas essas coisas que ele havia abordado, mas que não havia conseguido entender, e que para isso costumava pescar e fumar seu cachimbo como forma de estar ali, sem ser visto pelas demais pessoas como alguém inútil.
Os dois se despediram e marcaram de talvez estarem ali no dia seguinte. O ancião que partiu não é mais o mesmo ancião que chegou naquele vilarejo.
Pedro Alexandre.
Deve haver uma Grande Razão para que um Grande Sábio, como Sócrates e Jesus Cristo, prefira morrer em defesa da Sabedoria e Virtude!
Quiçá, a Grande Razão seja a certeza absoluta da existência de Sociedades Humanas Sábias e Virtuosas em outros Planetas habitáveis das várias Galáxias existentes!
O que você têm no coração?
Apego aos bens materiais, festas,roupas caras, um imóvel lindo e todo decorado, dinheiro no banco,joias ?
Pois é preciso entender que vivemos num mundo de ilusões, coisas passageiras,
devaneios pelo tempo que estivermos aqui.
Não é tão valioso assim como você acredita!
Lá dentro do seu coração você sente solidão, apego, o peso da responsabilidade , das coisas que fez , ouviu ou falou ?
Pois também tudo isso você não leva!
Aqui estamos conhecendo os sentimentos , e nos conhecendo .
É realmente uma benção essa oportunidade que Deus nos dá todos os dias.
Um dia estaremos do outro lado e entenderemos que o que ficou para trás , não tinha o menor valor.
Eu almejo a Salvação do Senhor , este é o meu objetivo e desejo.
***
Conhece-te a ti mesmo
Ser forte
não é fingir que não dói.
É aceitar que sente
e, ainda assim, permanecer inteiro.
Minha natureza é essa:
eu sinto.
Eu respeito.
Eu me importo.
Mesmo quando isso parece tolice para o mundo.
E enquanto muitos usam o poder
para dobrar os outros,
eu escolho o poder que me liberta:
o de permanecer quem eu sou.
Porque, no fim,
o sábio
não é quem vence disputas...
é quem não se perde de si.
Epílogo do LIVRO DAS REFLEXÕES
por Danyyel Elan
Lançamento em breve.
O que sabemos, afinal?
O que sabemos, afinal,
senão pedaços do mundo
que aceitamos como verdade?
Chamamos de tempo o que escapa,
de realidade o que conseguimos tocar,
de sentido aquilo que não suportamos perder.
Mas e se tudo for só passagem,
um instante entre dois vazios,
um sopro em um lugar sem nome?
A mente busca razão,
mas o coração, às vezes,
caminha por labirintos que a razão jamais decifra.
A vida não explica
ela propõe.
Nos dá perguntas vestidas de rotina,
nos entrega silêncio quando pedimos respostas.
Talvez viver seja isso:
errar com dignidade,
amar com imperfeição,
e aprender, aos poucos,
que o mistério é parte do caminho.
Porque não há fim que revele tudo,
nem início que nos prepare por completo.
Só o agora,
esse instante que já se desfaz enquanto o nomeamos.
PORFIA GAUDÉRIA
Enquanto a lua ainda enche o céu de sentido
Cá, de joelhos, ouso tentar romper o dia
Principiando um fogo nesse chão tão batido
A água benta pro mate ainda está fria
Pura, pede calor pra chiar ao ouvido
Algum conselho que traga sabedoria
No encontro com a cuia de porongo escolhido
Santa simbiose rende graças à porfia
Nos estalos da lenha desperta o destino
Abastece o taura com a melhor energia
A sopesar os rumos sem perder o tino
Pra enfrentar as agruras vestindo alegria.
Quando nos rendemos a Deus, o Criador, e a Cristo, a Palavra encarnada, nos rendemos ao amor criativo e, portanto, somos criativos e realizados. Cantamos a caminho de nossas tarefas, obrigações e responsabilidades.
O “eu” não é anulado quando se entrega. É intensificado: um extra é acrescentado a tudo o que fazemos, dizemos e somos, um extra Divino.
A sinceridade que agrada a Deus.
Deus não tem um relacionamento íntegro com quem é parcial e seletivo. Ele busca uma sinceridade e uma espontaneidade que O surpreendam a cada momento.
Ele ama quem Lhe expõe suas fraquezas, tristezas e descontentamentos; quem não tem vergonha de se manifestar a Ele por inteiro. Pois, assim como é verdadeiro, Ele deseja que todos também sejam verdadeiros com Ele.
Muitas vezes somos mal interpretados quando nos preocupamos, quando procuramos saber se está tudo bem.
A preocupação genuína, quando mal interpretada, acaba gerando mal-estar, e até mesmo inimizades, portanto, quando nos preocupamos e pensamos em procurar e buscar informações sobre alguma pessoa, precisamos de discernimento e sabedoria também.
E pertinente trocarmos a frase“ Deus é justo”
Por Deus é imparcial no que diz respeito as queixas das “pessoas injustiçadas.” Cada um julga-se injustiçado segundo o seu ponto de vista, e espera que Deus julgue sua causa baseada nele.
