Texto Sobre Silêncio
Namorada
De olhos fechados,
em rimas íntimas declamo:
amor!
O silêncio escuta e,
em leves calafrios, indaga-me:
por quem?
O sorriso, petulante, por mim replica:
pelo ato de saber amar...
E, naquele mágico instante,
o suspiro amoriscado delata-me...
Tudo que em mim se expressa,
relata tão somente você:
minha menina-mulher!
MEU MAIOR COMPANHEIRO
Eu e o silencio- cumplicidade
Dividimos momentos de inspiração
Talvez essa grande fascinação
Traga o que mais preciso-tranquilidade.
Não sei se o silencio me traz solidão
Mas traz uma doce serenidade
Com toda essa intranquilidade
Sei que acalma o meu coração.
O silencio as vezes é a minha companhia
Ou o canto de um bem-te-vi
Que adoro prender em minha poesia.
Assim vou conseguindo enfrentar
Convivendo com meu silencio
Até tudo isso passar- E vai passar...
Irá Rodrigues
Silêncio das quatro da tarde
Quando eu ouço o silêncio das quatro da tarde, sinto o desejo de olhar para o mar;
Deixar o som dele entrar; E nos meus ouvidos a sinfonia tocar.
Deixar a brisa salgada meu dia finalizar.
Em todas as vezes que me perco, quero me encontrar na solidão do meu mar, daquela vista deslumbrar e poder ali me achar.
DEVANEIOS
Ó caro silêncio, por que se fazes presente aqui?
Quem lhe chamou? Quem o convidou?
Submerso estou nas águas mais profundas de um imenso oceano.
E quem se faz presente? Você, ó silêncio.
Poderei um dia ouvir o som das águas agitadas e das bolhas de oxigênio estourando na superfície?
Me deixe sair, me deixe sentir.
Não seja egoísta querendo tudo pra si!
Me deixe em paz mas não me deixe.
Tu sabes, ó silêncio, que és rude, mas ao mesmo tempo, ironicamente, tu és, ó silêncio, meu companheiro.
Meu isolante, aquele que me faz pensar no oceano mesmo sem ouvi-lo.
Obrigada, caro silêncio, por me permitir refletir. Isso e somente isso, é pelo que serei grata.
Agora me deixe sair e tentar.
Não me deixe com esses devaneios excessivos, pois tu sabes que os tenho.
Me deixe silêncio, e só volte quando eu mandar.
Ela caiu como um anjo em silêncio
Sozinha ...
Não teve sonhos
Nem descansou
Ficou caída
Sem tempo
Despertou ...
Não conseguiu se levantar
Lutava com o ar ao seu redor
E era marcada pelos golpes que seu corpo dava contra ele mesmo
Cicatrizou as tatuagens que, em sua pele, escreviam o roteiro da tesoura que cortou as cordas da marionete
Ela não correu ou gritou
Apenas buscou dentro de si pilares
Se reergueu
Mesmo o mundo não notando, ela era completa e tinha a história do mundo dentro de sua cabeça
Ela entendia o universo
Mas ninguém havia estado dentro do seu coração
Encontrei com ele e nada me contou
Sorriu ...
Me abraçou
E me consolou nós meu problemas menores
Eu estive ali
Mergulhado em loucuras escrevendo
As 2 da manhã no imenso silêncio
Procurando por uma estrela brilhante
Talvez o acaso
A lucidez por um instante
Sem ninguém a recorrer
A madrugada a me benzer
E dentre tantos pensamentos
Algumas conclusões
Tão raras.
Eu estive ali
Sim estive
Naquele quarto
Hoje não sei como está
Para aquela casanunca voltei
Somente os momentos herdei
Tão supérfluos
Tanto tempo perdido
Minha sorte é a segurança
De que aquele já se foi
Mas de minhas certezas eu não garanto
Ao lembrar ainda me espanto
De aquele já fui eu
Se foi o tempo
Se foram seus motivos
Mas mesmo assim
Mesmo você sendo esquecido
Uma imagem apagada
Tenho receio
O que já fui posso definir
Mas de minha ascenção
Tão abstrata
Mal sei de autonomia
Um dia já tive
Hoje vertem as raízes
Os malditos resquícios
Da máscara
Esculpida de minha própria carne
O retrocesso é um caminho de espinhos
E por ele preciso andar ocasionalmente
Mesmo que eu saiba as respostas
Me entrego a essa releitura
Eu aprendo do mundo
Me esforço demais
Acho melhor cerrilhar os olhos
E não olhar para trás
Pois tudo isso ainda é vivo
E se me pego pensando
Acabo voltando para lá.
Encontro marcado
Intento-te, de modo incerto;
ímpio ou carnal? Possivelmente!
No silêncio singular, pressinto:
não seria um ato perverso a dois?
Cúmplice arranjo? Veras por certo ...
Íntimo, atiro-me ao pensar-te,
e me vem a cerce lascívia ilusória,
e o querer se torna um ardor;
os critérios apenas se vão,
doando lugar ao méleo pecado ...
