Textos sobre Dor
Sai solidão
Sobretudo, me sinto só,
Era o que precisava.
Mas ninguém me contou que a dor da solidão também dói.
A noite chega e com ela vem a saudade
Ainda sinto saudade.
Solidão por favor,
Me deixa em paz!
Quero seguir a minha vida e não te ver mais.
Não quero saber seu significado
Nem interpretar sua presença,
Quero ficar bem
Sem NINGUÉM.
Cercada de amor, sozinha na dor
Eles estiveram lá
com mãos estendidas
com palavras brandas
com olhos molhados de sentir por mim
Houve quem segurou o meu silêncio
como quem segura um vaso quebrado
sem tentar consertar
apenas cuidando dos cacos
com amor
Não me faltou um ninho de acolhimento
tentando me lembrar
que a vida ainda pulsa
mesmo quando não se ouve o som
e eu sei —
sei que fui amada
sei que fui cuidada
sei que tudo o que podia ser feito por mim, foi
Mas a dor…
essa dor morava num cômodo
que ninguém podia entrar
Era um espaço escuro
que mesmo cercado de luz
continuava fechado por dentro
O amor deles não falhou
mas não curou
Porque há dores
que não querem cura —
só querem existir
até ficarem pequenas o bastante
pra caberem num poema
Se eu pudesse chamar a minha dor pelo nome
se eu pudesse chamar a minha dor pelo nome
ela não se chamaria tristeza
nem luto
nem perda
teria um nome mais íntimo
mais sujo
mais rasgado
talvez se chamasse
fome —
de algo que nunca veio
ou ausência —
de uma parte de mim
que não nasceu comigo
mas me foi tirada
ou talvez
ela se chamasse ninguém
porque é assim que ela me faz sentir
invisível até pra mim mesma
ela tem rosto?
tem dias em que sim
tem olhos escuros como os meus
e fala com a minha voz
quando estou sozinha no quarto
ela não grita
ela sussurra
com a calma de quem sabe
que não vai embora
se eu pudesse dar-lhe um nome
talvez eu pudesse pedir que partisse
ou ao menos sentasse comigo
sem me despedaçar mais
mas por enquanto
ela continua sem nome
vivendo em mim
como parte do meu próprio sangue
e talvez o primeiro passo
não seja expulsá-la
mas reconhecê-la
e dizer:
eu sei que você está aqui.
e por mais que me doa,
eu estou aqui também.
Composição
Não importa a dor,
Quando passa,
Não sentimos mais nada,
A não ser tudo.
Quando olhamos para trás,
Vivemos há anos atrás.
Não somos os mesmos.
Não chores mais, irmão,
Que a solidão deixou passar.
Agora, não sigas a estrada.
Veja o clarão no céu azul,
Veja o sorriso de uma criança,
E veja o anoitecer na terra
Que eu mesmo criei.
E veja o anoitecer na terra
Que eu mesmo criei.
Dor do amor
Uma poesia singela e tímida,
Grita dentro de mim para espalhar ao mundo.
Aquele que ama demais os outros,
No fundo só quer sentir esse breve sentimento.
É uma busca incessante,
Não é mentira quando dizem que o amor nos cega.
Em tempo, hoje vejo o quanto queria ser amada,
Eu amava demais, era gentil excessivamente.
Porque nunca ninguém me disse?
Hoje, me farto do meu amor,
Mas deixo uma pontinha para o mundo,
Para não esquecer do poder de transformação que ele tem.
Desejo que ao pensar no amor, eu nunca mais esqueça de mim.
18/02/2025
“A fartura na Sexta-feira Santa”
Dizem que na Sexta-feira Santa é dia de silêncio, de dor,
de lembrar o sangue, a cruz, o peso do mundo inteiro.
Mas lá no fundo da casa, onde o cheiro do dendê dança no ar,
tem panela no fogo, peixe no ponto, e a mesa… cheia.
A fartura não é desrespeito.
É memória de um povo que aprendeu a fazer do pouco, muito.
