Textos de Chico Chavier sobre o Amor
Em meio à vastidão do mar, encontro-me diante de uma reflexão profunda sobre a interconexão entre eu, Deus e as infinitas águas que se estendem diante de mim. O oceano, vasto e imponente, parece refletir a grandiosidade do divino, e, ao mesmo tempo, é um espelho das profundezas do meu ser.
Ao contemplar as ondas que quebram na costa, percebo a presença de algo maior, algo que transcende minha compreensão humana. Sinto a essência divina na majestade do mar, na sua força indomável e na calmaria que se estabelece quando a tempestade passa. É como se Deus estivesse sussurrando através das ondas, recordando-me da Sua presença constante.
Eu, um ser finito diante da vastidão do oceano, sinto-me humilde diante da grandeza divina que se revela na natureza. É um convite à contemplação, à busca de respostas para questões profundas que ecoam na alma. No horizonte vasto, encontro a oportunidade de me conectar com o sagrado, de buscar respostas para os mistérios da existência.
Assim como o mar é insondável, a relação entre eu e Deus é um mistério que se desenrola a cada dia. Às vezes, encontro-me à deriva nas águas incertas da vida, mas é na confiança em algo maior, na fé que ultrapassa as tempestades, que encontro meu ancoradouro. Deus é a constância que me guia, assim como as estrelas orientam os navegantes no vasto oceano noturno.
Cada onda que acaricia a praia é como uma canção divina, uma melodia que ressoa no meu ser mais profundo. A maré, com sua dança constante entre avanços e recuos, lembra-me da fluidez da vida e da necessidade de aceitar as mudanças que ela traz. Assim como Deus é inabalável em Sua presença, o mar é ininterrupto em sua busca incessante pela costa.
Na quietude do meu ser, na presença divina que se manifesta através do mar, encontro um santuário para a minha alma. É um lugar sagrado onde as preocupações se dissipam, onde a paz se torna tangível. A simplicidade de estar à beira-mar torna-se uma oração silenciosa, uma forma de comunhão entre eu, Deus e a vastidão do oceano.
Neste encontro tripartido, descubro que a verdadeira conexão transcende palavras e se manifesta na serenidade da contemplação, na fé que sustenta e na presença divina que se revela a cada onda que abraça a praia. Eu, Deus e o mar, entrelaçados em um diálogo eterno que ecoa na eternidade do momento presente.
Como é que uma coisa pode ser boa e ruim ao mesmo tempo?
Eu tenho uma história sobre isso:
Num devaneio noturno, te vislumbrei saboreando mel, vertendo o néctar doce, direto do favo. Tua boca, escancarada e apontada ao alto, a língua pra fora, como um convite ao êxtase profundo.
Não resisti e desbravei tua garganta com a minha língua, papila a papila, provando a textura grossa que te escorria como uma cola e que unia, minha vida no calor do teu hálito.
Mil abelhas me cercavam e dançavam em minha barriga e um zumbido me alertava sobre o perigo de beber do que não era meu: o precioso produto que pertence a elas.
Sem temor aos ferrões, provei do néctar que escorria do teu queixo para o pescoço, explorando do peito até as coxas. Gotejava espesso o mel da ponta da língua, nos teus dedos com calos, no teu colo, calado. O líquido em mim pesava, vertendo em um jorro infinito.
Tudo no sonho era mel, entrelaçado em um encanto, permeando cada recanto do meu desejo. E na sinfonia de sentidos, o zumbido voltou e ecoou mais alto, mais forte, diretamente no ouvido, ensurdecedor.
O ferrão então me cravou na garganta, engasguei e com dor: acordei.
Sem mel, sem meu, sem seu, sem céu.
Sem nada. Somente a latejante sensação da picada de um sonho que eu não podia sonhar, e o gosto de fel de querer o que não é pra se ter.
Como é que uma coisa pode ser boa e ruim ao mesmo tempo? Assim.
Eu aprendi minha lição: que sonho só dura o tempo do sono e que é melhor ficar longe das abelhas
*Entre Olhares*
Conheci tantos lugares,
convivi com tantas pessoas,
falei sobre tantas coisas,
mas nenhum olhar me prendeu como o seu.
Seu olhar me atraiu,
meu coração acelerou,
como nunca antes sentiu.
Seus olhos e sua boca
me guiam por caminhos desconhecidos,
aventuras que nunca vivi,
palavras que, sem paixão, jamais diria.
