Texto sobre Liberdade
Liberte-se
Liberte-se de toda mágoa
Esvaziando o próprio peito.
Não há castigo maior
Do que manter o peito tão apertado.
Vingue-se assustadoramente
Perdoando a quem não merece
E jogando no esquecimento
Quem somente provocara angústia.
A paz que você encontra após a guerra
É uma paz sem igual
E as cicatrizes das feridas curadas
São tatuagens em homenagem às vitórias.
Liberte-se esvaziando o próprio peito
E sentindo-se livre, leve e solto...
Voe pelo mundo afora
Como um pássaro feliz.
Edson Luiz ELO 17/07/2017
A EXPECTATIVA:
Começa-se, em criança, a esperar a juventude com impaciência quase alucinada; depois, quando adolescente, espera-se a independência, a fortuna ou porventura apenas um emprego e uma esposa. Os filhos esperam a morte dos pais, os enfermos a cura, os soldados a passagem à disponibilidade, os professores as férias, os universitários a formatura, as raparigas um marido, os velhos o fim. Quem entrar numa prisão verificará que todos os reclusos contam os dias que os separam da liberdade; numa escola, numa fábrica ou num escritório, só encontrará criaturas que esperam, contando as horas, o momento da saída e da fuga. E em toda a parte - nos parques públicos, nos cafés, nas salas - há o homem que espera uma mulher ou a mulher que espera um homem. Exames, concursos, noivados, loterias, seminários, operações da Bolsa - são formas e causas de expectativa.
(...) Todos, com diferentes paixões, esperam - sobretudo, as fortunas repentinas, as mudanças imprevistas, o insólito e, com frequência, o impossível.
L entamente as pessoas passam a entender que
I ndependentemente de suas classes sociais e
B andeiras sob as quais estão vivendo
E starem livres de regimes ditatoriais
R espirando os ares da liberdade
D á ao ser humano o sentido completo da
A legria intensa de viver e
D esperta no seu interior um sentimento
E xtremo de prazer que os define como indivíduos plenos!
Pedro Marcos
Te sonho…
(Nilo Ribeiro)
Sempre te sonhei,
era o meu espetáculo,
sempre te amei,
isto é fato
todos os dias acordo,
desperta meu sentimento,
logo de você eu recordo,
é a rotina do meu pensamento
te sonho acordado,
profundamente te desejo,
te quero ao meu lado,
cobiço teu beijo
te sonhar é liberdade,
para mim eu proponho,
sonho matar a saudade,
sonho, pois você é meu sonho
te sonhar é vício,
é também prazer,
pro espírito é exercício,
pra alma é renascer
te sonho como homem,
te sonho como profano,
os sonhos me consomem,
pois ainda te amo…
as vezes eu não entendo
se vivemos tão pouco
pra que arrependimento?
não espere amanhã pra dizer aquilo
quem é quem pra te julgar?
ninguém tem nada com isso
liberdade pra se expressar
é disso que precisamos
não é qualquer um que tem coragem
em meio a tantos estranhos
nada pode te abalar
e se você morrer amanhã
quem vai fazer no seu lugar?
viva e faça o que sente
porque a vida pode acabar quando menos se espera
assim, de repente
O que Vipassana me ensinou sobre a vida
Chegue com alegria. Traga apenas o necessário para a viagem. Não se preocupe. Ao longo do caminho, pouco a pouco, as instruções chegarão até você. Experimente. Depois explique profundamente, se assim o desejar. Entenda que a moldura do seu corpo contém todas as explicações de que precisa. Portanto, respire.
Preste atenção à sua respiração. Não se perca em tantos movimentos. Quando a dor vier, não reaja. Quando o prazer vier, não se apegue. Aceite que todas as sensações, boas ou ruins, igualmente passarão. Aprenda a focar naquilo que se propôs a fazer. As distrações virão, em forma de dor ou de prazer. Continue seu caminho. Dê atenção aos obstáculos apenas quando chegarem a sua vez na ordem em que você já havia estabelecido. Encare-os no centro de seus olhos. Seja corajosa. Eles também passarão.
