Texto sobre Voce Mesmo
Diz Camus, que o homem é o único ser que não aceita o que é
O espírito humano necessita de novidades diárias; e assim quando não as tem, as inventa...
Não viver satisfeito faz parte da natureza do homem, mas a natureza não é assim, sobretudo com os irracionais não ocorre a mesma insatisfação.
Os animais, que não possuem consciência nem sofrem com as ansiedades do amanhã, se contentam com seu vai e vem incansável de dias e noites sempre iguais. Contudo, se observa entre homens comuns, não raro a mesma motivação ou costume.
Vejo homens que vivem enjaulados, numa rotina obstinada ao fim caótico sem lamentar sua injusta sina.
Penso que entre homens que possuem o mesmo espírito, o da conformação, estes não são capazes de mudar seu Status quo, sua simples existência se resume em existir e não em viver.
O Jovem da Alma Velha
"Onde foi parar a cabeça desse menino? que comportamento é esse? que musicas são essas? Onde já se viu?! Jovem que é jovem tem que ouvir as músicas da moda. Como você me aparece com esse tal de Tom Zé?! Ai, Ai, menino! tu parece um velho, rsrs" . Assim, me diz aquela que eu tanto amo. Ela mesma. A que me pôs no mundo, vulgo: Mãe. Não a culpo, ela somente quer que eu seja incluso. Esteja entre os jovens "bacanas", que ouvem as músicas da moda. Talvez, se eu tivesse a paciência de contar para ela o que as letras realmente querem falar, ela não reclamaria tanto das tais "músicas de velho".
Em meio a esse gosto empoeirado, vem a recusa das coisas novas, mas não de todas elas. Talvez, essa negação toda e a procura pelo que é mais antigo, em questão musical. Esteja se referindo a uma "nostalgia" de tudo aquilo que eu queria ter feito parte, e que acho importante: Novos Baianos, Tom Zé, Raul Seixas, e uma série de outros "antigos". Mas, tenhamos calma. Nem tudo está perdido, ainda temos alguns novos, esses inspirados nos velhos, e dando uma bela continuidade a aquilo que eu chamo de cultura.
E a alma desse jovem que vos escreve, fica cada vez mais envelhecida quando se trata de relacionamentos. No mundo dos desencontros, eu quero mais é encontrá-las. No mundo do: A gente fica e "ponto final", eu quero mesmo é por uma "vírgula" e estender mais um pouquinho. Talvez, toda essa recusa de aceitar o jeito contemporâneo, esteja ligada a paixão pelo velho jeito, pelas velhas manias, pela sabedoria antiga; ou talvez, seja eu, um grande preguiçoso e queira aquilo que já está amadurecido, mais fácil. Já estava lá. Um monte de gente já pensou sobre aquilo antes, só me resta copiar. Qual trabalho que eu vou ter?! afinal, a moda é copiar quem ta na moda, no meu caso, copiar o que já foi moda. Depois de tanta recusa, caio na moda, mas não na atual, já que me recuso ( sou cabeça dura ). Mas sim, numa moda mais antiga, aquela que me cai bem, o que importa é estar na moda.
Sabe, acontece que a gente fica sempre pensando em como se prevenir de certas dores. Sempre imaginamos que a pessoa amada tá com outra, ou imaginamos o que ela está fazendo naqueles vários momentos do qual não fazemos mais parte. Daí a gente acha que assim estamos nos preparando para de fato ver algo quando um dia tiver que ver. Achamos que assim a dor seria menor (porque né, eu já imaginava o que estava acontecendo). E o pior é que acreditamos que estamos preparados para tal feito.
Mas não é bem por aí, ah mas não é mesmo.
A gente tenta se enganar, só tenta!
Porque aí vem a tal da realidade e como um tapa na cara lhe mostra que não tem como se enganar ou fugir do que ainda está por vir.
O fato é que ver é diferente de imaginar. E quando vc de fato se vê diante da realidade ali presente, vc percebe a dor q ainda há dentro de si. Como chamas quem vem subindo rasgando o seu peito,e nao tem o que fazer ou pra onde correr,vc está completamente sitiado pela dor, a dor de não viver mais aquele amor e de ve-lo partir pros braços de outro.
E nesse momento chega de achismos,imaginações,suposições ou teorias. Você sabe,você sente,você vê. Sem ter o que fazer, é a sua realidade batendo na porta!
