Texto sobre Saudade Amor
Acredito que deveríamos aprender mais a desistir
Afinal muitas vezes tomamos decisões importantes começando por desistir
Desistir de algo
Desistir de alguém
Desistir de um amor desgastado
Desistir de um sofrimento
Desistir de uma escolha mal feita...
Afinal desistir também é uma forma de recomeço
Precisamos repensar, recomeçar, reaprender
A vida é muito curta para nos conformarmos com o que nos faz mal
Não podemos vê-la passar de qualquer forma
Ela precisa ser bonita, precisa ser feliz, precisa ser vivida em sua plenitude e ser plena necessariamente implica em ser feliz
Acredito que a palavra desistir teve seu conceito deturpado
Eu mesmo conheço inúmeras historias com final feliz que precisaram de alguma desistência, alguma abdicação.
Às vezes desperdiçamos nossas energias em determinadas situações quando na verdade deveríamos parar, analisar e ver a coerência que há em desistir e buscar outro caminho, muitas vezes muito menos árduo
Todas as informações que precisamos estão no canto dos passarinhos
Está o sol se mostrando depois de um dia de chuva
Esta no caminhar das formigas, incansáveis e precavidas
Muitas respostas só são encontradas quando estamos sentados debaixo de uma frondosa árvore ouvindo a brisa do vento
Então quando tiver que desistir, desista!
Vá embora!
Siga outro rumo sem olhar para traz
E logo talvez perceba que o caminho certo sempre esteve ali ao lado
Na estrada sem placa que leva a algum lugar
Que lugar? Não sei, mas siga cada um tem seu próprio caminho!
O importante é caminhar sempre
E um último conselho: Siga sempre as nuvens, elas sempre seguem o vento que as levam a qualquer lugar.
E se olhar para o céu todo dia, sempre verá uma obra de arte diferente.
Todas as informações que precisamos estão no canto dos passarinhos
Está o sol se mostrando depois de um dia de chuva
Esta no caminhar das formigas, incansáveis e precavidas
Muitas respostas só são encontradas quando estamos sentados debaixo de uma frondosa árvore ouvindo a brisa do vento
Então quando tiver que desistir, desista!
Quando você foi embora eu percebi que...
As estradas nem sempre levavam a algum lugar
Que os pássaros cantando de manhã iam desafinar
Que o olhar pra mim do cãozinho na rua muitas vezes era de dor
E que as flores às vezes não tinham cor
Então deixei um recado pra você...
Num olhar na janela vendo o sol ir embora
Andando na rua vazia numa noite sem lua
No trilho da estrada de ferro com andar de infinito
Num relógio parado no baú que parece que esqueceu mudar a hora.
E tempo foi passando...
E o seu rosto foi ficando difícil de sonhar
E nos dias de chuva seu abraço não veio mais me acalentar
E o seu cheiro não veio mais me lembrar
Lembrar de que amor realmente existe
E lembrar de que despedir-se não fazia parte do nosso trato
Do nosso trato de amor, do nosso trato de amar.
Mas talvez o amor seja isso:
Ter um trato de não amar
Amar totalmente,
Amar pra sempre,
Talvez, o amor bonito seja o que tem despedida
Com toda tristeza e melancolia que tem a partida
Talvez amar seja mesmo um trato
E que, como num teatro
Termine com aplausos ou lágrimas no final do ato.
Canto a tarde
Lá vou eu cantando a tarde, para com ela seguir mansamente meus passos. Sim, eu canto a tarde, faço-lhe serenatas junto ao vento, colho algumas flores, que este, impetuoso, teima em desfolhar e assim oferto-as, jogando-as pelo espaço e a tarde sorri para mim. Fica mais leve, mais doce e perfumada. Parece até que demora mais a ir de encontro ao horizonte, para que o dia descanse e amanhã volte a nos encantar. Namoro sim com a tarde, quando do campo, uma revoada de passarinhos vem comigo duetar e felizes vamos pelas horas, num canto primaveril, enfeitando o momento vespertino, que é vida aos que o observam e que pode ser noite linda, depois da alquimia de um sol já posto. A tarde traz lembranças boas, outras nem tanto, mas suas nuances de esperança pintam meu caminho e enchem de paz meu coração. Sei que em algum lugar, alguém com olhos de tarde morna, também assim a fita e então somos iguais em alma. Isso basta-me para ser feliz.
