Textos de Mar

Cerca de 4486 textos de Mar

⁠Mar de Sentidos
Nunca pensei no poder das palavras
Até precisar de algum jeito expressar
Minha mente é confusa, me usa e desusa
E esse talento é uma barca no mar

Não vejo um mundo tão escuro assim
Posso ver, lá fundo, um futuro pra mim
E eu já sinto o gosto do prêmio do esforço
Pois, no breu do poço, vejo água fluir

Esperança não morreu nesse vazio de sentido
E ela dança com o ódio que bota tudo pra dançar
Cada passo já é em falso, mas o equilíbrio é entretido
E ele se mantém na festa até tudo acabar

Inserida por Edgar1009

VIDA

A cada dia
Quero o sol e a lua...
Quero o ar e o mar...
o açúcar e o sal.
o beijo puro ao olhar singular
dos seus olhos.
Quero tudo...
e o nada nem cogito.
Busco o riso mas o choro
é um risco iminente,
neste agito vivo intermitente.
Sobrevivo à quedas improváveis
em sensações imprevisíveis;
Indissipável dentro de mim.
Eis a emoção de viver
a cada dia.

Inserida por SempreFugii

⁠⁠ALMA DE MAR

Barulho de carros passando, bois, rio, lagoa e fazenda.
No peito uma reflexão sobre uma lacuna, não há quem entenda.
Saudades dos barcos que antes navegavam, agora, fora da maré.
Dali, alguém bom chegará para a reforma, descalço o pé.
Não apenas o pé mas o corpo todo sente.
A falta da onda, do vento, da areia quente.
Homens magros e gordos, cestos e feixes.
Feira, manhã, remos, irmãos e irmãs, filhos do peixe.
Comércio vibrante, vendedor satisfeito.
Faca afiada, garganta treinada crucifixo no peito.
No meio da pista, recebe o turista, piadas até de dentista.
O espírito hoteleiro, bom humor é a qualidade primeira da lista.
É disso que anseia de novo o que para a métropole mudou.
Cansado de prédio, ônibus, trem ou metrô.
Quer apressar o passo para lá terminar e logo voltar.
Pois a alma que lá trabalha, têm fé que não falha, é alma de mar.

Sergio Junior

Inserida por SergioJunior79

SUBTERFÚGIO

Um dia, meus olhos estiveram fixos no mar, era fuga.
Via beleza, grandeza e perigos, mas também refúgio.
Era só, tímido e apaixonado, lágrima que o tempo enxuga.
Via as ondas, o vento e a poluição, na cadeira do bar fechado, subterfúgio.
Ao toque da sirene, fim de intervalo, caderno, rabisco, ninguém ouve se eu me calo.
A aula, contabilidade, indiferença e cálculos, saldo?
Desamor e desigualdade.
A sala refletia o mar brigando com o vento, só provocando ondas. Inequanime com barcos pequenos, favorecendo os grandes, maldade. Eram coisas que eu não podia mudar, independente de meu esforço, era só observação.
Assim foi com o céu, o vento e as estações do ano.
Até eu me interessar por pessoas, admirar o adestrado, criticar o inconsequente e entender a rebeldia do cavalo.
A possibilidade de equanimidade é ínfima, mas porque se pode mudar, eu não mais apenas escrevo.
Eu olho, aponto e falo.
Embora exista no povo, exatamente o mesmo que existe no mar e na aula de cálculos, o mar não tem ouvidos.
Eu parei de me importar por quem finge escutar .
Sergio Junior

Inserida por SergioJunior79

⁠" AVANÇA "

O tempo avança, as horas, nossa idade,
o mar avança à praia por barreira…
Avanços se darão a vida inteira
por bem, por mal ou por necessidade!

Avança a morte, certa e derradeira,
o julgamento para a eternidade…
Até a ciência avança em liberdade
de forma firme, clara, costumeira.

Avanço o meu olhar à tua procura
com fome de paixão nessa loucura
de te querer pra mim cada vez mais…

E até o amor que, outrora, era criança,
tomado de desejos mais, avança
pra me atracar no amparo do teu cais!

Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,
Contemplo a tua imensa criação,
A terra e o mar e o céu todo estrelado
Me vêm falar da tua perfeição.

Então minh’alma canta a ti, Senhor:
- “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
Então minh’aima canta a ti, Senhor:
- “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”


Quando as estrelas, tão de mim distantes,
Vejo a brilhar com vivido esplendor,
Relembro, oh! Deus, as glórias cintilantes
Que meu Jesus deixou, por meu amor!