Tenha disciplina. Faça todos os dias pelo maior tempo que puder aquela tarefa. Isso é um grande treino. Quando o desânimo bater, continue. Quando a dor for tanta a ponto de começar a se questionar se realmente valem pena 5 minutos a mais, lembre de todos os episódios de vitória em sua vida após um longo esforço. Quando a coisa apertar e pensar só em você não bastar, lembre-se daqueles que acreditam em você todos os dias. Pense naqueles que gostariam de estar no seu lugar. E quando o limite parecer te atingir, lembre-se daqueles que sofrem dores piores, como em grandes desastres. Você escolheu estar aqui. Faça por você e por todos os que não podem. Honre cada minuto do seu tempo.
Sinta que cumpriu sua missão a cada etapa concluída. Perceba, depois de passada, que a dor sequer é lembrada. Repare que o tempo é elástico. Em minuto, parece uma eternidade. Em outro, já foi. Esteja presente em todos. Alegre-se com seus feitos mas não se engrandeça com eles. Eles são apenas feitos. Lembre-se, de novo, de não se apegar.
Aceite que em um momento a paz parece ter prevalecido e o sol assentado, mas logo o vento vem e começa a sacudir a paisagem. A chuva chega e limpa tudo. Até recomeçar um novo sol. Seja a como a natureza e observe sua impermanência. Está tudo bem.
Silencie as palavras e ouça os gestos. Eles dizem tanto! Abrem portas, abrem passagem e auxiliam a pegar aquela última gota de chá no garrafão, sem qualquer pedido. Você reconhece amigos antes mesmo de ouvir sua voz, saber seu nome, profissão ou signo. Entenda definitivamente que as palavras são levadas pelo vento, mas os gestos te tomam por abraço.
Olhe menos pra fora e repare mais no que há por dentro. Veja que se há dor em você, também há dor no outro. Perceba que há mais dentro de alguém do que sua percepção externa é capaz de ver. Pense que cada um está fazendo o seu melhor e desenvolva a paciência. Sempre há uma mínima conexão entre você e o outro, por mais que você não a veja.
Por falar em ver, veja a realidade como ela é. E não como você gostaria que fosse. Lide com alegrias e tristezas com equanimidade: sem fuga, sem apego. Mude seu padrão reativo. Cresça dentro de si e ofereça ao lado de fora tudo que melhor encontrar. Toda pequena tarefa ao coletivo é uma grande tarefa. Seja grato àqueles que fazem algo por você.
Após um grande silêncio, reaprenda a falar e agir. Encontre a paz no caminho do meio, onde olhar pra dentro te permita escolher boas sementes para serem plantadas. Dê atenção a elas e as alimente com amor e paciência, mesmo quando não parecerem vingar. Que sua persistência traga belas flores para, então, serem entregues a todos que te encontrarem pelo caminho.
Que todos os seres encontrem a paz. Que todos os seres sejam felizes. Que todos os seres sejam livres
Eu só espero que vc mude, que vc deixe de ser assim, e que volte a ser como era a 5 anos atrás. Sentada naquela calçada com seu jeans e sua blusa branca da escola, com o mesmo sorriso encantador e uma voz com tom doce, e rouca, uma menina boa. Que tenha planos e sonhos. Que seja amada como nunca.
Que seja muito feliz como nunca foi.
Que me ouvia, me compreendia, que me olhava dentro dos olhos sem segredos, mas com mistérios.
Mistérios esses que eu quis revelar, me deu pistas e eu fui buscar.
Depois de busca-las fui desvendar tudo de bom que tinha em vc.
O pássaro e a gaiola.
Se pensarmos no dia de hoje seria muito melhor para um pássaro viver em uma gaiola.
Nela possivelmente um bom tratador o trataria com todo conforto que um pássaro pode ter: ração de primeira, água limpinha, carinho de um humano e tudo o mais que seu dono poderia lhe dar.