A Velhice, todos nós temos medo de um dia chegar lá, contudo sempre pedimos que se levasse muito tempo até que chegue à hora de partir para uma melhor, assim diremos a morte (apesar de que não interpreto assim, enfim). Mas uma coisa é certa, pouquíssimos pensam que devem chegar lá acompanhados, e essa companhia é para o resto da vida, até porque no final de tudo só vai sobrar algo: o amor construído ao longo dos anos.
O amor é um dos sentimentos mais bonitos a serem cultivados e um dos poucos que paramos para nos ater a ele. Em boa parte das vezes só é notado (apesar de sempre estar ali), depois que perdemos a nossa fonte, e quem dirá: “o bem amado”. Às vezes por erro de ambos, ou individual, mas sempre haverá erros de ambas as partes, nada do que o outro possa evitar. Há também sentimentos não tão bons, mas que nascem conosco e ultrapassam muitas coisas, inclusive nossa racionalidade, como orgulho, raiva, ódio, egocentrismo, medo entre outros. Ser racional não significa agir com orgulho ou pensar exclusivamente em si, mas em um todo, ao seu redor. E nem agir por impulso, estimulado por uma raiva. Amar, em primeiro de tudo, é ser racional, é entender e compreender, posso dizer por tudo que já vivenciei. Amar é uma eterna paixão que pensa e que não dá passos a frente, mas que rasteja lentamente e que muita cautela, sem nível, sem contestação ou preconceito. E pelo fato das vezes o amor agir com essa cautela, acabamos deixando-o sozinho e às vezes até pisando com a nossa pressa. Infelizmente, os sentimentos de angustia nos causam essa pressa, e toda a cautela nos dada pelo nosso amor é deixada de lado, ao ponto de chegarmos a passar por cima de tudo, inclusive de quem amamos. Como diz a cantora Joanna em uma de suas músicas: “... É loucura não ouvir o coração. Desse jeito a gente pede pra sofrer...”. Realmente é verdade, não é tanta loucura, mas é entrar em um sofrimento.
Ninguém é perfeito, todos têm problemas e falhas, mas esses podem ser corrigidos. Não há como chegar à perfeição, até porque não existe definição para tudo, mas nada que entre em um consenso de opiniões. Alguns dizem que não são capazes de mudar, pelo contrario, todos somos, acredito que isso seja um jargão de preguiçoso ou de orgulhoso sem ter, nem se quer, o amor próprio. Podemos mudar, podemos vencer, podemos conseguir, somos capazes. Não dá para simplesmente se olhar no espelho e achar tudo bonito e legal, é você ali, mas você não está em um mundo sozinho, precisa de outros, assim como precisou de sua mãe, seu pai, irmãos e amigos. E a sua aparência não passa de uma casca que vai envelhecer e apodrecer um dia, mas seu caráter, esse sim será seu reflexo para o resto da vida. Não podemos enfrentar tudo a sós, claro que existem as exceções para alguns casos que se devem pensar sozinho e tentar organizar as idéias.
Quando aprendemos a amar algo, é de costume nos adaptarmos aquela coisa, ou ser, para que as idéias sejam encontradas, contudo nada é perfeito. Principalmente quando se trata de outra pessoa, existem divergências e sempre existirão. Agora vai da consciência e racionalidade de cada um saber lidar com elas. Certas coisas não mudarão da noite para o dia, e as vezes não vão mudar (apesar de eu ter dito que podemos mudar), porém em certos momentos há opiniões que são impostas socialmente e temos que conviver com elas mesmo não concordando. Nada que um belo jogo de cintura não resolva. O maior problema quando essas opiniões são frutos de um mero orgulho. O orgulho, aprendam, é como se fosse uma droga, te dá uma sensação de poder, mas te leva a coisas horríveis, inclusive a perda do próprio amor e até da vida. E você jamais será capaz de enganar a si mesmo. Isso dá pra ser mudado, se livre do vício do seu orgulho, seja racional e não orgulhoso. Como já diz o ditado: “Gentileza gera gentileza”. Seja gentil acima de qualquer coisa. Procure ser educado, se não der, silencie. O silêncio nem sempre será uma boa ação, mas garanto que é melhor do que falar coisas que vão te arrepender depois. Teremos tempo para resolver as coisas, para pensar e ajustá-las, contudo estará toda a eternidade para se arrepender. E por último, seja racional, mas jamais deixe de amar, nem deixe todo seu amor de lado, pois foi ele que te colocou onde você estar agora e que ninguém jamais viverá feliz sozinho.
