Textos de Amizade- Marilyn Monroe
Vida Nova
Manhã clara de coragem
Vida mansa na bagagem
Levo a paz, o amor e o mar
E o que mais alguém me dar
Já comprei até a passagem
E já sei pra onde eu vou
Já aluguei o meu lugar
E sei muito bem quem sou
Agora vida nova eu vou viver
Cultivar novos amigos
E respirar um novo ar
Não é que estou tentando
Me esconder
É só porque não dar mais
E se eu ficar aqui vou sofrer
É um vida beirando o abismo
Com muita festa na garagem
Eu não sou plateia pra egoismo
E pra mim isso é sacanagem
Quem quiser pode vir também
É só dar meia volta
E me acompanhar
Depois a gente volta
Pra pegar o que sobrar
E assim como tão curta
É a nossa vida
É tão pouco também
O que a gente tem
Daqui pra frente é vida nova
E muita coisa a se sonhar
É como a noiva a se casar
E uma lua de mel
A te esperar
Daqui pra frente
É sol e chuva
Pouco sal
E muita uva
Mão que abre
E te aperta
Sem te parecer letal
Pra não precisar de luva
Não que eu seja um imortal
Mas enquanto for possível
Eu prefiro evitar essa curva
Que fecha os meus dias
Como quem fecham
Os meus olhos
E não se dar conta dessa covardia
Que fazem os meus sonhos
Ficar turvo
Numa insana maestria
Deixando eles caolhos.
A Ponte
Por cima daquela ponte
Muita gente tem passado
Eu só não sei o que se passa
Pra tanta gente ela ter suportado
Não é pelo peso da roupa
Quando a mulher vai pra fonte
Nem pela barriga cheia
Do menino que come a sopa
E depois enche os bolsos
Com pedrinhas lá do monte
É pelo peso lá da cúpula
Que nos obriga e nos ocupa
Deixa a mente encabulada
E por quase nada faz intriga
Quando esses pés pisam na ponte
Eu não sei porque ela não desaba
Talvez porque ela seja tão forte
Ou esse mundo nunca acaba
Não sei se chama isso de sorte
Ou de grande sina macabra
Que nos faz berrar até a morte
Como se fosse uma cabra
Por tudo isso eu já não sei
Como essa ponte suporta
Tantos pés á inibir essa lei
Como quem chuta uma porta
Com tanta força amarrada
Presa á nossa revolta
Com tantos pés na enxurrada
Implorando quem solta.
Essas Mulheres
Essas mulheres guerreiras
Que geram vidas
Como quem giram em torno
De qualquer brincadeira
E por serem tão atrevidas
Elas são capazes
De gerar um filho por semana
Uma vida inteira
Essas mulheres te incendeiam
Com aquele seu fogo ardente
Elas se permeiam
Entre o seu corpo
Feito uma serpente
Depois elas te desnorteiam
E bagunça com a sua mente
Creia você ou não
Ela é a mais inteligente
E com toda sua tentação
Ela é a mais exigente
Essas mulheres sabem das coisas
Que você também devia saber
Mas por elas serem tão atrevidas
De você elas tiraram esse poder
Com aquela sua lábia maldita
Que você também devia entender
Pra nunca deixar se levar
Ou ser enganadas por elas
Pois uma mulher erudita
Na lábia há de sempre ganhar
E o jogo há de sempre esconder
Essas mulheres
De lenço na cabeça
São as mais perigosas
Elas nunca pedem licença
Pra que um dia a gente te esqueça
Mas sempre perdem a decência
Com aquele jeitinho dengosa
Querendo que tu enlouqueça
E pague por elas
Qualquer penitência.
