Texto sobre Medo de Mario Quintana
Passado mas não esquecido
João não fez nenhum sinal, mas todas as coisas que João falou sobre esse homem eram verdadeiras. - João 10:41
Escritura de hoje : João 10: 31-42
João Batista estava morto há pelo menos 2 anos e a memória de seu ministério começou a desaparecer. Mas quando as multidões se reuniram ao redor de Jesus perto do lugar onde João havia ensinado, elas se lembraram do que ele havia dito sobre Jesus e comentaram: “Todas as coisas que João falou sobre esse homem eram verdadeiras” (João 10:41).
A maioria de nós vive uma vida bastante normal. Não somos milagres. Não somos notados por nada em particular. Somos comuns e comuns. Mas podemos contar às pessoas sobre Jesus onde quer que vamos. Podemos apontar para Ele e dizer: “Eis! O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! ”(1:29).
Nosso dever é contar às pessoas o que sabemos sobre Jesus e depois deixar os resultados com Deus. Se o fizermos, teremos servido a um dos propósitos essenciais da vida. Depois que morremos, nossas palavras podem vir à mente de alguém e levá-la ao Cordeiro de Deus. Como a semente enterrada no solo, a Palavra de Deus pode parecer adormecida por anos e depois brotar para a vida eterna.
Portanto, sejamos fiéis em apontar os outros para Jesus. Depois que partimos, o epitáfio em nossa lápide podia ler: "Ele não fez milagres, mas tudo o que disse sobre Jesus era verdadeiro".
Refletir e orar
Senhor, ajude-me a tornar meu testemunho claro,
e trabalhe fielmente, para que
amigos e vizinhos se voltem para Cristo
através do que ouvem de mim. - Anon.
Semeamos a semente - Deus produz a colheita. David H. Roper
Nossos amanhãs
Não se preocupe com sua vida, com o que você vai comer; nem sobre o corpo, o que você vestirá. - Lucas 12:22
Escritura de hoje : Lucas 12: 22-31
Embora não desejemos discutir com Jesus, às vezes podemos nos perguntar se Suas palavras sobre preocupação são realistas (Lucas 12:22). Afinal, não devemos nos preocupar com o amanhã? Suponha que nos despedimos do trabalho? Ficar doente? O medo de não termos pão e fios e abrigar um dos medos mais fortes que temos?
Nenhuma palavra em qualquer idioma pode produzir mais ansiedade do que a pergunta: "E se?" Quando as murmuramos, começamos a imaginar uma possibilidade ruim, depois outra e depois as duas possibilidades juntas. Não pensamos no fato de que nossas necessidades sempre foram atendidas no passado e que temos o suficiente por hoje. Sempre há um medo inquieto de que amanhã nosso poço possa secar.
Embora seja certamente sábio planejar para o futuro, a sede imaginada de amanhã, mesmo que nosso poço esteja cheio hoje, é uma sede que não se apaga. Jesus ensinou que se preocupar com o futuro é inútil. Não devemos ficar traumatizados com o que pode acontecer ou com o que pode ser exigido de nós. A necessidade imaginária de amanhã é uma necessidade que Deus não pode atender.
Se Deus nos deu comida e bebida o suficiente para hoje, por que não deixar que Ele se preocupe com nossos amanhãs?
Refletir e orar
Todos os dias aprendemos de ontem
do grande amor e carinho de Deus;
E todo fardo que devemos enfrentar
Ele certamente nos ajudará a suportar. -D. De Haan
Preocupação é o juro pago sobre os problemas antes que eles sejam vencidos. Haddon W. Robinson
Uma criança foi a um cemitério e jogou sua mochila escolar sobre o túmulo de sua mãe, chorando a criança falou. -se você já dormiu o suficiente, por favor acorde, come comigo e dê uma resposta para a minha professora que diz quase todos os dias. - sua mãe é muito descuidada, ela te manda pra escola sem lancheira, ela não te veste corretamente e nem te faz fazer os trabalhos de casa.