Olho as florestas murmurando ao vento
E, ao ver que Tu plantaste cada pé,
Recordo a cruz, o lenho tão cruento,
E no teu Filho afirmo a minha fé.


E quando penso que Tu não poupaste
Teu Filho amado por amor de mim,
Meu coração, que nele Tu ganhaste,
Transborda, oh! Pai, de amor que não tem fim!


E quando Cristo, o amado meu, voltando,
Vier dos céus o povo seu buscar,
No lar eterno quero, jubilando,
A tua santa face contemplar.

Inserida por LINARTT

⁠Amor

Amar é ver sem querer mudar,
acolher luz e sombra em paz,
entender que o tempo é mar.

É estar perto sem sufocar,
dar asas sem medo do voo,
no silêncio também cuidar.

Ser porto em dia de ventania,
compreender antes de julgar,
amar é ser lar, não prisão.

SimoneCruvinel

Inserida por simone_cruvinel_1

⁠Cafune

O cafuné é brisa leve, é mar em calmaria,
Desfaz os nós da alma, tece a paz na companhia.
É toque que embala, sem pressa, sem dor,
Um afago no tempo, um abraço em calor.

Nos dedos que dançam, repousa um alento,
Apaga tristezas, silencia o tormento.
É cura, é encanto, é sussurro macio,
Um gesto tão simples, mas de amor tão cheio.
No fio dos cabelos, um mundo se vê,
No doce cafuné, encontro você.

SimoneCruvinel

Inserida por simone_cruvinel_1

⁠Solidão no mar de incertezas

Socorro!
Não consigo respirar
Neste mar de incertezas
Cheio de monstros
E há poucos marinheiros confiáveis.

Sou só eu em meu barco
Navegando por onde o vento me levar
Explorando ilhas desconhecidas
Experimentando novos sabores
Lutando contra monstros
Mas no final, estou sempre só
Enfrentando o vazio sozinha
E ele está me consumindo
Logo, não serei mais eu.

Uma tempestade se aproxima
Não há como escapar
Eu encaro a tempestade
E com bravura continuo
Não tenho mais nada a perder
Além da minha vida.
As enormes ondas vem
Destruindo e engolindo tudo
Sinto a força do mar sobre mim
Me empurrando
Enchendo meus pulmões de água
Inutilmente luto para voltar a superfície
Meus braços e pernas exaustos
Não tenho mais forças
Estou me afogando
Em minha mente eu rezo
E clamo por socorro.

Haverá um deus para me salvar?
Um bom marinheiro?
Eu fecho os olhos e aceito meu destino.

Inserida por JuniorOliveiraRJ

Covid-19

Há relatos de portugueses agredidos além-mar,
Culpando-os do novo vírus propagar.
Muitos media não noticiam estas atrocidades, nem encontram os culpados.
Coitados… permanecem por lá, assim, desamparados!

Será que estas hostilidades não revelam racismo,
Ou, de certa forma, desejo de vingança ou segregacionismo?
Pois, muitos povos vivem no recato e tranquilidade
E, sempre, imunes a qualquer atrocidade…

by António Vilela Gomes

Inserida por antoniovilelagomes

⁠Hoje deixei meus olhos viajarem pelo mar até a linha do horizonte, fim de tarde no mágico encontro do dia com a noite.
Na realidade foi um momento de introspecção, lembranças e balancete de vida, porém notei que planos e perspectivas ausentes, cadê meu futuro? Pra onde foram meus sonhos?
Bateu então uma tristeza mas, do nada, ganho de uma boa amiga um alegre, saboroso e solidário sorvetinho.
Quando iniciava a degustação chegam, também do nada, duas crianças muito pobres filhos da rua com os olhinhos brilhantes, pedem o meu sorvetinho, ganham e retribuem com um lindo sorriso.
Horas depois enxerguei pela simbologia o recado recebido: sorvetinho a solidariedade; amparo o presente e as crianças meu futuro, pelo sorriso, feliz. Que assim seja!

Inserida por giuliocesare

⁠Menina de Luz

Menina de luz, sorriso de mar, nos olhos carrega o brilho do luar. Seu rosto, um poema em forma de verão, com traços que tocam o coração.

Cabelos de nuvem, dançando ao vento, cachos que guardam tempo e sentimento. Como uma deusa que pisa no chão, com passos que espalham inspiração.

A pele morena, sol em flor, traz no silêncio um mundo de cor. E quando sorri, tudo ganha sentido até o dia parece mais bonito.