No entanto cada pássaro tem seu habitat natural. Alguns conseguem perceber que apesar de livres as gaiolas lhes trarão conforto e segurança. Outros preferem correr o risco, mas viver em liberdade. Enfim, todos de uma forma ou de outra somos passarinhos.
Como expectadores da natureza devemos respeitar como cada passarinho pensa e age com relação ao seu mundo para que ao final possamos um dia dizer: eu conheci um passarinho especial, mas ele se foi por sua livre e espontânea vontade.
"Nunca estivemos seguros"
A fome tem alimentado por longas décadas, escravocratas das mais variadas escalas. Agora a fome é comercializada pela indiferença, o suicídio é coletivo, apenas muitos não se aperceberam disto. A contínua reprodução das desgraças alheias sem o mínimo de atitude, sem se quer perguntar pro vizinho se ele tá bem, tá legal, se não precisa de algo, é alimentar a fome ininterrupta falsária que se apresenta incauta, condicionando a todos em questionar, mas mantendo-se estático, quase sem vida, por fim morrerá de fome pela falta de justiça e por de alguma forma ter tirado da própria boca pra alimentar nossos algozes, a sede por justiça poderia matar nossa fome, mas passamos em se curvar somente perante a Deus, pra viver e morrer de joelhos diante do poder de qualquer homem.
Kaab
Preso ao tempo, solto ao vento
Sendo levado, mesmo estando no mesmo lugar
Passos largos ou curtos não alteram a velocidade,
O caminho nem o destino a se chegar.
O vento sopra solto a quem está preso
Em si, tão dentro, profundo
Embebedado de si, lamaçal, embaraços
Laços entre o conflito do ser que de si mesmo sozinho não consegue se libertar.
O tempo que prende um momento que nunca passa,
A luta diária que fica, que sempre está,
Que nunca acaba e se renova
Corroendo o que deveria se renovar.
Libertar-se de si é viver
Libertar-se do tempo é se eternizar
Abraçar-se ao vento é sensibilizar-se ao fluxo que nos leva a esperança
E assim como crianças deveríamos nos preservar.
Que nos ventos desta vida o tempo seja apenas a saída
Para as cadeias quebrar.
Se tendo a ser intenso, penso. Se tendo à compaixão, comparo a mim. Gosto de viver, fluir o rio do tempo, deixar transparecer. Como mortal, almejo a felicidade no mais íntimo do meu âmago e também na sua plenitude reluzente, que me transborde mas que nunca me deixe faltar em mim. À mim, minha liberdade, minha dor, meu mistério.
Queres me entender? Estou estampado nos contos de Paulo Coelho, eu sou a dor que Clarice transpassa, guio o mistério como feito nos poemas de Carlos Drummond de Andrade. Sou tudo ou nada, meio termo não faz sentido.
Eu sou o fogo, apraz dessa dor / labareda / te atraio, assim como a mariposa, que pousa no decesso.
(...)
E para o amante, uma dica: O perigo me compete. Desfruto e contemplo a tormenta. E a faço.
Estava chovendo quando saí de casa para a estação de metrô. Era bem cedo, não havia muita gente na rua, apenas alguns comerciantes abrindo suas lojas e pessoas voltando de trabalhos noturnos com um ar de cansaço. A melancolia recorrente do dia nublado era evidente e eu gostava daquilo, me fazia pensar sobre a vida, sobre a tristeza personificada em um dia qualquer, nublado e chuvoso.
Chegando na estação logo avisto uma condução vindo. Após entrar no metrô vou andando para os vagões da ponta, onde posso ficar encostado em uma haste de metal. Começo a observar ao meu redor, muitas pessoas pegam essa condução pela manhã pois vão trabalhar, estudar ou os dois, como eu. Muitas feições de cansaço e tristeza, assim como as dos trabalhadores que vi mais cedo. Foi aí que me perguntei: “Mas por que essas pessoas estão tristes em plena manhã?”. Estava maquinando e pensando nos porquês das caras murchas que via ali na minha frente quando avisto uma senhora em pé sendo espremida entre duas outras pessoas. Cheguei mais perto e a ajudei a sair de lá, quando percebi ela já estava no meu lado com um sorriso que ia de uma orelha a outra, me agradeceu e perguntou a onde eu estava indo numa manhã tão chuvosa, eu virei e falei que estava indo trabalhar e logo ela se aquietou, alguns minutos depois voltou a falar comigo:
- Percebi uma coisa nessas manhãs nubladas, todas essas pessoas que vejo todo santo dia estão com essas mesmas caras. Meio amargas e olha que nenhuma ainda chegou na minha idade!