E assim, suspeito o beijo plural
e um obsceno abraço amante,
com sabor de "cocada-real" ;
cobiçado no segredo latente
atrevido de amor sem igual!
O passado disse-me em segredo:
Sou a causa dos teus receios.
O presente disse-me em silêncio:
Sou a consequência do que passaste.
O futuro disse-me calmamente:
Sou a causa dos teus anseios.
Senhor,
Dizei-me lá em segredo.
Que fiz eu de errado para tal mal-estar.
Senhor dizei, que tenho eu de orar.
Para que consiga amar como tu.
Para que olhe sem desdém.
E ver o que o mundo tem para ofertar.
Senhor,
Só vós sabeis o que preciso.
Só a vós posso recorrer.
Dizei-me, por favor.
O que é preciso para em paz viver.
Senhor,
Mil vezes lhe peço.
Mil vezes lhe rogo.
Sem si nada sou.
Sem si nada consigo amar.
Senhor livrai-me deste mal-estar.
Meu Senhor,
Nada sou quando não estou em paz.
Preciso da sua força para suprimir
Este anseio esquivo de fugir,
Quando me sinto incapaz
De enfrentar o que me faz cair
E de vencer e ser capaz.
De tentar desobstruir
Este túnel em que a vida traz
Os problemas e enigmas a desconstruir.
Para que a solução nos atrevamos a descobrir
E a nossa vida consigamos redefinir.
MINHA QUERIDA NOSSA SENHORA
Nossa Senhora
Se tiveres piedade de mim
Que o silêncio me cale
Que os meus lábios se selem
Que a minha alma floresça
Que o meu coração se alegre
Sou fraca, pequena, ignorante
Sem a tua misericórdia ou ajuda
Sou um nada nos meus desejos profanos
Por mais que lute contra a minha miséria interior
Esta vive colada em mim como uma segunda pele
Que por mais que eu tente, não se desprende
Minha querida Nossa Senhora, tem piedade e compaixão
Desta luta interior feroz de mim mesma.
Aflito silêncio
O silêncio chegou imediato
Fazendo uma aflição aqui
Silêncio camuflado
Aflito silêncio aqui.
Calada chora por dentro
Quer esquecer toda amargura
Que o aflito silêncio causou
Tantas agruras insiste
Pra fazer tudo parar
Coração com cicatrizes
Somente o silêncio pra acalmar!
Neste aflito silêncio
Chamo por Jesus imediato
O silêncio termina , agora tenho paz!
Meire Perola Santos
Escuta-me em silêncio...
E Saberás quem sou...
Pela minha altivez e imponência...
Pela minha grandeza sonora, e pelo meu barulho embatendo-me nas pedras (rochas)quebrando-me...
Deslumbrar-te-as ver-me elevar bem alto, para depois recuar e ganhar impulso renovando-me, reconstruindo meu formato ondulado e recomeçando minha ritmica...
Sou uma mágica fantástica de se ver, enquanto se sente o meu cheiro a maresia e escuta-se uma autêntica sinfonia poética do meu cantar que è capaz de acalmar qualquer coracao...
- Quando te encontrares longe e não me alcancares(Mar), não te intresteças pois poderas levar uma concha ao ouvido que estarei la para te cantar...
Estou certo que a minha beleza(Mar)è digna de encantas e paixoes ...
Se aqui sentares e me contemplares (Mar)prometo-te que o teu viver ficará nesta pedra, porque perder-te-as para sempre aos meus encantos ...
- Quando te ausentares em algum momento, não perguntarei se voltas, porque sei que a tua resposta será sempre a mesma: Só aceito voltar para um lugar em que o único barulho seja o do Mar...
Nunca te esqueças que o ritual de salgar os pés adoça a alma...
Reencontro
No silêncio da noite te vejo
Posso te tocar e sentir teu corpo
Um momento sublime de desejo
Um segredo bem guardado no tempo
Um eterno amor que está escrito
Na alma que te procura, sempre
Não sei se é verdade ou mito
Que um outro amor nunca supre
No vazio da noite te encontro
E minha alma revigora
Nas recordações de autrora
De uma paixão desenfreada
Que parou no tempo
Para alentar meu pensamento
@zeni.poeta
O OLHAR
No encontro de olhares, o mundo se cala,
E no silêncio profundo, a alma se revela.
Os olhos falam a linguagem do coração,
Desvendando segredos sem dizer uma palavra.
No brilho intenso, um universo se desdobra,
E nos detalhes, enxergamos a essência pura.
Cada piscar, uma história a ser contada,
Cada expressão, um convite à compreensão profunda.
Assim, no enlace de olhares apaixonados,
Desvendamos mistérios e tocamos a eternidade.
Pois nos olhos se esconde a verdade mais pura,
E no olhar intenso, encontramos a beleza da alma.
No encontro de olhares, dança a cumplicidade,
E no silêncio, ecoa a mais bela melodia.
Os olhos são janelas para a mais pura emoção,
Revelando anseios, sonhos e toda a magia.
Em um único olhar, desvendamos mil segredos,
E nos perdemos na imensidão de um universo único.
