Textos de Lua

Cerca de 3956 textos de Lua

⁠ENTARDECER E A LUA

A noite descia como em voo de pássaros,
Em rajadas de flocos coloridos.
Meus olhos se deliciavam, estremeciam,
De prazer e dor.
Como cristalizar este momento?
De que forças retirar o fluído para tal proeza?

Pensamento tolo que me fez perder todo o poente.
Quando dei pela natureza,
A noite me abraçava,
Beijava meus lábios com o nascer da lua.

Espetáculo de noite invernal.
Como deter o astro prateado
No seu lugar de agora?
Para saciar o meu prazer,
Para matar a minha sede de beleza.
Oh maldito pensamento!
Fez-me perder todo o nascer da lua!
Todos os poentes, todo o sol no seu turno.
Todos os verdadeiros voos de andorinhas!

E aqui estou sem saber contemplar.
Desejando obras monumentais da natureza.

Maldizendo o pensamento,
Vi-me num túmulo frio, escuro,
Sem haver sentido o momento de minha morte
Por tanto haver pensado nela!

Conclusão de alma:
O belo está naquilo que se vê e sente
Não no que se quer!

Nov/ 1974

Inserida por hidely_fratini

⁠Sou de fases como a lua, às vezes distante, às vezes sua…
Às vezes calada,
Às vezes carente, às vezes falante ou as vezes nua…
Sou cheia de fases, sou cheia de amor!
Às vezes cansada, às vezes chorona,
Às vezes alegre,
Muitas vezes com dor…
Sou cheia de imprevistos!
Às vezes inútil, às vezes triste, às vezes feliz, às vezes sensível, às vezes egoísta, às vezes serena às vezes grande, muitas vezes pequena…
É assim que sou!
Essas fases que mudam e me faz…
Às vezes bem humorada, às vezes de mau humor, às vezes alongada, sozinha, desconfiada, às vezes retraída, às vezes atrevida…
Muitas vezes namorada!
Sou de fases, sei ouvir e não sei compreender, procuro entender, mas não vou querer…
Às vezes me sinto amada, às vezes desajeitada, rejeitada, linda…
Muitas vezes me sinto um nada!
Sou de fases, sou assim de lua, mas gosto de mim.

Inserida por meninaadosolhos

⁠⁠Olhando para o ceu cinza escuro cercado de estrelas brilhantes e uma lua radiante
Encontrei o que ninguem nunca encontraria ainda que fosse no florao do dia
Todos os seus sentimentos bem la no fundo!
Poderia continuar a escrever! No entanto podes entendiar a o ler

So quero que saiba que o que mais queria era ter você

Inserida por Leandrosgomes

⁠Lua que ilumina minhas noites
Lua que clareia meus caminhos
Tua luz suave me envolve
Nas sombras sou guiado sozinho
Oh lua tua beleza me encanta
No céu estrelado és soberana
Tua presença preenche minha alma
Acalma o meu coração sem calma
Lua clara me guia
Em cada passo na noite fria
Teus raios são minha trilha
Lua linda minha companhia
No silêncio da madrugada
Teu brilho traz luz prateada
Cantando com a brisa leve
Minha alma se eleva e se atreve
Lua clara me guia
Em cada passo na noite fria
Teus raios são minha trilha
Lua linda minha companhia
Sob teus olhos vou caminhando
Noite adentro vou sonhando
Tua luz é meu abrigo
Lua doce sempre comigo

Inserida por LUIZGMARTINS

⁠Poema de Terror: Caveira e Morte

Em noite escura, sob a lua gélida,
Em cemitério frio, a caveira se erguia.
Olhos vazios, sorriso macabro,
Sussurrava segredos ao vento macabro.

A Morte, figura espectral e soturna,
Surgiu das sombras, com foice afiada e turva.
Observou a caveira, com voz sepulcral,
"Diga-me, caveira, qual o seu final?"

A caveira riu, um som horrível e seco,
"Meu final, ó Morte, é apenas um começo.
Sou pó e sombra, lembrança e esquecimento,
No ciclo da vida, eterno tormento."

