Textos sobre Dor
Assim -
Tenho sede de amor
tenho fome de ti
em meu corpo de dor
os teus olhos vesti.
E vesti amargura
plantei-a em mim
esperar-te é loucura
nesta fome sem fim.
E vesti o vazio
como a noite que chega
vou morrendo de frio
esteja eu onde esteja.
No meu corpo de dor
na verdade senti
tanta sede de amor
tanta fome de ti.
Pedido -
Dá-me um pouco de amor
que o silencio já não basta
leva tudo, leva a dor
por onde a vida me arrasta.
Dá-me um pouco de Lua
que a noite não é minha
a culpa não é tua
perdi a Alma que tinha.
Dá-me um pouco de vida
porque a morte vai chegar
levará, de mim, perdida,
a luz do meu olhar.
Dá-me um pouco de paz
ó Senhor da Cruz de pau
pois de mim o que será
se o meu caminho for mau!
Dá-me um pouco de esperança
p'ra vencer a solidão
que me tira a confiança
e me afunda o coração.
Ó Senhor dos meus cansaços
ó Senhor do meu Destino
toma sempre nos teus braços
cada passo do caminho.
Portas do Mundo -
Porque se fecham para mim
todas as portas do Mundo?!
Por que trago estas dores sem fim
e, na voz, um grito profundo ...
E porque me dão amarguras
todos os olhos que encontro?!
Por que as palavras impuras,
habitam tristes, meu canto ...
Porque serei um condenado
desde a hora em que nasci,
triste e perdido, na dor do Passado?!
Por que visto um silencio maior ...
Por que não importa o que perdi ...
Só importa encontrar o Amor ...
Tempo sem tempo -
A saudade é inocente
face a toda a desgraça
e a dor é permanente
quando a vida a abraça ...
Se tudo me foi vedado
porque fica, não mingúa
a lembrança, o passado
que traz passos de Lua?!
E o que sou porque sou
nem eu sei d'onde vem
onde vou porque vou
nem o sei eu também!
E se vos canto esta dor
é p'ra que fiquem sabendo
que na verdade o amor
traz um Tempo sem Tempo ...
A dor persiste, como um abismo de saudade.
Parece até maldade o teu silêncio.
A falta dos teus braços
me sufoca, a falta do teu corpo
me revolta.
O mundo é triste, o tempo insiste em me dizer
que é tudo em vão.
Que o amor ideal
não existe, o que resiste,
e não desiste é a solidão.
A oração nos aproxima de nossos anjos guardiões em momentos de angústia e dor.
Quando achar que é o fim, lembra-se deles, esses irmãos tão queridos aos nossos corações, que estão ao nosso lado nos amparando nos momentos em que nos achamos solitários.
Silencia e acalma o coração, acreditando que dias melhores virão.
Falso Eu -
Tantas vezes, sobre os dias, distraído,
sem pensar em mim, na minha dor,
fui vivendo falsamente, ao sabor
de uma alegria, convencido ...
Vivendo uma vida que não era minha
esquecido de que a minha era mais do que passar
mais do que ir ou apenas ficar
num querer que tive e já não tinha ...
E menti! Não aos outros mas a mim ...
E muito me dói a morte dos instantes
em que, perto, me pus tão longe de mim!
Como pode alguém diferente querer agradar
a outros, tão iguais, mas errantes,
que dizem que o não são só pra passar?! ...
Hipocrisia é: não viver o que diz viver!
Hipocrisia é: julgar a dor dos outros, quando nem ao menos se coloca no lugar do mesmo!
Hipocrisia é: falar de crescimento, sendo que nem ao menos deixou a sua infantilidade, egoísmo e ignorância de lado!
Hipocrisia é: julgar os erros alheios, sendo que quem está julgando comete coisas terríveis e piores!
O coração do homem é ensinável, porém se esse não quer aprender, então também não se atreva a falar de maturidade e crescimento!
(DVS)
Carta aberta ⚠
Cara dor que sinto em meu peito, já não pensa que está a tempo demais comigo?
Naquele dia em que a vi a primeira vez tão amarga e solitária se fez presente em meio a fraqueza me fazendo acreditar que havia transformando-me em um mostro ferido.
Sensatamente, lidar com você não tem sido fácil! Nossa amizade nunca deu muito certo mesmo. Toda às vezes em que esteve perto me fez sucumbir em lágrimas, fazendo acreditar que não havia saída. Tem me feito negar quem sou, mostrando meu lado mais triste. Sinceramente, não sei o que tanto esperava! Talvez que fosse passageira como os outros [...]
Porém, tem me surpreendido e muito, se revelou fiel até naqueles que parecem ser os melhores .
Tenho que me despedir, peço singelamente no qual se possível atirar-se para longe de mim!
As sensações e os sentimentos relacionados à DOR não se resumem tão somente a uma experiência que sentimos na pele, que afeta também o emocional a ponto de nos desorientar.
Essa experiência sempre nos indica que alguma coisa não vai bem e precisa de cuidado.
O Cuidado com a Saúde Mental deve ser uma ação tão importante e presente na vida dos sujeitos quanto o cuidado com o corpo.
Ou seja, da mesma forma que alguém se preocupa em estar bem fisicamente, é essencial que também se preocupe em estar bem emocionalmente.
Fosse o que fosse -
Fosse o que fosse não era tédio
Nas asas loucas do vento
Uma dor sem ter remédio
Um desejo ou um lamento.
Fosse o que fosse não eras tudo
Temos agora a mão fechada
Na verdade não me iludo
Eras tudo sem ser nada.
Fosse o que fosse o coração
Era mais que a dor sentida
E do tédio à solidão
Damos mais sentido à vida.
