Textos de Chuva

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AMO-TE

Amo-te ao luar
Amo-te à chuva
Senti-te na praia
Na areia quente
O corpo queima
Na noite esquecida
Sacias a sede
Cansas a mente
Cansas o corpo
É nos teus braços
Que eu amo estar
Fresca a tua boca
Sabe a romãs
Cheia de amoras
Da brisa do mar
Seca o deserto
Do nosso alento
Choro ao sol
Choro ao vento
Tempestade da vida
Amo-te a chuva ao luar.

Fiquei paralisada naquela rua, deserta e fria. Senti uma gota de chuva vinda do céu. Estava tão deserto, tudo ficou escuro dentro de mim. Não há nenhum resquício de você aqui, não há nem pegadas no chão e não ouço mais você, querido. Fiquei esperando por horas a sua volta, mas não há nenhum sinal aqui.
Porque você não veio me encontrar? Porque você não me levou pra casa? Estava tão frio! Era uma noite na qual eu só tento esquecer. Tento entender essa vida. Porque nada está dando certo? Porque tudo ainda está bagunçado? Porque está tudo tão confuso?
Pegue em minha mão e me roube daqui. Me leve a algum lugar novo, de novo. Preciso me libertar, mas ainda me encontro aqui, sem você.

O menino e a chuva

Chuva prateada,
Com leve tonalidade
Transparente.
Estação trocada,
Folhas ao chão.
Mas não estamos
Na primavera?
O outono é adiante.
Vejo um menino
Franzino
Vendendo suas
Traquitanas,
Cheio de badulaques.
Pergunta-me
Com curiosidade:
_ Tia, tem um trocado?
Um pouco aflita,
Pego umas moedas,
Meio contrariada.
Fome de comida
Ou do crack que
Assombra?
Lá vai ele,
Pulando poças,
Contornando as
Ruas do Centro de
Niterói.
Vou-me embora,
Na fria chuva,
Seguindo o vento.
Logo chego
Em casa.
Penso no dia,
No imenso amor
Que me toma.
Ainda acredito
Que amar vale
A pena.
Quantos meninos
Dançarão na chuva?
Quantos outros
Passearão
Em outra estação?

Prefiro dia de chuva a dia de Sol...
muito antes da água ser elemento mais que vital para o paulistano.
Aprecio mais pão com ovo a caviar, de preferência
em uma mesa rodeada por pessoas simples e sinceras de coração.
Não adianta querer fazer de mim quem não sou...
Meu vazio é cheio de sonhos...
O meu castelo é uma cabana
Meu príncipe é um sapo
E dinheiro não vale mais que amor!

Rosangela Zorio

"DA MINHA JANELA"

Da minha janela ouço.
A chuva a bater no vidro
Vou ficar aqui para ver a chuva cair
Faz-me lembrar que o teu cheiro ficou em mim
Vou chorar, mas de saudades tuas
Que saudades tenho de ti
É como o cheiro da chuva e as lágrimas a cair
Amor tu que incendeias toda a minha alma
Pois não posso mais voar
Sai de mim amor cruel, és a tormenta
Dos meus pensamentos loucos
Tu és a minha fogueira onde arde o meu coração
Amar as estrelas é amar-te na luz
Sentir a brisa do mar na minha cara
São como beijos molhados a sal
Tens um sorriso tão belo e feiticeiro
Sai de mim porque a saudade faz-me chorar
Amar-te é paixão assolapada.

No calar do tempo

Aquele amor escoou;
pelas fendas da vidraça;
carrega chuva minhas lástimas;
levas ao isento minhas palavras;
jamais desfaças;
aquele amor juvenil;
largo e raso entre apagados;
lembranças na estrada;
nossos acalentados beijos;
soubera voar feito borboleta;
no nosso pequeno;
abrasador espaço;
sou vil e sereno;
no rasgar relâmpagos me apago;
no teu colo bela ninfa;
curadora dos flagelos;
levas infinito; desfaz embargo.

sobre café e chuva
Ter histórias a contar, somar erros pra se conhecer talvez justifiquem insistir, mas é bom alertar aos últimos românticos que tem os amores que não valem a pena.

Amor bom é quando você não espera e é surpreendido.
No mais, ame até onde der, para algumas pessoas isso é muito.

Tem quem chegue em nossas vidas e senta para tomar um café ou para deixar passar a chuva, partilhar a xícara de café tem seu mérito, só espere por ele de quem não tem chuva para oferecer.

