Textos de Caminho

⁠O cultivo da rosa

No mundo dos espinhos,
as rosas plantadas ao longo do caminho...

Teve as suas pétalas arrancadas,
O vento as espalhou.
e cada dia que passou
O rastro da essência mágica da rosa ficou.

Perfumou a vida até de quem com violência as arrancou.
Refaça o lugar que pisou.
Cultive as boas sementes que plantou.

O amor vai transbordar
em tudo que tocar
Sua essência vai ficar.
A sua paz vai encontrar.

Adriana C.Benedito

⁠Vida

Percurso sinuoso.
Caminho labiríntico.
Equilibrando-se em corda bamba...
Na geometria da vida...
Um ponto inicial.
Um ponto final...
No meio, uma reta nem tão reta...
Há curvas...
Há subidas...
Há descidas...
Um descuido...
Joelhos ralados.
Coração estilhaçado.
Pedaços de mim pra todo lado.
Cuidado.
Nas travessas da vida...
Muita coisa pode dar errado.
Mas...
Um dia tem fim.
Um ponto no começo.
Um meio....
Um ponto no fim.

Caminhando

Caminhe o caminho,
Longo ou curto,
Rápido ou vagaroso,
Sinuoso ou despretensioso,
O caminho há de se completar.

Para o passado não se pode mais voltar,
O futuro a um segundo está,
Mas é no agora que as decisões determinam o quando vamos chegar.

E que esse caminho seja repleto de “quandos”,
E que esses “quandos” sejam repletos de “quero mais”,
E que a cada querer, mais alegria de viver, de continuar,
Para que a cada chegar,
A gratidão no hoje inevitavelmente possa estar.

(*Poema dedicado ao poeta, amigo, irmão, camarada, José Schmitsler Filho)

⁠O caminho mudou apenas em aparência
Os pés são os mesmos
Antes descalços, hoje protegidos pela validade
E caminhamos
Caminhamos em círculos

Outro dia um jovem repetiu os erros de seu avô
A menina usou a saia da avó e foi dançar
Se conehceram no baile
O filho se chamará João, em homenagem ao avô do rapaz

Na parede um quadro velho daqueles pintados,
Têm 3 pessoas muito parecidas
O artista não manjava muito de caricatura
Mas quem liga?
A alegria é relembrar

As esquinas gritam o passado
Até o cheiro é igual
O pão ao menos não mudou muito de uns mil anos pra cá
E nem a fome

Minha pestana é idêntica a de um primo de minha mãe, ele era bem engraçado, não lembro o nome.

⁠Um sorriso aberto e franco

Mil mesuras no caminho

Saudações ao Sol e a Lua

Uma vontade infinita

...de saltitar colorida

Cantarolando uma canção

Melodiosa e divertida

Já me vou, mundo agora

Que toda natureza é minha

Me sinto parte do Todo

Quero festejar a vida!

⁠Eu sou a Cura
Seguir os desejos do coração é um caminho que traz ensinamentos, lapidações e quebra de paradigmas.
Caminhar com o coração é permitir que a pedra preciosa que reside em nosso interior, seja lapidada e que mostre de pouco em pouco todo o nosso poder…
Nossos medos e ações mais inconscientes se apresentam como sombra, fazendo com que nossas atitudes não sejam através do nosso coração e sim através de mecanismos de defesa….Nos sabotamos, nos magoamos, nos ferimos…
As palavras não andam junto com as atitudes, a verdade do olhar se perdeu em algum momento, as energias vibram em oposto, então vem o mais difícil e lindo instante…
A metamorfose. A hora de curar e transformar… é a oportunidade de chamarmos a coragem e aprendemos com ela a nos recolher e olhar pra dentro.
A solidão então bater na porta, o coração ficar apertado e sente a noite escura da alma assombrar por um período.
Contudo também é solitude, que traz certeza, que acolhe e presenteia, que sabe que após cada noite escura, o Sol sempre volta a irradiar clarezas.
A jornada pode ser dura sim, porém vem transbordando a liberdade de se auto conhecer e ser quem é.
Os sentimentos mudam, passamos a enxergar oportunidades que só o coração agradecido permite enxergar.
O mundo espiritual e o mundo físico se tornam um, e nós Uno, únicos. Então o mundo passa a ser você e você passa a ser o mundo.

O Escorregar de Manejo


⁠Cheiro
De poeira
Molhada
De chuva
Esperta
Em
Caminho
De
De terra

Sensação
De apruveitá
Qui nem
Tempo
De chuva
É

Chuva
Marota
Apertando
Água
De enxurrada
Já cobrindo
O pé

Essa
Outras
Lembranças
Perdidas
No tempo
Na memória
De quando
Já
Nem sabe
Se foi
Se ainda
É

⁠ESPERANÇA

Esperança pode não ser apenas o esperar
Mas também um caminho para acreditar
Um sonho para nossa alma alimentar
São pensamentos que nos fazem raciocinar.