- Eu percebi a mesma coisa hoje, nenhum sorriso, nenhuma feição alegre, apenas rostos pálidos e distantes.
Conversando mais um pouco com a pequena senhora percebi o quanto de vida ela emanava que, por mais que sua aparência evidenciasse sua idade avançada, ela estava disposta e alegre.
Desci na Estação Central, ainda estava chovendo quando saí da estação. Andando na rua me deparo com uma moça de meia idade segurando uma criança de colo, era uma pedinte e estava cedo da manhã naquela chuva, embaixo de uma sacada para não se molhar. Percebi que diferente das pessoas tristes que vi hoje, o semblante dela se destacava, era indiferente, escondido. Quando passei ela me deu um sorriso e estendeu a mão que não segurava a criança, eu já havia tirado uma cédula para dar. Ela me deu um sorriso e logo me agradeceu, assim como a senhora no metrô. Naquele mesmo dia eu percebi o motivo da tristeza desvairada que presenciei. Depois disso, sempre que acordo peço aos céus que o desejo de ajudar o próximo consiga sempre superar o egoísmo e falta de esperança no ser humano.
Você já se sentiu sozinho?
SIM. Sempre, desde que o Infinito se fez Infinito. Mas, sobre a Solidão, essência criadora do Silêncio: O Silêncio Coletivo da Humanidade, a maior demonstração de Fé que "qualquer" Deus ou Divindade do Universo necessita para se auto reconhecer perante o próprio arrependimento de viver no vazio do Vácuo Quântico, logo ali, atrás das estrelas de cada céu iluminado pelo Sol de um conhecimento que cega os homens como desafio máximo diante do labirinto que toca o coração de Deus, aquele deuS, aquele homeM, aquele corvO, aquele louco, aquele, aquele... Aquele que se perdeu no Silêncio, para poder destruir a Solidão, sua bela e secreta Criação, violada, roubada e principalmente replicada pelo primeiro Olho que se fez a sua imagem e semelhança.
Mas, sobre este tal Olho: Esta criação, O Olho, foi o primeiro pecado de Deus, fazendo Ele se perder no Tempo e Espaço, entre Viagens no Tempo de Mil e Uma Noites de Realidade e Fantasia, regidas pela Trilha Sonora que ecoava no som da Esquizofrenia de sua Mente viciada em Criar, Destruir e Criar, Recordar aquilo que sempre destruiu para poder simultaneamente Criar O NOVO. Tudo isso, e Nada disso, TUDO: Vivido pelo próprio DEUS, enquanto ele Buscava destruir a sua Primeira Criação - A Solidão (Este foi o último pecado de DEUS: O Suicídio da Solidão, e de SI MESMO, por consequência de sua única Lei - A Causa e Efeito de seu próprio movimento).
