Texto Triste

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⁠E fere a vista...
E dum ou doutro...
Aonde agora quase sempre chego...
O indiferente...
O oposto...
O adversário...
O surdo-mudo...
O recalcado...
Grosso...
Mal educado...

Os mortos reclamam...
Enquanto batem os pratos...
Enrolam seus baseados...
Enchendo seus copos...

A melhor palavra...
É o silêncio...
As idéias...
Um sonho...
De um louco transloucado...
Onde se acenam somente os olhos...

Poderia beber a humildade...
Mas recuso o cálice sagrado...
Poderia comer com os porcos...
Mas sinto-me entendiado...

Prossigo meu caminho...
Desta obra a concluir...
Há vida...
Há murmúrios pelas praças...
Mas como nada vem de graça...
Batalho por existir...

E a triste e dúbia luz...
De quem tenta me ferir...
A Deus peço misericórdia...
Por assim esse coitado insistir...

Apenas magoa-me a saudade...
Do tempo em que habitava...
A transparência da inocência...
Em mim...
Roubada...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠Agradeça todo dia.
Crie rotinas saudáveis.
A vida é maravilhosa.
Bom para a saúde emocional.
Reorganizar as permissões.
Uma a uma com sabedoria.
Não se deixe enfraquecer pelos outros.
Hora de saber dizer não aos excessos!
A vida passa muito rápido.
Respeite-se, você merece ser feliz.

Inserida por NABYCURY

⁠Orvalho

Há uma calma umidade que se detém,
silenciosa, atrás das cercas — nas tramas do mato,
onde o peso das horas mal se sente.
Não teve o tempo de ser apenas água,
carregou-se de sentido ao escorregar da
folha na sombra fria da noite.

Segue um curso que não escolheu,
um fio d’água, sentimento indefinido
que se perde nas dobras do ser.
Será lágrima do mundo ou suor da terra?
A incerteza do líquido que se dissolve é a mesma
da superfície breve de tudo o que vive.

Do gotejar ao chão, desfaz-se em ser,
água que se entrega ao jardim sem mágoa,
rompe as raízes, dissolve o silêncio,
sempre sendo outra, sempre fugindo de si.

Nas bifurcações da vida, onde tudo se entrelaça,
dilui-se para que a essência se revele,
ciclo de entrega e retorno, onde a fragilidade
se faz força.

Inquilina da própria queda,
desce da folha como do cílio uma lágrima,
com o gosto salgado do mar que nunca viu,
e o peso de todos os sonhos que se
perderam.

Não é a mesma lágrima de outrora,
não é a mesma gota que escorreu um dia,
quando despejada tocou as pedras que
chamei de peito.

Inserida por Epifaniasurbanas

Igualmente ao soneto de fidelidade
"De tudo ⁠ao meu amor serei atento"
Obrigado Vinícius de Morais, já não sei mais amar menos
Não encontro em lugar algum uma forma de diminuir o que esperei tanto pra poder sentir
"Hoje, amanhã e para todo o sempre, quero e vou te amar sem medir ou tão pouco mirrar o que sinto e sentirei por ti."
Quem dera poder falar olhando nos teus olhos.
Se ao menos eu fosse um ladrão capaz de te roubar pra mim
Mas sou apenas um espectador, assistindo tua beleza tão, tão longe de mim.

Inserida por Mylebeam

⁠Eu penso se devo continuar tentando te ter
Ou se eu quebro um pedaço do meu coração e jogo fora
Fazendo o amor que eu tinha por você falecer
E deixar as caracteristicas que sei sobre ti ir embora

Entenda, eu não sou mais criança
O que antes era guaraná agora é cerveja
Virei um homem cheio de insegurança
Bebendo e fumando pra vê se assim eu te esqueça

Desde que te conheci eu sempre a tratei como devia ser tratada
E confesso que foi incrivel te conhecer
Mas se pra ti eu não valho nada
Fala pra mim o que eu sou pra você?...

Creio que esse seja meu último poema pra você
Se meu amor não vale nada, espero algum outro amor possa lhe valer...