Quem dera...
Quem me dera poder confiar sem medo, poder me arriscar. Quem me dera, ao menos uma vez, poder dizer amo-te sem medo, sem medo de errar. Quem me dera, ao menos uma vez, acreditar por um instante em tudo o que existe. Acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes. Quem dera poder me apaixonar sem o temor de que um dia tudo irá se acabar. Poder olhar nos teus olhos, pegar na tua mão. Quem me dera poder acreditar que tudo pode mudar. Acreditar que as coisas irão melhorar. Quem me dera se ela voltasse. Voltasse para mim, para meus braços. Quem dera... Quem me dera não viver na ilusão, acreditar que isso tudo dito é mera ficção.
- Bruno Borges
Quando a chuva parar de confundir minhas lágrimas,
o que fazer com minha alma marcada ?
Quando minha alma recuperar o tom,
o que faço com a cicatriz deflagrada ?
Quando em sonho, teu corpo tocar em meu corpo
o que faço com minha alma acordada?
Quando a música tocar, aquele som me arranhar
o que faço então, com a noite arrasada?
Eu não queria ser só,
só queria ser parte, partícula de ti...
Gotículas tuas ainda nadam em mim
e não penso em te expelir agora...
Correto, concreto, decreto, não acato o coração;
Que grita, palpita, incita, por que quer você aqui.
(Partícula)
Teus dedos que me acariciaram
São agora agulhas envenenadas
Carrego comigo só nossas lembranças
Nas curvas solitárias dessa estrada.
Minha visão está embaçando
Pelo sangue que escorre em minhas mãos
A cada pulsação me distancio da vida
O vermelho vivo está morto pelo chão.
Por que nossos heróis não sofrem?
Por que não sermos nossos próprios heróis?
Dia a dia tudo se esvai....
Talvez eu tenha dificultado
Mas é tarde pra ‘talvez’
Fiz de tudo pra me destruir
até conseguir.
(Tudo se Esvai)
Verso e frente
Da música, tenho o suficientemente necessário
Da paz, tenho mais do que preciso e menos do que peço
Da saudade, tenho muito mais do que não tenho mais
Da verdade, deixo muito mais do que levo
Da alegria, faço mais que gosto ao que preciso
Da fé, fiz mais do que faria se ela eu não tivesse
Da dor, sei mais do que gostaria se não a escolhesse
Do amor, sei menos do que saberia se não o conhecesse
Estrela
Quando a estrela que ví surgir ontem
Iluminar o seu rosto, irradiar o seu sorriso,
Fazer o seu brilho só meu,
Aí então, essa saudade que dói,
Essa tristeza que destrói,
Vai passar...
E eu que penso, que tudo está perdido,
Que sonhar com você
Passou a ser ilusão,
Vou dar ênfase e esse sentimento
Que tirou meu sono,
Levou embora o meu sorriso
E agora, vai devolver a minha alegria de viver.
A luz do sol refletiu na janela do meu quarto,
abri os olhos e vi a claridade que no teto formava o seu retrato,
só me fez aumentar ainda mais a saudade,
porém quando abri a janela e senti a brisa me tocando os lábios,
imaginei você me beijando com ternura,
ai sim abri meu olhos e vi que era uma tremenda loucura,
O amor é assim, deixa a gente louco,
sem razão, com sufoco no coração.
" Queria "
As vezes só queria ouvir sua voz
dizendo que vai cuidar de mim.
Queria poder te abraçar,
te beijar.
Queria poder passar o dia todo ao seu lado.
Queria poder dizer o quanto eu te amo,
o quanto sinto sua falta.
Mas infelizmente estamos separados,
o motivo eu não sei.
Mas de uma coisa você pode ter certeza,
de você eu nunca desistirei.
E por falar em nós dois...
Eu a amo porque ela é a metade boa da nossa sociedade;
Uma simbiose na qual eu sou o maior beneficiado.
Ela me mostrou que “os brutos também amam”.
Ela me fez descobrir que ser “macho de verdade” é dedicar-se verdadeiramente a um único amor.
Ela me fez descobrir que vale a pena amar e ser amado.
Ela me fez descobrir que se plantamos amor, colhemos felicidade.