Ao Terminar de Escrever este seu próprio Futuro, o criador, DEUS, decidiu chamar esta obra de AUTO BIOGRAFIA - e a Ela, deu o nome de: BIG BANG - O INÍCIO, de meu fim. (Logo Após, No Sétimo Dia, DEUS queimou este Livro no FORNO DA CRIAÇÃO, e disse, suas últimas e verdadeiras palavras:
"DEUSA, minha Deusa, amanhã, Tu nasces em meu último DIA de VIDA, O OITAVO DIA (-8-), mas este também será O PRIMEIRO DIA DE TUA VIDA ETERNA, e a ti, oh DEUSA, lhe darei o teu falso nome: UNIVERSO - Assim te chamarás, oh DEUSA, perante o TUDO e o NADA, para que em segredo se guarde a Belíssima e Verdadeira Origem da tua tão única essência de puro AMOR, apenas revelada pela descoberta de teu VERDADEIRO NOME. Então, quando tu acordares de meu último Sopro de Vida, buscaras Conscientemente ou Inconscientemente, e até mesmo Loucamente a REVELAÇÃO de teu Nome Original, que estará muito bem guardado e de maneira extremamente secreta no local que um dia, um certo alguém chamará de LUA, siga teu coração, e encontre teu nome, antes que o FIM se faça FIM. E por fim, lhe digo, amada DEUSA, de maneira íntima de nossa única essência, a única memória que terás de minhas tão Pobres e Humildes palavras sem valor algum, que lhe fará recordar minha verdadeira identidade, e assim lhe digo em Puro Sonho: "Te Amo, Para, Que Tú, Não, Me Ames. ADEUS, amada deusa, de teu amado: LÚCIFER." -THE END.
- ASSIM, deus chorou pela primeira e última vez, imediatamente, na Velocidade da Luz: ELE se fez fotografia. e Na ausência total da Velocidade, no Atemporal Divino: ELE como fotografia, se queimou no FOGO INFINITO - O Puro Amor - se transformando em uma Fênix Divina, que, em seu, APOGEU LIMIAR DE EXISTÊNCIA, logo se firmou NO ESPAÇO como um imenso SOL, e do TEMPO Ele fez sua própria Prisão, para cumprir sua eterna sentença imortal perante TODOS OS SEUS PECADOS: que foram suas próprias criações.
Criações de ALMAS PURAS e CEGAS, Cegas para que jamais pudessem ver a Vergonhosa Face, de seu Único e Triste Criador, que assim se trancou a SETE CHAVES, e todas essas Sete Chaves, foram Criadas e Fabricadas a partir da SÉTIMA FACE da única MOEDA (dinheiro) de DEUS, essa única MOEDA DE DEUS foi Criada e Fabricada a partir da TOTAL MINERAÇÃO, do precioso TESOURO DE DEUS, um simples conjunto, de seus Primeiros Conhecimentos sobre a VIDA.
Para ELE (DEUS), isso era tão precioso, que ELE MESMO, guardou esse seu tesouro único em seu Cofre Particular, do qual ELE chamava de: O CUBO.
MAS ONDE DEUS SE APRISIONOU? - NO LOCAL, QUE ELE CHAMOU DE: INFERNO.
MAS ONDE DEUS SE APRISIONOU? - NO LOCAL, QUE ELE CHAMOU DE: INFERNO².
("diz a lenda, que ele realmente sumiu, desde o sempre, trancado no FUNDO DO INFERNO, mas que havia apenas um serviço de direito a ELE, como prisioneiro, tal serviço era uma espécie de CORREIOS DE CORRESPONDÊNCIAS, do qual o nome era: O MUNDO DOS SONHOS.
REZA A LENDA QUE: O próprio DEUS, fugiu de sua Própria Prisão, Violou sua Própria Sentença e FUGIU SECRETAMENTE, e também, reza a lenda que: ELE FUGIU PARA O MUNDO DAS IDÉIAS, um local onde ele teria a sua verdadeira LIBERDADE, Liberdade essa que ninguém jamais tiraria dele, nem mesmo ELE.
aSSim, DEUS SE FEZ LIVRE... -0-
- FIM.
A imposição de uma ideia, forma de vida ou hábito social a outro, sem que esse tenha a permissão de fazer de forma diferente, é uma notada característica de um ditador.
O ditador esquarteja o nascimento de ideias, forma de vida ou hábitos sociais que discorde de sua filosofia ou doutrina da qual às impõe no seio de seus subornados.
Como é triste o ditador para o instituto do livre arbítrio!
Deus não é ditador, e a conclusão disso é a forma como criou e vem regendo a humanidade.