Caí no abismo do seu olhar,
me perdi no canto da sua boca,
me iludi no brilho do seu sorriso,
derreto ao pensar em você,
até que minha mente transforma em delírio.
“E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão”. Atos 2.17,18
“Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”. Jeremias 29.12,13
Que a Presença, Autoridade, Revestimento…a Unção do Deus Todo Poderoso se renove sobre a sua vida.
Te abençoo em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo 🙌🏻🙌🏻
Paz seja convosco!!!
“O Senhor te abençoe e te guarde, O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti, O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz”. Números 6. 24 a 26
Receba a benção e paz de Deus sobre a sua vida em mais este dia que Ele te concede…
Paz seja convosco!!!
Reflexão sobre a Brevidade da Vida e a Insensatez Humana:
A vida é curta e passageira, e, ao refletirmos sobre isso, percebemos que, independentemente de quem somos ou do que fazemos, nossa presença neste mundo é temporária. Então, por que nos apegamos a coisas fúteis e destrutivas? Muitas vezes, gastamos energia em brigas, críticas e vaidades, esquecendo o que realmente importa: o amor, o respeito e a nossa evolução espiritual.
Nosso valor não está no que acumulamos ou nas discussões que vencemos, mas sim nas ações de bondade e compaixão que praticamos. Somos todos iguais perante a vida e a morte, e as barreiras que construímos, baseadas em preconceitos e divisões, são invenções humanas. A verdadeira grandeza está na simplicidade e no amor que oferecemos ao outro, independentemente de classe, cor ou religião.
A ética e a moral nos ensinam que devemos viver de maneira a contribuir para o bem coletivo, respeitando e ajudando os outros. Nossas escolhas, em vez de serem movidas por orgulho ou interesse próprio, devem refletir valores como bondade, justiça e compaixão. Afinal, o que realmente deixamos para trás é o legado de amor e respeito que construímos ao longo da vida.
Por isso, devemos nos perguntar: como queremos ser lembrados? Como pessoas que fizeram a diferença na vida dos outros ou como alguém que simplesmente passou por este mundo sem deixar um impacto positivo?
Essa reflexão nos convida a resgatar os valores essenciais que nos tornam humanos e a focar no que realmente importa em nossa jornada.
Pequenino resumo Sobre a problemática da introdução do Mal no Mundo, sob as lentes da Teologia.
Não é raro nos vermos aflitos diante da grande e talvez mais importante questão: se há um Deus extremamente Bom, onde Ele está, diante de tanta Maldade? E outrossim: e se É bom e tem Todo o Poder para frear as ações do Mal, por que permite o Mal agir? E ainda, diante de uma dura circunstância de sequestro, abuso e morte de uma Criança, onde estava Deus assistindo aquilo tudo, sem nada fazer?
Depois da Existência de Deus, certamente, diria eu, esta é a maior problemática da Teologia e Filosofia!
Embora não tenhamos resposta absoluta para a resolução dessa insólita "equação", pode nos trazer algum conforto de espírito, se é que realmente trará, o fato de a própria Bíblia se expressar nesse sentido. Isto é, no sentido da obscuridade de respostas que se ausentariam da Humanidade. Pois existe um termo Bíblico, que se refere à síntese de toda expressão existencial da Maldade, a saber, na figura do famigerado Anti-Cristo, mostrando-nos de maneira um tanto clara, para os mais observadores e sutis, que o Mal, por vezes, tem a liberdade de agir neste Mundo, evidentemente sob a permissão de Deus, sem explicações aparentes, lógicas e racionais. Lá, quando a Bíblia diz: O MISTÉRIO DA INJUSTIÇA. Nestes termos: "Porque já o mistério da injustiça opera". ( 2 Tessalonicenses 2.7a)
Isso pode ser traduzido da seguinte forma: que a INJUSTIÇA age sob a permissão de Deus, por um momento, de forma incompreensível a nós! Pois não é sem razão, que a Bíblia chama a natureza dessa atuação maligna de MISTÉRIO. Ou seja: algo que está em SEGREDO.
*Às 10:47* *in 31.03.2026*
Mais uma de Sol e Lua
Vinde Sol, ardente e altivo, derramai vosso ouro sobre a vastidão do mundo; despertai cores, aquecei almas, comandai o dia, soberano e profundo.
Vinde Lua, serena e silente, prata líquida no véu da noite; refleti sonhos, embalai destinos, guardai segredos em seu leve e indelével açoite.