Sem poder fugir, você segue trocando os passos,carregando dores,passando noites em claro, com um coração machucado...
Tendo que aceitar essa coisa louca que é viver.
A vida é algo a ser superado!
Superamos a infância e a perda do colo. Superamos os ralados do joelho e os pratos de legumes, ausentes de batatas fritas gordurosas que tanto queríamos.
Superamos o fato de sermos magros demais, gordos demais, negros, brancos, nerds, lentos, hiperativos, gays, atirados ou tímidos demais.
Superamos a adolescência e o fato de tudo dar errado só com a gente. Superamos o primeiro porre e aquele trago escondido.
Superamos as provas finais e a faculdade, superamos o fato de não sairmos prontos pra nada de lá.
Superamos o envelhecer dos nossos heróis que chamamos de pais, superamos a perda de amigos, de empregos e de coisas que pareciam vitais.
Superamos o fato de que cada dia surge um novo cabelo branco ou desaparece um fio aqui e acolá.
Superamos as doenças, crises de tenra, meia e avançada idade.
Superamos o ódio, mágoas e até o amor é preciso ser superado por vezes.
Superamos fraquezas tolas, e todos os dias é preciso matar um fantasma para poder superar o próximo que estará a espreita.
E nunca, nunca se supera o suficiente enquanto se vive!
Cada dia é uma nova existência a ser construída com base no : " EU SUPEREI"
Não é que antigamente as coisas fossem mais fáceis, o fato é que o passado já foi superado, suportado e por essa razão temos essa ilusória sensação de que, "ah como era bom aquele tempo"
O passado não nos desafia mais, por isso nutrimos essa simpatia por ele. Já o presente dói agora, como ferida que de tão aberta parece que nunca vai sarar. Mas sara!
Eu só queria ganhar o mundo e algumas flores pra plantar no meu jardim.
Mais tarde descobri que cada ser humano é uma borboleta, que sofre até criar asas e que algumas flores possuem mais espinhos que aroma. E que é preciso voar, voar....mesmo que nossas asas estejam quebradas, pois sempre haverá borboletinhas mais machucadas do que eu.
E me acerto que a criança que fui um dia, hoje saberia muito mais do que sei.
Procure ser grato o máximo que puder.
Permita sentir a dor do outro de vez em quando, sentir a nós mesmos o tempo todo é insuportável.
Queira ser alguém melhor, mesmo quando se sentir à pior das criaturas. E corra para se olhar no espelho e procure enxergar sua miséria quando ousar pensar ser melhor do que o outro.
Faça planos audaciosos. Mas aprenda a se beneficiar do quase nada.
Aprenda a apreciar a sua própria companhia, e escolha alguns para se compartilhar verdadeiramente.
Alterne seu olhar, enxergue os outros. Enxergue você. Qualquer que seja o foco fixo te levará a loucura.
Seja apenas o melhor que você possa ser. Isso já é extraordinário.
Nos momentos felizes "aproveitamos da vida" e devemos nos abastecer de energia.
Para que assim, em momentos difíceis a vida possa "se aproveitar de nós", exigindo que sejamos fortes em energia e força. Em retribuição a ciclos onde a história do mundo se faz.
É uma troca justa e saudável. E para ambas a gratidão é válida. E o aprendizado fundamental.
Lamento o ser humano ter "evoluído" tanto ao longo dos anos.
Penso que o simples cabia melhor.
O pouco sustentava mais.
O menos era mais aproveitado. E não havia esse desperdício de um tudo.
As conversas eram mais longas e os assuntos mais leves.
Os problemas acabavam com um abraço.
E um sorriso já valia como pedido de perdão.
O bem prevalecia. E o mal não era motivo de orgulho.
As crianças, assim o eram até mais tarde. E os adultos não tardavam a amadurecer.
E a vida? A vida cheirava à tardes de chuva leve, seguidas de sol.
Devíamos aprender, desde cedo, a selecionar e não a acumular.
As escolhas são inevitáveis!
Não se têm tempo para viver tudo. Se mais rápido aprendêssemos que decisões, por mais simples que sejam, são inevitáveis para uma vida mais ajustada, não perderíamos tanto tempo consertando nossos próprios erros e desajustes internos.