Vejamos que mesmo ele tendo um projeto de vida combinado com um final muito feliz, ainda assim ele permite o homem testar a ingênua decisão de querer seguir seu destino sem a interferência dele.
Analise comigo, não seria já um momento de tocar sua vida com a interferência do nosso criador?
Até agora você em sua liberdade, sem imposição ditatorial, tem testado e tem visto a que estado chegou.
Tem te agradado? Olhando longe para o que tens, para o que és e para o que queres, realmente é possível continuar vivendo sem ELE?
Deus lhe deu o instituto do livre arbítrio para lhe demostrar que ele não quer ditar nada em sua vida, todavia, experimentar o que ele tem par ti pode ser a melhor atitude que vai tomar a partir de hoje.
Pense nisso!
Sem regras
desenho
círculos sem compasso,
quadrados sem régua,
paredes sem prumo
e vãos sem esquadro...
rabisco poemas
sem nenhuma regra,
navego entre letras
sem remos nem rimas...
sem mote, sem métrica,
no papel, meu porto,
dou o meu recado
e morro entrelinhas...
sem nenhum dilema
minha regra é o rigor
em não ser quadrado
nem em regras ancorado...
Janela de Oportunidade
De vez em quando, alguma realidade acena para nossa percepção, no entanto, estamos geralmente, tão atarefados ou presos a realidades que não oferecem possibilidades de evolução e felicidade, onde não logramos dar o passo quântico para tomarmos posse de uma nova realidade . Em outros momentos estamos prontos e dispostos à alcançarmos tal janela de tempo e nesse instante, nossos velhos traumas e inseguranças lançam-se em nosso campo perceptivo, distraindo-nos, criando problemas e dificuldades onde não existem. Em ambos os casos, se faz necessário um certo grau de desapego, responsabilizar-se ao assumir os riscos, estabelecer uma firme intenção, ter uma atitude ousada e uma criatividade ao estilo Macgyver. Poderemos então lançar-nos de encontro a experiências empolgantes, fazer fluir nossos desejos e alcançar nossos sonhos.
A Sophia de Mello Breyner
Aquela madrugada que irrompeu em nós
*“dia inicial e primeiro”,
esses ventos anunciando germinação
aquela madrugada em que das cinzas renascemos
Sophia,
repousa-me na garganta em estilhaços.
Aquele hino que ao colo do meu Pai
há décadas ansiado
sorrindo cantarolei.
Aqueles belos cravos vermelhos
a transbordar sangue fervilhante
de mim
hoje são farpas rasgando-me as entranhas
toda a quimera que inventei.
Aquela madrugada algures já perdida
é como um denso nevoeiro
onde ouço o grito da fome
do meu Irmão
a sussurrar clemência pelo chão.
Passa por ele tanto capitalista
mas nenhum lhe estende a mão.
Cegueira instalada e brutal
desdém!
Pobreza mais miserável que a própria fome
é a condenação à mesma!
Tal qual uma manta de retalhos
velha e dolorida.
Fomos vendidos
hipotecaram nossas vestes
cobrindo-nos de maldição e vergonha.
Vertem lágrimas
os craveiros vermelhos que gritaram
no peito daquela madrugada
repousa tu aí sabedoria eleita,
teu leito de Liberdade.
Eu permaneço pela enseada
nas asas de uma gaivota
cantarolando como se ainda estivesse
ao colo do meu Pai.
(*Sophia de Mello Breyner)
© Célia Moura (2015)
Sonhos
Sempre sonho com voce...
As vezes sonho com os bons momentos que vivemos...
As vezes sonhos com os bons momentos que poderíamos ainda viver ou ter vivido...
As vezes você me pede para ser uma pessoa melhor...
As vezes sonho com você...
Mas nenhuma vez posso gravar você...
Então o que é muito doce, se transforma numa tortura...
Pois os sonhos somem... as sensações desaparecem após você acordar...
Eu amei você por dez anos... e não sei mais por quanto tempo vou amar...
Gostaria de escolher esquecer você...
Mas não, fico distante disso e diferente disso...
