Textos de Filosofia
Investir, embora erroneamente muitos acreditem ou assim queiram “pensar”, não é, sob os preceitos do capitalismo selvagem, agir por interesses, isto é, dar, doar, empregar capitais, tempo ou fazer coisas somente almejando-se, no final, sempre levar alguma vantagem sobre algo ou alguém – e de preferência sozinho. O verbo Investir, ao contrário, traz em si o sentido etimológico de um espírito fraterno, agregador, "potencializador" da vida (não somente humana) no planeta; e por isso também benfeitor. (in: Zoroaster: o sábio milionário benfeitor)
Teremos um cerramento no racismo quando nós negros pararem de negar o próximo. Tenho de viver negando o próximo, porque o próprio negro criou-se um sistema de isolamento comunitário, um sistema em que o próximo não consegue abraçar tal causa; um sistema que nos causa divisão. É complicado ver que a evolução humana é lenta e principalmente fazer parte dessa lentidão. Por muito tempo o negro vem alimentando o racismo que é, uma empresa, uma organização de fundos, podemos lutar por algo maior, por nós mesmos, por uma verdadeira causa, por leais direitos, o racismo só tem força porque nossa liberdade nos divide.
Criar é ultrapassar-se e, sendo assim, a criatura deve buscar prevalecer sobre o criador”. O homem deve amar o ato de conhecer e, nesse sentido, ele, esse mesmo homem, ao buscar conhecer deve desprezar o próprio eu que constrói, ou seja, o homem deve, buscando sempre a sua superação, ser capaz de criar um caos dentro de si por meio do exercício ou da prática da arte.
E se ao morrer, você renasça em outro lugar, outro corpo, outra vida, ainda neste plano!? "Se apenas nós transferimos, para outro corpo, no exato ato?!" Talvez isso explicaria, brevemente, o porque de reconhecermos coisas ou pessoas que ainda não havíamos conhecido, antes de conhece-las ou encontra-las.
O fenômeno artístico é impressionante. As suas oscilações entre a razão e a emoção tem teor sublime. A arte , seja de que natureza for , serve ao homem um instrumento de propagação de ideias e conceitos. Ela surgiu com a necessidade do homem em estabelecer um diálogo com as coisas ao seu redor. Somos seres linguajantes, mas a linguagem da arte traduz em pormenores o que realmente somos.
A destruição da fé e das religiões como um todo é assunto corriqueiro entre pseudointelectuais quando se reúnem. Aliás, tem gente que se autointitula ateu apenas para parecer inteligente. Acontece que você seguir uma religião não é um atestado automático de inteligência, e nem mesmo da ausência da inteligência. Deus é um conceito sutil e elegante. E falar de Deus é a mais pura filosofia.
O conceito da palavra “ironia” configura-se em uma maneira de expressão com base em afirmações opostas àquilo que se almeja expressar, zombando, censurando, criticando, atacando ou denunciando algo ou alguém. Trata-se de um modus operandi amplamente utilizado e observável nos diálogos platônicos, segundo os quais a técnica de Sócrates, em diversas passagens, se baseava na simulação de certa ignorância sobre um determinado tema, com a formulação de questionamentos e a posterior aceitação das respostas proferidas pelos interlocutores, fazendo-os entrar em divergência (contradição) entre si próprios, desnudando os raciocínios obsoletos. O problema é quando a escuridão sequer permite ao interlocutor a diferenciação entre as comédias e as tragédias da vida.
Num momento de pausapara reflexão, podemos ser levados à percepção de que o serhumano seja um suicida em potencial pois, se a maioria da populaçãonão se interessa em saber se existem outros locais possíveisde abrigar nossa espécie e destrói totalmente o único localque lhe confere a existência, cria-se uma atitude perigosamente incoerente.
Na terra somos apenas escravos, não importa o que sintamos. Tudo por uma questão de ordem da parte de Deus. A liberdade é um bem que necessita de um nível de responsabilidade ainda não alcançada pelo homem. Por isso que, quanto mais o homem indaga à si mesmo que é livre mais escravo da ignorância se torna. Os homens não estão prontos pra serem livres, mas estão sendo preparados pra isso.
O que fiz do que não fui? Continuo rodeada pela depuração das fontes, suas chuvas ensolaradas. Dando por mim que a divindade mesmo não sendo santa, continua a ser divina. Coberta de lua nascente, ouso onde nada há para retirar além do excesso de perfeição. Como dizer que era eu aquele grão de pó renascido no dorso das águas? No regresso dos ruídos, a rota úmida da cerâmica bebericando a forma, o dom de atemorizar o medo numa feitura apoiada no vento, dourada nas searas, no fluxo da terra remoçada pela explosão sem fim dos rios. Assinando-me de mim mesma.