Ela me fez descobrir que a letra da canção “nós dois” se escreve
Com a melodia do respeito,
Com a sinfonia da paixão,
Em sintonia com o desejo,
E dançada ao ritmo coração.
Sei que ela não precisa de mim para nada;
Sem mim seria ate provável que ela fosse bem feliz.
Sem ela eu não seria eu;
Seria vazio do que é bom e cheio de mim;
Seria mais um andarilho em busca de paz;
Um barco sem rumo.
Quando a beijei, senti que havia encontrado a minha outra metade.
Tinha que ser ela!
Os meus instintos já haviam me enganado antes;
Mas desta vez eu tinha certeza.
A minha busca tinha chegado ao fim.
Ela trouxe consigo um novo começo;
Em que faz sentido sorrir.
Em que o calor dos nossos abraços produz calor suficiente para purgar medo, dor e solidão.
E o sabor dos nossos beijos tempera nossa união cuja prova dos nove só nós dois sabemos como é deliciosamente exata.
- À minha amada esposa R. Eugênia -
(prof. Zeca)
Sentimentos
15 me maltratam...
A avareza me afugenta.
A bajulação me enoja.
A covardia me assusta.
A falsidade me espanta.
A inveja me revolta.
A maldade me anula.
A presunção me enerva.
A tristeza me esmorece.
O ciúme me afeta.
O medo me incapacita.
O ódio me desvanece.
O rancor me entristece.
A solidão me apavora.
A nostalgia me maltrata.
A saudade me faz chorar.
15 me alimentam.
O afeto me completa.
A amizade me fortalece.
A bondade me fascina.
A paixão me subjuga.
A generosidade me enriquece.
A gentileza me alegra.
A gratidão me renova.
A honestidade me encoraja.
A humildade me despoja.
A simplicidade me emociona.
A sinceridade me convence.
A solidariedade me impulsiona.
A justiça me seduz.
A ternura me contagia.
O amor me leva até você.
(prof. Zeca)
Toda intimidade tem o seu mal, você sabe.
Sabe que conhecer profundamente alguém é um caminho sem volta. É primavera!
Ele sabe que ela gosta de tulipas e do orvalho da manhã sobre as árvores. Sabe da sua mania de cantarolar no chuveiro e a de revirar os olhos quando é contrariada.
Quando o casal termina, um bocado de outras milhares de coisas entram em um espaço vazio. As paredes foram as suas confidentes; tudo o que passou morre entre elas.
Há história nos lugares mais banais da cidade. A cafeteria, ela indicou. O bar da esquina, era o refúgio dele de toda quinta-feira.
Existiu verdade onde brotou o silêncio. Existe um passado mudo, congelado, pronto para ser mencionado onde a saudade atentar. Pois o passado é uma pessoa invisível que anda ao seu lado, que cresceu junto com todos os caminhos que você escolheu deixar para trás.
E ela é um álbum de memórias, suas lembranças estão coladas em seu corpo.
Ainda existirá ele quando a sua música favorita tocar no rádio. Existirá ela quando as flores começarem a desabrochar. De novo e de novo.
Emoções são momentos bons subestimados pela força do tempo. Emoções são tão incertas quanto um último suspiro. Há emoção nos olhos que se cruzaram, nas peles que se afrontaram. Há emoção na simplicidade do afeto, na decepção que, por ventura, calou qualquer voz. Emoções são belezas cruéis; somos vítimas delas.
E o tempo não para!
Eles vão se tornar cada vez mais vítimas. Cada vez mais distantes.
Talvez o mundo os separe, ou o sentimento de que algo bom aconteceu - e valeu a pena -, os una. Seus nomes sairão um da boca do outro em tom de poesia. Até porque, além do espaço vazio, há milhões de mundos novos a serem descobertos para quem cai na atmosfera de outrem.
Nestes mundos não existem partidas, apenas chegadas. Existem sorrisos incalculáveis e pouca pressa!
Então, ainda é primavera!
E, com ela, o recomeço não parece ser algo tão ruim. Pois pessoas são linhas que se cruzam de vez em quando. Sinuosas.
Pessoas são trens rápidos, ansiosos pela próxima estação.
Aí você finalmente aprende que pessoas são lições que a vida te dá.
Então, lá está ela.
Hoje é quinta-feira, ela decidiu entrar no bar da esquina.
Ele pode estar tomando um café neste exato momento. Até mesmo admirando tulipas.