É boca cheia de reza, mão cheia de afeto,
é o corpo que resiste, que partilha, que celebra.
Fartura é também fé — mas uma fé com gosto de terra e sal,
uma fé que não nega a dor, mas escolhe a vida.
Porque pra muita gente, a cruz foi mais que símbolo:
foi história viva, foi tronco, foi castigo.
E mesmo assim…
os nossos escolheram a mesa, não a mágoa.
O peixe, não o pranto.
O banquete, não a prisão.
A fartura na Sexta-feira Santa revela um segredo antigo:
que mesmo na dor, a vida insiste.
E a gente, quando come junto, resiste.
Feliz Páscoa!
A Cruz Sempre Vence
Ela se ergue em silêncio,
entre o céu e a dor dos homens,
não como derrota,
mas como um trono onde o Amor reina.
Não há treva que a ofusque,
nem tempo que a desgaste.
Na Cruz, o fim se torna começo,
e o sangue, semente de eternidade.
Quando o mundo zomba,
ela permanece de pé.
Quando os fortes caem,
ela levanta os humildes.
Pois a Cruz não é apenas madeira,
é ponte entre o pó e o infinito.
E quem a carrega com fé,
caminha para a vitória que não se vê,
mas que já está escrita no alto.
Sim... a Cruz sempre vence.
Porque ela carrega em si
o nome do Vencedor.
Reflexão para o Sábado de Aleluia
O Sábado de Aleluia é um tempo de pausa sagrada. Após a dor e o silêncio da Sexta-feira da Paixão, somos convidados a permanecer em quietude, refletindo sobre o mistério da vida, da morte e da promessa de ressurreição.
Neste dia, Jesus está no sepulcro. Tudo parece ter terminado. Mas é justamente nesse silêncio que Deus trabalha de forma mais profunda. É no aparente vazio que germina a esperança. Assim como a semente precisa ser enterrada para florescer, a vida nova precisa de um tempo de espera para se revelar.
Que neste Sábado Santo possamos confiar, mesmo sem ver. Que nossa fé seja como a da Maria, que mesmo na dor, guardava no coração a promessa. Que nosso coração esteja em silêncio, mas cheio de expectativa. Porque sabemos: o domingo vem. E com ele, a luz que vence todas as trevas.
Chega uma hora em que a dor não grita mais — ela silencia.
Porque o coração cansou de correr atrás de quem não olha pra trás.
Eu lutei por algo verdadeiro.
Esperei. Aguentei calado. Fiz tudo o que podia.
E talvez até o que não devia.
Fui homem o bastante pra assumir minhas falhas…
mas nunca fui suficiente pra que ela quisesse ficar.
E tá tudo bem.
O que eu não aceito mais é me anular tentando reconquistar
alguém que não moveu um dedo pra me reencontrar.
Ela terminou.
Ela se afastou.
Ela escolheu seguir sem mim.
E eu?
Escolho agora me respeitar.
Escolho minha paz.
Escolho sair desse ciclo de espera que só desgasta e não leva a nada.
Não é orgulho.
É dignidade.
Se um dia ela quiser voltar…
vai ter que conhecer um novo eu —
alguém que não aceita mais migalhas,
que não se arrasta por presença,
e que sabe exatamente o valor que tem.
Fim de capítulo.
Não porque eu deixei de sentir…
Mas porque eu aprendi a me priorizar.
Barriga da Terra
A semente morreu no escuro
sem dor, sem missa, sem lamento.
Cresceu na barriga da terra,
mãe de todas as coisas.
Já foi galho, flor, fruto maduro,
mas o vento a desfez em promessas.
Caiu no chão com saudade de raiz
e reencarnou em semente.
Veio à tona vestida de caule,
com folhas como dedos verdes.
Tinha um verbo brotando nos olhos
e pássaros que riam no peito.
Nunca mais teve pressa.
Era árvore e sabia
que quem cresce no ventre do chão
leva eternidade nos galhos.