Cada piscar é uma poesia em movimento,
Cada expressão, um capítulo de uma história sem fim.
Assim, no enlace de olhares que se aprofundam,
Descobrimos a essência da humanidade em sua plenitude.
Pois nos olhos reside a mais pura autenticidade,
E no olhar intenso, encontramos a sublime simplicidade
As minhas tardes.
Clayton dos Santos
Um incansável silêncio insiste em bater à minha porta
onde já mora uma insuportável ausência que não me paga o aluguel.
Chatice de pesadelo diurno que acompanha essa velhice que nada faz
senão aborrecer minhas tardes. Tediosas tardes!
Quando o Nunca vem me visitar
ainda leva embora um pouco do Sempre que me restou.
Para não dizer que nada faço,
estou fabricando tristezas para enfeitar o jardim
do abandono e do esquecimento...
O amargo doce que a brisa vespertina vem buscar
leva para longe a luz que havia no horizonte
dessa tarde que findou.
junho de 2013
CAMINHO SOZINHO
Caminho sozinho sob o céu infinito,
Meus passos ecoam no silêncio absoluto.
A solidão me envolve como um manto sereno,
E encontro paz no compasso do meu caminhar ameno.
Nas estradas vazias, encontro a minha essência,
E descubro força na minha própria presença.
Caminho sem medo, rumo ao desconhecido,
Pois na solidão encontro o meu refúgio preferido.
O vento sussurra segredos ao meu ouvido,
E as estrelas iluminam o caminho perdido.
Neste caminhar solitário, encontro a liberdade,
E na solidão descubro a minha verdadeira identidade.
Quem sou eu?:
No silêncio das estrelas, eu me perdi,
Nas águas profundas do meu ser, me encontrei.
Sou o eco dos ventos que sussurram na noite,
Sou a dança das folhas ao amanhecer, tão solene e tão leve.
Sou feito de sonhos e de realidade entrelaçada,
Um poema sem fim, uma história não contada.
Sou a luz que brilha na escuridão densa,
Sou a sombra que se esconde na presença intensa.
Sou o riso que se espalha pelo ar,
Sou a lágrima que escorre sem cessar.
Sou a busca incessante por significado,
Sou o mistério que desafia ser decifrado.
Sou feito de pedaços, de memórias e anseios,
Sou o caminho que trilho, cheio de receios.
Sou a voz que ecoa no universo vasto,
Sou o eco do tempo, o presente, o passado.
Quem sou eu? Uma pergunta sem fim,
Um enigma, uma jornada, um destino enfim.
Sou a resposta que se revela aos poucos,
No palco da vida, onde os sonhos são loucos.
Sou eu, em toda minha essência,
Um ser em constante evolução, em sua fluidez.
Quem sou eu? Ah, quem sabe ao certo?
Sou apenas eu, um ser humano, completo.
Palavras levadas em um silêncio cruel
Imagens tingidas com falsa existência
Estou preso para sempre em minhas mentiras?
Cada dia testemunhando a solidão
Procurando uma fortaleza nas canções
E fortunas para permanecer firme
Escondendo a dor atrás de sorrisos
Como todo desejo ao fugir dos meus olhos
- Against the Fall of Night
No silêncio oculto, me devoro,
Ardente paixão, segredo que morro.
Torno-me frágil, disperso-me no torpor,
Em ti, mistério, meu destino eu exploro.
Teus lábios, não de Iracema, mas do mel,
Sabor que embriaga minha mente ao léu.
Tua indiferença, cruel como fel,
Dilacera o coração, tempestade, réu.
Aguardando ansiosa, fervilhando em fogo,
A chama da paixão que não se desdobra.
Como a maresia, corroídos pelo jogo,
No desejo de um encontro que se acobra.
Oh, praia distante, refúgio desejado,
Onde os tormentos se percam no passado.
Cada segundo, sentimento desgastado,
Sem tua voz, tua presença, sou naufragado.
Tu, que não sabes, és meu oceano vasto,
Naufrágio lento, em águas profundas me arrasto.
Em cada instante, no sentimento contrasto,
És meu mar, és meu eterno enigma, meu lastro.
Segue o teu percurso em silêncio;
deixa que os curiosos te critiquem, apontem o dedo, opinem e até digam que faziam melhor;
isso é irrelevante!
Não despendas tempo ou energia, com barulhos que não te acrescentem;
Prossegue, um passo de cada vez;
Chega onde nunca havias chegado. Exato, compete com o teu passado e presente;
Não olhes para os feitos alegadamente perpetrados por terceiros,
Porque tu, és Incomparável!
01-02-2024
Silêncio
Almir Marins
Quisera que teu silêncio, rompesse todas as minhas horas de ansiedade.
Invadisse aos gritos que te faltam, todas as piedades que negas ao meu soluço, tua indiferença a tudo que acontece, traz-me a alienação involuntária da força da vitória que te é fraca, estou assustado, corro sempre assustado, pelo vazio inerte do teu âmago fale e a tua voz pode voar.
Não deixe que o vazio do teu silêncio e nem a certeza da minha presença provoquem o fim do teu sorriso.
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