Textos sobre Dor
De mãos dadas
Dois seres,
Conjugados no amor,
Bebem da mesma fonte,
No aperto, na dor, no abraço firmemente.
Brilhos iguais,
Sussurros de beleza ao vento
Cores de uma pátria em acasalamento
De anjos, que se perdem entre corais.
Canção uníssona,
De versos, que trazem a morte do adeus
Doce mel dos olhos meus…
Coração que bate …
Ritmo de carinho e desejo em chama.
Queria poder entrar no teu coração e tirar essa dor queria poder entrar na tua cabeça e organizar todos os teus pensamentos queria eu poder afastar de ti todos os males pensamento e sentimentos.
Eu sou tão apaixonada por você que eu daria a minha vida pela sua sem pensar duas vezes.
Você é foi e sempre será a pessoa que eu mais amei na vida.
Eu te amo hoje e sempre. ❤️
A dor e o tempo
Buscando a cura para uma dor
Para a qual não há remédio
O tempo é a cura, uns vão dizer.
Lamentavelmente está correto.
Um dia saberei de quanto desse tempo precisei
Pra alcançar a superação.
Por ora, fica a angústia de não ter ideia
De quando a tal dor vai desaparecer
Só sei que não será de uma só vez
É preciso ser forte, olhar pro futuro
Sei o que fazer: é a parte mais fácil
Duro é a prática, quando a realidade vem com tudo
E nos mostra que primeiro vem o aceitar.
E entre este e o superar, muitas doses do tal tempo,
Longo tratamento, sem previsão de terminar.
Muito triste como as fake news podem tornar um momento de dor pior do que deveria ser... Procurem verificar as informações antes de ficar compartilhando posts maliciosos e até mesmo manipuladores.
Outro dia vi o post de um amigo com uma manchete de fevereiro e algo em volta dizendo que o presidente quis até cancelar o carnaval e que agora deveríamos aguentar a Covid-19 sem reclamar.
Procurei a reportagem da Folha de SP para ler. A matéria não mencionou cancelamento de carnaval, apenas que ele havia autorizado medidas de contenção ou algo assim...
Então, a pessoa não leu a matéria e só compartilhou um post muito cruel que defende que pessoas merecem morrer porque foram para o carnaval...
Ninguém merece morrer de uma doença assim...
Ninguém merece ser isolado dentro de um hospital...
Nenhuma família merece a dor de perder um ente querido e não ter o direito de despedir-se, de enterrar um caixão lacrado, sem o último adeus...
Em um momento tão difícil precisamos de mais bom senso e empatia.
Os números não deveriam importar mais do que as vidas que se perderam... Números não deveriam importar mais do que a dor de perder alguém... Pense nisso.
Sei que fui bobo
Mas foi tudo por amor
Queria você só para mim
Mesmo se me causasse dor
Queria para ti ser tudo
Sua toalha, seu cobertor
O seu maior refúgio
O seu eminente orador
Oh esplêndida e maravilhosa
Que tira meus pés do chão
Quero tanto seus beijos
E para sempre seu coração
Se o medo te faz duvidar
Deixa ele no ar
Só deixa eu te fazer feliz
E para sempre te admirar
Havia uma mulher
Havia uma dor
Havia um vazio.
De repente, haviam outras mulheres,
Outras dores
Outros vazios.
Elas juntas decidiram dar as mãos,
Unir forças.
Elas juntas entenderam suas virtudes,
Tamanha suas cores
Tamanho seus valores,
Por mais machista que o mundo seja,
Elas nunca mais se enxergaram pequenas
Elas são enormes
Elas são mulheres
Elas são berço
Elas são leito
Elas são nascente.
Já eles, nunca entenderão seus poderes.
Nunca.
Quando um ser humano está tão disposto a sofrer, isso chama a atenção dos deuses. Quando essa dor vem com sacrifício de sangue, o próprio Satã inclina seus olhos para observar.
O que um ser humano poderia fazer para chamar a atenção do rei do inferno? Dizem que pessoas assim se transformam em demônios, ou algo pior.
Mas o quê poderia ser pior?
Obra: "Bruciare, A Lenda", Munyke Melo.
Quando a dor se esconde em nossas vidas, nada do que se faz é perfeito, porque estamos preços em lembranças e recordações constantes. Repleto de momento especial em que tudo era admirável, vislumbrante e apaixonante, mas agora?
Agora degustamos da dor de nos sentirmos só, carpimos em ver retratos pintados com as cores de nostalgia, sofremos em cada instante.
Óh maldita vida
melindra nossa vivência, ponha um fim
nesta astúcia auspiciosa
que ainda nos encoraja a tocar para frente, feito pequenos holofote que brilham indicado o caminho que possamos seguir, sem nos arrepender em optarmos pelos caminhos obscuros que irá aniquilar as nossas vidas!