Jurei proteger, mesmo sendo odiado. A justiça que carrego me cobra com dor. A farda é minha honra e minha segunda pele. Defendo quem torce pela minha queda. Sofro, sangro, mas não recuo. Sou o escudo entre o caos e a paz. Minha força vem de Deus, que me protege e me dá forças para vencer o inimigo a cada dia.
H.A.A
Na escola da alma, a dor não é punição — é convite ao despertar. O que chamamos de crise, desordem ou colapso pode ser, na verdade, o parto de uma nova versão de nós mesmos.
Do livro: O Mundo Dentro: A Lei da Mente que manifesta Todas as Coisas
(Um despertar definitivo para a alma consciente) - Nina Lee Magalhães
Não vejo um Cristo ferido, de cabeça baixa
Vejo o Leão que rugiu mais alto que a dor
A coroa de espinhos ficou no passado
Hoje Ele brilha em glória, em poder
A cruz foi o palco da minha salvação
Mas o túmulo vazio grita:
Ele está em ação!
*Trecho de Cristo vive*
Compositor Evans Araújo
A Dor da Mudança e o Prazer da Ilusão
Ah, a mudança! Esse conceito tão bonito nos discursos políticos, onde a gente escolhe os personagens, mas no qual depois muitos descobrem a dor que causada por uma narrativa bem elaborada. A cada eleição, a esperança renasce, os discursos emocionam, as promessas enchem os corações, e lá vai o povo de novo, acreditando que dessa vez tudo vai ser diferente.
O problema é que todo mundo quer um país melhor, mas desde que não precise fazer esforço pra isso. Sair da zona de conforto? Nem pensar! Admitir que votou errado? Jamais! O ser humano prefere acreditar em coelhinho da pascoa e em Papai Noel do que admitir que foi enganado. Afinal, a verdade não é um prato que se serve quente e apetitoso, ela vem fria, indigesta: uma conta de luz mais cara, impostos mais altos e uma crise que, ao contrário do candidato eleito, nunca some.
O brasileiro, aliás, já deveria ter doutorado em frustração política. A receita é sempre a mesma: elegem um salvador da pátria e, poucos meses depois, estão se perguntando "ué, mas cadê a pátria salva?". Ele não iria mudar tudo? Mas mudou sim! curiosamente, para pior. Em vez de melhorar a vida do povo, melhora as emendas e os privilégios dos parlamentares. Em vez de reduzir impostos, reduz nossa sanidade. E no lugar de controlar a inflação, nos obriga a testar a arte da multiplicação, nos obriga a descobrir novas formas de fazer um pacote de arroz e meio kg de café render um mês inteiro, não querendo citar mais já citando que prometeu picanha, esta que numa chegou, e agora ate o ovo está sumindo da mesa do brasileiro.
E é aqui que entra o verdadeiro dilema, seguir acreditando ou finalmente encarar a realidade? O cérebro, coitado, já foi comprovado cientificamente que não gosta de mudanças. Ele se apega a crenças como se fossem travesseiros velhos, não importa que estejam rasgados, mofados e cheirando mal, pelo menos são familiares! Admitir que erramos na escolha? Nem pensar! Melhor acreditar que está tudo bem, que a culpa é sempre de um "outro" e que "agora vai", mesmo que nunca vá.
Enquanto isso, a realidade dá tapas diários na nossa cara, boleto vencendo mais rápido que esperança em época de promessa eleitoral. Mas calma! Sempre há um culpado conveniente para desviar o foco. É a oposição! É a mídia! É o ET de varginha! Qualquer um, menos quem realmente está no poder, porque admitir isso dói mais do que ver o preço do tomate e da cebola nas ferinhas de domingo.
Enquanto isso, aqueles que prometeram cuidar, transformar a realidade dos mais carentes, seguem fazendo o que fazem de melhor, garantindo o próprio conforto enquanto o povo descobre que o carrinho do mercado encolheu. Impostos sobem e o único milagre econômico acontecendo é o talento do brasileiro de transformar 100 reais em uma compra que cabe numa sacola de mão. Mas reclamar? Nem pensar! Tem sempre aquele grupo que insiste que "poderia ser pior". E realmente poderia, basta dar mais tempo!