A Resposta De Um Silêncio
O silêncio me ensinou
Ter respostas pra tudo
Desde o milênio que passou
À essa geração sem estudo
Não se constrói uma nação
Só com braços no ar
E pernas no chão
É preciso que haja
Um pouco mais de cintura
Se quiser alcançar
E chegar à sua altura
É preciso que haja
Um pouco mais de perdão
E sobretudo
Um pouco mais de doçura
Liberdade é fundamental
Pois é ela quem faz
O nosso corpo dançar
E esconder a nossa loucura
É preciso que saiba
Que todo mundo é igual
E sobretudo que haja
Um pouco mais de compaixão
Pois é ela quem traz esse amor
Que invade o seu coração
Como a notícia que dar no jornal
E a beleza que traz uma flor.
A Vida E A Morte
Porque a vida
É mais curta
Que a morte?
Se as duas chegaram
Juntas no mundo
Uma mostrando
Que viver é uma sorte
E a outra querendo
Provar que é mais forte
Por quê a vida
É mais curta
Que a morte?
Se as duas chegaram
Juntas no mundo
Uma te furta
Quando vai embora
Deixando por dentro
Um profundo corte
Por quê a morte
É mais certa que a vida?
E se viver é uma sorte
Ela tem andado meio destraida
Porque a estrada já nasceu torta
E a vida uma grande iludida
Por quê a morte
É mais certa que a vida?
E se viver é uma sorte
Por quê existe a despedida?
Se o amor já nasceu pobre
E o coração uma grande ferida
Mais cedo
Ou mais tarde
A sua alma descobre
E não precisa estar despida
Nem ser ela assim tão nobre.
Felizes Para Sempre
Nos eramos todos felizes
Felizes até não saber
E tudo o que tinha á sua volta
Achava tudo tão pouco
Mas um dia a vida fez tudo perder
Foi quando começou a sua revolta
E agora se comporta como louco
E até a sua alma
Já quer vender
Felizes para sempre
A gente já nasce assim
Mas nunca fica contente
E nunca agradece o teu sim
Viver é felicidade
E isso já basta pra mim
Vaidade é pura loucura
De quem procura outro fim
Felicidade a gente faz
E não espera alguém trazer
Pois todo mundo é capaz
De inventar o próprio prazer
Felicidade é a nossa herança
Por tudo que se vive,
Que se pede, que se alcança
Tá na luta da manhã
Que sobrevive na lembrança
Tá na gruta
Tá na aba
E nos olhos da criança
E quando tudo acaba
Felicidade ainda tá lá
No espaço do recruta
E no compasso dessa dança
Felicidade tá veia
Tá na ceia,tá no sangue
Ela tá no corpo da sereia
E quando vem
É sempre em gangue
Felicidade tá no ar
Dançando salsa e merengue
Felicidade quer também
Qualquer um sem perrengues
É quer alguém
Que também saiba amar
Felicidade é qualquer coisa
Basta só a gente acreditar
E tudo que é ruim
Cabe a gente transformar
Em sonhos bons e tão reais
É só a gente permitir
Dias melhores e legais
Por aqui vão surgirem
Basta você se decidir
E abraçar todos que vierem
Como se chegassem hoje
E amanhã fossem partir.
Grão
Tudo é um grão
A vida, o amor
E o dragão
Do pão ja nem se fala
Pois pra comprar sempre me falta
No bolso algum tostão
Tudo é um grão
A paz, a flor e a compaixão
O medo que aflora
E com o tempo vem o perdão
Aqui agora é assim
Quase tudo vai embora
Até o ladrão
Que entrou no seu jardim
Pra roubar essas amoras
E saiu bem devagar
Porque tudo estava no fim
Tudo é um grão
Até a chuva quando cai
E molha bem esse chão
Pela porta a gente sai
E entra alguém no coração
É quando se conhece o amor
E não sabemos mais o que fazer
Se a gente fica
Ou se a gente vai
E fica assim dividido
Entre a razão e o prazer
O tempo é um grão
Que garoa no telhado
Quando a gente corre pra estação
E não ver ninguém do seu lado
E quase morre de tédio
Tão louco e desesperado
Com medo de perder a ilusão
Quando tudo estiver acabado
E até na farmácia
Não tiver mais remédio
Pra curar a tua solidão
Quando estiver apaixonado.
