Texto sobre Pobreza
Uma pessoa não quer
Mais sofrer
Amor ou tristeza está mesmo é na pobreza
Muitas vezes eu não encontro o amor
O amor me encontra
Raramente meu coração vive uma ilusão
Bom de mais
O amor, na paz.
Mesmo deixando para traz
Deu varias memorias
Enquanto eu lido com a mentira do meu coração
Mais eu tenho medo de sofrer
Amar não é amar
Indignamente o amor só
Se deixa enganar.
À margem
Nobreza e pobreza disputam o espaço
Sempre foi assim e nunca mudou
Mas a corda só quebra do lado mais fraco
Sonhar é sonhar, mas quem realizou?
Só desigualdade é o que vejo estampada
E o mapa da mina
Quem foi que achou?
Não foi o meu povo que vive nos guetos
Mas digo pra gente veja o restou:
Miséria, pobreza, ensino precário
Um salário de fome, um subemprego
A droga, o bar, a biqueira , o vapor
Um corpo no chão
E nos olhos o medo
Em quem confiar?
Quem pode ajudar?
E amenizar
A dor por aqui?
Quem vai se importar?
Quem vai alertar?
Quando o perigo
Estiver por vir
À margem eu sei que o pobre sofre
Sempre colado de lado na história
Vivendo uma vida amarga e sofrida
Sem ter melhorias, vitórias e glórias
Mas eles não querem perder o controle
Melhor é assim
Ter o povo nas mãos
Melhor uma massa desinformada
Não causa ameaça
E pra eles ta bom
Uma minoria que manda e desmanda
Por trás sempre tem alguém para aplaudir
Mas se o povo não tinha uma voz, uma força
Agora ele tem porque o RAP e a Poesia ta aqui!
COMO POSSO ESQUECER-ME DA POBRESA?
Como posso esquecer-me da pobreza
Que campeia neste mundo desigual?
Conseqüência de injustiça social,
De governos que só olham pra riqueza!
Como posso esquecer-me da tristeza
Que assola parte da população?
Sem acesso a saúde, educação...
E emprego para por o pão na mesa!
Como posso concordar co’o sistema
Que fomenta a pobreza, como lema,
Para terem essa classe como presa?...
Presa fácil para as suas eleições,
Comprando a consciência de milhões
De pessoas vulneráveis na pobreza!
Se o conceito de "pobreza" e "riqueza" fosse julgado unicamente pelo grau de conhecimento intelectual,moral, e espiritual,não existiria pessoas pobres,pois não existiria desculpas para se acomodar na posição social,e todos buscariam,independentemente de qualquer dificuldade.
E claro,as bibliotecas seriam muito mais frequentadas também.
Os politicos usam a desgraça do POVO ao seu favor e o POVO na sua pobreza de espirito, educação e pão se deixam usar !
Triste ver o sorriso estampado na cara de homens e mulheres que na ânsia do poder esquecem que tem o PODER e a OBRIGAÇÃO de mudar este quadro de MISÉRIA, mais nada fazem, porque precisam deste próprio POVO para alcançar o PODER.
O PODER pra mim é lixo e o lixo é o PODER !
"" Algumas maneiras de livrar-se da pobreza (mesmo que momentanêamente)
comece trocando velhos pratos por novos e escolha alguns bacanas
prato de vidro e coisa de pobre na certa
jogue fora os copos velhos e coloque no lugar algumas taças
existem algumas até baratas e de um certo charme
não me leve a mal, mas potes de margarina é o fim
guardar comida na geladeira é outra coisa que não se deve fazer
existe coisa mais horrível que garrafa térmica?
tome seu café em louças para café
a elegância não custa tão caro, mas requer finesse.
você pode e deve viver momentos especiais.
agora se você for pobre como eu
esqueça tudo que escrevi
segue o baile...
" Eu sou meio da vida...
me criei nas gírias da pobreza,
e sempre valorizei um pedaço de pão,
vaguei por luares perdidos.
fui onde não deveria,
porém nunca me enclausurei,
meus deslizes não mereceram condenação,
mas vivo cativo de lembranças
e ainda espero papai noel, em noites de natal..
Boa tarde!
Existem grandes diferenciais entre a pobreza e a riqueza, se achegue numa colônia, no rancho de um capiau, seus filhos bem educados, sorrindo de todo mau, levantarás as mãozinhas pedindo a sua benção, dificilmente na riqueza encontrarás tal situação...