A Morte se aproximou, com passos lentos,
E tocou a caveira com dedos frios e cinzentos.
"Mas a vida é bela," a caveira exclamou,
"Em cada instante, um novo drama se formou."

A Morte sorriu, um sorriso cruel e frio,
"A beleza é ilusão, apenas um fio.
No fim, resta apenas a escuridão,
E o silêncio eterno da decomposição."

A caveira chorou, lágrimas de poeira e osso,
"Mas a esperança vive, mesmo no mais profundo fosso.
No coração humano, a chama ainda arde,
E a luta contra a morte jamais se covarde."

A Morte se afastou, com um aceno sombrio,
Deixando a caveira sozinha no vazio.
O vento uivava, como um lamento eterno,
E a noite seguia, em seu manto negro e terno.

Inserida por Belga26

⁠Amo você

Amo você no canto da lua...
Em nossas experiências ousadas...
Amo você nos meus sonhos.
Onde você chama por mim!
Amo você nas noites mais frias,
Chegando aos sons de umas melodias
Que já não tem mais fim...
Te amo neste meu avesso
E isso não tem preço,
Ainda que seja extenso,
Te amo com bom senso...

Cleide Regina Scarmelotto
12 06 2024©Todos os Direitos Autorais Reservados

⁠Tua Luz nas Fases da Vida

Mesmo nas fases da vida, como a lua a brilhar,
Crescente ou coberta, seu brilho a se revelar.
Mesmo entre nuvens escuras a te encobrir,
A luz que emana continua a existir.

Não tão radiante, mas ainda a iluminar,
As almas na terra, o caminho a clarear.
Na fase cheia, como uma bola a brilhar,
Todos querem admirar, se encantar.

Assim é a vida, em suas fases a passar,
Como a lua no céu, a nos guiar.
Mesmo nas sombras, há luz a brotar,
E mesmo coberta, tua essência a brilhar.

Que em cada fase, em cada momento vivido,
Teu brilho seja eterno, sempre renascido.
Como a lua cheia no céu a deslumbrar,
Tua luz guie os passos de quem te encontrar.

Inserida por Mykesioofc

⁠Querido diário

Ontem esperei o sol se por ,fiquei esperando a lua aparecer,e lá estava ela ,linda ,cheia , explendida!!
Andei me pergunto o por que a amo tanto ,como pode eu " Luz do Sol " ser tão apaixonada assim pela Lua ?
Encontrei a resposta rapidamente :
Ela é meu combustível diário ,ela me ensina dia após dia ,que tudo são fazes .
Apenas fazes ....

Inserida por mirlenemeira

⁠Era uma noite serena, banhada pela luz suave da lua que escorria pelas janelas, envolvendo a sala em um abraço prateado. Ele estava sentado à mesa, seus olhos fixos no papel à sua frente, mas sua mente vagava para longe, onde seus pensamentos sempre a encontravam.

Ela era sua musa, a centelha de inspiração que fazia sua alma dançar em um turbilhão de palavras. "Você sabe que é a minha musa, né?" ele disse, quebrando o silêncio com a suavidade de uma brisa de verão. Em seus olhos, havia um brilho inconfundível, uma admiração que não se podia medir em palavras, mas que ele sempre tentava capturar.

Ela sorriu, um sorriso que continha o universo em toda a sua complexidade e simplicidade. "Em muitos deles, me vejo e nos vejo," ela respondeu, sua voz um suave eco de compreensão. "E vejo uma mistura também, de todas ou de muitas."

Ele não podia deixar de admirar sua percepção. Ela sempre parecia saber, sempre parecia entender. "Você tem o dom das palavras," ela continuou, o que ele recebeu como uma gentil bênção.

Mas ela sabia, sabia que não eram apenas as palavras dele que faziam a magia acontecer. "Contudo, os melhores e mais profundos e mais perfeitos vêm de mim, do que sentimos. Ao menos para isso serviu, te aperfeiçoou em seu dom." Sua declaração era uma dança sutil entre reconhecimento e partilha, um lembrete de que suas almas estavam entrelaçadas em cada frase que ele escrevia.