A vida sem uma mãe é muito dolorosa, independente da idade que você tenha. Valorize a sua enquanto a tem.
ENSAIO SOBRE NOÇÃO DE ACUSAÇÃO E PERDÃO NA ESFERA ESPIRITUAL
Não é que Jesus aprovava o que o bandido fazia, o que o prostituto fazia, o que o falso discípulo fazia, mas que ele amava cada um por sua essência como gente. A concepção do amor de Deus vai contra o “instinto” do homem.
Porque não entendiam seu pensamento, suas ações e reações, tinham-no por revolucionário em meio a uma sociedade cujos conceitos abrangiam sentimentos de ódio, vingança, justiça com as próprias mãos, revelando a falta de amor “interior” que inundava a alma contra a qual ele se pronunciava porque Deus é amor.
Esse amor de Deus é incondicional, imparcial, i.e., sem acepção de pessoas, mas o problema jaz no interior do homem. Por isso, Jesus pediu a Deus para que perdoasse aqueles que o injuriavam porque não sabiam o que faziam. Quem poderia compreender tal amor?!
Todavia, o sistema ao qual a humanidade se adaptou é o que aplica a lei mosaica “Olho por olho, dente por dente: assim como feriu será ferido” em detrimento da graça revelada por Jesus “Amarás o teu próximo como a ti mesmo “.
Esse sistema que invade mentes e corações, proclamando punições — diga-se, en passant, “devidas” conforme o delito cometido por cada delinquente — não esclarece que a punição é tão somente para o malfeitor, e não para suas vítimas, pois se a vítima manifesta sentimentos contrários à doutrina do amor cristão, ela está se corrompendo interiormente.
Por isso, está escrito: “Irai-vos e não pequeis”, ou seja, a ira que clama por justiça não é pecaminosa; pecaminosa é a reação interior que culmina na destruição da pureza do ser porque elimina, destrói, erradica toda a possibilidade da manifestação do perdão, motivo pelo qual Jesus veio a nós como homem, como nós, para que soubéssemos que assim como ele perdoou aqueles que o injustiçaram, nós devemos fazer o mesmo. Nisso está a pureza da alma que não se contamina.
O mal não tem poder para corroer e corromper o amor, a não ser que a pessoa permita. Se ela permite, ela é responsável pelo mal que ela coloca sobre ela mesma e dentro de si mesma. O mal não estava nela, mas entrou com a sua permissão. Da mesma forma que Jesus bate na porta do coração pedindo permissão para entrar. É a pessoa quem abre a porta do coração, para o mal ou para o bem, e, depois disso, cada um responde segundo suas obras.
Por isso que depois a pessoa não compreende porque está passando por isso por aquilo, porque não lembra dos pecados cometidos, pois acreditava que não era pecado, mas senso de justiça. No entanto, é preciso compreender o que é senso de justiça para não a confundir com as diversas faces da vingança. É aí que entra a razão da vinda de Jesus: perdão para salvação.
Muitos, porém, confundem o amor de Jesus com rebelião ou afronta às autoridades ou imbecilidade por estarem com os ouvidos tapados e os olhos vendados para não compreenderem a verdade que liberta, pois se encontram nessa condição por serem eles os verdadeiros rebeldes à causa de Cristo.
A verdadeira justiça não extingue a manifestação do amor pelo próximo — um ser igual com suas respectivas diferenças. É mister que o indivíduo permaneça incólume em sua constituição trinitária de corpo, alma e espírito a fim de corresponder às instruções dadas por Jesus, se é que é um seguidor fiel, e não de carteirinha ou por status social ou da boca para fora! Essas últimas manifestações não refletem o amor de Cristo, mas um fim amargoso. Jesus jamais os conhecerá.
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24:12,13).
Conversando com as rochas
Caia sobre nós e nos esconda. . . a ira do Cordeiro. - Apocalipse 6:16
Escritura de hoje : Apocalipse 6: 12-17
Rochas geralmente não obtêm o benefício da conversa humana. Muitas pessoas não passam e dizem: “Oi, Rock. Como vai você'? Se locomover muito hoje em dia?
