Textos de poema
SALVE, DEDÉ SEIXAS
Conheci um atlante andando no chão
Vi com meu olhos, iludidos pelo ancião
Com meia idade, tinha saber de um milhão
Falou de uma universidade, por ele cursada com fervor
Daquelas que a vida, te coloca como aluno e professor
É um ser que se inventou, como homem, sábio e doutor
Maluco beleza, que veio aprender o que tinha pra ensinar
Não cresceu, pra esconder seu tamanho, e humildade mostrar
Aos olhos dos que carregam o mundo, nas costas a lhes esmagar
Os pensamentos e as palavras em medidas bem pitada
Encheu livros, cabeças, poemas e conversa animada
Percorreu o mundo, voltando pra amada
Em sua fome desenfreada, um tal de Nietzche devorou
Vomitou outro Seixas, aquele do rock and roll
Filosofraseando o mundo encantou
O Dom Quixote da Suíça Pernambucana
Desbravando o frio daqui, dentro do sertão em chama
Enfeitou-se de glória, sem espaço pra fama
Na simplicidade ocultou, os poemas da vida espalhada
Editores não enxergaram as obras, pelo leitor aclamada
Do poeta de fogo, que tira poesia, entre a cruz e a espada
Vou falar só uma vez, pra quem lê e quem não leu
Que mistério nele transcendeu, nas frases que escreveu
O pequeno se fez grande, e como sol a iluminar se deu
POESIA DO EXÍLIO
W.W. MATTA E SILVA
_O ESCRITOR ESPIRITUALISTA _
GARANHUENSE,
TORNOU-SE PÁGINA VIRADA?
O berço deixado, caiu na estrada
No Rio de Janeiro fez casa, tenda.
Na caridade desmanchando contenda
Sabedoria, tirou: porque a vida é jangada
E sem rumo não chega, quem se deixa levar
A rota da fé, só o íntimo é timão
Não vive na paz, quem não tem coração.
Foi na caridade que serviu a ajudar.
Escritor de diversas obras religiosas
De cunho afro-brasileiras e míticas
É estudado em suas obras volumosas.
Dos acadêmicos, recebeu positivas criticas
Tornou-se por mérito referencia
No fundamento esotérico umbandista
Com preparo argumentou com ciência
Abrindo caminho para linha doutrinista
Sua inteligência, abaixo da humildade
Na aflição e na doença o povo atendia
Guindo como podia: os pequenos da sociedade
Atraindo também, os cultos da época que vivia
A fama que trouxe consigo, não o tirou
O sacerdote da fé; do prumo da razão
A disciplina, estudo e caridade o guiou
Simplicidade, amor e trabalho sua missão.
Assim, foi chamando pelo saber profundo
Que sem todos, não somos nenhum
Semeando na prática como de um
se faz quatro, correr o mundo.
CHICO XAVIER
Em tenra idade com outros aprender a ter
Eles lhe ensinavam o que iriá vir
Diante de olhos torcidos ao que ai ser
Caminho único nesta vida: servir
Sua mão tracejava mensagens do Lado
Aos lamentados, filhos apartados do coração
Em memórias revividas, hoje é encontrado
Paziguando a tristeza e a dor da multidão
Lágrimas colhidas, no balde da vida
Aos que fadados perderam para morte
Amados levados pelo destino que finda
Esperança encontrada em Xavier nova sorte
Caridade e instrução chamavam todos da Luz
Ajudando povo doente de profunda saudade
Exemplo vívido, sempre SERVINDO o guia da cruz
Amor enjaulado, SER de humilde verdade
Sina traçada, abraçava os de cá
Aonde há dor arrancava esperança
Vida marcada, ensinava os de lá
Que era no outro a grande bonança
O que fez é celebrado, com admiração
Os livros escritos, a palavra semeada
Aos pobres: o ombro, aos ricos: compaixão
O santo da gente, fez sua própria jornada
Um mandamento somente cumpriu
Amou-os como a si mesmo:_ vivia
E feito o trabalho da terra partiu
Em dia de festa, de muita alegria
ESTAÇÃO BRÁS
Corpos em pilhas de homem
Como molhos de coentro
Respirando à agonia do outro
Marés de gente numa brecha que os consomem
Assim o rebanho corria sem tempo a perder
Deixando a vida passar dentro de lata apertada
E por vinte centavos, a ganância fugiu apressada
Na sombra do gigante acordado: POVO NO PODER
As promessas voltaram em canto bonito
O gigante coitado, de sono caiu
O mundo na lata, à barriga consentiu
Passando_ a força sua _as sanguessugas de granito
E no sonho, ele se viu acordado
Sem parasitas dos lados
Mostrando que não é nada coitado
Se seus olhos, nossos e vossos abrir, estão acabados.