Ele suspirou, o peso de suas dúvidas transparecendo em seus olhos. "Será que o nosso destino é ficarmos juntos?" As palavras saíram de sua boca como um pedido tímido de resposta, uma esperança guardada cuidadosamente.

"Não sei," ela respondeu, um suspiro suave que se misturou ao ar. "Você já disse que não." Havia um toque de tristeza em sua voz, como uma melodia inacabada que ressoava no coração dele.

Ele hesitou, preso entre a razão e a emoção. "Mas, o que você sente?" Ele precisava saber, precisava entender aquele enigma que ela era.

"Medo," ela respondeu, suas palavras pairando como uma neblina entre eles. "Não sei se te vejo com alguém... Você casou com a solidão."

Aquela declaração era uma verdade que ele não podia negar. A solidão era sua companheira constante, uma presença silenciosa em cada canto de sua vida. "Solitude," ele corrigiu, uma tentativa de suavizar a dor que ela via. Para ele, a solidão era uma escolha, um refúgio onde ele podia se perder em seus pensamentos sem as distrações do mundo exterior.

Mas, por mais que ele tentasse se convencer, a verdade era clara. Ela era o que faltava, o elemento que tornava sua vida completa. E enquanto eles navegavam nesse mar de palavras, suas almas continuavam a dançar, sempre unidas, mesmo quando a dúvida e o medo ameaçavam separá-los.

E ali, sob a luz da lua, com o murmúrio das estrelas como testemunha, eles permaneceram, dois corações entrelaçados em um diálogo eterno de amor e incerteza, buscando respostas nas profundezas de suas almas, enquanto o tempo passava suavemente ao seu redor.

Inserida por italo0140

⁠Tu podes me dar a lua, mas jamais será aquela pequena estrela.
Tu podes me dar os maiores campos, mas jamais será aquela pequena flor.
Tu podes me dar as melhores comidas, mas no final eu ainda quero aquele cachorro-quente da esquina.
Tu podes me dar os mais belos olhares e eu ainda assim quero aqueles olhos fundos.
Tu podes me dar teus maiores carinhos, mas ainda prefiro aquele toque macio e único.
Tu podes tentar ser o meu príncipe, porém ainda prefiro o meu camponês.
Tu podes me dar toda a tua companhia e fidelidade, só que no final de tudo quero a sensação da presença dele.
Você não pode ser ele, você jamais me terá como ele e eu jamais amarei você como amei ele.

Inserida por EloSr

⁠Nem por sombras -

Nem por sombras se ouvem lobos a uivar
em madrugadas noites de Lua- Cheia
mas há silêncio pelas casas a pairar
quando as aranhas tecem suas teias.

Nem por sombras os mortos querem regressar
a vida é por certo mais profunda
lá longe deste mundo, em bom lugar,
onde a morte nos abraça e nos afunda.

Nem por sombras parecemos acordar
quando nos entregamos à dor da solidão
ninguém à volta nos consegue aliviar
e tudo o que nos dizem parece ser em vão.

Nada é verdade quando chega a depressão!
E a morte branca como as pombas
não vem tirar-nos da prisão
nem por sombras ... nem por sombras!

Inserida por Eliot

⁠Nos braços do silêncio, onde a lua chora,
E o vento sussurra, histórias de outrora,
Sinto a saudade, que a noite devora,
Do doce amor, que a distância implora.

Teu sorriso, memória que o tempo consome,
Brilha em meu peito, um vazio sem nome,
E cada estrela, no céu sem renome,
Reflete o desejo, que a ausência promove.
Isabelle, é seu nome.

Em sonhos te vejo, num abraço de luz,
E na escuridão, o coração se conduz,
Para os momentos, onde o amor reluz,
No toque suave, que a distância traduz.

