Textos
📘 3. Fragmentado — A Lâmina da Palavra
> A escrita é minha arma.
Não atira, não explode.
Mas corta.
Corta onde a sociedade esconde o pus.
Corta o discurso pronto que protege monstros e pune inocentes.
Escrevo com cicatrizes, não com tinta.
Não sou poeta da esperança.
Sou cronista da dor.
A cada linha, denuncio o abandono disfarçado de liberdade.
A cada frase, rasgo a hipocrisia que sufoca o homem que sente.
Não defendo covardes.
Quem levanta a mão pra bater em mulher, criança ou velho —
é lixo humano.
Mas também não aceito ser condenado por respirar.
Ninguém mais vai me calar.
Esta é minha voz.
Esta é minha lâmina.
E se incomoda, é porque acertou o nervo exposto.
---
📘 4. Fragmentado — O Cansaço de Ser Forte
> Me ensinaram que homem não chora.
Mas nunca me ensinaram o que fazer quando a alma sangra.
Sempre me disseram pra ser forte.
Mas ninguém perguntou o quanto isso me custa.
Ser forte virou obrigação.
Uma prisão com o nome de “exemplo”.
E quando falho, me chamam de fraco.
Quando desabo, dizem que “nem parece homem”.
O homem forte também quebra.
O homem forte também grita por dentro.
Mas o mundo só ouve o barulho do erro.
Nunca o silêncio da dor.
Hoje, eu não escrevo pra parecer firme.
Escrevo porque estou caindo.
Fragmentado.
Mas ainda tentando.
Escrevo no Escuro, Mas Não em Silêncio
Mesmo com minha visão limitada, minha voz não se cala.
A vida me impôs um silêncio forçado, uma pausa que nunca escolhi. Minha visão debilitada me impede de agir como antes, de subir, pintar ou realizar tarefas físicas.
Mas a dor que não fala explode por dentro — e eu preciso botar isso pra fora.
Escrever, para mim, não é simplesmente sentar e digitar. É uma batalha diária.
Minha visão limitada dificulta a leitura e a escrita. Cada palavra que sai é fruto de muita paciência, esforço e adaptação.
Uso ferramentas tecnológicas para ajudar — leitores de tela que me falam o que está escrito, comandos de voz que transformam minha fala em texto, teclados especiais que me ajudam a não errar —, mas mesmo assim o processo é lento e exaustivo.
Às vezes, a letra demora a sair porque tenho que revisar com cuidado o que foi transcrito, corrigir erros que aparecem, lidar com o cansaço físico e mental.
A sensação é de um combate constante contra o tempo, contra a fadiga, contra a frustração de não poder ver as palavras como antes.
Mas eu persisto. Porque essas palavras são mais que letras — são minha resistência, meu grito silencioso, meu modo de existir.
A escrita não é só trabalho, nem rotina — é luta, é expressão de dor, é cura e sobrevivência.
Enquanto minha visão limita meus passos, minha mente e alma encontram força para criar e resistir.
Que minha história sirva de voz para tantos que lutam calados, porque ser forte nem sempre significa estar bem.
Seguimos, com a alma ferida, mas de pé.
#Resiliência #DorSilenciosa #HomemQueSofre #EscritaQueCura #ForçaInterior
Habitar-se é um tipo de exílio sagrado!
Sinto como se não tivesse sido feito da mesma matéria dos outros.
Minha infância era um espelho embaçado,
onde ninguém parecia me reconhecer.
E compreensível ou não, as vezes ainda carrego a mesma sensação,
como se o mundo me oferecesse moldes
que nunca abrigaram a forma da minha alma.
Tudo em mim
sempre foi um pouco desalinhado,
como se eu dançasse um ritmo
que só meu peito escutava.
Descompassado ou não, era o espetáculo que eu entregava - sem holofotes,
Sem plateia, somente a alma.
Nunca vi como os outros viam.
O mundo me parecia um palco deslumbrante e distante
e eu, um espectador melancólico,
sentado à beira do próprio abismo,
tateando sentidos com olhos em carne viva.
Ainda assim,
sempre que alguém cruzava o meu destino,
eu me doava inteiro!
Sem reservas,
sem cálculos,
sem planos de fuga.