HINO DO CAOS
No redemoinho das águas
No meio do furacão
No fundo do abismo
No giro da galáxia
No buraco de minhoca
No sonho esquisito
No dente arrancado, felicidade-louca-macabra...
No caminho das aves
No fim da vida
No canto da morte
No sono profundo
Na luz da estrela
Na sociedade alternativa
Na liberdade total
Na permissão: foi tomada
O amor se fez lei
Pela espada do forte
E o olho do rei
Papai Noel que nunca chega
(Carta de um menino zimbabuano)
Papai Noel,
Onde é que está você?
É verdade que sua barba é branca,
Feito algodão-doce, sem sabor colorido?
Que você existe mesmo eu sei...
No Natal, eu quero um pacote de bolacha
E um ainda maior de pipoca, bem grande,
Que é para dar pros meus oito irmãozinhos,
Barrigudinhos como eu. E a titia... minha tia precisa,
Somente ela, porque minha mãe morreu,
Pai já não tinha – e morreram mais crianças,
Muitos vizinhos, morreram meus irmãozinhos, afinal,
Por enquanto, só eu fiquei,
Eu, minha tia e meu primo do meio.
Papai Noel, será que é possível passar por aqui,
Quero dizer (se não for pedir muito)
Aqui primeiro, aí depois visitar o resto do mundo,
Mundo que nos esqueceu neste lugar
Onde as estrelas se escondem atrás de nuvens marrons,
Marrom-escuras, estacionadas sobre nossas almas.
Querido Papai, velho Noel, se tiver de vir, vem logo,
Não nos deixa para depois dos outros...
Se não quiser sujar o trenó de poeira ou cinza,
Faz uma coisa prática, vem de carroça,
Mas enche a carroça de bolacha, por favor.
(Nossos corações não estão vazios, até que existe esperança,
E existe agonia; e não falta união, falta alegria
Porque nossas barrigas estão ocas. Ocas,
Simplesmente assim, ocas. Nem os vermes sobrevivem.)
Aliás, por falar em união da família,
Pelo menos aqui, a fome é que tem desfeito essa união:
Deixando filhos sem pais, pais que perdem seus filhos;
Netos que não têm sequer a bênção dos avós,
Avós que nunca nanam seus netinhos;
Tios e tias, sobrinhos, madrinhas... todos,
Todos de mãos dadas, unidos,
Mas unidos num vasto e acolhedor leito de morte
– Morte que se apresenta aqui pausadamente,
Separando um do outro,
Deixando tempo demais para a despedida,
Tempo que a gente nem queria ter.
Por isso, Papai Noel, não demore tanto para chegar...
Já estamos cheios de bolachas de barro,
Bolinhos de barro, torrões...
Faz um esforço e vem com algo de verdade,
Qualquer sabor, bolachas e mais bolachas,
O melhor presente da vida.
Faz um pouco de esforço e vem,
Vem antes de o pôr do sol,
Não dá meia-volta de novo,
Não deixa a gente para trás,
Vem, mas vem antes de o sol se pôr,
Ninguém mais pode ficar de fora,
Vem, vem logo, vem,
Vem e traz bolacha pra todos,
Traz o sorriso.
Edder Alexandre é jornalista e escritor, autor do romance Silêncio na Marcha – O Drama do Homem na Ponte do Milagre; também escreveu o infantojuvenil As Gêmeas de Getsêmani.
Você, aninha...
(Nilo Ribeiro)
Há um momento divino,
é todo aquele que te vejo,
me transformo em menino,
só pra ter o que desejo
e eu desejo te amar,
sentir todo teu calor,
em homem vou me transformar
e receber teu amor
um amor de delícia,
um amor de zelo,
um amor de carícia,
deitados no travesseiro
olhando para o teto,
divago sem destino,
penso apenas no afeto
e no amor que descortino
você faz o mesmo,
e ao teto se direciona,
o pensamento segue a esmo,
este amor que se apaixona
o cigarro dividido,
a fumaça sinuosa,
nosso amor é ungido,
de forma mais graciosa
não há pecado,
pois o amor se supera,
um amor consagrado,
um amor que reverbera
olhamos para o lado,
silenciosa troca de olhar,
um amor consumado,
não precisamos jurar
a calma nos apossa,
em um sublime esplendor,
é Deus que nos mostra,
a força do nosso amor
em paz você adormece,
aninhada em meu peito,
agradeço em forma de prece,
por este amor tão perfeito...