Inserida por Chavao888

⁠Coração vazio, sentimentos sombrios.
No peito só sinto dor, angústia e temor.
Só queria não sentir toda dor que me faz sentir.
Queria poder sorrir, sem ter que fingir.
Talvez eu só seja fraco, assim como minha mente me faz sentir.
Todo dia acordo tentando sorrir.
Todos os dias eu tento ser feliz.

Inserida por MTHFORCE

⁠Cada um com seus pensamentos
Cada um com suas conquistas
Cada um com seus momentos
Cada um com suas perspectivas

Eu tô cansado e farto de ser um fantoche
Eu tô cansado e farto de ser um refém
Meus momentos se tornam piores
Com coisas que se perpetuem

Eu sou o que eu sou
Não vou mudar o que é singelo
E pra pessoa que caminha ao meu lado
Peço perdão por colocá-la nesse inferno...

Inserida por Chavao888

⁠CHORO

Cachoeira salgada
Delicado declínio
Se forma pingada
Me afoga em fascínio.

Cada alma que escorre
Na saliência do rosto
Num lenço se morre
Cada uma a seu gosto.

São almas que saem
É corpo que fica
Na mente que moro.

Lágrimas caem
Lembrança é rica
E por isso choro.

Inserida por ManuelOvelha

⁠Há pouco me deparei com uma situação. Sou advogada e hoje fui escalada para a triagem, juntamente com um nobre colega de profissão. O fato foi o seguinte:
Um homem chegou ao local e, grosseiramente, esmurrou a porta de vidro, dizendo, em alto tom, que desejava que sua esposa fosse atendida logo. Inicialmente, logo pensamos: "Que sujeito mal-educado!" E solicitamos que aguardasse, pois sua esposa seria atendida no momento correto, já que sua senha era a de número 8 e ainda estávamos atendendo o cliente de senha número 1.
Enfim, chegou o momento da esposa do homem grosseirão ser atendida. Seu semblante era triste. Procurava os papéis que solicitamos, em meio a diversas sacolas e uma bolsa, e não os encontrava. Parecia confusa. Quando, aleatoriamente, comentou que seu filho havia morrido há cerca de 2 meses em um trágico acidente de moto. Seus olhos avermelhados seguravam lágrimas com as quais lutava para que não caíssem e molhassem sua face.
Naquele momento, lembrei-me de uma frase dita por Augusto Cury:
"Por detrás de uma pessoa que fere há sempre uma pessoa ferida. Ninguém agride os outros sem primeiro se autoagredir. Ninguém faz os outros infelizes, se primeiro não for infeliz."
E, nesse momento, meu coração se encheu de empatia e compaixão por aquele homem grosseirão, que, certamente, possuia o coração ferido.
Minha lição do dia foi essa. Não revide grosserias! Principalmente de pessoas com as quais você não possui convívio. Essa pessoa, provavelmente, está enfrentando uma luta e pode estar extremamente ferida. Seja gentil e a vida lhe retribuirá!

Inserida por Joyceguedes9422

⁠Carta para N.S.L.

A verdade é que nunca houve amor entre nós. Não de sua parte, pelo menos. Você não me amou quando cruzamos fronteiras e paisagens juntos, nem quando arriscamos construir um lar compartilhado. Você não me amou quando o caos engolia o mundo, nem quando dividimos o mesmo teto. Eu nunca fui sua âncora, nunca sua família. Para você, eu não passava de uma distração conveniente, uma relação transitória para curar feridas de outro tempo. Você amou outros, mas a mim... a mim você apenas utilizou. Sugou-me, sobretudo, emocionalmente, como quem busca tapar o vazio deixado pela ausência de um pai, como quem tenta desesperadamente preencher buracos de uma autoestima quebrada. Talvez, no máximo, você tenha amado o reflexo do que eu te oferecia: minha dedicação, minha ternura, meu zelo. Mas amar a mim, ao meu eu mais genuíno, isso você nunca fez.