Ó, Sol, gritai vida em vossos raios fulgentes, inflamai horizontes, dissolvei sombras; sois chama ardente, pulsação do tempo, forjai, pois, caminhos onde a luz deslumbra.
Ó, Lua sussurra mistérios ocultos, véu discreto sobre o mundo adormecido; pairai etérea, musa dos poetas, guiai as marés no silêncio contido.
Sois, ambos, opostos que dançam num mesmo infinito, Um acorda, o outro acalenta, Sol e Lua, eternos amantes, na valsa cósmica que o universo sustenta.
A História Não Contada
O vento soprava forte sobre as águas revoltas. No horizonte, o sol se punha, tingindo o céu de vermelho, como se sangrasse em despedida. Nos porões escuros do navio, o ar era denso, pesado, misturado ao cheiro da madeira úmida e dos corpos amontoados.
Ali, entre as sombras, estavam aqueles que tiveram suas vidas arrancadas à força. Eram reis, guerreiros, mães e filhos, agora reduzidos a mercadoria. As correntes marcavam seus tornozelos, mas não podiam acorrentar suas memórias.
Dentre eles, um jovem chamado Obafemi mantinha os olhos fixos na pequena fresta de luz que entrava entre as tábuas. Ele não conhecia aquele mar, mas sabia que, além dele, havia uma terra desconhecida — e um destino cruel à espera.
— Meu filho… — sussurrou uma mulher ao seu lado. Era Iyalá, uma anciã que carregava no olhar o peso de muitas luas. — Se não podemos mudar o caminho, que o caminho não nos mude.
Obafemi não respondeu, mas apertou os punhos. Seu coração queimava com a dor de sua gente.
Alguns, em silêncio, decidiram que não seguiriam viagem. Preferiram entregar-se ao mar, nas mãos de Iemanjá, do que viver sob o domínio do inimigo. Obafemi os viu partir, um a um, dissolvendo-se nas ondas, e por um instante, pensou em fazer o mesmo.
Mas não fez.
O navio atracou dias depois. Os que restaram foram levados à força, empurrados para um mundo onde seriam vistos apenas como mãos para o trabalho, como corpos para o lucro. Chicotes cortaram sua pele, línguas estranhas tentaram roubar sua identidade. Mas dentro deles, a chama não se apagava.
O tempo passou. Obafemi sobreviveu. Seu nome foi mudado, sua voz abafada, mas ele nunca esqueceu quem era. Aprendeu a resistir, a lutar sem armas, a falar sem palavras. Seus filhos herdaram sua força, seus netos contaram sua história, e mesmo quando tentaram apagá-lo da memória do mundo, ele permaneceu.
Pois um povo pode ser acorrentado, mas sua essência jamais será escravizada.
" EMBUSTE "
Eis que ela fez a aposta; deu em nada!...
Jogou todas as fichas sobre a mesa
contando, displicente, co’a certeza
de, enfim, ganhar o jogo de virada.
O amor tem regras próprias, sem defesa!
Não deixa o uso de carta marcada
nem que se quebre a banca, se a jogada
negar o uso de total clareza.
Bancou seu jogo de fera matreira
e não notou o avanço da rasteira
que a levaria a, ali, quebrar a cara…
Nas mãos, as suas cartas deste embuste
mostraram-se, do amor, fora de ajuste
por vícios, por luxúria, farsa e tara!
Reflexões Sobre o Desabafo
(crônica)
É comum — quase corriqueiro — encontrar alguém que, no intervalo do café ou numa conversa despretensiosa, deixa escapar o peso dos próprios dias.
Despejam, sem cerimônia, as frustrações que apertam o peito:
o trabalho que exige demais,
a casa que nunca está em ordem,
o marido bagunceiro, ranzinza, pão-duro,
os filhos que não colaboram, que não estudam, que vivem grudados ao celular.
Falam dos pets que dão mais trabalho que companhia,
dos negócios que andam tropeçando,
dos sonhos adiados que já nem sabem se ainda são seus.
E a gente escuta — porque também precisa ser ouvido.
Porque falar parece aliviar.
Desabafar parece resolver.
Como se o simples ato de partilhar fosse suficiente para reorganizar o caos.
Mas será que estamos mesmo lidando com os problemas… ou apenas empurrando-os para fora, esperando que o outro nos ajude a carregá-los?
Será que desabafar, sempre, não vira um atalho para fugir de nós mesmos?