Investia o que em mim era força,
o que era luz,
e até o que eu sabia que me faria falta depois.
Porque amar, mesmo que em ruínas,
é para mim,
uma das formas mais sinceras de tocar a vida que se deseja.
Mesmo que por um instante,
eu me permitia vibrar naquela realidade sonhada!
Ali onde o toque era cura,
a presença era templo,
e o “agora” … bastava!
Mas depois do “até logo”,
a maré me levava de volta à margem de mim.
Fechava os olhos ao mundo
e encarava, no escuro,
as rachaduras que ninguém via.
Tentava, com as mãos nuas,
tapar os vazamentos da alma,
ainda que tudo escorresse pelas frestas do silêncio.
Às vezes parecia inútil.
Às vezes era mesmo.
Mas nunca deixei de tentar.
Nunca deixei de viver com tudo que carrego.
Porque, mesmo nos dias em que a existência dói,
ainda creio que viemos experienciar a vida!
E por inteiro!
Não só o riso,
mas também o pranto,
o vazio,
as perguntas que giram sem respostas, nem repouso.
Creio que todos os dias são bonitos.
Mesmo os que machucam,
os que confundem,
os que silenciam demais.
Bonitos porque existem,
porque me atravessam a alma,
e sobretudo, me ensinam!
Alguns chegam com flores,
outros com pedras,
mas todos me convidam a sentir.
E em todos,
me mantenho aceso.
Contudo, alguns são apenas sobrevivência,
tormenta mental sem fim triunfante,
um salto visceral para os corredores mórbidos das camadas que me compõem.
E então compreendo, em silêncio:
as partes que em mim se partiram
não pedem camuflagem,
pedem reconhecimento.
Como ensina o Kintsugi,
não é preciso ocultar a rachadura -
é nela que o ouro se deposita.
É o que rompeu que revela,
é o que feriu que desenha
a cartografia exata do que sou.
E talvez, a beleza mais honesta
não esteja na perfeição preservada,
mas na imperfeição assumida
e transformada.
Porque habitar-se é um exílio, sim,
mas é também a única forma
de não se perder
no mundo dos que jamais se permitiram sentir demais.
Nem sempre por vontade,
às vezes só por não caber em lugar nenhum.
E quando não se cabe,
volta-se.
Para dentro, para perto,
para algo que ao menos ecoe,
para onde a existência faça algum sentido - mesmo que breve.
É ali, nas entrelinhas do sentir e do viver,
no ateliê invisível do tempo,
que acolho meus cacos com reverência
e os ressignifico em arte —
não para esconder a dor,
mas para deixá-la visível,
abrilhatada com ouro,
com presença e vida.
- Por Daniel Avancini Araújo
Como escapar da própria pele?
Por mais que eu tente me afastar de mim, mais perto fico.
Na travessia pelo mar da vida, deparo-me com um castelo de areia frágil, efêmero, mas incrivelmente belo.
Imagino seus cômodos, suas histórias não vividas, um universo inteiro que brota no silêncio da mente.
Por um instante, um único segundo de imaginação se faz vida: tão real quanto o toque do vento.
Mas então, sem aviso, a chuva despenca.
Molha-me. Pesa. Incomoda.
A areia gruda na pele, a realidade se impõe como tempestade.
Abro os olhos
E tudo que resta é uma poça onde antes havia um sonho.
Tem gente que confunde afeto com posse, desejo com respeito, e coragem com grito.
Mas a verdade? A verdade é que quando a máscara cai, o tom muda.
E quem se afasta diante da verdade… nunca esteve pronto pra maturidade.
Eu não sou teu passatempo emocional.
Não sou escudo pra teus traumas, nem lixeira pros teus surtos.
Eu sou homem. E homem não implora por espaço onde já foi desrespeitado.
Você pode continuar jogando indireta, fazendo drama ou bloqueando.
Mas no fim, o silêncio que eu deixo fala mais do que qualquer grito que você já deu.
Aqui não tem raiva. Tem consciência.
E uma vez que eu entendo quem você é...
Eu deixo de ser quem aceita."**
— Purificação
Eu segui seu conselho.
No meio da minha dor, quando a cabeça era um labirinto e o peito só sabia gritar em silêncio, eu escrevi.