Ela é força, é flor, é melodia, é o que o mundo sonha em poesia. E mesmo sem saber, encanta o lugar, só com o jeito de se expressar.

Inserida por jhean_carlos

⁠Mar, luar e canção
(uma história em versos)

Assim, como para anunciar a chegada de alguém,
O mar cantava um hino.
Ambos sozinhos – eu e o mar,
Unimo-nos e esperamos que sua preferida
Se enfeitasse para nos ver.
Você fazia das ondas lindos saltos...
Estava contente, feliz!
Trazia algumas pérolas que tomara para si.
Estavam ali, na superfície, vindas de suas profundezas
Para ofertá-las à sua amada.
Enfeitava-se e compunha hinos,
Hinos ora alegres, ora tristes, serenos ou enfurecidos.

Estava impaciente, nem tudo preparado
Pois faltavam os pássaros...
Mas eis que surgem, assim, em bandos
De tenras nuvens calmas, diferentes do mar.
O sol se foi e seus raios vermelhos beijavam os céus,
Abraçavam as águas...
Então, ela se fez surgir!
Não era pura, mas singela...
Seu manto rosa dourado reluzia...
Tomando para si as pérolas
Que horas depois vestiu!
De seu rosa feminino tornou-se mais pura, prateada...
Surgindo sua imagem trepidante por entre as ondas do mar.
E o mar, apaixonado, tomou-a, beijando-a...
Mas não era ela... Somente seu reflexo, sua luz!
E mesmo assim ele se fez feliz!

Nisso, como num encanto,
Uma canção saltitante se fez ouvir...
Mais pássaros, eram eles, brancos... calmos.
Um grande bando...
Rezavam, como em prece suplicante
Para os que ali, embaixo de suas asas, descansavam...
Outros, brincalhões, trocando encontros com as águas,
Inspiravam-se naqueles que ali foram felizes,
Aos que ali admiraram o mar!

Ainda não era noite...
As estrelas não se faziam todas presentes
Para constituir o grupo daquelas
Que, antes da amada do mar chegar,
Enfeitavam-na com vestes simples, femininas
Para, na terra, os seres se apaixonarem.
As nuvens estavam ligeiras, douradas,
Cobrindo muitos desses mitos infantis.
O mar, então, repleto de esplendores, deixou soltar um suspiro,
Suspiro de namorado que ama realmente alguém.

Cada vez mais se fazia noite...
A lua, muito mais feliz, atirou, de modo admirável,
Uma luz que se fez voar pelo espaço...
O seu prateado, às vezes modesto,
Deixava o mar louco e este se enfurecia.
Chegava, então, às praias com suas ondas de censuras amargas,
Amargas por não poder tê-la.

E foi assim que se fez noite.
Noite encantadora, repleta de esplendores.
Fiquei triste... tinha que partir.
Não podia ficar ali eternamente...
Lágrimas começaram a rolar.
Fiquei triste, tão triste que mal podia caminhar por entre a imensidão da noite.
Suas espumas, tão suaves, estavam sempre a me beijar...
Eu ia sorrindo, enquanto a tristeza me invadia.
Pensei:
E quando tudo terminar? O que será do mar?
Irá se enfurecer e com toda a sua força crescer para aos céus implorar
Por outras noites, assim, lhe acompanhar!

Mar, com suas canções...
Canções saltitantes e felizes
Acabará por chorar eternamente por não poder rever a lua novamente!
Não, você não tem um coração!
Não tem olhos, nem ilusões.
O amor pela lua acabará, pois tem outras coisas para amar...
Esta noite não mais se fará...
Foi a primeira e única; aproveitem-na.
Não se esqueçam de se amarem,
De se amarem a todo custo.

Então, deixei-os a sós.
E mesmo que meu coração doesse, eu já havia assistido ao espetáculo.
Sabia que iria ficar assim, noite adentro,
O mar cantando suas canções para se declarar à lua,
A lua, cheia de emoção, amaria por toda a noite o mar!

(junho de 1967)

Inserida por hidely_fratini

⁠Monólogo ao Mar

Às vezes, assim penso, vivo
um monólogo diário,
ecoando pensamentos soltos
pelas vielas da alma
onde não há atalhos,
apenas passos
que ressoam no asfalto molhado
de manhãs silenciosas.

Em frente ao mar,
dedico-lhe meus devaneios,
como cartas lançadas ao vento
sem, ao menos, um pingo de receio.
Discorro sobre você,
como se as ondas fossem
páginas brancas
esperando minhas confissões.