Para não poluirmos nossa mente, devemos cuidar não somente do que fazemos, sentimos e pensamos, mas também do que observamos, pois quando vemos alguém fazendo algo, acionamos em nosso cérebro, devido ao que chamamos de NEURÔNIOS-ESPELHO, as mesmas áreas afins, sendo como se estivéssemos promovendo tal ação.
“Voltar” é um ato, exprime ação de retornar a forma passada, assim voltar atrás seria uma redundância. Contudo, voltar atrás em sentido filosófico poderia apresentar-se como regresso a suas raizes ou reencontrar-se. Neste ínterim, “seguir em frente” significaria uma continuidade no retrocesso a sua própria evolução. Para tanto é necessário a observação analítica do “ser” no espaço e tempo, e, assim, saber qual destas é a melhor opção.
A criatividade parte da curiosidade e a enobrece, pois dela acumula energia e dívida positiva. A energia, já conhecida, é fruto da motivação inerente ao sujeito e ligada ao esclarecimento. A criatividade é a realização natural das coisas do conhecimento e, em vez de desconsiderá-la na educação, bastaria que sua realização obedecesse ao curso e ao hábito natural de afirmação essencial do próprio ser humano. A dívida positiva se liga à responsabilidade de se manter viva essa luz com a qual a inteligência persegue a iluminação do mundo.
A realidade é uma condição da e à existência, o fenômeno uma expressão, a descrição uma intenção e um caminho de descobertas, e estes se revelam mais ou menos de acordo com os focos e os propósitos dos sujeitos de conhecimento, porque se situam em face de suas circunstâncias de questionamento e de vida.
Tudo que podemos observar é resultado de uma longa transformação da natureza humana e das raízes que construiram a identidade da humanidade. Tudo que é trazido ao mundo já existe, desde o início dos tempos a psique humana vem se desenvolvendo e criando vestígios de comportamentos originários dos seres primordiais.
A alma é infinita! a vida é finita! vida e alma duas coisas que convivem juntos porém cada uma em seu tempo e espaço, penso que a obra divina nestes termos foi perspicaz, em conciliar ambas as coisas e determinar tempos. Tempos para que possamos viver e se regenerar, aproveitar o que á de bom na vida, fazer o bem como também a busca do sumo bem que é a Filosofia!
Queremos entender os porquês da vida e dar-lhes sentido, de ações a reações, do mesmo modo para os fenômenos da natureza, com explicações subjetivas, racionais, irracionais; talvez até respeitando o seu nível intelectual e cognitivo. Racionaliza-se as apófases da vida pela cultura inerente, de maneira religiosa, científica, hermenêutica, semântica, dentre outras dicotomias e relativismos. Pergunta feita pela filosofia, que também ouso questionar, quem é o homem?
Uma república ilegítima oriunda de um golpe em um império sólido e próspero, cujo seu golpista, a saber Deodoro da Fonseca, jamais teve e jamais terá apoio popular. Realizaram o ato anti-democrático na madrugada, para o povo não se rebelar. Até hoje carregamos o fardo da Republiqueta de Deodoro, e seu positivismo enraizado nos pilares políticos, que favoreceram a velha política. Vivemos em uma república de bananas onde nenhum brasileiro estufa o peito para dizer que se orgulha ou dizer que a mesma deu certo. Nos tínhamos uma identidade, uma história que fora nos sequestrada. Mas o gigante irá acordar. Somos monárquicos desde nossos povos nativos, que se organizavam sempre na figura de um líder soberano. Seja cacique ou imperador, o Brasil é monarquista. Ave Império.
Esses nódulos espalhados pelo corpo, das palmas das mãos à planta dos pés, esses que com o mínimo pronunciamento reavivam-se, recidivos, são todos os nãos que deixaram e deixam de serem ditos. São esses nódulos que, irremediável e invisivelmente, nos curam. Só quando atravessamos o negrume estamos prontos para abraçar a claridade. O tempo humano não é o mesmo de Deus.
A beleza, como algo passageiro e que se perde com a velhice, não é algo que é nosso, estamos belos corporalmente falando, mas com o tempo perdemos essa "qualidade", mas a moral, os valores (a nossa essência) não se perde, e se aprimora com o suceder do tempo, logo nos pertence, pois podemos aprimorar independentemente do acaso, é algo que está sob nosso poder de ação - isso nos pertence de fato.
