Texto sobre eu Amo meu Irmao
Cama de Linho -
O teu corpo é um grito
que está longe do meu leito;
e a minha cama calada
com barras feitas de nada
procura em mim o teu jeito.
O meu corpo é noite escura
sem o toque da tua mão;
e a minha boca fechada
e a minh'Alma cansada
de solidão em solidão.
E o que trago ou não trago
ponha Deus no meu caminho;
peço ao destino outra vida
e peço à Morte guarida
na minha cama de linho.
Triste Confissão -
Estou cansado da loucura
de um sentir que grita em vão
no meu peito que amargura
já não bate o coração.
Já não pulsa o meu destino
só há dor, contradição,
chorem pedras do caminho
que sou filho da solidão.
Há tanta gente na rua
procurando o que virá
também eu vou de Alma nua
caminhando ao Deus dará.
E se um dia tu souberes
que eu parti p'la barra fora
chora tudo o que puderes
vou sentir-te a toda a hora.
Assim -
Tenho sede de amor
tenho fome de ti
em meu corpo de dor
os teus olhos vesti.
E vesti amargura
plantei-a em mim
esperar-te é loucura
nesta fome sem fim.
E vesti o vazio
como a noite que chega
vou morrendo de frio
esteja eu onde esteja.
No meu corpo de dor
na verdade senti
tanta sede de amor
tanta fome de ti.
Anjo da guarda que me livras do mal e
mensageiro do amor, guarda meu coração;
Guia-me pelas veredas da vida...
Ajude-me para que eu me supere,
a me levantar desse chão!
Anjo de luz, anjo protetor
Me dê sabedoria, discernimento
e todo sentimento que corresponda
pelo que me leva ao amor;
Tuas mãos
Tuas mãos
toque proibido
tocando o meu ser mais insano
toque leve que me afaga
apalpando os meus medos
reentrantes
Quero ter
tuas mãos
entre as minhas curvas
encaminho-me para deixar-te
me segurar por inteira
ah!
tuas mãos
doce toque perigoso
es segura
confiável
as quais me deixa louca
fonte desejável
do inevitável
do meu querer, permitir
tuas mãos nas minhas
sinuosidades
loucura
quero mais
vem para perto do meu
escuso
toca-me
com ternura e firmeza
delicadeza
sem pressa.
Quero tuas mãos
sempre perto
beija-las
tocá-las
deixá-las percorrer
pelas minhas dores
sem cura!
Dependo delas
Para reinventar-me, curar-me.
Dependência
para sentir o toque
que me acalma
quero cuidar delas
me faz viver
meu regalo
grata por todos os prazeres
que me ofereceste
sede
abro os olhos
anestesiada
procuro tua boca
como um caçador
procura por sua presa
aponto de sussurra
em alto e bom som
gemidos aos ouvidos.
ah!
Tuas mãos
Vivi pra senti-las.
Detalhes -
Naquela casa ao fundo
vim à vida como sou
e lá morreu o meu avô
num silencio profundo.
Alta noite em solidão
passa a vida em sopro lento
passo eu e passa o tempo
só não passa o coração.
Faz doer lembrar que a morte
nos deixa secos e tão sós
naquela casa , por sorte,
sempre lembro os meus avós.
E quando um dia eu partir
não me chorem por favor
já me basta toda a dor
de ter vivido sem sorrir.
Meu silêncio é um grito de socorro
Minhas lágrimas são solidão
Meus sonhos são feitos de espinhos
Minha realidade é só escuridão.
Me tornei folha ao vento,
sem rumo e sem destino.
Que desatino - de homem a menino
No endereço de todos os perdidos:
Avenida dos Desesperados,
número zero à esquerda.
Sou por excelência um ateu.
Mas é por ocasião do Natal que meu coração ilude o cérebro e grita êêê é Natal!
Tem um mistério neste mito que me faz eternizar nas ilusões que mamãe me adestrou.
Mas não importa, a não ser a imensa vibração de Amor a qual experimento!
Feliz Natal.
Namastê!
Há Páginas -
Há páginas em branco
no meu peito, por escrever,
mas é triste, sou-vos franco,
porque afinal ninguém quer ler.
É pesado o meu destino
num silêncio a doer
eu tão só pelo caminho
sem saber o que dizer.
Há no livro do meu Ser
tantas linhas por traçar
e da saudade de te ver
tantos versos por acabar.
Amnésia Parcial -
Não encontro palavras
que definam o meu estar,
o meu corpo sem asas
sem paz nem lugar.