E no meio disso tudo, pode ser que os sorrisos brilhem em seus rostos. Um precisava acontecer para o outro. Um precisava existir para o outro, mesmo que fosse apenas por uma breve queda na atmosfera.
Às vezes eu queria amar alguém tanto quanto amo a letra de Stop Crying Your Heart Out do Oasis. Assim como amaria flutuar em nuvens de quadros impressionistas.
Às vezes me flagro cantarolando com um violão invisível entre os braços. Eu desconheço os acordes. Mas ele os conhecia.
Ah, ele! Todos os clichês do amor cabiam nas suas sete notas. Ele repetia os refrões enquanto fitava o dia nascendo através da janela. Seus dedos brincavam em meio ao caos. Nunca começava antes do primeiro cigarro. Criou as suas próprias regras.
Seu violão era a sua máquina de escrever. Compositores são poetas que a vida esqueceu de presentear com a arte do silêncio. Os seus sentimentos têm tons e harmonias; pausas e bis.
Eu me acostumo! Mesmo sabendo que não duraríamos mais do que um álbum inteiro do Pink Floyd. Serei mais uma história, mais um balançar de cordas. Terei cinco estrofes e dois refrões. Meu nome vai ser ocultado. A canção irá servir como uma recordação boa para alguns; insuportável para outros.
Enquanto isso - do outro lado da cidade -, estarei me reestruturando aos pouquinhos.
Eu só preciso do barulho que vem do meu peito para estampar o papel. Eu só preciso lembrar-me do cheiro de cigarro mentolado para naufragar no mar branco das folhas. Porque poetas são compositores sem ritmo. Meus dedos são ágeis, assim como o músico nas cordas. Minha alma grita, pois precisa. Meu coração ritmado cria todo o tipo mirabolante de melodias.
Eu o conheci no meio das minhas incertezas. Nossos bloqueios criativos se atraíram. Esse era o nosso nível de igualdade. Um não era superior ao outro, havíamos cicatrizes iguais.
Não é o que dizem? Por onde passamos deixamos um pouquinho da gente. Pessoas que assinam as nossas peles; carimbam as nossas vidas. Eu sei que na vida dele muitas outras se tornarão canções pelo que não deu certo. E voltaremos ao recomeço, uma vez que o ser humano tem a necessidade de pertencer. Seja a uma música, a um poema ou lembrança.
E ele é todo sentimento. Eu sou toda pedra. Ele sempre viveu todos os momentos; fumou todos os cigarros; cantou todos os refrões. Mas aprendeu a duvidar das palavras e dos poetas. Nós queríamos ficar juntos, ao mesmo tempo em que todos os versos diziam ao contrário.
Mas eu nunca o amei!
Mesmo ficando com a mania de curtir os álbuns dos anos 70, de criar regras, de anotar as coisas em um bilhete na geladeira para não esquecer o que fazer. Mesmo esperando silenciosamente o fim do primeiro cigarro, em seguida o pigarro seco e, por fim, os graves e agudos do violão. Eu não o amei nem quando fiz o meu melhor poema dedicado aos amores que perdemos no meio do caminho. Ou os caminhos que perdemos em meio aos amores ilusórios.
Ele nunca soube me dizer o que era impressionismo, eu nunca quis aprender a tocar violão. Ele não gostou dos meus poemas; eles eram indecisos - porque lua em libra é o meu segundo nome. Eles eram tristes, pois eu sabia que nunca seria o seu Wonderwall, do mesmo modo em que ele nunca seria aquele que poderia me salvar.
Nossos mundos colidem, nossos karmas se cumprimentam como velhos amigos de uma vida cansada. Por isso preferi amar Stop Crying Your Heart Out do Oasis. É mais fácil. Aceitável.
Assim como a música, tivemos o nosso tempo cronometrado. Assim como um poema, seremos eternizados em pequenas estrofes do passado que resignamos.
“Aguente!” – diz a música – “Não se assuste! Você nunca mudará o que aconteceu e passou...”
E isso me conforta até a próxima manhã, sem ninguém cantarolando refrões na janela...
A urgência de te colocar no meio de todas as minhas consequências me fez gostar de você. O nosso encontro é o meu acerto de contas. Eu sinto a dor antes de notar que as feridas estão expostas. Pois tudo em mim é exposto quando os nossos erros se cruzam. Não te falo que entre todas as minhas oitavas de indiferença, um pouco de mim se esconde no limite do melhor que posso fazer por nós.