"amor, obrigado,
Deus te abençoa,
é um poema dedicado,
à mais linda pessoa"...
DESAJUSTADO SOCIAL
Eu rabisquei seu nome dentro de um coração
Num beco sujo da cidade
Mas me assustei e ocultei essa paixão
Num segredo com sete chaves
E de bem longe eu te vejo e explodo de emoção
Furtando meu mundo perfeito, assim como ladrão
Eu fico louco de desejo ,estranha sensação
De ver você,em meio a sombras geométricas
E eu me atirei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril
E eu bem sei,até certo ponto"cê" tinha razão
Eu não me ajusto a sociedade
Um zé ninguém que sem trabalho vive num porão
Aos trinta e cinco de idade
Mas me conheço e me respeito com a mesma proporção
Do amor que eu sinto em meu peito e escrevo essa canção
E fecho os olhos quando canto em meio a multidão
Vejo você...naquela noite ela não estava não .
E eu me atirei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril
Não existe algo que me pertença, nada que se ostenta
Só um punhado de poemas e meu violão
Também não sou do tipo de homem que pensa
Que possa valer a pena, uma mulher que se compra...
Até sonhei com a gente de mão dada no centrão
Vem da minha vida fazer parte
Mas acordei com a saliva fria num balcão
Foi tudo um simples disparate
O advento da poesia traz transformação
Com três acordes e a essência ensaio o meu refrão
E as luzes do palco da vida afastam a escuridão
Vejo você, num dia claro e lindo de verão
E não mais andei sem rumo (e sem direção)
Numa fria chuva de Abril.
Escritos singulares, pontos em comum,
Sentidos opostos, anonimantes incoerentes;
Didatas evolucionários, revogam-se em seus pensamentos;
Mentes maculadas, são atrozes.
Júbilo em mente, sem nenhuma semente,
Caracterizam-se por se mal.
Cicatrizes atros, choros escaldantes;
Gritos no fim.
Ó gênio de má índole, onde parará?
Um abismo profundo, não obstante do mundo
Refreá-se-ão pro fim!
Já fui criança,
Agora adulto sou;
Fui as vinte mil léguas submarinas,
Sentindo uma adrenalina,
Pra pegar uma bola
Que lá no fundo ficou.
Minha mente era estranha,
Eu me sentia criança
Que lá no fundo ficou.
Entusiasmado com os adventos,
Criava meus próprios inventos;
Cheguei até consertar um helicóptero
Que em Nárnia ficou.
Subi numa árvore
E vi uma lua girando entorno de mim,
Eram meu Aforismos,
Que se diziam meus amigos;
Mas que no passado os esqueci.
Desde a infância
Já era uma criança
Que com esperança
Ia do início ao fim.
Hoje cresci,
E meus pensamentos
Ficaram segmentados,
Corro de volta ao passado;
Mas já atormentado,
Não sei se é o início ou fim.
Minha fala afônica
Deleita-se num sentimento
Que venha quiçá afadigar;
Num coração estreito
Estou encontrando sentimentos
[desconhecidos.]
O coração subiu à cabeça,
Minha mente acossa-se de tanto pensar.
Estou numa porta estreita, que
Se sentar numa balança, não conseguirei
[pesar.]
Ora se pudera me sair,
Proceder do mundo, enfim!
A frase foi adicionada com sucesso!
Evan Do Carmo
“Tens o direito a muitas escolhas,
menos a desistir.
A semente lançada segue seu curso,
é natural germinar e frutificar...
multiplicação.
O rio segue a ordem gravitacional,
impávido vai ao seu destino fatal,
em busca do sal, superação...
O mar nem sempre é sua causa morte,
com sorte evapora, purifica-se
e volta ser fonte cristalina...
rio outra vez.”
