Textos de Pessoas Famosas
"... Eu me desnudo emocionalmente quando confesso minha carência – que estarei perdido sem você, que não sou necessariamente a pessoa independente que tentei aparentar. Na verdade, não passo de um fraco, cuja noção dos rumos ou do significado da vida é muito restrita. Quando choro e lhe conto coisas que, confio, serão mantidas em segredo, coisas que me levarão à destruição, caso terceiros tomem conhecimento delas, quando vou a festas e não me entrego ao jogo da sedução porque reconheço que só você me interessa, estou me privando de uma ilusão há muito acalentada de invulnerabilidade. Me torno indefeso e confiante como a pessoa no truque circense, presa a uma prancha sobre a qual um atirador de facas exercita sua perícia e as lâminas que eu mesmo forneci passam a poucos centímetros da minha pele. Eu permito que você assista a minha humilhação, insegurança e tropeços. Exponho minha falta de amor-próprio, me tornando, dessa forma, incapaz de convencer você (seria realmente necessário?) a mudar de atitude. Sou fraco quando exibo meu rosto apavorado na madrugada, ansioso ante a existência, esquecido das filosofias otimistas e entusiasmadas que recitei durante o jantar. Aprendi a aceitar o enorme risco de que, embora eu não seja uma pessoa atraente e confiante, embora você tenha a seu dispor um catálogo vasto de meus medos e fobias, você pode, mesmo assim, me amar..."
Só os analfabetos funcionais confundem a precisão dos conceitos com a rigidez mecânica de alguma linguagem fixa e estereotipada. Entre a expressão viva ou até paradoxal de uma impressão e o apelo a algum chavão de compreensão automática, o escritor preferirá sempre a primeira. Eis porque os Pirrôlas da vida não podem ler obras de escritores, só manuais escolares.
"Ela disse: “Estou com tanto medo…” E eu perguntei: “Por quê?” Aí, ela respondeu: “Porque estou me sentindo profundamente feliz. E uma felicidade assim é assustadora.” Voltei a perguntar por quê, e ela prosseguiu: “Só permitem que alguém seja assim tão feliz se estão se preparando para lhe tirar algo”."
A vida é um eterno perde e ganha, um vai e vem. É bem mais fácil encontrar nos outros aquilo que falta em você, porque no fundo ninguém nunca pensa que a real é que todos são iguais, pois o triunfo é de quem sabe ser doar à vida e ao seu ser. É complicado alcançar seu objetivo, sem às vezes ter que deixar para trás algo que você ame ou admire, pois você tem que se arriscar e ter coragem o suficiente para dizer que chegou lá, e conseguiu o que desejava. Seria bom poder esquecer os fracassos passageiros da vida e continuar sem ter que lembrar cada fase que já se viveu, amores que perdeu, amizades que se foram e momentos que o passado guardou. O problema é que ninguém é tão forte o bastante para ultrapassar algumas barreiras que em nosso destino são colocadas, mas tentamos superá-las, porque sabemos que um tropeço pode ensinar muito mais que uma vitória. Nem sempre ser forte significa acreditar em si, mas sim ter a capacidade de ver além do que se quer e não desistir nunca. Com o passar do tempo podemos inovar papéis que há em nossa rotina, mas não se esquecendo de que o coração é sempre o único que tem razão. As palavras se enchem de poder quando ditas em voz ou tom severo, podemos mudar quantas vezes quisermos nossa opinião, mas a dos outros, é deles e de mais ninguém. E não importa se você é doce ou amargo, simpático ou arrogante, falso ou verdadeiro, você sempre será você e isso somente você irá decidir, porque sua vida é somente sua e infelizmente, nela não há tempo para se perder em vão e para se fazer um rascunho, por isso Deus escreve reto em linhas tortas (..) e seja feliz o máximo que puder, porque não há ninguém além de você que irá te fazer tão feliz quanto merece, pois o amor próprio é sempre primordial!
"E se o dia acabar, não quero que seja a meia noite,mas sim na hora que eu adormecer ao teu lado.Quando estou junto de ti,sei lá,o mundo não para como todos dizem,mas sinto q algo em mim surge,algo que não sei explicar,não sei se és amor,ou a simples vontade de estar junto a ti,só sei q quando não te vejo ou no ouço sua voz,sinto que meu dia não esta completo,que falta algo para completa-lo.Escrevo poemas porque não tenho coragem de dizer oque sinto,não por vergonha,mas por medo de ser rejeitado,ou por medo de ser mais um idiota no mundo.Só sei que gosto de você muito,mais que paçoca.As vezes paro de fazer oque estou fazendo e sento a sombra e fico imaginando o futuro,vendo nos dois felizes,mas logo volto ao mundo e percebo que tudo não passa de uma simples fantasia,porque é impossível amar alguém que já se foi a muito tempo,não de morte,mas de abandono,pois tu me abandonou,mas oque sinto por ti permanece aqui,junto a mim,como uma sombra,mas sem problemas,assim como a sombra,sempre vem a noite para afasta-la,mas como a sombra,sempre retorna no outro dia..."
Já não sei mais chorar, a dor me consome por dentro e até as lágrimas, fonte de desabafo, ela rouba de mim. Queria ser mais condescendente com você, mas continuo sendo humana demais para aceitar tantos maus tratos, queria que estivesses no meu lugar ao menos uma vez, e verias quão mal fez para mim!!
Se nunca ficássemos doentes, não saberíamos o que significa a saúde. Se nunca tivéssemos fome, não experimentaríamos a agradável sensação de saciá-la depois de uma refeição. Se nunca houvesse guerras, não saberíamos o valor da paz, e se nunca houvesse inverno, não poderíamos assistir a chegada da primavera. Tanto o bem quanto o mal são necessários ao todo.