A tristeza é o eco, de um beijo esquecido,
Nos lábios do tempo, que segue rendido,
À espera do dia, em que seremos unidos,
Num eterno abraço, de amores vividos.

E assim sigo, na esperança velada,
De que um dia, em tua alma ancorada,
A tristeza se faça, de alegria dourada,
E a saudade se torne, presença encantada.

Inserida por EduGabrielRC

⁠Mais uma de Sol e Lua
Vinde Sol, ardente e altivo, derramai vosso ouro sobre a vastidão do mundo; despertai cores, aquecei almas, comandai o dia, soberano e profundo.

Vinde Lua, serena e silente, prata líquida no véu da noite; refleti sonhos, embalai destinos, guardai segredos em seu leve e indelével açoite.

Ó, Sol, gritai vida em vossos raios fulgentes, inflamai horizontes, dissolvei sombras; sois chama ardente, pulsação do tempo, forjai, pois, caminhos onde a luz deslumbra.

Ó, Lua sussurra mistérios ocultos, véu discreto sobre o mundo adormecido; pairai etérea, musa dos poetas, guiai as marés no silêncio contido.

Sois, ambos, opostos que dançam num mesmo infinito, Um acorda, o outro acalenta, Sol e Lua, eternos amantes, na valsa cósmica que o universo sustenta.

Inserida por herbertsaavedra

⁠No céu profundo, a lua brilha,
Com seu manto de prata a reluzir,
Enquanto o sol, em sua maravilha,
Acorda o mundo, pronto a aquecer.

Você é a lua, tão serena e bela,
Que ilumina as noites com seu suave olhar.
Eu sou o sol, com minha luz amarela,
Que busca seu brilho para sempre amar.

Juntos dançamos em um eterno ballet,
Em ciclos de amor que nunca se vão.
Quando o dia chega, você se despede,
Mas no meu coração, você é canção.

Às vezes distantes em suas jornadas,
Mas sempre ligados por um fio invisível.
Nosso amor é uma história encantada,
Uma sinfonia que nunca é esquecível.

E mesmo quando as sombras se aproximam,
E os desafios parecem nos separar,
Eu sou o sol que sempre ilumina,
E você é a lua que vem me guiar.

Assim seguimos, lado a lado,
Um amor que brilha e não tem fim.
Na dança dos astros, somos sagrados,
Você é minha lua; eu sou seu sol assim.

Inserida por alessandro_ferreira

⁠Em noites calmas, a lua resplandece,
Seu brilho suave, um doce encanto,
Nos braços do céu, sua luz se tece,
Como um sonho que nunca se espanta.

Eu sou o sol, com minha chama ardente,
Aqueço o mundo com meu calor,
Mas é na sua luz que me sinto contente,
Você é meu lar, meu eterno amor.

Quando o dia chega e você se esconde,
Sinto a saudade em cada amanhecer,
E mesmo que a distância nos separe e ronde,
Seu brilho ainda me faz renascer.

São dançarinos em um balé eterno,
Sol e lua em perfeita união,
Enquanto eu ilumino seu caminho terno,
Você traz paz ao meu coração.

No ciclo da vida, somos assim,
Um amor que brilha na escuridão.
Você é minha lua; eu sou seu fim,
Juntos formamos uma linda canção.

E quando a noite cai e tudo é silêncio,
Prometo te amar sem medida ou razão.
Nosso amor é infinito como o universo imenso,
Você é minha luz; eu sou sua paixão.

Inserida por alessandro_ferreira

⁠Nos sussurros da brisa que passa,
Sinto seu nome dançar em meu ser,
Como a luz da lua que nunca se cansa,
A iluminar a sombra do meu viver.

Teus olhos são estrelas em um céu profundo,
Refletem sonhos e promessas de amor,
Em cada olhar, descubro um mundo,
Um universo inteiro que fala de dor.

Teu sorriso é o sol que desponta na manhã,
Aquece meu peito e traz nova vida,
Com você ao meu lado, não há mais afã,
Cada instante é um poema que nunca se finda.