Então, meu caro cidadão, qual vai ser? Seguir preso nesse looping eterno de narrativas e verdades relativas ou finalmente desafiar sua própria visão de sociedade? Porque mudar dói, admitir que errou dói mais ainda, mas fingir que está tudo bem e continuar sofrendo pelas próprias escolhas... isso sim é masoquismo. E dos bravos!
O HOJE
Aprendi que a ignorância...
Não é dor...
Mas sim , um estado pior...
Vives as certezas do errado...
Dum mundo escuro e apagado...
Do incerto que te orgulhas...
Do engano disfarçado...
A sombra te segue e seguirá...
Mesmo como sol apagado...
Carregas as dúvidas que alimentaste...
A fome que ordenaste...
Faltou o espelho,que nunca olhaste...
A humildade que recusaste...
Preferindo a Hipocrisia...
Mas Alguém, que não tu...
Te levará..num minuto ,hora ou dia.
Nenhuma doença mata mais do que a ausência de amor
Sem amor, a dor
E o ódio nos devora
A depressão mata silenciosamente
Sem amor, não há propósito e a vida decai
Sem amor, não há humanidade
E a existência não existe.
Inspirado nas palavras do
Papa Francisco
Por Marcio H. Melo
Tem dor que rasga a alma,
Faz a lágrima descer quente.
Tem dor que desnortea,
Te faz se sentir indigente.
Tem como tirar alegria da dor?
Pergunta pra o palhaço sonhador, Que no palco faz um espetáculo promissor Mesmo que seu coração esteja esmagado em dor.
Ele cumpre seu propósito ainda que com dor.
"Soneto breve à força"
Não te rendas à dor, amor meu,
nem ao peso sombrio das horas vazias.
Dentro de ti, arde um coração de fogo,
e nenhum inverno será capaz de extingui-lo.
Mesmo que a noite se feche sobre teus olhos,
e as pedras sangrem os teus pés cansados,
sê rio, sê raiz, sê espada, sê flor:
não te rendas, amor, não te rendas.
Valorize Sua Saúde
Valorize sua saúde.
Toda dor começa com a falta de amor —
amor pelo seu corpo,
pela sua alimentação,
pela sua mente.
Ficou atrás de uma cortina de medo,
ficou na defensiva,
quando apenas deveria ter procurado ajuda.
Tomou medicamentos por conta própria,
ignorou orientações,
desviou para o caminho mais fácil,
e não conseguiu evitar a queda.
Agora sente dores,
e não há dinheiro que possa fazer voltar o que se perdeu.
Dinheiro é bom,
mas não compra a saúde.
Quando ela se vai,
será difícil reconquistá-la.
Nunca se esqueça do amanhã:
cuide hoje,
para ter uma boa saúde amanhã.
Se eu pudesse falar com a dor,
não começaria gritando.
Falaria baixinho,
como quem já entendeu
que ela só escuta quando a gente para de resistir.
Perguntaria por que chegou sem aviso,
por que se espalha por dentro
mesmo quando tento manter tudo no lugar.
Diria que já entendi suas lições,
que já senti fundo o que precisava sentir,
mas que agora…
já é hora de partir.
Se eu pudesse falar com a dor,
confessaria que ela me moldou,
me virou do avesso,
me rasgou pra que eu pudesse nascer de novo.
Mas também diria que estou cansada.
Cansada de conviver com a ausência,
com o silêncio que grita,
com as perguntas sem resposta.
E se ela me perguntasse se a quero longe,
eu responderia:
quero que vá.
Mas que leve com ela
apenas o que já não serve,
e deixe o que me fez mais forte.
Porque se eu pudesse falar com a dor,
diria com firmeza:
você me ensinou.
Mas eu sou muito mais
do que aquilo que me feriu.
