Texto sobre Pobreza

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⁠Um homem de verdade é aquele que valoriza sua mulher, independentemente das dificuldades da pobreza ou da doença. Ele é fiel e leva o seu compromisso a sério, sustentando o seu bem-estar e resolvendo as dúvidas que surgem. É muito difícil encontrar um homem como este, pois eles são raros e sempre estão preocupados em proporcionar o melhor para aqueles que amam. Além disso, um homem de verdade ainda tem a coragem de chorar junto com a sua mulher ou namorada, demonstrando seu amor incondicional.

Mulher madura não gosta de moleque porque ela já viveu muitas vezes o sofrimento de se envolver com alguém que só quer brincar de amor, sem compromisso. Ela já sofreu bastante por causa de relacionamentos superficiais e descompromissados, e está cansada de se magoar. Ela quer alguém que a olhe nos olhos e compreenda sua dor física, mental e espiritual. Ela procura um homem de verdade, que seja maduro e responsável, para dividir a vida e construir algo sólido.

Pega essa reflexão Marcos escrito do Brasil abre o olho

Como um escritor de romance, eu sinto que tenho a responsabilidade de olhar nos de uma mulher e ver a verdade, seja ela física ou mental. Elas merecem ouvir a verdade, independentemente das dificuldades que elas possam enfrentar, como pobreza, doença, tristeza ou alegria. É meu dever como escritor de romance para garantir que elas saibam que não estão sozinhas, e que juntos, podemos enfrentar qualquer desafio.

Muitas vezes, sou perguntado se já me amadureci. A resposta é sim, muito. Eu me esforcei para ser realmente quem eu quero ser, e estou sempre me desenvolvendo, fazendo o bem e cuidando dos detalhes da vida, como escrever poesia romântica. Estou contente com o caminho que escolhi e a vida que construí.

“Não é a bagunça que atrai a pobreza, e sim uma mente desorganizada e fora de equilíbrio. A verdadeira raiz está na saúde mental. A bagunça externa reflete e alimenta o caos interno, gerando ansiedade, falta de foco e sentimentos negativos. Quando a mente está sobrecarregada, tudo ao redor desanda.

E o primeiro passo para começar a restaurar esse equilíbrio, sem pressa, é organizar o ambiente à nossa volta. Colocar ordem nas nossas coisas é como enviar um sinal à mente: ‘Estamos retomando o controle’. Ao ver o espaço limpo e organizado, a tensão diminui, a respiração se acalma e o psicológico começa a se reequilibrar. Organizar fora é, muitas vezes, o primeiro passo para curar por dentro.”
— Bismarck Batista, “O Máquina”

Inserida por LADU

No passado eu esperava para o futuro um Brasil próspero, sem corrupção, seguro, sem pobreza, sem desemprego, com acesso de todos à educação de qualidade, ao lazer e a um ótimo atendimento no setor da saúde.
Agora, estão fazendo a mesma pergunta que me era feita no passado.
Continuo desejando o Brasil que esperava no passado para o presente e não apenas para o futuro.

Inserida por MarcosAlvesdeAndrade

DESIGUALDADES IGUAIS

Demétrio Sena, Magé - RJ.

A pobreza extrema obriga os pais de Melquinho a fazê-lo comer porcarias como calango e tanajura. Na região em que a família mora o solo é árido; a seca é longa. Não há vegetação suficiente para permitir a invenção de muitos cardápios alternativos a partir de folhas nem de frutos silvestres.
Apesar das razão opostas, não é diferente a situação de Pedrinho: a riqueza extrema obriga seus pais a fazê-lo comer porcarias como lesma, fungo e ova de peixe. Pedrinho detesta, pelo menos por enquanto, porque tem acesso a porcarias bem mais gostosas além dos pratos e as guloseimas sadias das quais realmente gosta.
A diferença das razões que levam ambos a comer suas porcarias dá pelo menos uma vantagem ao menino indigente: Melquinho pode assumir que detesta calango e tanajura. Que só os come por absoluta pobreza. Questão de sobrevivência.
Ao pobre do menino rico não é permitido não gostar. Ele tem a obrigação de fingir que aprecia lesma, fungo e ova de peixe. Disso depende a imagem de seus pais, no presente, como depende sua futura permanência na frágil bolha do planetinha elite. Outra questão de sobrevivência.