E afinal este desgosto
Nem uma lágrima me trouxe
Estava em pé mas estava morto
Fosse lá isso o que fosse.
No silêncio da noite,
O grito de dor se ergue,
A vítima agoniza,
Enquanto a justiça dorme.
Os espectadores assistem o horror,
Permanecem em silêncio, sem se importar.
Eles se escondem atrás da indiferença,
E deixam a vítima sangrar.
A justiça é cega,
A justiça é surda,
A justiça é falha,
A negligência é uma ferida aberta,
Que sangra e dói sem cessar,
E a injustiça é uma sombra escura,
Que paira sobre o mundo sem parar.
Coração, Chora.
Dor no Fundo
Dor por Dentro
Está na Hora
Oh! Coração, Chora.
- Tantos não, não entendo
Partiram-te, estou Morrendo
Quem ama é você, Quem sofre sou eu
por favor, não me ignore, Ouça meu eu
que chora...
Com os Choros de um apaixonado Rejeitado
No princípio muita inspiração
Hoje te sentes cansado, acabado
Por sua ilusão
Queria Ser gamboa, mas tu não quis
Tu amas só à toa, oh!
Sai só de mim
Nas vozes que se entrelaçam, ecoa a dor,
Do cálice que transborda, grito de clamor.
Entre versos e acordes, segredos a revelar,
A canção da resistência, no ar a flutuar.
Na ditadura que oprimia com mão de ferro e frieza,
A música se tornou a voz da natureza.
E nas entrelinhas, a luta a florescer,
A poesia em harmonia, a liberdade a renascer.
Cálice de palavras fortes, protesto em canção,
Contra o regime implacável, brotou a revolução.
Com letras que enfrentaram o silêncio e a censura,
O Brasil encontrou na música a sua candidatura.
Hoje, lembramos com respeito e emoção,
A poesia que desafiou a opressão.
Nas notas e nos versos, persiste a inspiração,
Do cálice que transborda, em nossa memória, a canção.
Como resignificar a dor de um trauma se não visualizo as lembranças dos eventos vividos?
Qual o peso da nossa história sobre as rugas da minha pele?
Quanto paga quem não vive de fantasia?
Encarar a própria dor é um abismo profundo, sem fundo, avesso à consciência do que é juízo.
Fechei os olhos
E tentei me preparar para o adeus
Mas não estava pronta
Não para essa dor sem fim.
Minha bisavó
Meu maior amor, e tão preciosa
Cuidava das suas plantas, e eu sorria só em te ver sorrir.
Comprava bombons de café só para ti, para que o sabor maravilhoso você desfrutasse.
Suas canções preenchiam as tardes com alegria,
Sua risada era minha única calmaria.
Agora, enterrada
para sempre, minha doce bisavó,
Guardarei nossas memórias no coração, sempre q te amar.
Na quietude da dor, encontro meu abrigo,
Deixo-a fluir, sem medo, sem perigo.
Não clamo por socorro, nem por compaixão,
No silêncio do quarto, choro minha aflição.
Deus cuida, Deus consola, em Seus braços me embalo,
Após lágrimas amargas, encontro o descanso calmo.
No sono profundo, sinto Seu amor me envolver,
Ele é meu refúgio eterno, o porto onde posso renascer.
Na dor silenciada, encontro forças para seguir,
Aprendo a ser resiliente, a não desistir.
Deixo que as lágrimas lavem minha alma ferida,
E confio que Deus me sustenta em cada despedida.
Nas noites escuras, Ele é minha luz guia,
Me acalma na tempestade, me conduz com maestria.
Em Seus braços seguros, encontro paz e consolo,
E assim adormeço sabendo que sou amada pelo Todo.
POESIA DESFOLHADA
Ela com toda a sofrência. A dor pesada
Verso miserável, o sentimento a vincar
Contrita, suspirosa, lacrimosa, fadada
A cada árduo momento o seu poetizar
Toda sofrência... E, de alma surrada
A sensação de desamparo a fervilhar
Aflita, inquieta, trêmula, atrapalhada
O canto desentoado, põe-se a chorar
Como não sentir a este triste ensejo!
Onde outrora era prosa e doce beijo
Olhares, gestos e, a poética sincera
Tristura! Trova lastimosa, rejeitada
Hoje, nesta dura poesia desfolhada
Tal folha outonal, o amor degenera.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/10/2023, 16’10” – Araguari, MG
Quer entender minha dor
Não queira sofrer
Seja o que for
Não há o que entender
Para se amar, se aprende a sofrer
Sofrer por tentar diminuindo
As chances de amar
Hoje meu Jardim não floresce
Nem planta cresce
Pois sou um solo que sofreu
Duramente que depois que amadureceu.
Como uma Rocha dificilmente lapidada.
Com alguns riscos
Essa e minha estrada.
Palavras afiadas como lâminas, que cortam fundo,
Ferem o coração, causam dor, não há mundo
Onde não sintamos esse impacto agudo,
Palavras que machucam, deixam-nos desnudos.
No palco da vida, somos todos atores,
Mas com palavras cruéis, viramos algores,
A dor que infligimos com frases tão duras,
É uma ferida que a alma, em silêncio, cura.
Mas lembremos, também, que as palavras curam,
Podem ser bálsamo, esperança que flui rumo.
Com empatia e carinho, podemos construir,
Uma rede de amor, onde todos podem sorrir.
Então, escolhamos bem as palavras que lançamos,
Pois cada uma delas em nossos corações ficamos,
Sejamos gentis, com respeito e compaixão,
Para que a linguagem seja a cura, não a razão da aflição.