Você sempre foi mais forte do que eu. Sou fraca. Vidente dos caminhos tortos, a fagulha de um incêndio incontrolável. Ao seu lado eu não sei ser imortal, não sei ter asas. Sou uma alma cansada em busca das nossas pequenas urgências. Sou escrava de um sentimento sem nome, amante das causas perdidas.
Sinto-me pequena quando o seu sorriso sobrepõe o meu. Quando a sua felicidade passa por cima da minha. Nossas alegrias são poesias que não rimam. Elas não merecem andar lado a lado.
Você me faz acreditar que posso viver como quem sabe que vai morrer um dia. Eu mordo os lábios, finco as unhas nas palmas das mãos, faço as poucas orações que conheço, e continuo fraca. Você conta as piadas sem graça, diz que gosta de Azul Royal e Game of Thrones, e isso te exalta.
Entre nós há um abismo de sombra e caos. Todas as nossas urgências, consequências e pontos fracos não se saciam, se esbarram.
Então, eu fecho os olhos, suspirando, sabendo que o seu lado fraco pertence a outra pessoa. Que o seu acerto de contas está em outras mãos. Que os teus limites não são melhores e nem piores que os meus.
Nós não somos imortais, nós não temos asas, o seu sentimento também não tem nome. Eu não gosto de azul. Você não finca as unhas na pele.
Querer ser pequeno é um erro que nos maltrata. Precisar ser pequeno é uma alegria falsa. O nosso melhor não é mais nosso.
Se você sabe de quem é, boa sorte. Continuarei tentando.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
Ela esperou um convite que nunca viria.
Suspirou. Engoliu o choro. Mexeu no cabelo.
Ela sussurrou saudade.
Ela espiou mais uma vez. Nada.
Ela queria uma confirmação, não um certificado de importância.
Ela encarou um horizonte triste.
Ela pensou na possibilidade de ser a escolha em meio a outras opções e sorriu.
Sorriu triste. Sorriu pesarosa.
Sorriu como se esperasse um dia de Sol em meio as nuvens nubladas.
Ela sorriu com os olhos miúdos protagonizando algo entre esperança e agonia.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
Mordeu o canto da boca, como sempre faz quando está nervosa.
Inspirou. Trocou as pernas cruzadas de posição.
Ela esperou um recado tosco. Ela queria até uma piada sem graça.
E nada.
Sorriu como sempre faz. Como se fosse rotineiro não obter uma resposta.
Sorriu omitindo a culpa que era lembrar sem ser lembrada.
Ela sorriu.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
Queria um hóspede em seu corpo.
Queria as pontas dos dedos passeando entre o seu cabelo.
Ela lembrou. Ela sorriu.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
E bloqueou a página que trazia um rosto. Que trazia um nome.
Nome tão curto, de consequências tão devastadoras.
E bloqueou o choro.
Bloqueou o coração.
Ela sorriu.
E pensou "Vai passar. Sempre passa."
►Tenho Medo
Um desejo insaciável, instável
Isso é o que sinto ao pensar nela
Bela, não falando, ou reparando no corpo
Alma, isso sim, ela me acalma
Pequena, aos meus olhos ela se destaca no meio de uma centena
Responsável, outro fato admirável.
O tempo não me é escolhido
O tempo está atrasado, está corrido
Veja como está ausente a cada semana
Não tenho mais a certeza plena nessa situação, que só desanda
Penso se verei ela pelo menos uma vez
Do pensamento dela talvez eu não seja mais um freguês
Mas eu queria muito escrever algo belo
Que demonstrasse meu sentimento eterno
Os anos irão passar, posso até me apaixonar
Mas o nome dela, o sorriso que me alegra, não me será esquecido
Acreditem quando eu digo, sinto falta de ter o lábio mordido
Gostaria muito que ela passasse o dia comigo, talvez num domingo
Assistindo um filme, juntinho, mas talvez eu esteja sendo egoísta
Por querer ser o único na lista, que faça o coração dela bater forte.
Não estou conversando muito com ela, não por birra
Mas sinto falta até do castanho de sua pupila
Quero tê-la comigo a cada dia mais
Nenhum outro prazer me satisfaz tanto quanto está com você
Não irá crer, mas sinceramente quero falar
Por dentro estou a chorar enquanto escrevo aqui
Pois queria tê-la pertinho de mim
Se mostrar esse texto para suas amigas, vocês irão rir
Ah, como você faz falta, meu mundo sente sua ausência
Mas não vejo como tomar uma providência.