E se, em vez de apenas falar, a gente aprendesse a escutar… mas escutar a si.
Se olhássemos com mais cuidado para o que está dentro, onde os verdadeiros incômodos fazem morada?
Talvez, então, estivéssemos dando um passo além da queixa — rumo ao amadurecimento.
Porque crescer dói.
Dói encarar que, às vezes, o que mais nos irrita no outro é o reflexo do que não curamos em nós.
Dói perceber que não temos controle sobre tudo, nem todos — mas temos escolhas.
E, entre criticar ou ser exemplo, o segundo costuma ecoar mais fundo.
É preciso parar.
Nem que seja por um instante.
Um gole de silêncio entre as falas.
Um olhar mais suave sobre o mundo.
Uma escuta mais atenta para quem somos — e para quem estão ao nosso lado.
Pergunte-se:
O que me afeta, realmente?
Cabe a mim mudar algo?
Isso fala de mim ou do outro?
Onde está o meu papel nessa história?
Talvez a gente descubra que a vida não é sobre estar certo, mas sobre estar presente.
E que ninguém é perfeito — nem precisa ser.
Mas todos temos a chance de sermos mais gentis, mais compreensivos, mais inteiros.
Com o outro.
E, principalmente, com nós mesmos.
Sendo um homem comum,
Discordo normalmente de algumas ideias.
Reflito diariamente sobre Deus, sobre a existência ou não desse ser.
Vivendo em uma rotina cotidiana, vivo minha vida sem destaque ou marca.
Viajando pelo mundo, visito os mesmos lugares que todos vão.
Como sou uma boa pessoa, brigo pelos mesmos políticos que todos.
Sempre sendo pouco romântico, me apaixono pelas mesmas garotas que todos.
Para manter minha sanidade, me iludo com cada uma delas.
Contendo meus pensamentos líricos, não chego a conclusão alguma;
não me destaco. Este texto,
como uma dissertação rebuscada e complexa,
permanece como no começo: invisível perante a multidão.
Finalizo com um simples "tchau".
A pessoa tóxica e o narcisista só terão poder sobre seu mental, se você estiver disposto ( a) a tolerar o que eles fazem e quiser permanecer sendo menosprezado.
A sua dor não gera empatia, mas com certeza irá massagear o ego deles; o descarte é natural e os destroços que ficaram é você que terá que recolher.
O mau sempre deixará confortável aqueles que já estão sobre seu domínio.
Exibirá vantagens em uma vida em amar somente si e esquecer do próximo.
Focará em mostrar valor nos bens matérias ao invés dos valores espirituais.
Mostrará que uma solitária e mais lucrativa que a união familiar e com Deus.
Fará validar sempre o caráter dos outros e esquecer completamente do seu.
Convencerá que ninguém é confiável e o amor é um erro. Lembre-se, nenhuma árvore boa pode dar frutos ruins, assim como árvore ruim pode dar bons frutos.
Salvador
A lei foi regra sobre regra, para o povo de Israel; foi sacrifícios sem conta! Montes de holocaustos, que dificilmente o povo de Israel conseguiu realizar. Veja-se os primeiros capítulos de "números": Cordeiros, carneiros, bois e bodes para as 12 tribos de Israel! Difiicilmente alguém poderia fazer tudo isto.
Ora isto apontava para Jesus C deristo "o cordeiro sem defeito" que ele tirava o pecado do mundo! A lei apontava para ele, cujo sacrifício substitui todos estes holocaustos da torah! A salvação não é pela lei, mas unicamente pelo sacrifício de Jesus Cristo; a salvação não é pela lei, mas , por aquele que cumpriu toda a lei, em nosso lugar; Não Deixamos a lei, mas a cumprimos pela fé naquele que a cumpriu por nós, para que pela fé, nós a cumprissemos!
Foi dito aos Israelitas, que nunca pela justiça da lei, era possível a justificação do homem. Mas por uma justiça com um sacrifício, superior aos da antiga aliança; por um sacrifício não de touros ou bezerros, mas pelo sacrifício do Sangue do Deus vivo. Cujo sangue é capaz de justificar o homem; cujo sangue trás a verdadeira Justiça ao que nele crê. Jesus Cristo é que salva o homem e não a lei. "Pela lei vem o conhecimento do pecado"! Pela fé no sacrifício de Jesus Cristo vem a libertação do pecado! Toda a Torah, salmos, livros históricos e profetas, indicam isto! Só em Jesus Cristo há salvação.