Esperança são sinetas a tocar,
Mantém nosso coração a palpitar,
Ela não se cansa e vive a impulsionar
O desejo de algo para nos alegrar.

Esperança é um crédito para cobrar
É uma melodia para escutar
Uma vida de alegorias para festejar
É um sonho para se dominar.

Como a flor ela pode murchar
Como o rio pode secar
Como um tornado pode devastar
Como a brisa pode suavizar.

Esperança é estar sincronizado com a vida
É manter a confiança e acreditar
Ser firme nos propósitos de cada dia
Lutar para até mesmo o utópico conquistar.

A esperança é um alento de confiança
Associada ao pensamento para juntos lutar
Aqueles sonhos de que tanto se espera
Como uma promessa, mas confiante em realizar.

Com dinheiro não se compra esperança
O acúmulo de competência que nos faz enxergar
Uma vida de realizações que não evapora
Fixa na mente da força para alcançar.

A esperança é como uma corrida
Necessita de combustível para não parar
Se longo ou curto o caminho, não importa
Temos uma vinda inteira para os sonhos concretizar.

⁠Não quero, não posso, vou tentar

Tentar, invariavelmente tentar; esse é o caminho para dormir em paz com sua imaginação... e com seu coração.

Confesso que o ‘não quero’ sempre era minha primeira alternativa. Deixa pra lá... vivi até aqui sem isso, continuarei a viver sem isso forever...

Daí... a imaginação entrava em ação! Com aquele isso como tudo seria diferente! Com aquele isso eu seria mais feliz! Com aquele isso eu teria o que sempre quis!
...

Mas nuvens escuras vinham tudo nublar... me engolia a água do mar... me sufocava a falta de ar: eram muitos degraus pra subir, muitas pedras pra empurrar, era muito suor pra suar...
Não, não posso isso tudo enfrentar só pra esse isso alcançar!
...

Ah! Mas... e se eu tentar!?
Posso me machucar? Posso em mil pedaços me quebrar? Posso me sufocar?
Posso me curar? Posso os mil pedacinhos de volta no lugar colocar e colar? Posso ganhar? Posso lucrar? Posso melhor ficar?
...

E eu tentava... invariavelmente eu tentava!

Eu sempre o que queria alcançava?

Não, claro que não... mas eu dormia em paz com minha imaginação... e com meu coração.

Sem essa de dar um nó cego na preguiça e no medo de braços cruzados, my dear.

Nem sempre alcançamos o que queremos; o que não
tira o sabor inigualável do fruto chamado tentativa.

⁠Segue o caminhando sem ofender ou magoar propositalmente os outros e assim terá êxito pelo caminho.
Mas, se por algum acaso você errar com próximo, seja íntegro e peça desculpas e mude sua postura, não para agradar, mas porque é o mínimo que espera de uma pessoa bem intencionada e em evolução.

⁠Luto nos sonhos e caminho no desespero.
Imagino o Mundo calmo, tranquilo para nós dois.

Viajar e contemplar a paz nas Naçõese nas pessoas; nos olhares, não mais o medo; nos gestos e atos, não mais violência; nos semblantes, não mais rancor.

Desejo tranquilidade para nós... para que nosso Amor emane cada vez mais sublime.

Luto nos sonhos e a realidade se aproxima.

[A PAISAGEM NO ESPAÇO-TEMPO]


⁠Neste momento, contemplo uma paisagem. Há uma pedra no caminho (subitamente me lembro do poema). Ela é antiga como a Terra, mas isso no momento não importa. De qualquer maneira, é bruta, jamais trabalhada pelos homens de qualquer tribo ou civilização, Atraído pelo ruído suave das águas (ou terei imaginado isto?), meu olhar volta-se subitamente para o pequeno rio urbano, canalizado em meados do século XIX. O encanamento, contudo, já era naquele momento a substituição de um outro, construído vinte e oito anos antes (cheguei a ler o documento que registra o primeiro plano de captação, em um velho arquivo público). A atual calha que contém o traçado do rio, para evitar pequenas enchentes nos dias chuvosos, ali está desde meados do século XX, mas sofreu reparos recentes, por causa das olimpíadas de 2016.