Acho linda e eficaz a lei de causa e consequência. Nós somos responsáveis por nossas atitudes.
No terreno de nossa existência ninguém, em tempo nenhum, colherá o fruto da semente que plantamos.
A vida é simples, nós é que a complicamos..
Por medo de errar acabamos errando, por medo de arriscar, desistimos de mudar, tomar novos rumos...Por medo de perder, acabamos perdendo...E quando tentamos voltar atrás, nem sempre é possível...
Não espere o dia de amanhã para lutar pela sua vida. Lembre-se que aqui vc é o ator/atriz principal. Só vc pode decidir como e onde quer estar no futuro. Algumas pessoas insistem em permanecer no passado, esquecem que o ontem já foi e o futuro é incerto..
Viva com base nas coisas que lhe trouxeram pelo menos algum aprendizado, as ruins jogue-as fora, elas não vão te ajudar em nada. Mantenha acima de tudo, seu corpo e mente sadios. Viva de fé, esperança e amor!!!
Diálogo com a Vida
Sente-se, vamos
conversar seriamente,
Em todo tempo que
Estivemos juntos,
Tivemos mais perdas
Do que ganho.
Eu a decepcionei por não
Despontar como grande
Entre os homens.
Por outro lado,
Todos os dias padeço
Decepções com você.
Como se não bastasse,
Vejo você fazer o mesmo
A outros, por vezes, males
Maiores que os meus,
Não suporto mais,
Enfim, siga sem mim.
"Verdade dura hei de declarar,
E não é pra um só não,
Falo a todo um povo,
Ao povo desfavorecido.
Pra vocês que desejam habitar
Onde a sociedade já chama de lar,
que tem em punho o sonho
De num lugar desses morar, chamar de lar,
E dizer;
- É MEU!
Pode esquecer, nem vem,
nem tenta, não vai dar.
Volte aos bolsos este sonho empunhado,
isso só vai acontecer, se por um
Milagre Deus conceder.
Do contrário, se assim não acontecer,
Procure lugares a ermo, ali se estabeleça,
E reze pra não ser tirado a base de grito
E paulada por um punhado do teu próprio
Povo, fardado, a favor do estado."
REALIDADE
Enquanto viajava nas letras
Dos grandes poetas, fui bruscamente
Puxado pela realidade.
Porque tens que ser tão dura
E sisuda?
É para ti que despertamos todos os dias,
E quando já não mais suportamos,
Fechamos os olhos e caímos como mortos,
Ou ao menos como quem deseja a morte.
Todos os dias estamos juntos a ti,
Ainda assim não te apieda de nós?
Quão cruel, terrível e tirana és,
Tirando-me o único alento que me faz
Mergulhar no mar de encanto... e vens me tirar?!
Cruel, terrível e tirana!
R E A L I D A D E
Não há ser mais mesquinho que a realidade.
Tudo que é palpável é dela,
E ainda assim, ela tira o que temos!
Tira nossas posses, ainda que poucas,
São nossos!
Ela se faz indiferente, simplesmente;
Arranca!
Cruel, terrível e tirana.
Ela vai além,
Ela capta o que nos alenta,
E nos tira também.
Cruel, terrível e tirana.
JULGAMENTO
Após avaliação superficial,
No entanto, constante,
Tornei ré, julgada e culpada a vida,
Por me ter feito o que fizera.
Hoje, reanalisando o caso, encontrei
Falhas no processo, nas acusações
Mais precisamente.
O que me levou a reabrir esse inquérito,
Foi a experiência.
Juiz a cinco lustros, aprendi
Durante a carreira a dar mais
Relevância a cada caso e rever alguns
Que já foram encerrados.
Após reavaliar a sentença da vida,
Declaro-a inocente com as mais altas
E sinceras desculpas por este injusto
Julgamento, vida, você está livre.
MARCAS
Marcas,
Elas nos acompanham em
Toda nossa trajetória.
Muitas delas, suplicamos por
Esquecê-las, outras, lembramos
Saudosa e amavelmente.
Não sei se o tamanho
De uma marca se dá
Por suplantar outra.
Ou se a suplantada é que
Era realmente grande ao
ponto de esvair-se para
uma marca que ela julga
ser ainda maior tomar
o seu lugar.
ENGANO
Fui enganado, desde cedo,
Acredite que fantasmas existiam,
Me convenceram do contrário, aceitei.
Hoje, tenho certeza que eles existem,
No entanto, fui enganado novamente,
Pois, eles não são como eu imaginava.
Eles são memórias,
Isso os tornam mais assustadores,
Não há como fugir.
Onde quer que formos,
Eles nos acompanham.
São eximíeis em suspense,
Parece que se foram...
E logo nos surpreendem,
ou melhor, nos assombram.
“A poesia nasceu no momento
Em que um homem escrevia
A fim de aliviar sua agonia.
Não funcionou,
Ela aumentou!
Cada vez que relia,
A dor do registro,
Mais aumentava sua agonia,
Agora, somada de dor.
E quanto mais agonia e dor sentia,
Ele mais se embrenhava em fantasia,
Nascendo assim a tão amada poesia.”
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