―Evan do Carmo
Meus caminhos estão sendo feitos por lugares que eu não sei se vou conseguir ir. Havia momentos no passado que eu podia ter sido melhor do que eu imaginei ser, quanto tempo eu perdi, creio ter perdido até mesmo as chances para o amor. Esperamos tanto por algo, nossos corações vão murchando, eu sinto tanto não ter plantado nada pra que eu pudesse colher.
Tudo que deixarei é uma vergonhosa jornada, eu pensava tanto sobre o tempo , hoje vejo minhas mãos tão velhas e doentes , escrevendo algo, nuvens não são mais de algodão, sonhos com o que posso sonhar agora, o que me resta afinal?
Não há mais cor nesses dias, quando criança havia tanta magia, hoje só mágoa e agonia, vida eu lamento por ti , te chamei de minha e esqueci de te amar.
Ela surge em meus sonhos
Meu silêncio retorna
Ela é dona da noite
Senhora das minhas fantasias
Me diga se é um anjo
Brinca com minha mente
Me toma com tanta força
Que eu penso que isso é real
Meu arrepio mais doce , sinto me bem
Em tua presença, doce menina, estou
Mulher que me assombra
Mistério estranho, é reflexo é noite.
E que saudades eu sinto quando não sonho , sinto me vazio, tento fazer um sono forçado, ela surge quando bem quer , quando não estou mais procurando.
Cigarro
Na noite serena
Não vejo a lua
Só vejo a luz, da brasa que cura
Entre algumas tragadas, só vem o desejo
Talvez seja a “vida”, que eu tanto anseio
Um, dois, três cigarros, será que é desespero
Ou então, só mais um de meus medos
Em meio aos meus dedos
De forma alguma, eu manifesto
O desejo incansável
De descansar junto à meus versos
A descoberta da luz
O que é uma luz no meio de tanta escuridão?
Uma luz, claro.
Mas quem é você, a luz pergunta para si mesma?
E ela, convicta, responde: sou aquela que ilumina o que não está claro e embeleza aquilo que está encoberto. Sou aquela que abre caminho. Sou aquela que dá visão. Sou uma luz.
É, uma luz.
...Em um encontro discreto
Do afeto e o amor
Alguns chegam sem jeito
Ela chegou com doçura
Quebrou minha armadura
E se alojou em meu peito.
Nas histórias de amor
Não existe só o amor
Nunca dissemos "eu te amo"
No entanto nos amamos...
Ela deu luz aos meus dias
Enchendo-me de esperanças e amor.
INFÂNCIA AMIGA
Quando recordo os tempos,
Do cheiro da terra molhada
Lembro dos meus amigos queridos
Que partiram nessa longa caminhada.
Brincadeiras de crianças,
Corre corre no chão,
Sem asfaltos ou mesmo prédios
Era assim o cenário da emoção.
Desfrutamos de pura amizade,
Na infância assim marcou
O que outrora passamos juntos,
E nessa vida foi o que restou.
O futuro veio à galope
Deixando tudo para trás,
Mas o que jamais passará
É a doce e terna lembrança,
Dos risos, das falas de crianças,
Onde almas marcaram,
Resistindo ao próprio tempo
Apagada jamais será.
Interessa-me o que vai além de seus gestos.
Interessa-me o trejeito.
Interessa-me a dor pra curar.
Interessa-me o ex-amor pra exercitar - paciência
Cansa-me o descaso
Cansa-me o cansaço
Cansa-me casa sem casos
Cansa-me o ócio sem voz
Alegra-me o carinho
Alegra-me o sorriso
Já o amor me faz cócegas dentro do crânio
Insulta-me o mau-humor
Insulta-me a indelicadeza
Insulta-me? - silêncio!
Numa noite clara de natal a lua brilhava, a esperança me voltava
É quando todos meus sonhos impossíveis se tornam possíveis
E então eu percebo que Deus esta ao meu favor
Quando me deparo com uma rara noticia a qual (ela esta só)
Meu coração se enche de emoção, como posso eu conter as lagrimas desta lúcida paixão.
A lua brilhava novamente anunciando que nada estar perdido
E eu aqui tão só a idealizar como seria estar abraçando meu lindo amor
Que se foi há muito tempo e agora ressurge numa Sórdida e fria noite
Quisera poder te amar, no entanto já estou partindo
Em busca de uma nova aventura, de um novo romance
O qual não me deixe triste, chorando a imaginar meus lábios a te beijar
O que realmente não existe entre dois corações minha alma vaga a procurar, e um dia há de encontrar
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