Fui descalçar as botas, que estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e de Epicuro. [...] Inferi eu que a vida é o mais engenhoso dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.
Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que enchem o panorama da história e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a história.
O amor nada mais é do que uma troca de interesses egoístas, nada é tão atraente e sedutor do que fazer parte da vida de alguém, mas não há mal algum se esses interesses estiverem em acordo, o problema é que assim como no Universo, tudo que tem um começo, tem um fim e geralmente tudo temina em Caos.
A princípio foi esse olhar um simples encontro; mas, dentro de alguns instantes, era alguma coisa mais. Era a primeira revelação, tácita mas consciente, do sentimento que os ligava. Nenhum deles procurara esse contato de suas almas, mas nenhum fugiu. O que eles disseram um ao outro, com os simples olhos, não se escreve no papel, não se pode repetir ao ouvido; confissão misteriosa e secreta, feita de um a outro coração, que só ao Céu cabia ouvir, porque não eram vozes da Terra, nem para a Terra as diziam eles. As mãos, de impulso próprio, uniram-se como os olhares; nenhuma vergonha, nenhum receio, nenhuma consideração deteve essa fusão de duas criaturas nascidas para formar uma existência única.
"E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
eles dizem que estou vivo, e eu não sinto isso, eu sinto que estou respirando, sinto meu coração batendo aqui dentro e ele doí, sinto meu olhos chorando pelo fim de algo que nem teve um começo, eles dizem que eu estou vivo mas eu não estou, quero dizer, o meu corpo está vivo, é minha alma que está morta.
O tempo se apossou do que havia. (Foi quando pude te explicar que as minhas expectativas não eram exigências). Hoje em dia, depois de tanta história não acontecida, sobrou amizade, saudade, respeito. Já que fomos tão inábeis para o amor, restou enfim, essa ternura encabulada e nossas conversas pela madrugada numa hora em que a saudade nos constrói as frases com todos os adjetivos mais suaves para não espantar o sono. E a consciência de que não há mais tempo para usufruir o que não foi aproveitado a tempo. (Por isso choramos apenas por dentro sem deixar que nossa voz denuncie nosso olhar raso de esperas intactas). Por isso tanta doçura nas palavras pra não ferir ainda mais essa melodia frágil e cheia de melancolia. E essa tentativa de que o abraço, apenas escrito, tenha outras formas de tocar. Porque queríamos a mesma coisa, exatamente o que nos faltava e que não soubemos porque não tínhamos para dar.Seguimos, ainda assim, unidos — não por sentirmos o mesmo amor, mas por compartilharmos aquela mesma solidão.
Todo ser humano é por natureza ser humano, por isso, sentimos amor, raiva , tristeza, alegria. São sentimentos naturais que devem ser expressados, significados e resinificados. O problema é quando o acusam de falta de humildade por você ser sincero, e expressar descontentamento diante de uma dada situação. A estes acusadores é necessário dizer uma coisa: Vocês não são os donos da verdade e nunca serão e suas atitudes mesquinhas, hipócritas é que mostram os verdadeiros sepulcros caiados da sociedade.
“Hoje eu resolvi chorar. Chorei por tudo o que eu já fui. Por tudo que eu sinto e por tudo que eu sou. Chorei pelo tempo perdido e pelas coisas que não ficaram. Chorei pelas sementes que eu plantei, mas que não germinaram. Chorei pelos erros cometidos e pela vida que eu sonhei, mas que não consegui realizar. Chorei pelos amores que morreram e por aqueles que nem nasceram. Chorei pra tentar afastar o medo e com as lágrimas que eu derramei, o meu coração poder lavar. Chorei e pedi aos céus baixinho para que me desse conforto. E como resposta, ele chorou comigo. Mostrando para mim que mesmo no fim eu não estaria sozinho.”
Para Maimônides a alma é essencialmente única, mas tem em si cinco faculdades: A força vital; os sentidos; a imaginação; as paixões e vontades; e a razão que nos dá liberdade de compreensão. A razão é a faculdade que diferencia o homem e o faz ser o que é, as outras são compartilhadas também pelos animais.
Eu sei que vocês receberam ordens de seu comandante, que as recebeu de seus superiores, para matar a população deste campo. Agora é a hora para fazer isto. Aqui estão eles. Eles estão todos aqui. Esta é a sua oportunidade. Ou vocês podem partir e retornar para suas famílias como homens em vez de assassinos.
ESTOICISMO - Corrente filosófica fundada por Zenão de Cítio (332-264 a.C.) no terceiro séc. antes da era cristã e que está associada a pensadores como Séneca (4 a.C.-65 d.C.), Epiteto (50-138 d. C.) e o imperador romano Marco Aurélio (121-180 d. C.). Para os estóicos, a filosofia tem como finalidade essencial formar o homem sábio. A Sabedoria consiste na prática da virtude, em viver de acordo com a natureza ou a ordem racional (logos) do universo. O logos é a divindade imanente ao mundo e tudo governa necessariamente. O Sábio, com serenidade e autodomínio, compreende o caráter necessário do que acontece. O estoicismo desenvolveu a primeira moral de tipo universal fundada na igualdade de princípio de todos os homens (considerados cidadãos do mundo — cosmopolitismo). Em lógica devemos a Crisipo (279-206 a.C.) a análise de enunciados compostos tais como condicionais e disjuntivos e a identificação das formas padrão de raciocínio que vieram a ser conhecidas pelo nome de modus ponens e modus tollens.
Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, que é um vício hediondo.