Ansiedade & Angústia
É no esplendor dessa dor
Que me pego a pensar
Se do aperto que me parte
Desejo não há demais
E se demais eu dê mais
De desejo vou queimar
Se me pede que grite
Que grite ainda mais
Se me pede que guie
Que guie um pouco mais
Há no sufoco de cada grito
Um pouco de ar perdido
Para quem e quê gritar
Se no fim não terá mais ar
Desespero de aperto
Sufoco no peito
Angústia
Leva-me a tantos medos
Se de medo me leva
Medo me pega
Tento evitar
Anseio pelo não ocorrido
Em mil pensamentos a pensar
Me perco no labirinto
De pensamentos
Que não posso controlar
E do futuro que tenho medo
Evitar faze-lo
Ansiedade me prendo
De angústia do antes e agora
De ansiedade do futuro a fora
Eu me perco
Nesse labirinto que sou
Eu mesmo
Não há labirinto!
Se do futuro não posso saber
Nem passado mudar
Para quê tanto grito
Por algo que não posso ver
Nem mesmo mudar?
De mil pensamentos deixar me tomar
No labirinto interno
Irei me levar
Esquecido de mim
Esquecido de agora
Me perco sem rumo
Numa luta ilusória
Se me apego no evitar
Ou se me apego do que veio passar
Eis que entro
Me prendo
Me acorrento
Em pleno desespero!
Quem trouxe?
Da onde veio?
Esse fantasma!
Que me causa tanto medo
Sou eu mesmo!
O morto que me assombra
Meu passado acorrentado
E meu futuro antecipado
Por mim mesmo
Me torno o que penso
Por mim mesmo transformo
Os mortos em vivos
Os vivos em mortos
E medos eu crio
Pelo futuro não visto
Pelo passado perdido
Torno o não real
O meu real
Pois agora
O sinto
O faço
O penso
E o digiro!
Eu o vomito no mundo
O pesamento por mim criado
Onde está a saída?
Do labirinto de meus fantasmas?
Meu próprio labirinto!
Há se disser para onde andam
Para onde vai.
Não há labirinto
Nem fantasma
Nem futuro
Nem passado!
Há memória
Há pesamento
Há sentimentos!
Eles criam, o que antecipo
Eles moldam o que penso
Eles fazem o que eu evito
Eu mesmo sou
O criador
De meus medos!
Onde vou estarei
Onde fujo eu farei
Meu fluxo não cessa
Enquanto não ver
Que o que é visto
Miragem não passa
Quando me deixo
Perder-me
Em mim mesmo
Em correntes de fluxos
De Pensamentos!
Não há labirinto!
Aquela figura de bastante idade, virou para mim e disse:
-A dor é inevitável na vida, assim como todos os sentimentos mais complexos e até os mais simples. O ser humano nasceu com o dom de viver e superar. Somos horríveis em evitar, mas bons em superar. E mesmo que a dor venha ao seu encontro, e não saiba como superar, aprenda com ela. Torne-a uma companheira, mas nunca uma amiga. Deixe ela ali, tornando-o mais forte, mas sem permitir que ela tome o controle. Que ela seja o espinho no dedo quando o excesso de coragem tirar sua inteligência, mas que ela nunca seja a rédea que limita seu progresso. Entenda a dor, aceite que ela é sua, e viva em paz consigo.
O que os olhos não veem me traz dor e aflição. O que os olhos não veem me abandona na mais torturante solidão. O que os olhos não veem me aprisiona na escuridão pois tira toda e qualquer luz de informação. O que os olhos não veem me leva ao nada porque nada me traz consolação.
(sofreguidão de um cego)
Três Sentimentos da Vida
Nem mesmo a dor pode se calar
Como os sussurros no ouvido
Que dizem para fazermos o mal
Nem uma história pode ser feliz
Cada motivo de uma lágrima à sair
E era uma vez
Uma pequena história de um rei
Sem a rainha comandando os três
Três sentimentos da vida
O amor, a tristeza e a alegria
Com isso tudo foi ao caos
O amor ficou sem esperança
A tristeza arruinou a paz
A alegria nem se fala mais
E quando as pessoas perceber
Percebe que arruinaram seu poder
Tudo será tarde demais
E o velho poeta não sorrira mais
1/4
A dor do mundo não é inteira.
A dor do mundo é fracionada.
Uma fração desigual, ora com partes muito pequenas, ora com partes demasiadamente grandes.
A dor do mundo é dividida em quartos.
E dentro de cada um, existe um ser tomado pelo tamanho da sua.
Que em horas vem em doses pequenas e em outras vem pra impregnar e nunca mais ir embora.