P.S. à quem deseja tomar banho de chuva

A Chuva..uma parte de mim.
Me sinto triste.Sem minha parte . Sinto que não sou bom ao bastante para nada.Mas quando eu sinto a chuva...sinto aquele vento calmo... em plena manhã, tarde ou noite. Não importa. É lindo do mesmo jeito.As árvores,as flores,o céu. Tudo fica tão maravilhoso. Isso me deixa calmo. Me deixa como um viajante numa jornada. Como se eu tivesse uma obrigação pela minha vontade de presenciar essa maravilha do mundo.Meus sentimentos se misturam com cada pingar de chuva.Cada gota se desfazendo em algum canto.Meus sentimentos também se desfazem em algum canto do meu coração. Que semelhança não ?.Ela se desfaz mas continua me atormentando. Lembrando meu passado.O meu primeiro amor. A minha primeira derrota e também meu primeiro coração partido. Dentre isso. Muitas coisas.Mas eu não segui um caminho e sim eu fiz ele com minhas próprias ações. Fui arrogante. Fui uma pessoa sem coração. Fui um lobo solitário sem missão. Fui um INFELIZ.Eu até posso ser um pouco dessa pessoa. Mas eu paro para observar quantas pétalas de flores eu deixei cair. Eu deixei quantas árvores caírem. E não fiz nada a respeito.Afinal ? Eu sou tão mau assim ?Tao desprezível. Eu não tenho culpa. Eu só...só queria alguém ao meu lado que me amasse e não me deixasse nunca mais,só isso...Ainda procuro essa pessoa... e não desistirei e cairei para alcançar meu objetivo.Eu não sou forte..mas posso ser forte por uma pessoa.Não se torne forte para mostrar-se aos outros. Se torne forte para proteger.

Conversa com a chuva
(Fernandha Franklin)

Fiquei horas e horas ali,
debaixo daquela marquise
esperando a chuva passar.
Meu Deus, como eu amo chuva.

O pensamento vago é sempre inevitável,
assim como é inevitável o cheiro das
gotas que tocam o chão.
Eu estava ali, mas minha razão não...
e quem precisa de razão quando a chuva lava a alma?

Um raio me trouxe de volta pra vida real.
Olhei no visor do celular.
Quinze pras oito da noite,
e eu só precisava atravessar um quarteirão
e já estaria em casa.

Se preferi ficar ali esse tempo todo, era só para observar a chuva de perto, mas sem me envolver.
Mas já estava tarde; e agora eu iria me jogar em meio aos pingos constantes, e foi caminhando sem pressa que cheguei em casa.

A roupa estava encharcada,a vida estava lavada e agora uma vontade de viver tudo o que planejei me invadia; afinal mais um ano começa a se despedir, e o banho de chuva me trouxe uma enxurrada de lembranças das coisas que prometi à mim mesma e ainda não cumpri.

Dos planos que fiz...mal lembro quais eu realmente quis.
Das pessoas que me empenhei em conhecer...nenhuma realmente se conhecia.
Dos projetos que arquitetei...nenhum saiu do papel.
Dos amores que pensei que teria... nenhum poderia ser pausa no meu dia a dia.
Da fé que quis fortificar...tropecei mil vezes para tentar levantar.
Só dos lugares que desejei conhecer por fim,um deles realizei: o de viajar em mim!!

Como pode né?
Uma chuva "qualquer" conversar tão bem com a gente?

Não sei como mantenho esse amor
Não sei como ainda queima tão feroz
Em meio a chuva violenta
Tão violenta como nosso amor

Você está segurando uma arma
Apontando para o meu coração e
O dedo está no gatilho
Preparando para me destruir outra vez
Fecho os olhos na esperança de ser
Apenas outro pesadelo diário

Mas, você sabe que a dor de um coração partido
É pior que a da bala que te rasga
Um amor impossível

"Gosto da vida e tudo que se abre em flor.
Gosto do barulho que a chuva faz no telhado,
as gotinhas quando caem cantam melodias de amor.
Gosto do olhar apaixonado, de encontros inesperados,
gosto de ver o acordar do Sol e o aproximar da Lua.
Gosto do silencio da noite, do arco ires depois da chuva.
Resumindo como é bom viver".

AMOR COMERCIAL:

É fria e úmida a chuva que cai
Madrugada adentro.
E eu a senti-la aqui sozinho
Encontro esse poema, meu alento,
Esse poema comercial... Ele versa o amor
Fala do amor? Ou de amor?
Ah! Quem falar do amor seria capaz?
Sobre a vidraça em brumas que nos separa
Eu posso exprimir seu rosto,
Meu sonho é comercial!...
Porque assim são iguais todos os textos,
Todas as cenas, e todos os temas,
De amor... São iguais.
Do amor que se expele que se explicita.
Eterno (...). Que como o ódio, e como a libido,
O homem prova para reprovar
E falar de amor é comercial.
Também é comercial,
A criatura que não é do criador.
Deveras minha poesia é comercial.