Só naquele que faz parte da bíblia de Génesis a Apocalipse. Só nele, há salvação, justificação, santificação e glorificação! Ouvi isto vós que sois da nação de Israel! Ele é o vosso e o nosso salvador!
Sobre me parecer com eles...
Por Luiza_Grochvicz.
Às vezes me perguntam: com qual filósofo você se parece?
E eu fico em silêncio.
Porque me parecer com alguém é sempre também uma forma de não ser ninguém por completo.
Mas se for preciso traçar espelhos, que sejam espelhos em águas agitadas — nunca nítidos, sempre em movimento.
Com Kierkegaard, compartilho a vertigem.
Aquela dor silenciosa de estar vivo, de ser livre demais, de pensar tanto que quase se dissolve.
A angústia dele não me assusta — ela me reconhece.
Como se a alma dele tivesse escrito cartas para a minha, antes mesmo de eu nascer.
Com Clarice, é o sangue da palavra.
Não escrevemos — sangramos.
Ela também sentia demais e dizia pouco, mas o pouco explodia.
Clarice escreve como quem ama o que não entende. E eu também: escrevo para encontrar o que nunca procuro.
Com Camus, compartilho o absurdo.
A beleza de estar num mundo que não faz sentido, e ainda assim levantar todos os dias.
Ele era o silêncio das pedras; eu sou talvez o sussurro do vento.
Mas ambos sabemos: é preciso imaginar Sísifo feliz, mesmo com o peso da pedra.
Com Beauvoir, é a liberdade.
O incômodo.
A recusa em aceitar que viver seja só obedecer.
Ela pensava com coragem, sentia com lucidez.
Me inspira a ser mulher sem rótulo, filósofa sem jaula, pensadora com pele.
Me pareço com todos, e ainda assim, sou outra.
Porque filosofar, pra mim, é tocar o invisível com palavras.
É doer bonito.
É pensar como quem ama demais.
Oração Mágica de Lucius
Que os sete portais Cósmicos se abram sobre os quadrantes de toda minha existência; sobre meu espírito, Alma e Corpo. E que os "Magos" secretos do Destino de Deus, me sejam enviados com as "Mirras", os "Incensos" e os Ouros. Que a mim, de forma misteriosa, me sejam entregues os raros e valiosos Tesouros das Pirâmides do Egito, do Mediterrâneo, da antiga Pérsia e Babilônia, passados de geração a geração, apenas de Escolhidos para o Escolhido e a Escolhida. Que assim seja, e que seja sempre assim, AMÉM.
👑🙏🏽7✨7✨7🙏🏽👑
Noite escura, e há um profundo silêncio na floresta, somente a dança dos vagalumes sobre a macega verde, o cântico silencioso dos grilos entrelaçados nas grameiras, e as corujas fazem os seus sons para anunciar o respeito pela noite, o o urutau com seu cântico assombroso desperta medo e pressentimentos.
Otávio Mariano.
Tem dias .
Tem dias que o silêncio grita mais do que qualquer discussão. Não é só sobre não ter dinheiro… é sobre não ter escolha. Sobre inventar desculpas pra não ir, quando na verdade o bolso é quem responde primeiro. É sobre não ser chamado, porque já imaginam a resposta.
Nos últimos meses, o coração foi terreno de guerra: trapaças disfarçadas de acordos, traições que vestiam a roupa do amor e promessas que só existiram na boca de quem nunca quis cumpri-las.
É estranho como a falta de dinheiro não pesa só no bolso, mas na alma. Ela tira o ar, fecha as portas, e obriga o homem a engolir seco a vontade de sumir, só pra respirar em outro lugar onde ninguém o conheça.
Mas o homem que passa por isso e ainda se mantém de pé, sem devolver ao mundo o que o mundo jogou nele…
esse carrega uma força que ninguém enxerga, mas que um dia vai calar todas as vozes que o fizeram se sentir pequeno.
Não Me Encolho
O que eu sei é o que eu senti.
E isso já diz muito sobre mim.
Sobre minha capacidade de sentir, de estar presente, de querer algo além da superfície.
E por mais que isso doa agora, sei que não é fraqueza. É força.
É coragem de não viver na superfície.
É coragem de não me encolher por medo de ser “demais”.
Então escrevo. Não para ele, mas para mim.
Para lembrar que sentir não é erro.
E que a falta de resposta do outro não invalida a minha entrega.