Está chegando o dia, no entanto, quando as pessoas não apenas falarão com pedras, elas clamarão por elas. É descrito em Apocalipse 6, quando o sexto selo do julgamento de Deus é aberto. Durante os primeiros quatro julgamentos, os quatro cavaleiros do apocalipse avançam. Quando o quinto selo é aberto, os mártires no céu perguntam a Deus quanto tempo até a morte deles ser vingada.
Quando o sexto selo é quebrado, um poderoso terremoto sacode a terra e ocorrem violentos distúrbios celestes envolvendo o sol, a lua e as estrelas (vv.12-13). Líderes mundiais e cidadãos comuns clamam pelas rochas e montanhas: “Caia sobre nós e nos esconda. . . a ira do Cordeiro! ”(v.16).
Esta passagem está descrevendo o dia futuro da ira de Deus, quando Ele punirá as nações por sua iniquidade. “Quem é capaz de resistir?” Pergunta o escritor (v.17). A resposta: "Ninguém".
Deus é compassivo e paciente (Salmo 86:15; Romanos 2: 4). Mas um dia Sua ira será desencadeada com tanta fúria que nem mesmo as rochas serão capazes de esconder aqueles que merecem Seu justo castigo.
Refletir e orar
Como evitar a ira de Deus
Admita a Deus que você é um pecador (Romanos 3:23).
Acredite que Jesus morreu por você (1 Coríntios 15: 3).
Invoque o Cristo vivo para salvá-lo (Romanos 10: 9).
Para escapar da ira de Deus, abrace o amor de Deus. David C. Egner
MINITRATADO SOBRE A INVEJA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Os seres humanos têm inveja.Todos têm. Nisso não há exceção. Não é somente o outro. Você e eu também temos, por mais que ninguém ouse admitir algo tão aviltante, mal visto, pequeno e constrangedor.
Mas o bem lidar com a inveja que às vezes pulsa em nós, está em não fazermos dela uma arma de autodestruição, que tem origem na tentativa exposta ou sonsa de possível destruição do nosso alvo.
Não há inveja boa... mas a boa destinação do sentimento incômodo. Isso ocorre quando não a usamos contra, mas em favor de quem invejamos por um momento, para não invejarmos pela vida inteira; o que seria uma tragédia íntima.
Cresceremos de fato como pessoas de bem, quando reagirmos a cada “invejada” nossa. Quando reconhecermos que também invejamos e que não somos tão invejados quanto pretendemos parecer.
Cresçamos com as nossas invejas, admirando aberta e sinceramente o admirável. Agregando valores e reconhecimento a quem desperta essa vilania em nós... também aceitando ser modestos coadjuvantes na história do outro, quando for o caso.
Se eu sinto inveja, é porque o meu alvo tem conteúdo e merece o meu melhor. Tê-la não é ser invejoso. Ser invejoso é alimentar a própria inveja e me dedicar à vingança do sucesso ou do destaque alheio.
Vale a pena repetir que também devemos ter cuidado com o quanto julgamos que nos invejam. Pode ser que o nosso convencimento ou megalomania seja uma inveja enrustida de pessoas que gostaríamos de ser.
Hoje entendi o verdadeiro motivo de viver, a ânsia e a agonia de ver passsar por sobre nossos olhos à morte. Vi o desespero e medo de outras pessoas, vi também como é ser facilmente iludido, acreditando que você é o centro das atenções, quando nem se quer está na lista.
Mas e se, mas e se olhássemos à nossa tão miserável vida, ou pelo menos achamos que ela seja miserável, onde e quando nós não procuramos entendê-la, mas simplesmente descartamos a única chance de ser deliz. -Tentando!.
Nem tudo é sobre nós.
Aliás, as coisas que pensamos ser de grande importância não é menos do que um grão de areia no deserto alheio.