Tinha tanta chuva no céu que parecia um oceano
A chuva caiu na terra e parecia um dilúvio
Tinha tanta gente cheia de pensamentos que parecia um livro
Os pensamentos foram parar em um papel e parece contos urbanos
Tinha tanta gente cheia de amor que parecia um romance
O amor foi dado a quem não merecia e parece ser suicídio
De onde é que tantas coisas se perdem ?
Por onde tantas coisas andam ?
Se minhas perguntas são só minhas;
Porque tantas pessoas às usam ?
Triste tarde de tédio
Tantas tardes frias...

A chuva fria cai amortecendo os sentimentos..as emocoes...Uma natureza molhada por tras da vidraca se mostra exuberante,imponente..
Abril vai acabando...de mansinho...e uma parte do ano ja passou
E a vida passa..o tempo passa...e nos vamos indo junto..como um barco aprumado outras vezes a deriva..O que importa e nao parar..nao desistir..lutar sempre..VIVER!!

ENTRE RELÂMPAGOS E TROVÕES A CHUVA TRÁS FELICIDADE AOS NOSSOS CORAÇÕES!

Ao abrigar-me da tempestade que caiu aqui, aproveitei o instante para escrever alguma coisa, por ex: Entre relâmpagos e trovões, Deus está mandando muita paz e amor aos nossos corações, abençoando assim o nosso amor. No entanto esta chuva que fortemente cai e rola pelas ruas é o símbolo da nossa felicidade.

AMA-ME

Ama-me com compreensão
Com amor, com dor, com sol
Com chuva, com alma, com respeito
Com mãos, com corpo, com olhos
Com língua, com desejo, com êxtase
Com volúpia, com nostalgia, com cobiça
Com ousadia, com luxúria, com vício
Com zelo, com estima, com garra, com mel
Ama-me com todas as palavras do Dicionário
Para que seja eterno este sentimento deste momento

E as gotas de chuva caem
Caem feito as lágrimas do arrependido
A diferença entre a chuva e a lágrima
É que um te liberta
E o outro pesa uma tonelada
O quão grande é o mundo
O quão pequeno você é.
Se somos guerreiros com batalhas contadas
Poq devemos nos esconder?
Do que adianta palavras?
Quando não se tem atitude.
Do que adianta ajudas
Quando não se tem compreensão.
Do que adianta um amigo.
Quando só se vê depressão.
O bem maior há de acontecer
Não tem nada a respeito que possamos fazer
Vamos achar um bom lugar pra sentar
E assitir essa chuva que cai sem parar.
Chuva essa que lembra as lágrimas de um arrependido.
Seus erros julgados imperdoáveis.
Perdoados serão.
E de q adianta seu julgamento
Quando o que importa
Não cabe em sua mão?

A chuva cai no vidro do carro
rumo ao interior do Goiás
ao som de ``The Doors´´
busco minha paz.

O trânsito pesado
já não me deixa irritado
no retrovisor brilham os faróis
vidros fechados pra não entrar lembranças que me corroem.

O cheiro da chuva me deixa inspirado,
nesse momento sinto que nada está errado,
posso está enganado, mas sinto que estou sendo guiado pra longe deste maldito cerrado.

Eis que um vapor quente toma conta do meu rosto gelado,
meus olhos vão abrindo devagar
é um simples despertar,
pronto estou acordado!

Chuva
gotículas de água
de uma tempestade passageira
um sol que esta por vir

Um sorriso inocente
de uma risada a explodir
dançando sem musica
nas poças de água

Olha para o céu, para o infinito
respira fundo que consegue
consegue seguir,seguir em frente
"Para o infinito e além!"

Ainda olhando para o alto
uma mão segura a sua
"você não está só"
seu sorriso só aumentou

Naquele instante eles eram infinitos.

CONVENIÊNCIA

Ela chorou na chuva para
que ele não visse suas lágrimas.
Em vão...
mesmo que não estivesse chovendo,
ele não veria.
Era cego?
Não.
Mas só enxergava
aquilo que queria.

Ela sorriu.
E ele viu.
E - sempre sem visão - a seguiu.

As lágrimas eram para ele,
o sorriso... não.

(Janaína da Cunha)