Teus abraços são abrigo nos dias nublados,
Um porto seguro onde posso ancorar,
Em teus braços, os medos são apagados,
E o tempo parece parar para nos contemplar.

Vamos dançar sob a luz das estrelas,
Celebrar a magia do nosso amor verdadeiro,
Cada passo é um verso nas mais belas novelas,
Escritas por nós dois em um sonho certeiro.

Se as tempestades vierem a nos testar,
Prometo ser seu abrigo e sua fortaleza.
Juntos enfrentaremos o que vier a passar,
Nosso amor é a chama que nunca se apresa.

Assim seguimos, entre risos e lágrimas,
Tecendo nossa história com fios de paixão.
Você é minha musa, minha eterna rima,
E eu sou seu poeta em cada canção.

Inserida por alessandro_ferreira

Ninguém sabia


⁠Ninguém conseguia entender porque eu cavei buracos na Lua, ou porque eu corria atrás das estrelas,

Ninguém sabia os motivos que me prendia por dias no meio dos mares pescando as ondas gigantes ou entendiam pelo qual objetivo eu tentava amarrar as montanhas do Everest no laço.

Cegos pelo que são e pelo que seus corações vivem, nada puderam fazer para me ajudar ou para me compreender pois todos viviam em cavernas e tinham medo de sair das sombras feitas por fogueiras que os aprisionavam.

Eu estava correndo, tentando, lutando e insistindo em como mudar o mundo para reformar o meu ego e poder recuperar o teu coração.

Inserida por Ricardossouza

⁠"Sentada na Lua, Bordando as Estrelas"

Sob o manto celestial, sento-me,
tecendo sonhos com fios de prata e ouro,
nas estrelas, refletindo meu coração.

A Lua, meu trono silente,
reflete a dor e o amor,
enquanto minhas mãos dançam,
bordando a infinitude.

Cada ponto é uma lembrança,
cada linha, uma história,
de amores perdidos e encontrados,
e sonhos imortais.

Nas estrelas, vejo rostos queridos,
de quem partiu, deixando
marcas indeléveis em meu coração.

O vento cósmico sussurra segredos,
do universo, enquanto teço
a tapeçaria do destino.

Nessa dança celestial, encontro
paz e beleza no silêncio,
que me envolve e me embala.

Quando termino o bordado,
ele se torna um reflexo
de minha alma.

Inserida por rosangela_montano

"Quando a Lua olhou a Flor com alma perfumada de esperança"

Às vezes, a vida se veste de noite só para ensinar a beleza da luz. E foi assim que aconteceu... A Lua estava lá em cima, serena e inteira, mesmo sabendo que carregava em si apenas reflexos. Ela não se envergonhava disso. Era o reflexo que a fazia brilhar, e brilhar era o que ela sabia fazer de mais bonito.

Lá embaixo, quase esquecida no silêncio do mundo, uma Flor brotava. Era pequena, mas insistente. Tinha raízes firmes e coragem no perfume. Havia passado por ventos e chuvas, mas naquela noite, decidiu apenas existir. Sem pressa, sem medo. Apenas existir.

A Flor olhou para o céu, e por um instante, a Lua também a viu. Não trocaram palavras, mas havia algo no silêncio que se parecia com um abraço. A Lua lançou sua luz suave como quem toca sem ferir, e a Flor se abriu devagar, como quem confia mesmo sem promessas.

Elas não se pertenciam, e ambas sabiam disso. Mas o que importa? Há encontros que não precisam de eternidade, só de verdade. A Lua não podia descer ao jardim. A Flor jamais subiria ao céu. Mas naquela troca silenciosa, uma reconheceu a beleza da outra.

E isso bastava.

Naquele instante, não havia distância, nem saudade. Só um amor calmo, feito de aceitação e de presença. Um amor que não exige. Que não cobra. Que apenas é.

Porque no fundo, amar é isso: encontrar beleza mesmo onde os caminhos não se tocam, e ainda assim, sentir que tudo valeu a pena.