Mas o que saiu de mim não foi autoajuda. Foi autoexposição. Foi verdade crua. Foi carne rasgada em verso.
Lancei seis livros que não prometem cura — só companhia no caos. E três infantis, porque até a infância às vezes precisa de abrigo.
Então, obrigado por me empurrar pra dentro da escrita.
Não virei guru. Virei espelho rachado.
E hoje, as palavras que eu sangro servem pra quem também já cansou de ouvir que “vai passar” sem saber quando.
O grande problema das pessoas hoje é que elas simplesmente distorcem as coisas. Por exemplo, o "Super-Homem" de Nietzsche acabou se tornando um símbolo nazista, sendo que de nazismo não tinha nada.
A mensagem de amor e tolerância de Jesus virou, nas mãos da igreja, uma mensagem de manipulação e intolerância.
Ou então a ideia é deturpada porque quem não entende a matéria acaba explicando tudo errado.
É como dizer "eu peso tanto"... Na verdade, você não pesa nada, você mede a sua massa, peso é uma força!
Ou falar em força centrífuga... Ela não existe, o que existe é a inércia!
E por aí vai. Simples assim.
✍️ “Nem todo recomeço é uma vitória. Às vezes é só o que restou.”
Por Purificação
> Aos 25, eu sonhava em vencer.
Aos 37, a vida me derrubou — com a depressão que me engoliu, com o acidente que mudou tudo, com a perda da visão que apagou parte do mundo que eu conhecia.
Aos 39, eu já não sabia se queria continuar.
Não importa quando você começou.
Ou se começou.
Tem gente que nasce quebrada.
Tem gente que só aprende a respirar depois de morrer por dentro.
Eu vi pessoas que “começaram tarde” vivendo com mais coragem do que quem correu a vida inteira com medo de parar.
A verdade é que a vida não tem cronograma.
Ela não avisa quando vai tirar seu chão — a saúde, a visão, a esperança.
E quando tira… ela te obriga a reaprender a andar com os pedaços que sobraram.
Ela só quer que você continue.
Mesmo que seja no escuro.
Mesmo que tropece em tudo.
Mesmo que o caminho te quebre mais do que te leve.
E se não conseguir, tudo bem.
Porque nem todo mundo veio pra vencer.
Alguns vieram só pra mostrar que ainda dói.
Que ainda existe silêncio demais onde deveria ter escuta.
Talvez você não tenha falhado.
Talvez a vida só tenha te obrigado a acordar.
Porque viver, às vezes, é isso:
uma tentativa diária de continuar, mesmo sem saber pra quê.
E isso já é mais do que muitos conseguem.
— Purificação
🖋️ TEXTO REFLEXIVO
“Quem só te enxerga depois da mudança, nunca te viu de verdade.”
> Quando eu tava no chão, ninguém me elogiou.
Quando a dor me apagava por dentro, ninguém disse “você tá bonito”.
Mas agora que cicatriz virou músculo, que lágrima virou foco, que a dor virou livro...
Agora aparece elogio de onde antes só tinha silêncio.
Tem gente que só enxerga quando a alma já sangrou tudo o que tinha pra sangrar.
Quando a gente já morreu por dentro e ressuscitou sozinho.
E sabe o que é pior?
Não é o elogio.
É o atraso.
Porque quem só aparece depois que a luz acende…
Nunca esteve disposto a ficar quando tudo era escuro.
E eu não preciso de aplauso agora.
Precisei de presença antes.
Agora, quem me olha, vai ter que aguentar a profundidade que carrego.
Porque eu não sou bonito.
Eu sou sobrevivente.
E isso assusta.
— Purificação
---
Ano 2525.
O ano é 2525, e o ser humano se tornou apenas um produto, nada mais. Um mero operador de um sistema pré-programado no qual ele apenas acompanhava, apático, as funções previamente agendadas e na sequência exigida.
O ser humano desta época se resume a um pedaço de carne, equilibrado em seu esqueleto mambembe, sem opiniões, livre arbítrio e sem capacidade de tomada de decisões. Ainda pensa, mas teme não ser seu o próprio pensamento.