Ancestral
Chegou veloz como o vento
Assim meio que de repente
Atracou na garupa do passado
E disse, toca pra teu presente
Ele tinha a cara de assustado
E também de um homem valente
Chegou assustando a primavera
E os olhos triste daquela boneca
Deixando de lado
Toda e qualquer quimera
Atracado á minha soneca
É quando tudo parece um fardo
E o meu canto já se encerra
Chegou como nunca se viu
E partiu como nunca chegou
Atracado á meu paladar macio
E o seu corpo não me agasalhou
Chegou como uma barata tonta
Como se estivesse no cio
Por capricho ela só apronta
E o seu olhar logo me abandonou
Chegou,
Como a imensidade do mar
E foi embora na velocidade
De um vôo
Atracado á intensidade do ar
E por ruindade
Aqui nos deixou
Chegou como se quisesse mais
E rezou como se estivesse em paz
Cantou quando queria xingar
E se enfezou
Quando quis se vingar
Chegou pelas beiradas
Assim como quem vem só espiar
Fingindo não querer nada
Mas o seu olhar é de arrepiar
Sua boca parece uma escada
Onde a minha já quer se atracar.
Dom
Todo mundo
Tem um dom
E sempre da voz
Pra aquele que não tem som
Todo mundo
Tem um dom
E há de pintar
Essa vida de verde
Em vez de marrom
Todo mundo
Tem um dom
E isso não é nada comum
Não é estranho
E nem pra ter medo
Pois ele é só mais um
Á apontar o dedo
Mas no fundo também
Acha isso tão bom
Todo mundo
Tem um dom
E com ele há de ir mais além
Destacando-se na multidão
Feito uma mulher
Que se encantou por alguém
Quando ela chega
Te acenando a mão
E com a boca pintada de batom.
Caminhos Da Escola
Escondam a coca-cola
Da boca desse menino
E mostrem pra ele
O caminho da escola
Se ele não quiser
Passar a vida inteira
No sinal pedindo esmola
Leia o jornal pra esse menino
Pra que ele entende
A verdade profana da rua
Fale pra ele desse cruel destino
E que amanhã
Essa mesma manchete
Também pode ser sua
Dê pra esse menino
Lápis e papel
Antes que o destino
Vem e te faça réu
No breu malino
Desse aranha céu
Mostre pra esse menino
Que esse mundo tá cheio
De homem mal
E se te pegam na rua
Em vez de estar
A brincar no recreio
Já é chamado de marginal
E o que te acontece depois
Eu até receio.
O Seu Corpo Moreno
Eu não sei qual é a sua
Mas eu me assumo
Ser todo seu
O seu corpo é o meu consumo
E quando estar perto do meu
Ele logo se insinua
Esse seu corpo moreno
Que é tão esplêndido
E todo esbelto
E também nada pequeno
Eu vejo quando estar despido
E imagino ter você
De uma vez por completo
Quando eu te vi sair do banho
Numa tarde bem gelada
Aqui dentro de mim
Alguma coisa veio á lanho
Eu queria ser aquela água
Que pingava do seu corpo
E deixava os seus cabelos
Com aquela camiseta
Que vestia toda molhada.
Eu E Você
Vamos misturar
A nossa loucura
Pra ver quanto tempo
A gente se atura
Vamos misturar
Os nossos pecados
Como quem mistura o recado
Na boca de qualquer criatura
Vamos misturar
Os nossos olhares
Pra ver quem mais longe
Consegue enxergar
A beleza que faz o céu
E a certeza que traz o mel
Pra aquela nossa doçura
Lembrar de um beijo seu
Quero ver uma flor no jardim
E nada de dor nessa vida
E que o amor não seja esse fel
Cruel feito armadura
Quando tudo chega no fim
E aflora a nossa candura
Troca o não pelo sim
Declarando sua despedida.