Não entender o tempo de cada travessia, ciclo ou maturação para todas as coisas temporais faz com que vivamos mais frustrados a cada dia.
Nunca se viu uma geração tão infeliz com tão pouco problema.
Precisamos voltar ao berço e aprender a contemplar as coisas simples antes de querermos enxergar o mundo de cima.
Vivemos pouco demais para que entendamos a vida. Por isso se erra tanto.
Passamos por esse "lado" construindo e nos desconstruindo o tempo todo.
Em nenhuma idade se está pronto ou, repleto em convexo de felicidade e paz.
Aquele que julga estar em plenitude por mais que alguns segundos, típicos da emoção, é a mais perdida e desamparada criatura, pois sequer reconhece sua inevitável transitoriedade.
Só se ama de todo quando se permite ser o outro. Quando a entrega é tamanha que as dores são as mesmas, a fraqueza, os anseios e a força se torna algo singular mesmo que vivida em pluralidade.
Somente aquele que se arrisca no pior que o outro pode ser é que verdadeiramente ama.
É prático e hipotético esse amor moderno onde o certo é ser "mais você" onde o amor próprio tem que gritar até te ensurdecer, onde a fila anda, o tempo apaga...o "Se cuida" vazio, o "seja feliz" decorado de alguma revista machista ou feminista, fazedora de gente vazia, como suas páginas timbradas.
O amor dói, não é pra qualquer um. E o paradoxal da vida é que vivemos para fugir da dor e ainda assim buscamos amor.
Não importa quantas línguas se domine, nem quantas graduações se possua. Tão pouco técnicas sofisticadas de, seja lá o que for, que haja sobre a terra...certas sensações nos reduzem a uma vulnerabilidade de meninos. Daqueles bem tolos e crus.
Talvez seja uma maneira sádica ou "divertida" da vida de nos dizer que nunca estaremos suficientemente prontos.
Fomos todos dotados de três grandes pilares:
*A inteligência que nos permite pensar, construir ideias, projetos, cálculos sejam eles embasados em razão ou sonhos.
*A força motora que nos impulsiona ao mais, ao grande, ao crescer, mover, seguir.
*E o amor que de todo é o mais simples, subjetivo e invisível e que veio para provar a força do frágil, o estupendo do inexplicável e por fim, colocarmo-nos no devido lugar e inegável condição de que, nada SOMOS!
O fato de estarmos vivos nos coloca, a todos, em situação de insatisfação. É esse quase de tudo, esse pouco de nada, essas certezas volúveis e essas ideias perturbadoras que nos mantém enérgicos em movimento, nessa busca constante do que não se sabe bem o que.
Nem sempre um sorriso é permitido, tão pouco as lagrimas de todo é proibido.
Existem dias que valem uma vida de descoberta, já noutros basta sobreviver.
E de pouco em tudo, de nada em restos, do medo em grandeza se fazem historias que, sabidas em contar se tornam memoráveis àqueles que apenas ouvem.
E a vida se completa entre Josés e Marias que negam para si o obvio que ignoramos.
A verdade não pertence ao homem, não há verdade onde habita tanta estupidez. Quem não conhece a si não sabe de ninguém.
Em pleno dia das mães.
Era um dia como o hoje. Acordei com um sol forte no rosto. A janela do quarto estava aberta. Um convite pro mundo. Levantei. Fui em direção ao seu quarto. Lá estava você, me esperando. Sorrindo. Pronta para me fazer ouvir as primeiras palavras do dia: ‘’bom dia, meu filho’’. Era o dito repetido todos os dias. Nunca me cansei de ouvir.
Por muitos anos, esse foi o meu maior sustento. E mesmo depois daquele 05 de janeiro de 2013, ele continua sendo. Sinto muito a sua falta. Mas, olho para meu lado e sei que estás aqui perto. Hoje, nesse 13 de maio, estou comemorando meu primeiro Dia das Mães com sua presença de forma diferente.
Hoje, assim que acordei, senti uma voz sussurrar nos meus ouvidos. Ela dizia repetidamente “Bom dia, meu filho”. Me arrepiei. Chorei. E lhe dei mais um abraço. Mãe, você existe em mim!
Ass, o órfão.
"Noites de Combate"
Perdido vou
Naufragando
No silêncio noturno,
Quando ninguém vê,
Eu vejo o invisível,
Toco o intocável.