Respeite autorias. Ao divulgar o que não é seu, sempre cite o autor.

Inserida por demetriosena

⁠Riqueza e pobreza...
Abra sua mente e experimente novos conceitos.
O jeito de medir o que é ser rico ou pobre não vem de um ser nobre. Estes marcadores sociais apenas nos torna seres desiguais.
Há quem não tenha nada e é rico e quem tem muito e é pobre.
Pela visão da sociedade para ter felicidade é preciso ser rico.
O dinheiro é um atalho para muitas coisas que apenas nos deixam felizes.
A verdadeira riqueza só tem o ser que transmite a pureza da alma, na calma e serenidade sendo feliz de verdade em qualquer situação financeira em que viver.

Inserida por fluxia_ignis

⁠Certo dia um homem cansado de sofrer e de tanta pobreza e das suas desilusões
Foi até Deus e descarregou suas mágoas e reclamações
Deus olhou para ele e disse
Como pode achar que sou indiferente
E que posso ignorar cada filho meu
Eu conheço a dor de cada um
Conto cada lágrima derramada de seus rostos
Eu vejo seus sofrimentos
Conheço até mesmo aqueles que possui tanto a ponto de ignorar o que não tem nada
Eu também vejo suas maldades
O ódio que só causa dor é sofrimento
Eu finjo ser forte pra não me enfraquecer
Com a covardia dos maus
Eu os vejo se destruírem uns aos outros e preciso me calar
Eu conheço cada ser vivo o grande o pequeno
Cada ser humano que criei
Mas eles não me conhecem
Se conhecessem o meu amor
Eu os curaria
O homem em prantos caiu com seu rosto na terra e pediu perdão
Ao entender que sua dor não era maior do que a dos outros
E quem mais sofria
Era quem mais nós amava
Deus

A dor de Deus

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠Ahhh
Nordeste
Aqui só tem beleza
E a única pobreza
É a de quem não sabe
Apreciar a nobreza deste lugar
Ahhh
Nordeste
O recanto de quem sabe
O que é esperança
Do chão que sol seca em meio às
Rachaduras
Brota o sorriso no rosto tímido e sincero de um nordestino
Ahhh
Nordeste
Que lindo
Não a palavras pra compor
Senão
Este meu canto por admiração
És uma terra e um povo
Que carrega no peito um coração
Forte confiante na sua cresça
De nunca desistir
e não perde fé
Na vida

Tom: A#7,9
Música Nordeste
Bossa
De Marcio H.melo

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠A instrumentalização da pobreza pela elite brasileira se manifesta na visão dos trabalhadores como simples ferramentas para a maximização dos lucros, o que resulta na exclusão social.

A persistência das favelas exemplifica essa tentativa de aprofundar a exploração em busca de ganhos financeiros mais substanciais.

Ao negligenciar as enormes desigualdades sociais, o país se torna cativo das conquistas e avanços externos, privando-nos da autonomia e da capacidade de forjar nosso próprio destino, enquanto o capitalismo contemporâneo exerce completo domínio sobre a esfera política.

Inserida por I004145959

⁠Condicione a mente a ser feliz na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença, no bom ou no mau cassmento, na juventude ou na velhice, no riso ou no pranto.
Seja feliz!
Se conquistar a felicidade da alma, ninguém poderá arrancá-la de você, não importa quão longa seja sua jornada rumo ao infinito e à eternidade.