(Zildo de Oliveira Barros)
DESIGUALDADES IGUAIS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A pobreza extrema obriga os pais de Melquinho a fazê-lo comer porcarias como calango e tanajura. Na região em que a família mora o solo é árido; a seca é longa. Não há vegetação suficiente para permitir a invenção de muitos cardápios alternativos a partir de folhas nem de frutos silvestres.
Apesar das razão opostas, não é diferente a situação de Pedrinho: a riqueza extrema obriga seus pais a fazê-lo comer porcarias como lesma, fungo e ova de peixe. Pedrinho detesta, pelo menos por enquanto, porque tem acesso a porcarias bem mais gostosas além dos pratos e as guloseimas sadias das quais realmente gosta.
A diferença das razões que levam ambos a comer suas porcarias dá pelo menos uma vantagem ao menino indigente: Melquinho pode assumir que detesta calango e tanajura. Que só os come por absoluta pobreza. Questão de sobrevivência.
Ao pobre do menino rico não é permitido não gostar. Ele tem a obrigação de fingir que aprecia lesma, fungo e ova de peixe. Disso depende a imagem de seus pais, no presente, como depende sua futura permanência na frágil bolha do planetinha elite. Outra questão de sobrevivência.
Respeite autorias. Ao divulgar o que não é seu, sempre cite o autor.
A EMPATIA ENFERMA.
Há quem diga que alguns seres se comprazem em cultivar a estima da pobreza, como se nela repousasse um símbolo de virtude ou redenção. Tais observações, lançadas com a frieza das conveniências humanas, soam muitas vezes como sentenças ditas sem alma e, quando atingem o ouvido de quem sente, doem profundamente.
A dor que nasce desse julgamento não é apenas pessoal: é o reflexo da incompreensão coletiva diante das almas que sofrem em silêncio. Enquanto uns observam de longe, outros carregam, nos ombros invisíveis, o peso de mundos interiores dores que não se exibem, mas que educam.
É então que se faz clara a urgência de criarmos núcleos de esclarecimento, não sobre a miséria material, mas sobre o amor ignorado. Esse amor que ainda não aprendeu a ver o outro sem medir-lhe o valor; que não sabe servir sem exigir aplausos; que ainda confunde compaixão com piedade.
Cultuar o amor ignorado é erguer templos de consciência onde antes havia indiferença. É ensinar o coração a compreender antes de julgar, a servir antes de censurar. É abrir, no deserto moral da humanidade, o oásis do entendimento.
Porque o verdadeiro amor aquele que transcende a forma e a posse não necessita de palmas, nem de discursos. Ele apenas é, e em sendo, ilumina.
E talvez seja essa a maior riqueza que possamos distribuir: a de transformar o sofrimento em escola, a crítica em semente, e o silêncio em voz do bem.
Riqueza e pobreza...
Abra sua mente e experimente novos conceitos.
O jeito de medir o que é ser rico ou pobre não vem de um ser nobre. Estes marcadores sociais apenas nos torna seres desiguais.
Há quem não tenha nada e é rico e quem tem muito e é pobre.
Pela visão da sociedade para ter felicidade é preciso ser rico.
O dinheiro é um atalho para muitas coisas que apenas nos deixam felizes.
A verdadeira riqueza só tem o ser que transmite a pureza da alma, na calma e serenidade sendo feliz de verdade em qualquer situação financeira em que viver.
Condicione a mente a ser feliz na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença, no bom ou no mau cassmento, na juventude ou na velhice, no riso ou no pranto.
Seja feliz!
Se conquistar a felicidade da alma, ninguém poderá arrancá-la de você, não importa quão longa seja sua jornada rumo ao infinito e à eternidade.
A lua hoje madruga,
dou o passeio pela noite.
Descalço pelo passeio da rua:
-Olá boa noite! Não tem nenhum centavo pra matar a minha fome?
Tive pena do coitado até parece ser bom homem.
Meti as mãos no bolso, para ver o que trazia,
mas o forro estava roto e perdi tudo que tinha.
-Desculpe meu senhor, agora não tenho nada. Os centavos que aqui trazia perdi-os nesta calçada.