O mar, atento,
ouve com paciência de quem
já engoliu mil naufrágios
e ainda assim permanece,
se comunicando
através de suas ondas,
mergulhante, deslizante, ascendente,
um discurso contínuo
que cabe àqueles
que mantêm os olhos bem abertos
decifrar.

E eu, narrador solitário,
me vejo parte da maré,
flutuando entre a certeza
e o esquecimento,
tentando entender
se o que entrego ao mar
é o peso dos dias
ou a ânsia de ser ouvido.

O vento salgado
me corta os lábios
enquanto o mar responde
numa marola discreta,
como se dissesse
que palavras se dissolvem
como espuma,
mas sentimentos permanecem
ancorados no fundo.

Talvez ele saiba
que não há resposta certa,
pois enquanto me desfaço
em palavras e sonhos,
ele se refaz
em ciclos e ondas,
e assim seguimos,
dois monólogos paralelos
que jamais se tocam,
mas se compreendem
no silêncio que resta
após o último sopro de vento.

E então, na maré baixa,
percebo que talvez
o mar também sussurre
suas incertezas para a areia,
e que nós,
vagando por nossas marés interiores,
somos tão mutáveis quanto ele,
sempre buscando a margem
onde a alma repousa.

E enquanto observo
o encontro da água com a terra,
sinto que viver é isso:
um eterno diálogo
com o imenso e o indomável,
uma troca de segredos
entre solidão e grandeza.
O mar nada exige,
apenas acolhe,
como se dissesse
que a liberdade reside
em aceitar a fluidez
e não temer os ciclos.

Por fim, sorrio,
pois entendo que o mar
não é apenas ouvinte,
mas também mestre
de uma sabedoria inquieta,
que ensina a ser vasto
sem perder a essência,
e a permitir-se tempestade
sem deixar de ser calmaria.

Inserida por DanielAvancini

⁠Minha Verdade, Meu Valor

Sou feita de luz, de fogo e de mar,
Uma força que nunca deixa de brilhar.
No meu universo, há amor e lealdade,
Pois não aceito migalhas, nem falsidade.

Minha alma é livre, meu coração inteiro,
Sou verdade cristalina, puro celeiro.
De sonhos, de fé, de força que cresce,
Nada me toca se minha essência esquece.

Deslealdade? Não cabe no meu peito,
Meu caminho é limpo, meu amor perfeito.
Dou o que sou, mas nunca me perco,
Pois me escolher é meu pacto eterno.

Minha escolha é minha, minha paz é real,
Não há espaço para quem não é leal.
Sou o templo divino, centelha sagrada,
E meu valor não será jamais negociada.

Caminho firme, de cabeça erguida,
Na dança do universo, sou dona da vida.
Lealdade é meu norte, meu destino é meu,
Pois quem se escolhe já encontrou o que é seu.


Diane Leite.

Inserida por dianeleite

⁠As Ondas do Silêncio
Por Diane Leite

Era como estar diante do mar, onde as ondas vêm e vão, imprevisíveis e incontroláveis. Algumas são suaves, quase imperceptíveis, como se apenas acariciassem a areia; outras são intensas, revoltas, carregando pedaços de nós para longe. Assim são as emoções humanas: um oceano interno que ninguém controla por completo.

Existem momentos em que o silêncio é mais eloquente do que as palavras. Ele guarda aquilo que não se diz, o que talvez nunca seja dito. Há olhares que antes mergulhavam fundo, mas que agora apenas tocam a superfície, hesitantes. O que antes era um rio de interesse e curiosidade transformou-se em um riacho tímido, talvez por medo de transbordar.

E então surge a lição aprendida a duras penas: não insistir em ser uma ilha visitada por barcos que vêm e vão ao sabor do vento. O que é destinado a aportar encontra o caminho. O que não é, parte e se perde no horizonte. Essa aceitação não é resignação, mas um ato de amor-próprio. É compreender que o coração é como uma casa: não se abre a porta para quem não bate.

Nos tempos de tempestade, aprender a ficar só é um presente. Porque, no final, quem busca preencher o vazio nos outros não percebe que já é suficiente para si. E essa descoberta transforma tudo: o peso do olhar alheio deixa de ser um fardo; a ausência não é mais um buraco a ser preenchido, e a paz se instala.

E assim, o oceano continua seu movimento. Não há mais ansiedade em esperar a onda perfeita, porque o que chega, chega no tempo certo. O que não vem, nunca foi necessário. Nesse mar de emoções, a escolha mais sábia é sempre construir barcos fortes, mas deixar as velas livres para o vento decidir o curso.