Já não vejo o caminho
que me tire daqui
o meu estar é destino
do sonhar me perdi.
E perdi-me de mim
de quando um dia nasci
e já não sei, por fim,
se vivi ou morri.
E há palavras vazias
a bailar nos meus dedos
uma dor que eu não via
no meu corpo de medos.
Ó Fadistas do Passado -
Ó Fadistas do Passado
venham comigo a meu lado
reviver noites bairristas;
a cantar à desgarrada
até que seja madrugada
venham daí ver as vistas!
Um Fadista cantando
uma Guitarra trinando
assim se fez a tradição;
venham comigo a meu lado
ó Fadistas do Passado
dar sentido à solidão!
É Destino assim cantado
dar a Voz ao nosso Fado
não tenham medo da Fama
de cantar à desgarrada
até que seja Madrugada
em qualquer canto de Alfama!
"Arco iris"
Serei pra sempre sua,
Vagas palavras dentro do meu coração
Que se partiu em pedaços
Não tão vagas assim.
Aquelas palavras escritas que gritaram,
Pra sempre para todo sempre
Até alguém ouvir
Tanto a ser dito, nada que os sentidos Possam ouvir
Mergulhei
Aqui estou eu, tomada atordoada
Ai ,coração maldito
So fazes zombar de me
Escreverei milhões de palavras
Pintarei todas as ruas de azul rosa ou amarelo ou vermelho
Eu beijarei seus pés e sentirei seu cheiro Minha, minha eu repito
"Sua"
Eu escutei
Ariane de Moura
Poema Curto
Meu destino é andar
Ter asas para voar
Manter minha fé
Beijar a terra com o pé
Exaltar a gratidão
Ter um elo de transformação
Viver com a alegria
Hoje é a cada dia
Como que cantando hino
Em atenção ao Pai Divino
Pela graça que me conduz
Ao NATAL DE JESUS.
Chamas da paixão
O teu olhar me incendeia,
Assim, aqueço o meu coração
Por amar uma sereia,
Fiquei perdido na imaginação.
Me encantei com tua voz,
Quando entrei em teu jardim
Cantavas ao pensar em nós,
Pequena flor, tu és para mim.
Teu coração é fascinante,
Com ele, eu vivo a sonhar
Teu sorriso é tão brilhante,
Que faz inveja ao sol e ao mar.
Me enlouquece tão suave,
E faz meu corpo estremecer
Eu posso ser todo seu e você sabe,
Vem e faz as chamas da paixão acender!!!
AS MÃOS DE MEU PAI
As mãos de meu pai possuem calos e visíveis veias.
Mãos que seguraram meus braços, mãos de quem guerreia.
Que doem com os machucados da enxada, da picareta, de capinar terrenos.
De orar por provisão, de chorar quando só Deus estava vendo.
A vizinha se desesperou, matou os filhos e se suicidou, todos tomaram veneno.
Há coisas que nunca me contou, mas muito sofrimento aquele olho já viu.
Corajosas, aquelas mãos construindo a casa, chegou o inverno e a casa caiu.
Frustradas outrora, quando nada tinha para tomar café.
Faltou pão, faltou água e até eletricidade, não faltou a fé.
Nadavam em direção ao barco, para buscar o sustento no mar.
Câimbras musculares, língua embolada tentando gritar.
Socorro! Um barco, dois jovens aparecem e acodem.
Lágrimas e risos de alegria pela vida poupada eclodem.
Aqueles calos acompanhando um olhar para baixo de insatisfação.
O palito de dente, partido em milhões de pedaços, esmagado na mão.
Potente, resistente e exemplar. Um guia, um líder, um norte para imitar.
Foi o resultado, o produto de um labor daquela mão a sangrar.
No remo, na pá, no tijolo e cimento, buraco cavado, é mais um pilar.
Agora não é só início de derrame, braços formigando, joelho a cambalear.
É a guerra dos anos, afetando a rótula, o sangue, mas nunca o sorriso.
Pronto, soldado, amigo, professor se for preciso.
Voa sentado, andando, em minha mente vem me abraçar correndo, assim como o cavalo galopa.
As mãos de meu pai, criaram gaivotas, que voaram do Brasil, tiveram filhotes na Europa.
Lá dói a saudade, onde beira o frio que congela o rio e embranquece a montanha.
Conto para todo mundo, que lá no norte tem sol e praia, boa comida e peixe assado na banha.
E também tenho amigos, parentes, gente feliz, adultos e crianças.
Mas as mãos de meu pai, que me fazem tanta falta, é a minha maior lembrança.