Eu, ao contrário, amei você em sua inteireza. Amei até as rachaduras da sua personalidade, os seus muitos defeitos, as suas sombras. Agora, olhando para trás com o olhar frio da razão, percebo que deveria ter encerrado essa história muito antes. Deveria ter abandonado tudo naquela fatídica tarde na estação de trem em Veneza, quando você despejou sua amargura em mim. Ou nos momentos em que você, sem motivo, se recolhia à sua frieza cortante. Ou, quem sabe, nos anos em que eu não podia expressar nem um pensamento sem que você revelasse seu lado mais cruel, mais insuportável. No fundo, eu sabia. Naquele dia em que a verdade queimou como um grito preso na garganta, eu me perguntei — e a resposta agora é cristalina — sim, você é um monstro. Um monstro não apenas em alma, mas um ser cuja maldade se reflete agora em sua face, corroendo-a lentamente.

Você viveu atormentada pelas dúvidas sobre seu propósito, mas devo admitir: encontrou sua vocação. Você é uma mentirosa extraordinária. Uma ilusionista perfeita. O que você fez comigo, transformando amor em ruína, é prova disso.

Não desejo sua queda, mas tampouco desejo sua ascensão. Para você, não guardo nem o menor vestígio de querer — nem bem, nem mal, nem absolutamente nada. Esta carta é apenas um exorcismo, um ato de purgar as memórias pútridas que você deixou impregnadas em mim, uma tentativa de varrer sua sombra de minha mente.

Dedico estas palavras em memória de alguém que um dia foi meu porto seguro, um amigo que confiava sem reservas, brutalmente traído por quem mais deveria protegê-lo. Descanse, querido amigo, embora seu legado seja agora enterrado junto com a mágoa de sua partida.
*13/04/2019
+13/06/2024
É uma ironia que chega a doer como faca: você partiu no mesmo dia em que chegou ao mundo, ambos marcados por um número que pareceu persegui-lo como uma maldição. Que o número 13, tão presente em sua história, não cruze mais meu caminho como cruzou o seu.

Que o destino leve para longe sua lembrança, e que o vazio que você deixou, ainda que enegrecido, seja minha liberdade.

Inserida por LERMJ33

⁠Estar e não ser

A tristeza por ser sonolência
A tristeza pode ser indisposição
A tristeza pode ser desistência
A tristeza pode ser situação

A tristeza dá vontade de chorar
A tristeza se revela no olhar
A tristeza as vezes quer ficar
É dever seu a tristeza espantar.

Ela deve ser apenas momentos
Não deve jamais te acompanhar
Não cative-a com seus lamentos
Mostre pra ela que vai se alegrar

Não deixe que ela faça morada
Busque o que te faz sorrir
Tenha fé, e siga sua a jornada
Mostre que quer ser feliz.

E lembre-se depois dessas poucas palavras: Estar triste é inevitável, ser triste é
inaceitável.

Inserida por bimquintino

"⁠Eu te tirei risadas e a ti dediquei o meu coração, mas em troca tu me destes a tristeza e a solidão;
Quando te machucaram eu te ouvi e te entendi, te dei o meu amor sem nem parar pra pensar, mas quando tu te recuperastes tu então me abandonastes, e foi assim você se machucava e eu te curava em um ciclo quase sem fim, mas que no final não fazia bem para mim, você com outros queria te estar mas não queria que eu parasse de te amar, porque todos aqueles que você acabava por se entregar nem um deles tinha a intenção de te amar."


— Patrick wallace

Inserida por patrick_wallace

VAZIO,

No vasto vazio das estradas da vida, viajo solitário, residindo dentro de mim mesmo, derramando lágrimas ao lembrar que vivo distante de alguém que tanto amo. Já não possuo mais lágrimas para chorar, enquanto a saudade insiste em se solidificar em meu peito. Quando ouço um eco ecoando no infinito, penso que é o seu grito querendo se comunicar comigo. Porém, logo me acalmo e percebo que meu peito está vazio, já não existo dentro de mim, então não importa se é vazio ou eco, ninguém conseguirá preencher essa lacuna na minha alma, somente você poderia preencher esse vazio que reside dentro de mim.

Inserida por Eraldosilva123

⁠Perceber quando somos impelidos a seguir adiante, pois não mais ecoamos neste espaço, é dançar entre a resignação involuntária e o brado autêntico da rebeldia.

⁠Saiba que até mesmo no teatro de fingir que já não me importava, reside um ato de bravura. Enquanto sua suprema covardia se revelou em culpar-me pela minha reação.