O rio tinha seu nome tupi-guarani por causa dos papagaios que nele vinham se alimentar desde os séculos anteriores, mas a poluição das últimas décadas do século XX já os afastou há muito. Todavia, foram substituídos por aquelas garças, de dieta alimentar menos exigente, que vivem em um zoológico mais distante. Há uma árvore, duas, três, e mais, nas suas margens, sendo que cada uma tem uma idade diferente. Cada uma delas canta a sua própria imponência, na minha imaginação. Mas sou despertado deste devaneio por um outro ruído, este de verdade. É um rolar maquinal, que adentra a paisagem sonora como uma dissonância. A muitos e muitos passos do rio, há uma abertura para o chão. O metrô tem 25 anos, mas aquela estação foi agregada há apenas três anos, e agora oferece aos passantes a sua entrada. Entre ela e o rio enfileiram-se edifícios de diversas idades, de cada lado da rua asfaltada (com exceção de um curioso trecho de paralelepípedos, talvez esquecido pelas últimas administrações públicas).
Há também uma casa muito antiga, do início do século passado. Terá sido tombada? Sobrevive. Alguns automóveis, há muito eu não via um opala, movimentam-se discretamente na rua de mão única. Formam um pequeno fluxo. Seguem por ali, em meia velocidade, e logo vão desaparecer sem deixar vestígios. Por enquanto, todavia, fazem parte do acorde visual da paisagem. Registrei tudo, em minhas anotações. Mas agora me dirijo ao Metrô.

Ao entrar naquela estrutura moderna, que por sobre trilhos me conduzirá através de um conduto contemporâneo tão bem incrustado em uma pedra de milhões de anos, anterior ao surgimento da própria vida sobre a Terra, espero chegar em vinte minutos ao centro da cidade. Ali, naquela alternância de avenidas asfaltadas e ruas estreitas, por vezes talhadas em paralelepípedos, novos acordes de espaço-tempo me esperam. Sem ânsia maior de me mostrar a superposição de cidades que escondem e revelam, eles me indagarão, como se ressoassem do fundo de um verso: “Trouxeste a chave”? A todos perguntam a mesma coisa, indiferentes à resposta que lhe derem .

Já me demoro demais. Andar pelo espaço é viajar pelo o tempo. Retorno, será mais seguro, à reflexão histórico-geográfica


[extraído de 'História, Espaço, Geografia'. Petrópolis: Editora Vozes, 2017, p. 59-60]

⁠Nem sempre a nossa jornada é fácil e é comum nos sentirmos perdidos no caminho, tendo que decidir entre a RAZÃO e EMOÇÃO.. Mas ,se abrirmos o coração a luz vai mostrar a direção.
Depois de vencermos os desafios da vida e reconectar com as nossas VIRTUDES, estaremos de posse da sabedoria que vai nos direcionando e assim podemos lidar com qualquer situação.
O melhor lugar para estarmos neste mundo é no aconchego do lar ,junto com amigos onde tudo é familiar. Porém, será de extrema necessidade entender que no processo da TRANSIÇÃO evolutiva iremos bater de frente com nossa gente e, SEPARAR se de alguns deles será INEVITÁVEL, pois, não enxergamos a verdadeira INTENÇÃO que atrapalhará a nossa EVOLUÇÃO ,vindo de pessoas que MORAM em nosso coração.
É triste a separação ,mas a VERDADE acima de tudo e de todos deve PREVALECER .Vai doer ,no entanto ,vai FORTALECER o ser que não quer entender que DEUS vem em primeiro lugar e jamais iremos QUESTIONAR ,porque somos GUIADOS pela INTUÍÇÃO que DETERMINARA a direção.
Entender aquilo que é intranscendente ,que supera o mundo manifestado, é reconhecer Deus e ,conhecendo a Deus vamos alinhar a vida com PRINCIPIOS e PROPÓSITO.
Desligar do mundo onde para todos ,tudo é mera coincidência é RECONHECER a nossa própria essência. "Deus : uma unidade gerando unidade ,refletindo em si mesmo a única chama."
O desapego é a chave da gaiola que prende a alma humana e, desapegar é colocar DEUS ACIMA de TUDO para cumprirmos nossa MISSÃO terrena sem medo de errar!
Quem pode saber o que é melhor para nos ,se não AQUELE que nos criou?
Entrego ,CONFIO , ACEITO e AGRADEÇO.

⁠E ele sentou-se solitário à beira do caminho e chorou... chorou todas as lágrimas guardadas a sete chaves desde sempre... aprendera a disfarçar seus sentimentos, vivia um tormento... por dentro... só por dentro... por fora, bem... por fora havia costurado um sorriso tão sorridente que sorria pra toda gente - mesmo na hora de lágrimas, ele estava a sorrir... era só o que sabia: fingir.