Mas como sei o que é viver aqui nessa miséria;
Pus-me à procura deles na minha visão periférica.
Ninguém sabe os segredos, que esta rua esconde.
-Mas dê uma vista de olhos pode ser que os encontre!
Pus-me a caminho, a solidão me acompanha,
a noite tem tanta vida que a morte é tamanha.
Vejo a pele castanha, na face, face à pobreza
dos abandonados da calçada. Cantando "A portuguesa".
Seguram na sua mão uma garrafa de vinho,
despejam sangue inocente num copo de vinho tinto.
Encharcados pela mágoa que lhes escorre pelo rosto,
em formato de gota da água, em cada olhar fosco
Ela foi levada num dia sombrio,
com seu rosto magro, abatido,
olhos fechados, pele enrugada,
da vida triste acabaram os castigos
Acabaram tristezas, lágrimas mil,
adeus à pobreza e torturas,
nada deixara para ser chamado de seu
apenas uma bíblia de capa escura
Só conseguia viver em oração,
lendo e meditando chorosa,
levou seu segredo para o caixão
e sobre ele apenas uma rosa
A FOME..
A fome dilacera
Pode ferir e matar!
- A fome estanca
e domina com atrocidade.
Ela atinge a sociedade
que se esquiva da responsabilidade.
- A fome é criada...
Em contraste com a vida.
- A fome pode ser evitada
com causas nobres...
Basta se sensibilizar, se doar...
E com o pouco que se doa
muito pode representar:
- vidas acudidas...
- vidas acolhidas...
- vidas supridas...
- vidas socorridas!
É UM BEM QUE NÃO SE PODE NEGAR...
- E É SÓ DESEJAR E COMEÇAR!
Eu insisto em esperar
Mais do que mereço
Mais do que é ofertado
Mais
Frustração
Quando vou reconhecer o meu lugar
Para que não precisem mais apontar
Fiz tudo o que esteve ao meu alcance
Pra mudar
Mas cada um tem aquilo que merece
Afinal, castas existem na Índia
E eu existo no Brasil.
[miséria diz]
Aflora, dignidade,
pois quanta maldade eu vejo aflorar
a noite afora
no frio, no vácuo
morre na ponte
cai do telhado
queimado, sem teto
Aflora, dignidade,
pois toda a miséria é indigna
em casa, a forra
no seco, coberto
digno de gestos
cai da boca migalhas,
todo o pão
Que lado é esse que nunca é falado e vive calado, sem voz e sem vez.
Que pessoas são essas que ficam escondidas e que são iludidas, vivendo de um talvez.
Talvez melhore, talvez eu tenha, talvez eu durma, talvez eu coma, talvez eu ria, ou talvez eu chore, ou talvez piore e talvez eu morra.
Que muro é esse que ninguém enxerga, mas que só segrega quem é tão igual.
Que muro é esse que ninguém reclama e ninguém derruba, pois acha normal.
Que lado é esse que você nasceu e que você cresceu e que aceitou.
Não percebeu tanta diferença, tanta desigualdade e se acomodou.
Que pessoas são essas que ninguém divulga e que o mundo empurra para uma parte esquecida.
Mas por trás do muro existem histórias de derrota e vitória de uma realidade sofrida.
Mas quem sabe um dia, talvez por milagre, o muro desabe e encontremos uma saída.
E todos entendam e tenham a certeza que viver de talvez é uma vida sem vida.
Hoje minha vaca deu leite
Tá sol
É verão
Não tem sombra
Nem capim.
Mas chove,
E, na chuva,
a gente se molha,
mas a gente não bebe água
a gente se afoga.
A água desce morro a baixo
Mas a gente tá abrigado
Opa, caiu um ali
Acho que não tem mais casa
Porque foi levada
Ladeira a baixo.
Com a chuva
Não há mais casa
Talvez haja capim
Mas vamos ter que dividir
E nem vai nascer a jato.
Porque é Verão
Faz Sol
Não tem sombra
E nem trato.
Rico quando é sortudo
Inventa a sorte Chutar
Assim se apega a tudo
Para dos pobres xingar
Mais quando ver que já era
Começam se lamentar
Não sei quem fez a probeza
Pra de muitos se aproveitar
Mais sei que a natureza
Tem muitas lições a dar
Por isso morro pobre
Sem dos outros se gabar