E quando o silêncio permanece, não há mais dor nele. Apenas a certeza de que o universo trabalha em ciclos, e o que é verdadeiro sempre encontra o caminho. O coração, agora calmo, entende: o que fica, pertence. O que vai, liberta. E, acima de tudo, o que não se insiste, floresce.

Inserida por dianeleite

⁠Era um dia radiante e a brisa suave do mar acariciava minha pele enquanto eu me posicionava sobre uma pedra majestosa, como se estivesse no topo do mundo.
À minha frente, duas gigantescas tartarugas dançavam graciosamente nas águas cristalinas, acompanhadas por outros seres marinhos que pareciam saídos de um conto de fadas.
Meu coração pulsava de encantamento, e a beleza daquela cena era tão intensa que não resisti: mergulhei nas águas quentes e salgadas, deixando-me levar pela mágica da vida submarina.
Ao nadar junto às tartarugas, cada movimento era repleto de leveza e harmonia. A energia que emanava delas me envolvia em um abraço acolhedor, onde o tempo parecia parar e tudo se tornava um só. A tranquilidade do oceano envolvia meus sentidos enquanto explorava aquele reino encantado.
Mas então, ao longe, uma onda colossal começou a se formar. Era como se a própria natureza estivesse criando uma obra-prima diante de seus olhos. A água azul se erguia, poderosa e imponente, senti a força daquela presença. No entanto, em vez de temor, eu experimentava uma admiração indescritível. Não havia mais tartarugas, nem outros animais; apenas eu e a onda majestosa, em um momento que desafiava a realidade.
Quando a onda finalmente quebrou, uma parede de água translúcida se ergueu sobre mim, como um véu sutil que separava o céu do mar. Olhei para cima e vi um céu azul vibrante, enquanto a luz do sol filtrava através da água, criando um espetáculo de cores e formas que lembravam geometrias sagradas dançando em perfeita sincronia. Cada raio de luz era uma nota na sinfonia do universo, e eu me sentindo parte desse todo.
O sentimento de paz e completude inundava meu ser, como se todas as minhas preocupações e ansiedades simplesmente evaporassem. Naquele instante mágico, tudo fazia sentido. Eu estava em harmonia com a natureza, com a vida, e comigo mesma. As águas se tornaram um portal para uma nova percepção, onde o amor e a conexão eram palpáveis.
Ao emergir desse estado de sonho, percebi que a verdadeira magia estava não apenas na beleza do que vi, mas no profundo entendimento de que, na imensidão do universo, eu faço parte de algo grandioso e maravilhoso.

Inserida por paula_ingrissy

⁠A-MAR DE GENTE

Seria mais gostoso gostar de alguém
Quando esse alguém também gosta da gente
Ou será que é pedir muito?
Gostar de quem também goste da gente

Nos tornamos consumistas
Contabilizando o que ofertamos
E o que estamos recebendo
Como em uma jogatina

Tem gente que gosta da gente
Tem gente que gosta de gostar da gente
E tem gente que gosta que a gente goste
Porque ainda existe alguém morando dentro dessa gente

Mas o que buscamos é o que queremos?
Ser amados ou validados?
Ser vistos ou ser ouvidos?
Ou apenas mostrar que alguém gosta da gente.

Porque amar é decisão
Que vai amar sem esperar,
E apostar que vai ganhar.

Tatuí, 01 de abril de 2025.

Inserida por katia_terra

⁠*luta pela vida*

Você quer morrer?
Então se jogue ao mar,
E sentirá a força de viver,
Na luta para sobreviver.

No fundo, onde a escuridão reina,
Você encontrará a vontade de lutar,
De respirar, de vencer a corrente,
De encontrar a luz, de se libertar.

A água gelada, o salgado gosto,
Te farão perceber o valor da vida,
A precariedade, a beleza rara,
Do existir, do respirar, do amar.

Então, se jogue ao mar,
E descubra a força que há em você,
Para lutar, para vencer,
Para viver.

Inserida por WMX_666

A mãe e o Mar

"A mãe é quem sabe de tudo, o amor de mãe é o amor mais puro e cristalino e forte, igual as águas do oceano, quem diz ao contrário estás mentindo.
Nos braços de uma mãe é o lugar onde tudo pode ser resolvido.
A mãe é uma imensidão de sentimentos, cuidados, preocupações... Tão profundos quanto o Mar, tão lindo, tão puro, tão diverso, tanta beleza, tanta energia, que as vezes agita, as ondas quebram, mas também a que acalma e energiza. Mãe é ser Mar. mãe é (A)mar."

Inserida por lucas_vezani

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