Subserviência
O que a gente faz
O que a gente pensa
Quando o sonho traz
E a gente dispensa
E o que fazer depois
Pra durmir em paz
Quando o arrependimento chegar
E sem pedir licença
Se acomodar entre nos dois
O que a gente vai cantar
Quando a missa começar
Se até o padre foi se embora
Porque cansou de comungar
Ele pegou logo a sua estrada
E foi tentar sorte em outro lugar
Porque cansou
De casar aos outros
E não lhe sobrava nem risadas
O que a gente faz
Ou deixa de viver
É problema de quem nasce
E um dia tem que morrer
Talvez você
É que não conhece o seu lugar
Pois esquece no fogo o seu doce
E do meu vem se lambuzar.
Televisão
A televisão sempre veta
O que os olhos
Da gente quer ver
Porque está sempre alerta
E toda verdade tenta esconder
A televisão sempre teima
Com a verdade nunca mostrar
Todos os papéis ela queima
E os rastros tenta apagar
A televisão sempre deixa
Você imaginar o que quiser
E enquanto ninguém se queixar
Há de aceitar o que vier
E assim pra sempre vai ser
Se você nada disser
A televisão sempre se enjoa
Quando eu não faço o jogo dela
Ai é que a mentira quer voar
E arrancar o couro da goela
A televisão sempre deixa
Uma voz calada em algum lugar
Com tantas perguntas
Sem respostas
Bailando soltas no ar
Tantas propostas
Vivendo ali juntas
Num faz de conta
Ou deixa pra lá
A televisão me envergonha
E logo eu já passo mal
Ela tira a alegria de quem sonha
E acha tudo muito normal
No final só ela quem ganha
E acha que ninguém é igual.
Uns Braços
Há uns braços
Querendo mais
Que alguns abraços
Pedindo corda em vez de laço
Pra atracar um coração
Que vive agora em pedaços
Há uns braços remando
Sempre contra a maré
E uma boca implorando
O beijo daquela mulher
Há um delírio no seu olhar
Se alimentando com as mãos
Em vez de colher
Há um colírio tentando cegar
Os olhos dessa ilusão
E tudo que é sonho da gente
Tentando pra sempre tolher
Há uns braços
Querendo tocar o céu
E se lambuzar no seu peito de mel
Mas muitas vezes parece de aço
E quer abusar de mim
Um gosto estranho de fel
Há uns braços
Decretando o meu fim
Sentado num banco á direita
Julgado como se fosse um réu
Trocando o não pelo sim
Á me condenar nessa seita
E deixando perdido ao léu.
Acaso
No acaso não me cabe
Apontar o dedo ou julgar
Pois quem veio pode voltar cedo
Mas também pode ficar
Pois o acaso nunca sabe
Quem veio pra lutar
E se não luta é porque acha feio
Ou talvez porque morre de medo
E pra não derrubar
Ele pisa logo no freio
Evitando deixar no chão
Tudo aquilo que o arreio
Um dia não conseguiu segurar
Quando veio correndo
E não segurou o rojão
Tremendo feito vara verde
E quase pifou o coração
O acaso me persegue
E eu finjo que não percebo
Pois a vida é um reggae
E o que ela der eu recebo
Porque assim como a vida
É sagrada
É sacramentado á ela
Também o ocaso.
Os Olhos Da Cigana
Minha vida é uma ciranda
Sempre escrava de quem manda
Me crava no peito uma espada
Aqueles olhos da cigana
Pois de boba não tem nada
E aquela boca não me engana
Minha vida é uma ciranda
E sempre estar na corda bamba
Sempre escrava de quem manda
E quando eu pulo nesse fogo
É como parte de um jogo
No lugar que não tem samba
Minha vida é uma ciranda
Uma cidade enfurecida
Me dar voz de prisão
E faz eu beber formicida
Sempre escrava de quem manda
Esses olhos da cigana
Que são como duas espadas
No meu pobre coração.
UM JOVEM LOBO ENTRE NÓS
CRÔNICA
Para quem não sabe “lobo” é um termo que as comunidades evangélicas usam muito para denominar o personagem que se veste de pele de ovelha; surge de fora ou do próprio seio das instituições religiosas, e se aproveita da boa fé dos fiéis, para levar alguma vantagem qualquer.