Pálpebras cansadas,
Pestanas edulcorantes,
Antecipam uma amanhã
Sem motivos para viver,
Ondas noturnas me fustigam,
Noites pensativos.
Horas vão, horas vem.
Rebolando na cama de silha,
Com cadernos e livros espalhados;
Procurando o melhor da vida,
Que a tinta da educação oferece,
Aos que com o fruto da genialidade, comem.
Perdendo sono a todo custo, sem recompensa;
Enganado pela matemática,
Fico contando as estrelas cintilantes;
Daquele elevado céu, onde a lua vira amiga;
Cujo escuro se exalta como inimigo.
Abraço noites de estudo
Abraço noites de meditação
Abraço noites de preces e lagrimas
Abraço noites traiçoeiras
Abraço noites de ritmo bichano
Abraço noites escassas
Abraço noites tempestuosas
Abraço noites de combate
Onde a minha vitória
Muitos na terra contemplarão
E se regozijarão
Ao alvorecer do dia
“O olhar da Nyanja”
Lá vem ela,
Com seu olhar de pura beleza
Um piscar amoroso de alegria Africana
A Nyanja Formosa
Inexplicável é o seu andar
Imperdível é a sua presença esbelta
Uma naturalidade da melancia do Niassa
Corpo de design típico dos Nyanjas
Um olhar mais além da maquiagem,
Um olhar com pestanas edulcorantes,
Um olhar com linguagem,
Um olhar sem ciúmes;
Força e virtude é a sua marca
Sempre ativa e amorosa
Um olhar encantador e edificador
Não se deixa perdedor
A dançarina ocular
A donzela filha da famosa lichinga
Sem medo do frio
Lá vai ela, dançando
Cantando,
Sorrindo,
Cultural e fraternal com todos;
A Nyanja de vestes coloridas,
Capulana rítmica da mulher Moçambicana,
Na sua cintura fina,
Acompanha a beleza do olhar da Nyanja;
Esperançosa e audaciosa é essa Moçambicana,
A beleza nordestina,
Humilde, mas não desbaratada;
Laboriosa e dona de casa,
Atraente aos olhos do Macua,
Vem Nyanja,
Teu negão te aguarda,
Vem Nyanja,
Que o teu caráter muito me impacta,
Vem Nyanja,
Que a tua fé muito me arrebata,
Vem Nyanja,
E todos saberão do romance do teu olhar.
25 de Julho.
Gasto mais tempo lendo textos do que vendo imagens.
Não porque não goste.
Eu gosto muito.
Na verdade, aprecio belas fotografias e até me arrisco. Admiro os fotógrafos.
E quem nunca se "instagrameou"?
Quem nunca registrou uma bela paisagem ou tirou uma boa foto de si?
É algo tão natural quanto a luz do dia.
É fantástico isso, brincar de fotografia.
Mas um bom texto tira os pés da gente do chão. Provoca aquela inquietação que se mistura ao fascínio. Provoca a ânsia de saber o porvir, a cada palavra, a cada parágrafo, cada capítulo.
As imagens dizem o que querem dizer.
São pontuais.
As imagens dizem muito e às vezes não dizem nada, fica o dito pelo não dito.
Os textos não, eles precisam de você, precisam da sua visão de mundo, precisam que você converse com eles.
Os textos são gentis, chega um determinado momento que eles saem de cena pra que você construa.
E mesmo depois do fim, do último ponto final, eles continuam a registrar. Sem pausas. Sem interrupções. Sem quebra. Silenciosamente. Não no escrito, não no impresso. Não mais no papel, agora, dentro de você.
Justamente esta capacidade de registrar o hiato, a pausa entre o dizer e o não dizer, é que eles tiram a gente do eixo e nos transportam pra lá.
Os textos são fantásticos.
Os textos nos inspiram.
E viva à palavra escrita!
Aos que que as eternizam com caneta e papel.
Seja quem for.
Um famoso ou um aninônimo.
Quem tem cabelos brancos ou quem não sabe nada da vida.
Viva à você, brasileiro, que escreve sua história todo dia, em crise, sem perder o sorriso e esse brilho no rosto.
Todos nós temos um "quê" de Escritor, pois escrevemos a nossa própria história, diariamente.
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