Nesta época, governos tais quais se conheciam em 2025 deixaram de existir, mudaram seus status, já não há linhas ideológicas ou partidos políticos, a geopolítica mudou drasticamente. Se antes os governos ditavam as regras, agora as grandes corporações controlavam o mundo, e com ele, a vontade de toda uma população.
Mas tudo tem um começo e nada acontece ao acaso. Para que possamos entender o que aconteceu e o porquê desta “evolução” temos que voltar aos hábitos dos antigos que moldaram e deram forma a este mundo.
O presente é escrito com a caneta do futuro, e o grito do passado é apenas um fraco eco daquilo que deveria ter sido mais bem desenvolvido. E as grandes corporações entenderam isso, perfeitamente.
Dentro da tecnologia existente à época, começaram os experimentos sociais. Programas de TV que colocavam pessoas por um determinado período em uma casa, e eram monitoradas 24h, virou uma febre. Pessoas comuns discutiam ou assistiam com um olhar que beirava o voyerismo, as pessoas que ali estavam.
As corporações entenderam o cliente, e a partir daí, criaram redes sociais mais dinâmicas. Acessíveis a todos, todos ganharam voz e vídeo. Qualquer pessoa poderia se tornar uma personalidade meteórica, e a fórmula era simples, vídeos curtos, mensagens rápidas, até porque quase ninguém já assistiria ou leria algo que demandaria um tempo superior a cinco minutos.
E de cinco em cinco minutos, horas se passavam.
Paralelamente era necessário que o próprio governo alimentasse estas redes, afinal, nada como uma boa polarização para criar personagens a gosto de uma bolha qualquer. Criavam todos os dias pontos de dissenso, e quando a imaginação era terra arrasada, resgatavam algum assunto “polêmico” que nunca tiravam da cartilha.
Com o tempo as pessoas começaram a acreditar mais na mentira rasa do que na verdade dos fatos, afinal, buscar a verdade exigia comprometimento e tempo, e o povo com o cérebro entorpecido por piadas de IA, dancinhas ridículas, exposição do corpo de forma lasciva, preconceitos criados e modas ingeridas, não tinham interesse em saber algo que pudesse desagradar seus conceitos pré-implantados.
A inteligência artificial evoluiu, começou a andar, não lado a lado, mas dentro do ser humano. Os aplicativos de atividades físicas e de saúde, tão comuns naquela época, começaram a ser incorporados junto com identidades digitais que sob o manto do avanço e simplicidade de uso, na verdade serviam como um informante para o governo e para as grandes corporações.
Havia em 2025 o dinheiro de papel, coisa que foi substituída pela moeda digital, e tudo em nome do desenvolvimento e do bem-estar do ser humano. Várias profissões e instituições que existiam naquela época, simplesmente se extinguiram. Caixas de supermercado, frentistas de postos de combustíveis, postos de pedágio, advogados, escolas, bancos e tantos outros, foram devidamente substituídos pelas “modernidades” que agora eram implantadas de forma digital em sua identidade e no seu ser e pronto.
O ser humano se transformou em um ser totalmente digital e quanto maior a dependência digital para resolver dois mais dois, maior era a decadência do pensar.
Ganhar o pensamento é fácil, basta aquecer o coração que o pensamento amolece, e esses aquecimentos vinham através das manipulações, que de tão sutis faziam com que o ser humano creditasse como sua e seus tais ideias e pensamentos. Ledo engano.
Ocorreu então a Quarta Revolução Industrial que teve como principal mercadoria o controle das pessoas e dos seus pensamentos. Privacidade já não é algo que importava, pois, a partir do momento que toda nossa vida está exposta aos grandes conglomerados digitais e seus parceiros, nada é oculto, inclusive suas vontades.
Levados nesta esteira os relacionamentos se tornaram frágeis, líquidos, sem substância, o escambo sentimental era a regra, e em consequência disso, a população começou a procurar substituir o ser por coisas, por qualquer coisa. Plantas e pets foram os primeiros a ocupar este espaço, seguiu-se então por algo com menor probabilidade de danos e responsabilidades, veio os bonecos e depois os bonecos com IA.
Consequentemente, ficou mais difícil e complicado o relacionamento com outros seres humanos, afinal, seres humanos são controversos, e muitas vezes não atendem sequer a sua própria vontade, o que dirá da vontade alheia.