O "joio" nasce e cresce, juntamente com o "trigo". Há uma informação tipo assim no texto Sagrado.
E, praticamente torna-se muito difícil viver longe do joio, ou evitar um dano que ele causa; o lobo é sempre muito astuto.
Percebi uma particularidade curiosa quanto a esse “intruso”:
quando o lobo é de fora - de lugares distantes -, ao se dirigir a uma localidade qualquer, a sua boa fama vai a sua frente e chega primeiro que ele, a tal destino;
isso facilita muito suas ações de “trapacear” e aplicar seus “golpes” fatais.
Todo lobo têm uma boa “lábia” - como geralmente são os estelionatários-,daí mora o perigo das pessoas serem ludibriadas mais facilmente!
No início da década de 1980, poucos anos depois da minha conversão ao cristianismo e o meu ingresso numa entidade religiosa;
a mocidade era “fogo puro” (muito espiritual),na fé, no evangelismo, nas orações nos ensaios e nos louvores... E dávamos bom exemplo no testemunho cristão.
Uma vez por mês havia um culto sob a direção dos jovens nessa igreja que eu congregava.
Esse evento era muito “badalado” (era anunciado aos quatro cantos) por lá.
Convergiam ao lugar, jovens de algumas cidades da redondeza para participar conosco daquele trabalho.
Alegrávamos muito no Senhor, e na comunhão com os jovens irmãos visitantes.
Era um intercâmbio interessante aquilo!
Eu, naquele grupo de jovens era o mais “erado” (o mais antigo da turma),e já acumulava um pouco de experiência na fé, apesar de ser ainda um novo convertido.
Próximo da edição de mais um desses cultos mensais de jovens, estávamos todos ansiosos e desejosos que chegasse logo aquele dia.
A fama de um jovem “muito abençoado” havia chegado a Campos Belos, exatamente por ocasião do culto que iria ser ministrado por nós, jovens, daquela comunidade;
o mesmo, viria da cidade vizinha de São Domingos-nordeste de Goiás (mas, ele não era morador daquela instância, ninguém sabia sua origem), e poderia sim ter uma chance de ministrar a palavra de Deus naquele evento que iríamos realizar;
pois, já se sabia que ele era “muito usado por Deus com o "dom da pregação”.
Geralmente o presidente da mocidade dirigia aqueles trabalhos religiosos.
Nos dias que antecederam o referido culto; e, fazendo o papel de um conselheiro, orientei o Jamil, que na época estava como presidente da mocidade (posteriormente fora consagrado a presbítero);
que, não seria bom dar muita “liberdade” (no decorrer do culto) àquele visitante; nosso desconhecido, e que apenas permitisse a ele somente a oportunidade de uma pequena saudação.
Fiz tal sugestão pensando evitar um mal maior na seara do Senhor...
No ensaio dos louvores do conjunto de jovens na tarde do dia “D” do tal evento, quem estava lá?!
Exatamente o jovem visitante, tão esperado por toda da irmandade;
o Levigone! "De carne e osso!"
Ninguém imaginaria a que veio. E o que predominava em nós era a inocência.
Ele não perdeu tempo pois tinha urgência...
Levigone nesse ensaio, já teve logo sua primeira oportunidade de dizer alguma coisa;
mas, teria que ser breve as suas ponderações.
Na verdade Levigine nem queria falar naquele momento: pois como uma cobra ele sabia a hora certa de "dar o bote".
Mas, para não “chegar calado e sair mudo”...
Abriu sua ferramenta de trabalho a “arma de dois gumes” – a bíblia, que a usava como facilitadora do cometimento de seus delitos e como esconderijo.
E cravou em minha memória e na memoria de muitos para sempre, as palavras de Deus saída da boca de São Paulo:
"Mas como está escrito: as coisas que o olho não viu,e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam "(I Cor 2.9).
E baseado no referido texto acima, que lera para nós, fez um emocionante comentário em que muitas lágrimas rolaram dos olhos “simples” daqueles jovens.