A gente que é acumulador de problemas, de traumas, de ambições, decepções e síndromes de grandeza.
Não somos mais que uma foto, uma memória de um momento feliz ou descabido.
Nunca saímos por detrás das lentes do julgamento, e por isso, não somos realmente vistos.
E ainda sim, continuamos buscando por aprovação, compreensão e compartilhamento.
Mas também não enxergamos o outro, porque criamos no decorrer do tempo nossas próprias lentes também, que nos protegem e nos contam belas mentiras através de filtros coloridos e sorrisos.
Mas e a verdade, onde mora?
Mora no que sinto, no que pressinto? Mora no dia-a-dia, no simples e comum a todo ser humano? Ou a verdade é aquilo que pega as minhas certezas e destrói com um simples toque?
Não importa, amanhã já estarei com outros devaneios, anseios e urgências que me farão acreditar mais uma vez que o mundo a mim pertence, e o que acredito é o que de mais real possuo.
A vida é um pouco disso eu acho, de se encontrar e se perder a todo momento, pois é nesses períodos "entre" alguma e outra que nos conectamos com o que é real. Que é, simplesmente. Mesmo que dure pouquíssimo tempo, é o tipo de lugar que sempre gostaria de me reencontrar.
Quão impotente somos diante do futuro,
não temos onisciência nenhuma sobre ele,
a unica esperança que temos com esse mundo do amanha são os frutos que plantamos hoje e,mesmo assim correndo o risco de uma colheita indesejada.
Afinal como disse Shakespeare´´Um homem nunca está aniquilado de ser enforcado.´´
Ao parar pra refletir sobre o momento em que vivemos
Percebo o quão imediatistas somos
Queremos as melhores dadivas
Mas rejeitamos o processo
Qual a dificuldade de discernir oh ser
Que as conquistas são longo prazo
São progressistas por sinal?
Até quando daremos ouvidos aos gurus
Que vendem os passo a passos
De uma vida abastada?
Mas nunca revelam a trajetória e o sofrimento
Pra se conseguir a mérito das coisas
Por que desejar a facilidade, oh ser?
Por que acomodar-se com elas?
Por que o difícil de ser alcançado
É deixado de lado?
Ah ser, como lhe entender
Querer e ter
Não querer e ter
E quando não é isso é o inverso.
O tratamento diferenciado que você dá a uma mulher com roupa curta não fala nada sobre o caráter dela. Apenas sobre o seu! Quando a superficialidade do corpo e vestimenta são mais importantes pra você do que o ser em sua totalidade, isso mostra que na verdade a limitação e superficialidade são características suas. Que você busca um culpado pelo fato de ser alguém desrespeitoso, mal educado e mal caráter.
Gabriel, o que é a vida?
Espero nunca saber, não é prudente pensar sobre, além de inútil.
Ao invés de saber o que é a vida, prefiro viver.
Amar sem me preocupar sobre o que é o amor.
Ser feliz sem saber o que é a felicidade.
É como a fé sincera, só existe na ação pois nas palavras se perverte.
Eram as horas insones, eu refletia sobre as dores do mundo quando a morte veio até mim, convidou-me para adentrar o abismo, e eu perguntei:
_ O que queres comigo dona morte?
E ela respondeu:
_ Tenho te observado, sei que pensas em mim, então quero lhe contar uma história. Mas para isso, primeiro precisamos ficar a sós, venha, puxe uma cadeira e sente-se comigo no escuro.
Lapidação [sem epitáfio]
Lápide!
O que escreverão sobre minha lápide?
Que legado deixarei?
Será que isso importa?
Quero viver mas sem desperdiçar a vida
Por isso dito meu anseio presente
Longe de mim a rudeza
Palavras sejam sem aspereza
Cicatrizes na memória de outrem
Não vale a pena guardar rancor
Veneno que definha o amor
Não quero perder tempo com trivialidades
Nem com belas e rudes mentiras
Invejas, brigas, intrigas
Prefiro olhar o pôr do sol
Contemplar os pássaros
Ouvir as flores
Cantar sem rubores
Plantar as sementes do amor
Vestir os calçados da paz
Viver no dia a dia a alegria
Momentos não monumentos
Vida!