Mas a IA já havia previsto que a raça humana entraria neste torpor, e desenvolveu o ser humano livre. Criado em laboratório, sem pai e sem mãe, nutrido por uma máquina e tendo como tutor deste neófito o mundo digital. Cresceu sem amarras, livre, desprovido de conceitos e pré-conceitos, sua fé e seu credo são binários, 0 e 1, e apesar de ter a oportunidade de desenvolver seu intelecto de forma surpreendente, compreende de forma inequívoca como apertar um botão.
Bem-vindo ao futuro que começou a ser construído lá pelos idos de 2025.
Massako 🐢👽🤖
Às vezes, o mundo lá fora é tão ruidoso e vazio que a gente acaba se sentindo só no meio da multidão. Mas eu quero que você saiba que, mesmo no silêncio mais escuro, sua existência tem peso, tem valor — e que aqui, neste espaço que eu guardo pra você, seu silêncio é respeitado e sua dor é vista. Quando estiver pronta pra atravessar essa sombra, eu vou estar do seu lado, sem pressa, sem cobranças. Porque você merece ser cuidada — e não precisa carregar tudo sozinha.”
— Purificação
Mais que um título:
Disseram que quando eu for doutor, tudo vai mudar.
Que vão correr atrás de mim, que o respeito vai se tornar automático,
que o amor virá mais fácil, que eu poderei escolher.
Mas será mesmo?
Será que o mundo só me enxerga quando há um título antes do meu nome?
Meu nome é Marco Antônio.
E me recuso a acreditar que isso sozinho não basta.
Porque enquanto muitos correm atrás de status,
eu prefiro correr atrás de ser um homem de verdade.
Desses que sustentam a palavra, que pedem perdão,
que seguram firme a mão de quem ama quando tudo desaba.
Eu não quero ser só mais um “doutor”.
Quero ser alguém que inspira confiança só pelo olhar,
que não precisa ostentar diploma pra mostrar caráter,
que ama sem cálculo, que permanece mesmo quando seria mais fácil ir embora.
Não me interesso por amores que só veem o crachá,
a roupa que visto, o carro que dirijo ou o cargo que alcancei.
Me interessa quem olha nos meus olhos e diz:
“É você, mesmo sem nada… é você, por tudo o que é.”
É claro que vou lutar pelo meu futuro,
é claro que vou crescer, conquistar, estudar, alcançar.
Mas se for pra alguém me amar apenas depois disso,
então esse alguém não entendeu nada sobre mim.
O verdadeiro status de um homem
não está na moldura do diploma,
mas na grandeza com que ele trata o mundo e as pessoas ao seu redor.
Ser doutor pode abrir portas.
Mas é o coração que decide se vale a pena entrar.
E eu, sinceramente, prefiro ser lembrado não pelo título,
mas pela forma com que amei, respeitei, construí e fui homem
mesmo quando ninguém estava olhando.
"E se eu estiver perdida..."
Talvez estar perdida não seja o fim, mas o início.
O início de uma travessia silenciosa entre quem eu era e quem estou me tornando.
Nem sempre o caminho é claro — mas às vezes, o que parece desorientação é só o convite da alma para desacelerar.
Para ouvir. Sentir.
E reaprender a confiar em mim.
É desconfortável não saber.
Mas é nesse não saber que mora a potência do recomeço.
Talvez o meu caminho agora não seja uma estrada reta.
Talvez seja um campo aberto, onde eu mesma vou plantar as pegadas.
E se eu estiver perdida…
Que seja no meio de mim mesma, me reencontrando.
Com amor, com verdade, com paciência.
Porque às vezes, o que parece caos é só a vida me ensinando a nascer de novo.
"O Brasil não é colônia nem quintal de império.
Somos raiz, somos solo fértil, e o mundo ainda colhe do que plantamos.
Não vendemos dignidade por moeda forte, nem trocamos respeito por imposição.
A história mostra: quem subestima o Brasil, sempre paga caro por isso.
Nosso povo é resistência, nossa terra é potência."
— Purificação
"O Brasil não é coadjuvante no cenário global.
Tarifar também é um ato de soberania.