Inserida por DomMuniz01

A lua hoje madruga,
dou o passeio pela noite.
Descalço pelo passeio da rua:
-Olá boa noite! Não tem nenhum centavo pra matar a minha fome?
Tive pena do coitado até parece ser bom homem.
Meti as mãos no bolso, para ver o que trazia,
mas o forro estava roto e perdi tudo que tinha.
-Desculpe meu senhor, agora não tenho nada. Os centavos que aqui trazia perdi-os nesta calçada.
Mas como sei o que é viver aqui nessa miséria;
Pus-me à procura deles na minha visão periférica.
Ninguém sabe os segredos, que esta rua esconde.
-Mas dê uma vista de olhos pode ser que os encontre!
Pus-me a caminho, a solidão me acompanha,
a noite tem tanta vida que a morte é tamanha.
Vejo a pele castanha, na face, face à pobreza
dos abandonados da calçada. Cantando "A portuguesa".
Seguram na sua mão uma garrafa de vinho,
despejam sangue inocente num copo de vinho tinto.
Encharcados pela mágoa que lhes escorre pelo rosto,
em formato de gota da água, em cada olhar fosco

⁠Ela foi levada num dia sombrio,
com seu rosto magro, abatido,
olhos fechados, pele enrugada,
da vida triste acabaram os castigos
Acabaram tristezas, lágrimas mil,
adeus à pobreza e torturas,
nada deixara para ser chamado de seu
apenas uma bíblia de capa escura
Só conseguia viver em oração,
lendo e meditando chorosa,
levou seu segredo para o caixão
e sobre ele apenas uma rosa

⁠A FOME..

A fome dilacera

Pode ferir e matar!

- A fome estanca

e domina com atrocidade.

Ela atinge a sociedade

que se esquiva da responsabilidade.

- A fome é criada...

Em contraste com a vida.

- A fome pode ser evitada

com causas nobres...

Basta se sensibilizar, se doar...

E com o pouco que se doa

muito pode representar:

- vidas acudidas...

- vidas acolhidas...

- vidas supridas...

- vidas socorridas!

É UM BEM QUE NÃO SE PODE NEGAR...

- E É SÓ DESEJAR E COMEÇAR!

Hoje minha vaca deu leite
Tá sol
É verão
Não tem sombra
Nem capim.

Mas chove,
E, na chuva,
a gente se molha,
mas a gente não bebe água
a gente se afoga.

A água desce morro a baixo
Mas a gente tá abrigado
Opa, caiu um ali
Acho que não tem mais casa
Porque foi levada
Ladeira a baixo.

Com a chuva
Não há mais casa
Talvez haja capim
Mas vamos ter que dividir
E nem vai nascer a jato.

Porque é Verão
Faz Sol
Não tem sombra
E nem trato.

Inserida por clara_maciel

Rico quando é sortudo
Inventa a sorte Chutar
Assim se apega a tudo
Para dos pobres xingar
Mais quando ver que já era
Começam se lamentar

Não sei quem fez a probeza
Pra de muitos se aproveitar
Mais sei que a natureza
Tem muitas lições a dar
Por isso morro pobre
Sem dos outros se gabar

Inserida por Poeta_Rian_Nazareno

No Brasil não acontece diferente de um país em conflito. Temos mais mortos assassinados do que alguns países que estiveram em guerra, isso graças aos políticos, que sujam suas mãos de sangue indiretamente, deixando nossas fronteiras à deus-dará, passando armamentos mais poderosos que os da nossas Forças Armadas, deixando pessoas definharem até a morte por falta de saúde pública, fazendo com que nossas crianças sem estudo entrem para o crime ou sejam moradores de rua na miséria morrendo de frio e fome.
Como eles deitam e dormem calmamente em seus travesseiros de plumas de ganso como se não tivessem culpa nisso tudo? Isso eu não sei, mas acredito em Deus e que um dia vão pagar por seus pecados, disso eu não tenho dúvidas!

Inserida por diego_alexandre

Eu insisto em esperar
Mais do que mereço
Mais do que é ofertado

Mais
Frustração

Quando vou reconhecer o meu lugar
Para que não precisem mais apontar



Fiz tudo o que esteve ao meu alcance
Pra mudar
Mas cada um tem aquilo que merece

Afinal, castas existem na Índia
E eu existo no Brasil.