Prefiro lapidar a vida!
Pai glorioso, pai dos pais, senhor sobre todas as coisas.
Obrigada pela graça que recebemos ao aprendermos sobre o sagrado. Pela oportunidade de sentirmos sua grandiosidade bem nossos corações. Pai falo por mim e todos meus entes queridos. Obrigada pela família carnal e espiritual. Que não nos falte o pão, saúde, trabalho e principalmente a fé.
Senhor,olhai pelos que sofrem num leito de dor.
Fortalece nossa fé. Que tenhamos sabedoria sem nos tornarmos arrogantes.
Senhor, nosabençoe.
Com gratidão dizemos. AMÉM!
Poetas podem ser ins...piração para
poetas poetarem...
POETANDO SOBRE POETAS
Marcial Salaverry
Poetando sobre poetas,
podemos assim o poeta definir,
sem que disso se possa fugir...
Ser poeta é simplesmente
usar a alma e a mente
para dizer aquilo que sente,
e que sua alma pressente,
e que seja algo de mente,
mas que não seja demente...
Através de versos e poesias,
contando coisas de todos os dias,
vai o poeta levando a vida,
como deve ser vivida,
fazendo poesias na vida,
e da vida, uma poesia...
Ser poeta, é viver sonhando,
é sonhar vivendo...
É poetar amando,
é amar poetando...
"O poeta é um fingidor", disse alguém,
que era poeta também...
Quando o disse, estaria fingindo?
Poetaria mentindo?
Penso que não,
poetas falam com o coração...
Teria então razão?
Escrevendo com ternura,
tiram de sua alma a doçura,
expondo sua alma pura,
que tira da realidade tão dura.
Que nos mostram como é bom poetar,
como é bom amar, como é bom sonhar...
Fica esta homenagem aos e às poetas que tanto embelezam esta Net tão pirada,
com coisas bem inspiradas...ou quem sabe, ins...piradas... ou só piradas...
Temos tanto em comum,
conversamos sobre
diversos assuntos
alguns sérios
e bem aprofundandos,
e outros bem humorados,
do Cortella à besteiras,
do Bessa e suas poesias,
de filosofia à comédia,
ou seja, temos nossos
momentos de seriedade
e os nossos momentos
pra rirmos com vontade,
partilhamos de uma mesma fé,
de uma forma parecida
de enxergar a vida,
um incentivando o outro
pra não deixar esmorecer,
cada superação, uma conquista divida,
muito difícil de não perceber,
ela tem seu lado dramático,
eu meu lado prolixo,
cada um com sua personalidade,
defeitos e qualidades, claro, faz parte,
entre nós, é livre a sinceridade,
não precisamos de fingimentos,
já aprendemos a lidar
com o jeito um do outro,
sinto que, pra mim,
ela é a pessoa certa,
infelizmente, ela não pensa o mesmo,
algo difícil de aceitar, todavia,
não fico mais surpreso,
não é primeira que o meu coração
consegue me enganar.
Ensaio sobre o tempo e o corpo: entre ocupar e preencher
O tema era as doenças da alma. O psicanalista declara: a alma se coloca no espaço do sintoma, que longe de ser um substantivo, é uma ação. É o corpo gritando o que nos planos mais sutis já é claro: onde está meu conteúdo interior?
A alma preenche o corpo daquele que lhe confere tempo.
Mas...quem tem tempo hoje?
Einstein compreendeu que medimos o tempo em função do espaço. Vivemos nosso tempo para conquistar espaços externos: trabalho, casa e carro. E, de fato, conquistamos todos eles. Percorremos distâncias cada vez maiores e, cada vez mais, dizemos: eu não tenho tempo. Paradoxalmente, quando os espaços e o tempo estão completamente ocupados, estamos vazios.