Sergio Junior
Alguém
Meu amor
Onde você está?
Alguém pra encontrar
Meu amor
Onde você está?
Queria te amar
E juntos podermos nos entregar
Na hora certa de viver esse amor
É a hora certa de esconder toda dor
Eu sei que você está perto
Sinto seu perfume
Eu sei que você está querendo
A todo custo
Viver o dia que eu vou te encontrar
Meu amor onde você está?
- Vitória Luiza
Pai,
Meu amor pelo senhor, é eterno!
Nunca vou me acostumar com a sua partida... Me ensinaste muitas coisas, menos a despedida!
A saudade vem me visitar todos os dias,
E nem sempre, pai, é fácil não chorar,
São muitas as lembranças ao seu lado...
Sabe, pai, houve muitos momentos marcantes, quando o senhor ainda se fazia presente entre a gente. Que precisaria de muitas páginas para descrevê-los todos...
Adorava ouvir suas histórias: que iam da infância à juventude, dos meus avós, das suas labutas e aventuras na mata, das lendas e crenças... Elas sempre me fascinaram. Desde pequena. Talvez por isso, pai, eu goste tanto de histórias...
Pai, por que a infância corre sem freio?
Pai, por que o senhor partiu tão cedo?
Tudo que o senhor contava me fascinava: ouvidos atentos e olhos compenetrados. Nunca saia do seu lado...
E quando vencida pelo cansaço, o senhor me carregava no colo e logo me agasalhava, com bastante cuidado para não me acordar.
Disso, pai, nunca esquecerei: colo de pai.
Queria que o tempo voltasse,
Queria que minha família nunca se separasse,
Queria que tudo não passasse de um sonho,
Que pela manhã, assim que eu acordasse,
O senhor, conosco, em casa se encontrava.
Amamentei meus sonhos em detrimento do meu ser,
sou o que a vida tem de mais rude de lembrar,
granjei a esperanÇa no desejo frustrante de crer
Não me diga nada, não pense nada, não me lembre nada,
deixe o meu ser se perder neste intimo de ser e crer que ridiculariza a minha vida de vás esperanÇa que atordoa minha enigmática existência.
Luz se apaga diante dos meus olhos e em minha volta só reina obscuridade do que um dia fui, cataputaram-me neste vida onde meus amigos íntimos são: a dor, sofrimento e agonia.
Ainda lembro do último discurso do meu aniversário onde aquele senhor eloquente exteriorizou minha vida em simples palavras, ao dizer: Senhor agónico hoje a vida benfaseja pelo comeÇo de mais dor em sua vida, lembre-se que música não te faltará em som de mosquitos, elançar-se-á no casamento perpétuo com sua querida anófele e numa relação mútua nascerá de vós o paludismo, anemia e vosso banquete no antero sanitário se realizará Convidado de elite te acompanharão gritará e passará despercebido.
pedirá ajuda, mas ninguém te auxiliará
Ai senhor agónico o resultado da experiencia da sua vida tu não sentirás e da tua erudição não te lembrará
Hoje dou vida naquelas palavras, porque sou dor em defeito e lágrimas em desespero.
Caminharei, porém sempre chegarei a praÇa do nunca, porque amamentei meus sonhos em detrimento do meu ser.
Tem dias que não estou bem .
Tem dias dias que nem meu sorriso tampa o buraco no meu peito.
Tem dias que silêncio tudo pra nao passa minha dor pro mundo.
Minha rainha queria sonha com ela sorrindo.
Mais ela estar triste.
Oque estou fazendo de errado?
Talvez eu saiba .
Tá tudo bagunçado.
"E quando abro meu coração para acolher a Vida, percebo que o movimento e a impermanência da existência, nada podem contra a emoção, a esperança, a capacidade de amar e sentir alegria; não têm nenhum domínio sobre o dom de inventar felicidade, criar histórias de amor... Nada pode afetar o poder de reencantar a Vida, ainda que tudo ao redor seja tão frágil e inconstante.
Quando permito que a Vida me acolha, descubro que ela pode levar o violino, mas não a Música; leva a tela, mas não a Arte; leva as pessoas amadas, mas não o Amor; leva o poeta, mas mantém intacta a Poesia...
Descubro que me agarrei naquilo que a Vida têm de mais frágil e não percebi o Eterno que se manifestava nos fragmentos que o Universo me oferecia.
Descubro que a Realidade é só uma caixinha de madeira que guarda uma joia de inestimável valor e eu, na tentativa de preservar a caixa, quase permiti que me roubassem essa joia."