As palavras dançavam diante de seus olhos... 'malditas palavras!!' porque elas decidiram aparecer diante de seus olhos!? Antes fosse um analfabeto... aquelas palavras permaneceriam apenas o que eram: simples palavras... não teriam encontrado o caminho pro seu coração...
...mas encontraram e agora as nuvens negras no céu mais negro sob sua cabeça faziam todo o sentido... era assim que sempre havia se sentido: triste e na solidão... era tão só seu coração.

"Há de chegar o dia em que não serás feliz"... malditas palavras apareceram pra escancar que a felicidade existe... existe e ele era sempre tão triste... tão destituído de ser feliz...

O que lhe doía mais!? Descobrir que a tristeza era seu capataz!? Que um dia de ser feliz não seria mais capaz?

Não, não... o que lhe doía era não ter percebido muito tempo atrás de que havia sido enganado... há no mundo sim alguém que de ser feliz é capaz...

⁠Caminho estreito, seguir diligentemente para não se ferir às margens da vida. Há uma saída, viver intensamente cada lapso temporal em lucidez, compreendendo o significado que cada fração de tempo na vida só se vive uma única vez.
Viva a vida, não tem como voltar, é via de mão única.

⁠PENSAMENTO

Estou pensando agora no meu futuro se caminho sobre a corda bamba ou então por cima do muro

Estou pensando agora no meu futuro se na fenda pequena eu aumento o furo ou se por cima da pedra eu dou um pulo

Estou pensando agora no meu futuro Se escuto os trovões de sempre ou canções que me reinvente

Estou pensando agora no meu futuro Se abro os olhos pro horizonte ou se os fecho pra tudo

Estou pensando agora no meu futuro No meu futuro Estou pensando

Pensando agora...


- Johnny Rocha, ao oitavo dia do segundo mês do ano quatorze de dois mil.

⁠O caminho é seu, com suas dores, medos inexplicáveis, alegrias sem sentido, dia e noite à luz e imagem da sua alma, única, especial e com uma missão particular aqui na Terra.
Buscar o reconhecimento é consequência da falta de se reconhecer. Quando vamos beber no externo, mais a fonte cristalina interior se apresenta como cura e conexão direta com a Criação.

⁠Cada um no seu caminho, construindo sua história, aderindo valor ao que faz sentido em sua trajetória.
O respeito deve sempre existir pelas pessoas... não há nenhum dono da razão, tudo é questão de opinião. A sua forma autêntica de viver é inerente a você; o modo de como as pessoas vivem, diz respeito ao conceito delas; aprenda a lidar com as diferenças, viva a sua crença sem menosprezar as convicções alheias. Conquiste as pessoas com testemunho de vida, sem acusá-las em nada. Seja luz que reluz Cristo na sociedade. Faça a diferença onde você estiver.

⁠Tento afogar meus demônios a cada dose
Pra aliviar meus neurønios de cada neurose
O caminho é de espinhos mas nada vem de graça
No fim mesmo sozinho faça o suor encher a taça

Então Busque o despertar desde menino
Sustente o fardo e faça seu destino
Quem bota a cara a tapa vira alvo
Mas no final da colheita será salvo

De nada vale um santo forte pra uma mente fraca
É como contar com a sorte portando uma faca
Enquanto a matéria grita a alma levita
Minha verdade tá na escrita e é dita.

⁠Nova Era Luz

Juntos a caminho da nova era luz
Nela vejo ascencionados e Cristo sem a cruz
Sete raios de esperança que conduz
Distanciar sentimento de pensamento não reluz

A cura será eterna onde a pandemia é interna
Viva suas estações no projeto Terra
Não encontrará soluções enquanto hiberna
Então saia da caverna
No fundo o que sinto carrego de outras orbes
Projetos planetários que já não estão na Forbes

Explodi mente, vi petróleo no que se sente
Sabedoria é diferente de conhecimento, entende?

A ação de aplicar é fazer transcender a magia do viver
A vida é observar o que absorver
Esquecer o passado, abraçar o presente para o futuro ascender

Para um mundo sem fome, sem corrupção sem discriminação
Almejo progresso, compaixão, vida repleta de gratidão
Para vampirismo e energia densa, estou sem tempo irmao

Chamam de mandinga, um simples ritual
Chamam de depressão, o inferno astral
Mas saiba que é infinito o laço ancestral
O caminho entre a mente e o corpo, é espiritual
Individual, do umbral, penumbral, busco luz astral
Busca de consciência nesta vida surreal

Sou observador do eterno agora
Percebo o processo da flor a brotar lá fora
Não existe passado, futuro nem hora
Meu crepúsculo interno me trouxe a nova aurora

O medo e a dor te ensina a diciplina
O amor cura e sem precisar de vacina!