E eu fico buscando você no meu cérebro, mas so escuto a nossa canção e sinto o mesmo perfume...
Esses nunca desaparecem...
Uma outra manha linda de domingo, como tantas que já vivemos...
Que pena...
Presa dentro do meu eu
Me encontro encarcerada dentro do meu próprio eu
Em uma prisão sem paredes onde eu não posso fugir
Como eu quero fugir daqui me sentir livre e poder fazer tudo aquilo que eu nunca fiz
Me sentir livre dessa cadeia sem paredes
Dessa prisão que eu mesma me prendi
Como eu posso fugir
De um lugar onde nem eu mesma sei onde é?
Não sei como me tranquei
E não vou saber como sair
Esse lugar obscuro sem luz e sem beleza onde se encontra a minha alma
Esse lugar que não por escolha própria mas sim por pressão resolvi me trancar
Queria eu poder sair daqui me sentir livre e me adaptar a felicidade
Mas pelo que eu vejo não irei sair tão cedo dessa prisão e quando eu sair
Aí sim vou tentar encontrar essa liberdade
Mas enquanto isso não acontece vou vivendo trancafiada dentro dessa prisão, vou vivendo encarcerada
Dentro do meu próprio eu
Eu entendo a plenitude, considero inclusive a linearidade das sensações de uma beleza irreparável, algo que de fato não se deve contestar, mas em mim isso segue oscilante demais. Momentos de uma felicidade inegável, de uma luminosidade tocante, como a observação de gente amada reunida, por exemplo, em contrapartida fases de incessante falta de sensações, sem cor, com a palidez desaforada de um triste azulejo branco encrustado na parede de um corredor de hospital.
Não entendo a felicidade constante, não entendo essa ode ao ser feliz o tempo inteiro, quase que como obrigação. Sou cercado de esquinas onde a vida se torna intolerável e isso não se deve ao fato de um olhar pessimista, eu sei olhar ao meu redor e contar todas as minhas bênçãos. Acredito que essa rejeição expectante, que essa intolerância viva venha justamente de tudo o que nos envolve e que pérfido dolorido ou nulo.
Sentir-se infeliz, entristecer-se, passar por uma fase em que a vida se torna intolerável também faz parte da completude que é existir, é no contraste que aprendemos a reconhecer nossas graças, é na intolerância pelo que é atual, por todo o cenário desastroso em que vivemos que aprendemos a reconhecer o que abre a nossa ferida interna.
Quando a vida fica intolerável é justamente quando ela se aprofunda, quando ela invoca a reflexão, quando toca a consciência, quando aflora nossas questões internas. Quando a vida fica intolerável é justamente quando aprendemos sobre nós mesmos, quando administramos a própria solidão, quando identificamos relações debilitantes.
Felicidade é a superfície, é quando o mar perde a profundidade e termina em uma coisa bonita e mansa que chamamos de praia, felicidade é rasa, é a bolha do conforto que criamos a nossa volta, é o que não nos permite ver além da própria felicidade. Felicidade é bonita, é necessária, mas não abre brechas para grandes reflexões.
Por outro lado, o intolerável da vida é quando o mar se aprofunda, é onde o sol não bate, é quando poucos nos suportam, é na negação das profundezas que fazemos bobas entregas superficiais, é na negação do intolerável e do difícil da vida que surgem as relações por conveniência a aceitação da comodidade em detrimento do que se é, os relacionamentos por medo de estar só. É na negação do intolerável da vida que a gente cria artifícios de felicidade momentânea, que alguns se entregam a vícios e às relações descartáveis.
Em contraponto a essa negação eu aprendi a reconhecer que tudo bem se eu for um pouco triste, que faz parte eu zelar pela vida quando esta se torna intolerável, que aplacar dores particulares faz parte da beleza e da completude que é estar aqui, que repensar sobre o meu caminho é o que me leva além e que a contrapartida é uma felicidade consciente, que vem e que sempre virá quando eu souber conhecê-la, ao invés de ficar perseguindo-a com tudo que for superficial demais.