E no pouco que falou deu para se vê, que Levigone era mesmo "terrível" na arte da oratória!...
Mas, "suas unhas" só mostraria mesmo, depois...
Ele não teve a receptividade que gostaria de ter, por parte da mocidade e da igreja; foi recebido com uma certa frieza.
Mas, ”tem problema não: se não dá de um jeito dá de outro.” pensava o jovem lobo.
Mudou o foco e já pensava em alguma possível vítima fora da igreja, na sociedade campo-belense.
Então,o joio irmanou-se ao trigo de maneira que não dava para saber “quem era quem”. E, andava com os crentes como se fosse um dos tais.
Para cima e para baixo lá ia ele “enturmado” com os servos do Senhor como se fosse um dos escolhidos de Deus.
O tempo passou...
Não é que o culto estava ruim naquele dia, longe disso. Mas naquela noite não sentimos muita alegria no espírito.
O clima na congregação estava meio tenso, e com poucos “glórias a Deus e aleluias”; para um povo pentecostal aquilo não era muito comum.
Percebi que havia algo estranho no ar...
Após o término do trabalho ofereci uma carona para o primo Jamil, que ainda morava com sua mãe no Brejinho – saída para Brasília.
Parei o fusca na frente da sua casa e ele já foi me dizendo:
- Primo, você não imagina quem passou hoje à tardinha, aqui em frente, dando tchau pra mim!
- Não tenho a menor ideia! Disse a ele.
- Foi o Levigone, o jovem lobo que estava entre nós.
- Como você soube que ele era um lobo?! O interroguei.
- Fiquei sabendo que o mesmo, fora embora, depois de roubar o corcel II de Zé da farmácia.
Sabemos que Deus fala de muitas maneiras...
Então resolvi fazer uma prova disso e lancei um desafio:
Combinei com o Jamil: - vou abrir a minha bíblia no escuro da noite, e você vai pôr o dedo na página da mesma;
e vamos ver qual vai ser a palavra de Deus para esse tipo de pessoas?
- Vamos! Concordou comigo.
E, segundo as sagradas letras “o que for acordado a cerca de uma boa causa aqui na terra será confirmado no céu”.
E assim o fizemos: abri a minha bíblia, e o primo colocou o dedo indicador da mão direita em uma das páginas do livro Santo, e acendi a luz interna do veículo;
e qual foi a palavra do Senhor para o jovem lobo que estava entre nós?!
Fora a seguinte:
"Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior,enganando e sendo enganados" (II Timóteo 3:13).
E São Paulo nos revela o verdadeiro perfil moral e espiritual dos lobos que podem está por aí entre nós:
“... os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo,mas a seu ventre: e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples (Romanos 16.18).
31.08.16
Alguém me perguntou o que é um casamento
exemplifiquei usando duas porções de arroz
coloquei-as lado a lado com uma pequena distância separando-as e disse:
isto pode ser um casamento
então movi a porção da esquerda para o lado da porção da direita e disse: isto não é um casamento
voltei as porções para o lugar inicial, o das possibilidades
agora movi a porção da direita para o lado da porção da esquerda e novamente afirmei que aquela união também não era um casamento
voltando as porções para o lugar inicial, parei por alguns instantes e movi uma porção até o meio do caminho e em seguida movi a outra parte da mesma forma, o que acabou misturando-as...
O embuste perfeito sacudiu a alameda
três garotos gritavam
pega ladrão
mártires das marijuanas a roubarem o sustento
maquina pobre e rala a queimar os lábios
sufoco na fumaça insana o que a alma deseja
corre que a policia vem aí
da poliça tenho medo não
ela grita mas não late, só bate
alicate no cadeado da central
cheio de moedas, fartura
amanhã terá pão com manteiga
no café da manhã
mas só amanhã
depois rala peito na calçada
e vê nos telefones públicos
fotos das madames
princesas sem reinos
a chamar qualquer um
um por um e todos
até o dia amanhecer...
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