Vejam, ela logo estará na faculdade
Está toda nervosa, talvez ansiosa, surgiu a felicidade
Construindo o sonho, um dia ela alcançará
Espero que seus familiares estejam lá para te abraçar
Mas, o meu medo atual devo agora demonstrar
Dizem que na faculdade vida social não há
Talvez sua mãe estava certa ao dizer que não era hora de namorar
Me doí muito escrever isso, lembra quando me contou?
Meu corpo inteiro arrepiou e quase me derrubei
Lá no fundo eu chorei, bom que disfarcei
Não estamos possuindo tempo, como faremos?
Tenho medo de que você possa me esquecer se algo ocorrer
Mas estou aqui, afinal, o futuro não posso prever
Mas a maior tristeza é não saber quando irei te ver
Sexta já não mais, e agora? Qual o plano? Como irá ser?
Esses últimos versos escreverei com os olhos embaçados
Os escreverei com os olhos encharcados
Montei tantos textos tentando te ter
Mas percebo que isso não conseguirei fazer
Eles sempre parecerão incompletos ao meu ver
Meu mundo se tornou você, loucura? Pode-se dizer
E talvez ano que vem ocorra uma supernova nele
Mas deixe-me dedicar mais algumas palavras, sem rimar.
"Eu te amo, desculpe se atrapalhei seus planos
Um dia você havia dito que seria apenas uma lembrança
Está errada, esse sentimento que tenho prova isso
Se você estivesse aqui, eu esperaria você dormir
Saiba apenas que, mesmo que eu suma por dois, três dias
A cada minuto estarei pensando em você, clichê? Fazer o que
Minha maior vontade era te dar carinho, como para um gatinho"
Amo você, e tenho medo de te perder
E do meu mundo perecer.
►O Fim, Dama
Terminou. está tudo acabado
Resta apenas recolher os pedaços do coração quebrado
Talvez não era para ser
Talvez a felicidade não devo merecer
Me sinto péssimo, e sei que a culpa não foi dela
Me fechei para ela, com medo de perdê-la
Foi o que aconteceu, agora só me resta esquecê-la
Um fim nunca é fácil, não é nada agradável
Eu errei, não a perdoei por me abandonar
Lamento agora, mas não tem como voltar
Só me resta então relembrar
Adeus Dama, segunda parte?
Acabou minhas idas à capital de tarde
Assumo que a culpa foi toda minha
Eu dei a partida do fim da linha
Mas, ainda assim, quero sua alegria
Um outro lhe permitirá entrar no coração
O meu estava inseguro, cercado pela incerteza, solidão.
Agradeço por essa experiência que vivi
Não me arrependo de nada que senti
Irei sumir, viver, e sei que é errado, mas irei te esquecer
Sofri muito para que pudesse amadurecer
Diferente da antiga despedida, quero agora que seja esquecida
Ela me ajudou sim, não esqueço disso
Ver teu sorriso tornou-se um vício
Houveram momentos que sentia até um alívio
Ela havia se tornado, sem querer, meu abrigo
Mas por não confiar, eu acabei com a relação
Mas diferente de antes, não ficarei na depressão
Espero que ano que vem não me seja regado desta mesma tristeza
Queria muito possuir essa certeza.
Eu vou mudar, vou começar a me expressar
A fome que sinto irei saciar
As pessoas que amo não quero magoar
E nem mesmo fazê-las chorar
Estou escrevendo as últimas palavras pensando nela
Agora apagou-se a nossa vela, bela
Mas irei encontrar um outro alguém, que tratarei bem
Mesmo não estando mais junto, o aprendizado que pude receber
Espero te esquecer, para não sofrer
É natural o fim de um relacionamento
Mas o que não passa rápido é o fim do sentimento
Leva tempo para tirar do pensamento
Eu admito, eu repito, quero levá-la ao esquecimento
Mas por ter escrito, não esquecerei nosso momento
Registrei aqui o que contigo passei
Nunca mais irei te ver, mas agora que acabou, falta eu falar
Sabe, para realmente terminar
Aqui fica meu sentimento sincero e nada discreto
Podia não parecer
Mas sempre amei você!
Adeus, dama
Alcance a fama
E continue amando
E, algum dia encontrará seu amado
Adeus linda dama, esse sujeito aqui
Te ama.
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