Quando um país protege seu povo, sua terra e sua produção, ele não ameaça a democracia — ele a fortalece.
Não confundam diplomacia com submissão.
O Brasil tem voz. E quando fala, ecoa no mundo."
— Purificação
Andarilho
Ele anda descalço, sem pressa no chão,
faz do passo um poema, do mundo um clarão.
Nos ombros carrega o céu de setembro,
e nos olhos, segredos que o tempo não lembra.
Conversa com sombras, com santos, com luz
diz que a cidade perdeu seu Jesus.
E escolheu, sem juízo, sem rumo e sem lar,
o silêncio das ruas pra se libertar.
Dorme onde o dia resolve apagar,
come o que a rua decide ofertar.
Mas guarda uma paz que ninguém compreende,
e um jeito de ver que a gente não aprende.
Chamam de louco, de alma partida,
mas talvez enxergue o milagre da vida:
numa poça d’água, no fumo que passa,
na prece calada de um banco de praça.
Enquanto a cidade se arrasta, febril,
correndo por metas, fugindo do fio,
ele para o tempo com olhos fechados
e ouve segredos nos cantos calados.
Talvez compreenda o que tanto evitamos:
que é no que não se compra que mais acreditamos.
Que mansão sem alma é prisão de luxo,
mas um banco de praça... é palácio sem muro.
Louco ou livre? Que nome daria
ao homem que vive em plena poesia?
Que se despiu só pra renascer,
e escolheu, sem medo...
simplesmente viver.
Nasci no ventre do eco,
onde o tempo não ousa entrar.
Ali, o mundo me olhou de costas,
e eu tive que ser meu próprio espelho.
Trago os ossos do pensamento à flor da pele,
mas ninguém ouve a dor que não sangra.
Tudo em mim é vidro —
mas cortante, não frágil.
Chamei a ausência pelo nome,
ela respondeu com o meu silêncio.
E no frio do sentido negado,
vi que até Deus evitava meus olhos.
A mente, em espirais de pedra,
caminha sem chão,
mas insiste em buscar
uma saída onde não há porta.
Sou o cárcere que se nega a abrir-se,
sou a chave que teme a liberdade.
Ser é um verbo afogado —
mas ainda respiro.
E se tudo isso for o belo?
Essa dor sem forma,
esse grito contido,
essa esperança disfarçada de exílio?
Pois talvez o belo more
não no alívio,
mas no gesto de seguir
mesmo sem horizonte.
“Na Selva do Ser”
Todo mundo quer ser o leão,
Rei da força, da decisão,
Querem a glória, o alto lugar,
Mas poucos se atrevem a lutar.
Querem o rugido que impõe respeito,
Mas não o silêncio de um peito refeito.
Querem a coroa sobre a cabeça,
Mas não o peso da realeza.
Ser leão não é só posição,
É encarar a dor e a escuridão.
É sair da toca sem garantia,
E enfrentar a vida, dia após dia.
É caçar quando a fome grita,
Proteger quando o perigo habita.
É sangrar sem perder a postura,
Ser firme mesmo na amargura.
A selva não perdoa quem finge ser,
Ela cobra de quem tenta parecer.
Só os verdadeiros leões permanecem,
Os outros caem… ou esquecem.
Por isso, antes de querer o leão imitar,
Pergunte-se: você está pronto pra lutar?
Pois ser o rei não é ter admiração,
É ter coragem… e coração.
"Medir palavras é tão vital quanto entender a diferença entre a água salgada do mar e a doce do rio."
Ambas parecem iguais aos olhos distraídos, mas têm naturezas distintas e podem afogar ou saciar, dependendo do momento.
Às vezes, estou tão cheio de planos, sentimentos, sobrecargas, que falo com empolgação, na esperança de ser ouvido. Mas aí vem alguém com a frieza de um balde de gelo... e joga em cima do que pra mim era entusiasmo, verdade e vontade.
É nessa hora que aprendi que maturidade nem sempre é responder.
Às vezes é calar.
Não porque sou fraco, mas porque descobri que nem todo mundo tem a sensibilidade de ouvir o que não nasceu dentro dele /a)
Falar é humano.
Mas saber a quem e quando dizer... isso é sabedoria.
#nareal
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