Inserida por LayannySouza

Até onde vai? Onde irá parar?
A sociedade nega nós Humanos, quem poderá nos ajudar?
Preparados alguns...
Despreparados todos.
Limitando-os as mente,
Quando é que a sociedade será justa novamente?
Se são sete bilhões de pessoas no mundo, e dito um bilhão de miseráveis porque seis bilhões não poderia ajudar apenas um bilhão?
O problema já descobrir, é porque as pessoas só pensam em si.
Se a sociedade não fosse submissa ao capitalismo, todos os seres da terra seriam amigos,
Se a questão não fosse o poder, todos os povos da Etiópia teriam um alimento pra comer.
Faltando lenha, apaga-se o fogo. E sem egoísmo sacia-te a todos.
Pergunte pra si mesmos e vão perceber se é melhor cinco mil satélites ou ver uma criança crescer,
Todos da sociedade são alienados desviam-se do certo e vivem o que é considerado errado.
Pensam e reflitam e vão perceber,
Que pra mudança começar só depende de você.

Inserida por Mikaelqueirozrocha

Hístórico das violências cometidas contra as minorias


Começaremos essa retrospectiva dando ênfase ao quão atrasados se encontram os seres humanos, moralmente, desde as primeiras e remotas civilizações “organizadas” das quais temos registros. É importante observar a ótica pela qual a humanidade enxerga, desde a antiga suméria, o conceito de desenvolvimento: do passado ao tempo contemporâneo, seres humanos exploram outros seres humanos para adquirir o tão almejado e ilusório equilíbrio social. É ilusório, pois que, pelo ponto de vista do conceito de justiça, não há distribuição de oportunidades justa e proporcional à condição de capacidade e circunstâncias nas quais cada um se encontra. Descartando a explícita realidade de que todos somos iguais, os que concentram o poder “espremem” cruelmente os menos favorecidos, através da exploração exacerbada, ignorando e privando essas minorias das mínimas condições dignas de sobrevivência. Fazem isso com o único intuito de conservarem seu podério e massagear seus respectivos egos. Através dessa maquina social injusta, os monstros do poder direcionaram às civilizações em avanços intelectuais, tecnológicos e arcaicamente culturais. Entretanto, prevalecendo a exploração e a desigualdade, nossa sociedade continua carente de desenvolvimento moral. O que mudou “de lá, pra cá”?
Iremos abordar, a seguir, o histórico dessa exploraçao que é cometida contra as minorias, analisando vagamente os fatos, no que tange o contexto mundial, e, dando destaque, no final, aos fatos ocorridos no Brasil. Comecemos pelo primeiro povo conhecido pela fundação de cidades-estado, construções dos primeiros templos e palácios explêndidos e, a descoberta da escrita, os sumérios. A hierarquia social era dividida entre escravos, “cidadãos” e “monarcas”, como existe ainda hoje, mascaradamente, na estrutura de alguns países. Observemos que de 6 mil anos atrás, até os tempos atuais, o sistema de exploração continua nítido, camuflado em direitos fictícios que não alcançam, na prática, os menos favorecidos. Esse pseudo-desenvolvimento das civilizações arcaicas, com base na exploração da escravidão, perpetua nas civilizações posteriores, como: Egito, Grécia, Roma etc. Ainda no desenvolvimento do início de nossa civilização contemporânea, encontramos o uso do trabalho escravo como principal fonte de rendimento das classes que concentram o poder e, de desenvolvimento das duras e básicas funções das civilizações.