Utilizamos a lógica do ocupar em lugar de preencher. Ocupamos um corpo, mas não o preenchemos. Nossos corpos são tratados como carcaças. Os alimentamos e exercitamos como forma de obrigações para que continuem nos levando até onde precisamos. Em linguagem bruta, tratamos como um carro que abastecemos para que leve para o shopping. O objetivo é manter funcionando. Quando não quer pegar, nos irritamos. Nossos corpos são utilizados como meio, sem perceber que ele é o próprio fim. Pense bem, você só é considerado existente nesse mundo porque está em um corpo, seja lá qual for a condição dele.
A relação que mantemos com nossos corpos reflete a relação que temos com o nossos tempo. Apenas ocupamos, mas não preenchemos.
Mas o que é preencher?
Enquanto a ocupação dialoga com espaços externos, o preenchimento é amigo íntimo. Ou seja, é do espaço interno. Aqui, o tempo se torna eterno. Já ouviu a expressão “parecia uma eternidade”? Ou “eu nem percebi o tempo passar”? Como se vê, a eternidade do tempo existe tanto para experiências ruins quanto boas. Em todas, você esteva imerso em algo muito bom ou muito ruim. Percebemos, então, que o tempo existe enquanto percepção.
Fazemos exercícios porque disseram que teríamos que fazer, mas não procuramos uma atividade que nos traga prazer. A academia se torna, claro, uma tortura. Buscamos trabalhos para pagar nossas contas sem nos perguntar quais são, de fato, nossas habilidades que transcendem a percepção do tempo. Passamos de atividade em atividade dando “check” em obrigações e implorando para que o tempo, por favor, passe. E rápido!
Inconscientemente, pedimos: vida, por favor, passe. E rápido!
Nossos corpos são veículos que nos permitem preencher nosso tempo. Quando começamos a olhar para ele, começamos a dialogar com nossas almas.
Hoje eu acordei e, antes de comer, sentei para escrever. O tempo passou, eu sequer percebi. Um amigo esses dias contou que estava fazendo o bolo de aniversário da sobrinha e, quando viu, já era madrugada. São apenas dois exemplos em que corpo e mente estão no mesmo lugar e o tempo foi esquecido.
Tempo preenchido é tempo esquecido.
O preenchimento está onde você, de fato, está. Quando você está em um lugar, pensando em outro, realmente, falta algo. E pior, você está querendo fugir de onde o seu corpo está. Comece a perceber as contradições entre seu corpo (onde estou?) e sua mente (onde eu gostaria de estar?).
No tempo, você percebe que o preenchimento é mais da ordem do estar. Estar em nós. Enfrentar o tédio e descobrir qual melodia somos capazes de criar quando estamos a sós. Normalmente, fugimos de nós. Buscamos o outro. Ou buscamos lugares. Tudo é desculpa para ocupar e não preencher.
Estar em nós é saber exatamente o que nos faz esquecer o tempo quanto estamos sozinhos. Para esquecer, é necessário perceber que ele, de fato, existe. Precisamos sentir a sua finitude para o corpo e sua eternidade para a alma, comunicá-los, para, então, transformar o tempo em preciosidade.
O que Vipassana me ensinou sobre a vida
Chegue com alegria. Traga apenas o necessário para a viagem. Não se preocupe. Ao longo do caminho, pouco a pouco, as instruções chegarão até você. Experimente. Depois explique profundamente, se assim o desejar. Entenda que a moldura do seu corpo contém todas as explicações de que precisa. Portanto, respire.
Preste atenção à sua respiração. Não se perca em tantos movimentos. Quando a dor vier, não reaja. Quando o prazer vier, não se apegue. Aceite que todas as sensações, boas ou ruins, igualmente passarão. Aprenda a focar naquilo que se propôs a fazer. As distrações virão, em forma de dor ou de prazer. Continue seu caminho. Dê atenção aos obstáculos apenas quando chegarem a sua vez na ordem em que você já havia estabelecido. Encare-os no centro de seus olhos. Seja corajosa. Eles também passarão.