Inserida por rosangela_montano

⁠Título: A Dança das Cicatrizes e da Lua

Na cidade de pedra onde os relógios governavam os passos, Amara tecia planos meticulosos como um ourives. Ela moldava dias em agendas de ferro, acreditando que a perfeição era uma escada para alcançar o céu de suas ambições. Até que um inverno, o fio de suas certezas se rompeu: o projeto que a consumira por anos desmoronou como castelo de areia sob um temporal. A rejeição veio em forma de carta seca, e Amara, ferida, fugiu para a floresta onde os lobos uivavam histórias antigas.

Parte 1: A Árvore que Guardava Segredos
Na primeira noite, sob um céu cortado por galhos retorcidos, Amara encontrou uma árvore cujo tronco era um mapa de cicatrizes. Cada sulco contava uma história, rachaduras de raios, marcas de machados, queimaduras de fogos passados. "Como você ainda está de pé?", sussurrou, tocando a casca áspera. Uma voz ecoou, rouca como vento entre folhas mortas: "As feridas não são fracassos, filha. São raízes visíveis." Era a Senhora do Carvalho, anciã cujos olhos brilhavam como musgo sob luar. "Venha. A floresta tem perguntas para suas respostas."

Parte 2: O Rio que Não se Domestica
A anciã a levou a um rio turbulento. "Faça-o parar", desafiou. Amara ergueu barreiras com pedras, tentando canalizar a correnteza. Quanto mais lutava, mais a água arrancava seus muros, inundando-lhe os pés. "Você quer controlar o que só sabe fluir", riu a Senhora, enquanto mergulhava nas águas escuras. "A frustração é um remédio amargo: mostra onde você insiste em nadar contra a maré." Amara, exausta, deixou-se levar pela corrente. Pela primeira vez, entendeu o sabor do descontrole era salgado, como lágrimas, mas trazia sementes de algo que poderia germinar.

Parte 3: A Alcateia que Dançava na Lua Cheia
Na terceira noite, lobos cercaram Amara. Ela esperava um ataque, mas em vez de dentes, viram convites: um lobo mancando exibia orgulhoso uma pata deformada; uma fêmea velha, sem um olho, liderava a caçada. "Nós caímos, caçamos, falhamos. E ainda assim dançamos", rosnou a líder, enquanto o grupo girava sob a lua. Amara juntou-se à dança, tropeçando, rindo de seus próprios tropeços. A alcateia não a julgou sua vulnerabilidade era um canto ancestral, não uma fraqueza.

Parte 4: O Fogo que Comeu as Máscaras
Na cabana da Senhora do Carvalho, Amara queimou os papéis de seus planos falidos. Cada chama consumia uma expectativa rígida. "A lua", contou a anciã, "já foi inteira, mas um dia se partiu em mil fragmentos. Em vez de se esconder, ela aprendeu a brilhar com suas próprias sombras." Amara olhou para as próprias mãos marcadas por quedas, mas ainda capazes de acender fogueiras. Entendeu: suas cicatrizes não eram fracassos, eram testemunhas de que sobrevivera aos próprios incêndios.

Epílogo: A Volta para a Cidade que Aprendeu a Respirar
Amara retornou à cidade, mas agora carregava a floresta em seu passo. Quando projetos desmoronavam, ela ouvia o rio rir em seu peito. Quando errava, imaginava os lobos uivando: "Dança, irmã!". E nas noites de lua cheia, ela subia ao telhado e mostrava suas cicatrizes ao céu não como troféus, mas como promessas. A cidade, aos poucos, começou a sussurrar histórias sobre uma mulher que ensinava os relógios a bater mais devagar, e as crianças a colecionarem pedras imperfeitas como joias.

Nota da Senhora do Carvalho:
"Nenhum fruto nasce sem que a flor se despedace. Nenhuma loba lidera sem antes ter perdido uma caçada. E nenhum ser quebra sem deixar rachaduras por onde a luz entra para que, um dia, possa também sair."

Inserida por psicologalinevicente

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