Ainda no descobrimento do Brasil, observamos a exploração e dizimação dos índios. Vimos que, do Brasil colônia aos tempos atuais, ainda que abolida a escravidão, os menos favorecidos continuam atados e fadados ao trabalho duro e incessante, que mais favorece a concentração de Poder do Estado e a concentração econômica das classes dominantes, do que aos próprios trabalhadores. Nesse desfecho egoísta, de ciclo vicioso, onde o homem explora o outro homem, essa exploração continua explícita até os dias de hoje. Não seria uma pseudo-escravidão? Também devemos abordar os grupos de minorias que sofrem outros preconceitos, como os covardes crimes cometidos, ainda hoje, contra os indígenas e indigentes(moradores de rua), por concepções preconceituosas de cunho cultural e interesses econômicos possuidos pelas classes dominantes. A classe burguesa, como sempre, massacrando e oprimindo os menos favorecidos por motivos estritamente fúteis. Absurdos como estupros cometidos contra jovens moças e mulheres da classe pobre, por burgueses, também são um exemplo de violência contra as minorias, visto que em vários casos os burgueses sofrem penalidades brandas, com várias regalias, recebendo rapidamente, de volta, a liberdade para transitar livremente nas ruas e exercer suas egóicas concepções de liberdade. Vivemos a cultura do isolamento, onde, de geração em geração, os burgueses continuam em cima, e os pobres submissos, sem chances justas de ascenção econômica e cultural. Também há relatos de discriminação contra alunos que ingressaram na faculdade por meio de bolsas destinadas a estudantes de pouca renda, além de vários outros absurdos. Impera também o preconceito contra os homossexuais, como temos visto, em atos agressivos, físicos e morais, de nítida homofobia. Não devemos deixar de expor, também, a intolerância religiosa nas quais minorias lutam contra outras minorias, resultando em desastres físicos e morais. É importante enfatizar que os próprios indivíduos que fazem parte das minorias, acabam, por vezes, influenciados por ideologias que os abastecem de preconceitos e atitudes rigorosas contra outros grupos de minorias. Está expresso e saliente no contexto atual que, vítimas da ignorância que decorre da falta de oportunidades de progresso educacional, financeiro e cultural, os oprimidos e menos favorecidos tem se confrontado, ao invés de se unirem. Isso também é incentivado pela maquina parasita em que as classes dominantes transformaram o Estado, onde o sistema continua espremendo todos os recursos físicos e intelectuais das classes inferiores, a fim de preservar de forma egoísta o seu podério burguês, econômico e político. Por fim, a burguesia estruturou a sociedade de tal forma que, os pobres ficam isolados entre si e são ludibriados por pseudo-ideologias(injetadas por burgueses) que os mantém na escuridão, lutando entre si, e, indiretamente, favorecendo, engrandecendo e zelando pelo egoíco podério das classes maiores.

Inserida por ArthurMelo

Empurrado pra's ruas

Disse que não me faltava quase nada
Mas quando me deu um cobertor
Não percebeu
Que o frio vem também da solidão
Da falta de um pão
Na barriga vazia de quem nada comeu

Disse que me arrumaria um bom emprego
Mas quando encontrou uma vaga
Esqueceu
Que pra tudo tem que ter formação
E pra quem não recebeu primeiro educação
Restou acostumar-se com a vida de plebeu

Disse que eu estaria limpo após um banho
Mas depois de todo um sabonete usado
Não percebeu
Que a sujeira vem das ruas deste mundo
E quem está sempre nelas continuará imundo
Porque não tem um lugar pra chamar de seu

Disse que resolveu minha vida
Mas quando falou que o fez
Esqueceu
De certificar-se que eu só sobrevivia
E que cidadania nenhuma eu teria
Enquanto a cidade crescer mais que eu

Inserida por AZEVEDODouglas

A Maria, jardineira das flores do próprio túmulo.

Co'a lata na cabeça parte a moça,
(na estrada triste e torta ela se some)
que tem ela, Maria, senão força?
que tem ela, Maria se não nome?

A lata bate forte e se encerra
Um tambor ruge vulto no estombo
Mal se difere a moça e a terra.
Se entortece Maria e o seu lombo.

Enquanto pinga gota da lata
e gota até do corpo dela,
No chão vasto pisado nascem flores

Quando a noite cai co'a lua prata
E a morte desce rude em sentinela
morrem latas, Marias e amores.

Inserida por mariofrs