No meu quarto hoje, depois desse texto, ela deu um malicioso sorriso, afivelou as calças e saiu pela porta depois de ter me usado.
Espero que ela não volte.
Ou se voltar, que pelo menos me use, fitando em meus olhos.
Sou forte, sou forte
Como uma serpente no peito
Uma serpente raivosa
Que de dor dança
Grita e chora.
Tenho nas mãos
Pedaços de sangue
Réstias de paixão
Na alma fatias de sonhos
No rosto risos partidos
Migalhas de amor próprio
Na garganta a voz surda
Nos olhos constelam estrelas líquidas
Nos lábios soluços e prantos
E na beleza do delírio
O sol morre afogado nas lágrimas
Assim de repente
Levanto como um facho
Esculpida pela renúncia
Agarro "balaio" de história
De beijos e equívocos
Exponho para o céu.
Ponho o meu vestido
Vestido dourado dos meus filhos
Com mão na cintura
Carrego a fraqueza
De alegria que rasgou-me
E sangrou-me nas palavras.
Sou forte, sou forte
Tão forte sou que
Desconheço a minha força
Glória Sofia 2-7-2020 11:27
Sou poeta mais não ator
Componho mais não exponho
Tenho medo de gostarem da minha dor,
Dor e sofrimento que um dia me causarão
Não entendo como minha dor pode virar amor
Te amo, mais não entendo como o amor que
sinto vira rancor
Gosto tanto de você mais não suplico por sua canção, canção que um dia destruiu meu coração!
SINO DOLOROSO (soneto)
Plangei, sino! O cerrado chora essa dor vasta
Ecoado no infeliz peito e no soneto solitário
Dessa realidade vil de uma tirania tão casta
Do afeto que um dia foi por nós necessário
Cantai, sino! A sofrência no cortejo arrasta
Verdugos sentimentos solução no itinerário
Escorrem lágrimas que ao pranto não basta
Arde a emoção e a alma neste árduo relicário
Em repiques de pesar, em desilusão a finados
Tilintando rancores, ó carrilhões, que aí tala
Em campas de sanhas, e de renhidos brados
Toe, sino doloroso, que no silêncio devasta
Badala, bimbalha, e num soar o aperto exala
Brandindo o amor com uma emoção nefasta
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/07/2020, 12’10” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
Desesperador, a noite se envolta e transforma a dor.
Em meio aos nossos sonhos, estamos vibrantes, porém distantes.
A chuva que cai, mostra o quão desesperador pode ser o silêncio noturno.
Entristece a alma, enfraquece o coração, porém, traz inspiração.
A dor que nos mutila, faz crescer, mas até onde?
Seria possível se mudar para um lugar um pouco mais distante?
Desesperador, a fria madrugada fez sua nova vítima, não há mais suspiros de dor.
Não existe um Caminho mais curto que não causa Dor, Entristece, Dê Saudade e Sofrimento.
Cada um terá a Visão do Monte que Subir, suba o mais alto que puder imagine-se tocando as Estrela, Ouvindo o som de cada coruja na Imensidão da Noite, faça paradas mais não estabeleça lembre que sua caminhada até o pico da sua montanha é longo e entenda que sua chegada até lá depende do seu Esforço e paradas tomarão seu Tempo, faça o Tempo seu aliado pois para conquistar o pico da sua Montanha dependera apenas de ti.
Faça valer apena cada passada por ti dada, entenda que no seu trajeto cada Escolha por ti tomada afetará diretamente cada uma de suas Decisões.
então pense, Reflita e Medite a cada passo por ti dado.
Um dia a dor que sinto que hoje incomoda, será o motivo da minha glória.
As minhas palavras que causam coceiras nos ouvidos, serão tratados de sabedoria.
As minhas canções de ninar destonadas que enojam, serão como as cantadas por anjos.
Os meus sonhos que são insanos, serão os mais belos projetos de um homem.
Os meus beijos e abraços rápidos, medidos pra não causar abusos, serão desejados nos suspiros de saudades.
Atinar que se é melhor quando morrer, revela a fragilidade humana.
ARRÍTMICO (soneto)
Amar você foi coisa de espaço
A sofrência é mais que uma dor
Foi tão bom ser teu, o teu laço
Trançado ao teu querer, amor!
Aqui num silêncio, falta pedaço
Pouco me resta do que foi, calor
Também falta! Falta o compasso
Abraços, afagos teus, aquela flor!
E aqui neste poetar derramado
A morte é menos que a saudade
E pelos olhos o pesar é vazado...
E ao ver o teu cheiro na solidão
Então, vejo que sou só metade
E arrítmico o matuto coração...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/07/2020, 14’35” – Triângulo Mineiro