Inserida por Iacobusmb

⁠Você permitiu, não me defendeu
Quando ele me partiu
Você permitiu, me fez sentir grande
Me fez sentir importante
Me fez esquecer
Que ele me partiu
Você permitiu, você permitiu
Que ele me quebrasse
Que ele me despedace
Você deixou tudo isso acontecer
Você permitiu, me deu gaiola de ouro
Me fez sentir superior
Quando eu era pior
Quando eu era inferior
Você permitiu, me deu diamantes
Me fez esquecer
A minha vida não é importante

Inserida por LunaMarilyn

⁠Complicado.

Ser uma mulher,
é viver intensamente mil vezes,
é lutar por causas sérias e sair feliz,
é estar depois de ontem e antes do amanhã.

Uma mulher,
é identificar um choro feliz e um sorriso triste,
é ser frágil e fingir ser forte,
Ou o ao contrário,
é construir castelinhos de copinhos descartáveis,
e vê-los voando com o vento.

Mulher,
é dar o perdão,
á quem merecia a culpa,
é ser mãe de quem não é seu filho,
mas amá-lo como um,
é saber o fim do começo e o começo do fim,
é chorar sem sentir dor,
é esperar por um novo amor.

Ser uma mulher,
é entender,
que as diferenças das fases da Lua,
são diferentes,
é dar moradia ao sentimento de perdão,
é curar as feridas dos outros,
e esquecer das tuas,
e deixá-las sangrando.

⁠Fragmentos para um amor morto

Teu nome
ainda arranha
meu sono.

No prato vazio,
mastigo tua ausência
como pão duro.

Minha boca chama —
mas só responde
o silêncio.

Um lençol,
um cheiro,
uma falta.

Teu corpo foi,
mas tua sombra
não desaprende.

Grito teu nome
e ele volta
sem carne.

A noite me veste
com tua ausência:
lã fria,
sangue lento.

⁠Certo dia me questionei por quê não é possível agradar a todos, logo em seguida observei um cão de rua sendo ignorado por muitos, enquanto um cão de raça estava sendo leiloado.
Eis então a resposta nesta reflexão, do porquê tal desgosto, de fato todos tem em si uma forma especial de agradar, cabe ao coração puro observar aquilo que o bolso cheio não te deixa enxerga.

Inserida por leonardo_cestari

Hoje sou um corpo estendido no caixão da vida, sem sentimentos, sem força, preso a um destino imutável. Não jogue flores, não derrame lágrimas por mim. Essas escolhas foram minhas, escolhas que agora me enterram, me esmagam, como uma tampa de arrependimentos que não me deixa respirar, como um fardo de culpa que me afunda ainda mais.

Inserida por diegosntos2

BRISA MARINHA

Tradução: Augusto de Campos

A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.
Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres,
Ébrios de se entregar à espuma e aos céus
[ imensos.
Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,
Impede o coração de submergir no mar
Ó noites! nem a luz deserta a iluminar
Este papel vazio com seu branco anseio,
Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.
Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas,
Ergue a âncora em prol das mais estranhas
[ plagas!

Um Tédio, desolado por cruéis silêncios,
Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!
E é possível que os mastros, entre ondas más,
Rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem
[ mas-
Tros, sem mastros, nem ilhas férteis a vogar...
Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do
[ mar!


BRISE MARINE

La chair est triste, hélas! et j´ai lu tous les
[ livres.
Fuir! là-bas fuir ! Je sens que des oiseaux sont
[ ivres
D´être parmi l´écume inconnue et les cieux!
Rien, ni les vieux jardins reflétés par les yeux
Ne retriendra ce coeur qui dans la mer se
[ trempe
O nuits ! ni la clarté déserte de ma lampe
Sur le vide papier que la blancheur défend
Et ni la jeune femme allaitant son enfant.
Je partirai ! Steamer balançant ta mâture,
Lève l´ancre pour une exotique nature!

Un Ennui, désolé par les cruels espoirs,
Croit encore à l´adieu suprême des mouchoirs!
Et, peut-être, les mâts, invitant les orages
Sont-ils de ceux qu´un vent penche sur les
[ naufrages
Perdus, sans mâts, sans mâts, ni fertiles îlots...
Mais, ô mon coeur, entends le chant des
[ matelots!