Tenha disciplina. Faça todos os dias pelo maior tempo que puder aquela tarefa. Isso é um grande treino. Quando o desânimo bater, continue. Quando a dor for tanta a ponto de começar a se questionar se realmente valem pena 5 minutos a mais, lembre de todos os episódios de vitória em sua vida após um longo esforço. Quando a coisa apertar e pensar só em você não bastar, lembre-se daqueles que acreditam em você todos os dias. Pense naqueles que gostariam de estar no seu lugar. E quando o limite parecer te atingir, lembre-se daqueles que sofrem dores piores, como em grandes desastres. Você escolheu estar aqui. Faça por você e por todos os que não podem. Honre cada minuto do seu tempo.
Sinta que cumpriu sua missão a cada etapa concluída. Perceba, depois de passada, que a dor sequer é lembrada. Repare que o tempo é elástico. Em minuto, parece uma eternidade. Em outro, já foi. Esteja presente em todos. Alegre-se com seus feitos mas não se engrandeça com eles. Eles são apenas feitos. Lembre-se, de novo, de não se apegar.
Aceite que em um momento a paz parece ter prevalecido e o sol assentado, mas logo o vento vem e começa a sacudir a paisagem. A chuva chega e limpa tudo. Até recomeçar um novo sol. Seja a como a natureza e observe sua impermanência. Está tudo bem.
Silencie as palavras e ouça os gestos. Eles dizem tanto! Abrem portas, abrem passagem e auxiliam a pegar aquela última gota de chá no garrafão, sem qualquer pedido. Você reconhece amigos antes mesmo de ouvir sua voz, saber seu nome, profissão ou signo. Entenda definitivamente que as palavras são levadas pelo vento, mas os gestos te tomam por abraço.
Olhe menos pra fora e repare mais no que há por dentro. Veja que se há dor em você, também há dor no outro. Perceba que há mais dentro de alguém do que sua percepção externa é capaz de ver. Pense que cada um está fazendo o seu melhor e desenvolva a paciência. Sempre há uma mínima conexão entre você e o outro, por mais que você não a veja.
Por falar em ver, veja a realidade como ela é. E não como você gostaria que fosse. Lide com alegrias e tristezas com equanimidade: sem fuga, sem apego. Mude seu padrão reativo. Cresça dentro de si e ofereça ao lado de fora tudo que melhor encontrar. Toda pequena tarefa ao coletivo é uma grande tarefa. Seja grato àqueles que fazem algo por você.
Após um grande silêncio, reaprenda a falar e agir. Encontre a paz no caminho do meio, onde olhar pra dentro te permita escolher boas sementes para serem plantadas. Dê atenção a elas e as alimente com amor e paciência, mesmo quando não parecerem vingar. Que sua persistência traga belas flores para, então, serem entregues a todos que te encontrarem pelo caminho.
Que todos os seres encontrem a paz. Que todos os seres sejam felizes. Que todos os seres sejam livres
Sobre trevos e sorte
Dia desses de muito silêncio e calmaria, estava eu num belo jardim procurando trevos de quatro folhas. O lugar era pequeno e nas horas livres não havia muito o que fazer. Logo me dei uma tarefa: procurar trevos.
Lá pelo segundo dia estava bem focada em olhar e contar cada uma das pétalas dos bonitos tão pequenos tanto formigas (tá, acho que um pouco maiores), quando um pensamento veio direto e certeiro como um raio:
- Por que está procurando a sorte? Já não é sorte o bastante estar aqui agora? Por que não parar para apenas admirar?
Logo me dei conta que muitas vezes estamos procurando trevos. Olhamos pra cá, olhamos pra lá. Nos damos metas para encontrar esse grande trevo de quatro folhas. E esquecemos é de contemplar pro jardim a nossa volta. A sorte é sempre compreendida como algo por vir e nunca como o presente.
Depois daquele dia, não procurei mais trevos.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp