Texto para Ex

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Hoje de madrugada eu acordei com a minha campainha tocando insistentemente abri a porta assustada e era meu amigo Felipe aos prantos. Coloquei ele pra dentro e dei um copo de água com açúcar mas ele não quis. Ficou ali sentado chorando desesperado por uns 40 minutos...era um choro dolorido de soluçar.
Quando finalmente não tinha mas lágrimas , ele foi se acalmando e começou a me contar o que tinha acontecido. Disse que ha 2 horas atras estava na quarta festa da semana, ficando com a décima garota da noite, quando sentiu um estalo, como se fosse um clique, um enjoo um nó na garganta, nojo de si mesmo e saiu dali deixando a décima garota sozinha.
Ele não estava confuso, pela primeira vez em meses ele sabia o que estava acontecendo. Sua ficha havia caído, finalmente.
Sentado na frente da boate, as lembranças de sua pequena amada vieram em sua cabeça. Há muito tempo ele havia escolhido não pensar mais nela, e manter sua cabeça ocupada com quantas mulheres fossem necessárias.Mas naquela noite, não deu certo. Pela primeira vez em meses, aquilo não o satisfazia mais, e ele sentiu uma saudade enorme da garota que ele disse meses atrás que não amava.Naquela noite, ele finalmente se arrependeu.
Não pensou duas vezes, pegou o carro e foi correndo pra casa dela. Bateu na porta e quem atendeu foi um cara sorridente, com um brilho nos olhos e disse : -posso ajudar ?
Felipe perguntou se a Julia estava, e o cara respondeu: -minha pequena já esta dormindo. Quer deixar algum recado?
Ao ouvir essas palavras, seu coração ficou apertado e as lágrimas começaram a rolar. Era o fim, sua pequena agora era a pequena de outro.De outro que se sentia o cara mais feliz do mundo por estar com ela , de outro que a valoriza como ele não fez, que a ama como ele não quis amar. Depois disso ele veio direto pra minha casa.
Eu adoraria dizer que tudo terminou bem, que aquele cara que atendeu a porta era um primo dela que veio para o natal, e que ela estava acordada e os dois voltaram e viveram felizes para sempre. Mas infelizmente a realidade esta muito longe de ser um filme da Disney.
Ela o superou, e o meu amigo, bom, todos os dias ele chora por sua ex pequena amada.

Inserida por larissadiasuede

Rosto bonito, coração de agulhas
Chegue perto e ele te mostra como dói esta perto
Os seus dias são lindos como um poema
Mas ele cria sua tempestade em um céu azul
Então não me venha me cobra algo que você não foi capaz de fazer
Ser realmente que ser amado, por que viver trancado dentro de uma caixa?

Minta com sua comoção de mentira
Não fale o que gostaria, você nunca deu nada
Não me cobre atenção, você nunca me deu
Não procure algum tipo de afeto em meus olhos, você nunca amou nada
Não me fale de suas fantasias como meu corpo, você não me tem!

Rosto bonito, uma beleza perdida com seus traços vazios
Chegue perto e ele te mostra com ser perde em seu vazio
Há cores em sua alma, mas você cria seu mundo em cinzas

Não cobre algo de alguém, já que você nunca moveu nada
Apenas fez com sua obrigação.

Inserida por LuziaDellmon

Daí a gente viaja na vontade de dá certo, aquilo que vem dando errado desde o início. E eu não teria me apaixonado se você não tivesse retribuído, ao meu ver, o amor que eu precisava, e é claro que eu não precisava de muito. eu sei que minha carência tem uma grande parcela de culpa nisso, e por isso eu desejava mais doses de você, queria todas, queria me embriagar do seu cheiro, me esparramar em teus braços, me perder em teus beijos e amanhecer com uma bela ressaca de você, só pra te lembrar no outro dia, eu definitivamente queria essas doses diariamente. E la se foi eu achando que você era solução, mal sabia eu que era o problema.
Porquê agora eu não tenho a mínima idéia de como tirar você da cabeça, de como apagar suas lembranças e anestesiar essa vontade louca de correr pros teus braços.
Agora eu não sei aonde me encontrar, depois que me perdi procurando por você.
Você é como uma doença infecciosa, depois de várias doses do antídoto. não morreu foi ficando mais forte, mais intenso e com o tempo o corpo foi acostumado com as dores causadas por essa doença que é você!

Inserida por KeciaAnjinha

Em meu sonho tudo estava resolvido.
Sem problemas nem inimigo.
Lembro até de ter sentido o seu cheiro.
Disseste até que estava morrendo de saudade.

Em meu sonho você estava tão linda.
Seus olhos brilhantes, seu cabelo preso daquele jeito que me agrada.
Amiga, amante, namorada.

Agora só mais um sonho.
Em tantos que tenho, és o meu preferido.
Acordar depois de tudo ter se resolvido.
Não, ele não era só mais um amigo.

Tudo era tão perfeito que morava até no seu condomínio.
No abraço que me deu senti até seu coração junto ao meu.
Te amo, te quero, te espero
Meu sonho preferido.

Inserida por PedroVeraszto

Fantasmas no vagão
Letra: Renê Góis

Já não sei dizer quanto tempo faz.
O prazo terminou, final de uma ilusão.
Não posso mentir pro meu coração.
Alimentar a velha dor, a dor de uma paixão.

Não sou mais o mesmo de ser.
Tinha que morrer pra renascer.
Todo tempo é pouco pra viver a esperança de sentir um novo amor, nova paixão. Viver feliz é ser feliz com o seu novo amor.

Não me importo mais com os fantasmas no vagão, perdidos pela noite em vão, soprando minha vela então. Não posso mentir, talvez admitir, alimentar a velha dor... A dor de uma paixão.

Inserida por GoisDelValle

Acostuma

Eu tinha o hábito de utilizar relógio todos os dias, era um objeto e acessório indispensável, se tornou involuntário ficar checando o horário a todo momento. Com o tempo o bendito relógio foi ficando mais fraco e acabando dando a hora imprecisamente, o que me prejudicava para eventuais compromissos. Posteriormente após uma queda, o vidro do relógio se quebrou.
A solução tomada por mim foi acabar aposentando o uso daquele relógio, talvez arruma-lo traria mais dores de cabeça relacionado a um possível mau concerto.
No fim acabei me *acostumando* a andar sem relógio, e aquela indispensabilidade, só passava de um sentimento efêmero.
Muitas vezes na vida temos por hábito certas ações e por companhia certas pessoas, e despercebidamente ficamos dependente, como se para nos sentirmos verdadeiramente completos, necessitaríamos estar com eles, ainda que muitas vezes isso acabe sendo prejudicial a nós e trazendo situações e sentimentos desagradávei. Começamos a pensar que algumas companhias são insubstituíveis, e quer saber? Realmente são. Não haverá outro relojo igual, e nem outras pessoas iguais, mas o importante não é substituí-los, e sim, se familiarizar com suas ausências porque nós por medo muitas vezes negligenciarmos que:
Acostuma

Inserida por Luizteixeira08

-UM PASSADO DISTANTE

É como uma paixão de adolescente
seu nome fica na minha mente ,
a todo tempo da vontade de gritar
o quão louca sou por te amar.

Escrevo seu nome em meu caderno,
sonho em te ver usando um terno
comigo na frente do altar
só de pensar é de arrepiar .

Imaginando um futuro contigo
mas agora a gente não passa de amigo,
acho q agora nem isso mais somos
tenho saudades do que um dia nós fomos.

Inserida por soumaadolescente

Fim!

-Não te quero mais aqui.
-OK, só vou tirar minhas coisas da casa.
-Não vai lutar por mim? Por nós?
-Não, não mais, o seu desdém me ensinou que devo permanecer apenas enquanto existir a reciprocidade, dizer adeus dói, mas nas maioria das vezes é necessário.
-Então vai escolher a saída mais fácil?
-Se eu precisar lutar para estar ao seu lado, significa que ali não é meu lugar, eu não escolhi desistir fácil, pra mim tem outro nome: Sobrevivência. Escolhi sobreviver a você!

Inserida por revieira22

Hoje vim falar um pouco do destino e como ele brinca com a gente, tudo começou em 30 de setembro de 2011 foi quando eu "conheci" uma pessoa q mudou minha vida, uma pessoa q chegou de mansinho com vergonha ate de falar kk e com o tempo foi se tornando a pessoa mais importante para mim, mas esse mesmo tempo junto com os planos do destino te tiraram de mim e até hoje eu não sei o "porque",o triste e te ver e não poder te tocar, te ver e te ignorar enquanto a vontade é outra, sinto falta de deitar no seu colo e ver o futuro de ficar imaginando tudo até do júnior assim como vc o chamava kkk sinto falta também da sua rizada engraçada kk e do seu sorriso, lembra q foi uma das primeiras coisas q falei q era lindo em você? Mas tudo acabou e você continua bem talvez até melhor do que antes, mas quero te agradecer pelos 2 anos e te dizer q se esses 2 anos foram mentiras, foram a melhor mentira q já me pregaram, Valeu por tudo minha lindinha kk
hoje nem foi um pensamento, mas sim um desabafo q posso servir de inspiração pra outras pessoas fazerem o seu e também serve pra mostrar q vc deve deixar a pessoa sempre ciente de seus sentimentos antes q seja tarde eu sempre deixei e mesmo longe hoje essa pessoa sabe q tudo foi verdadeiro, o que deixa triste é saber q os momentos bons não vão mais se repetir!

Inserida por cassianosa

Rebenta a manhã como um punhal
de gritos
na caserna
O arame farpado
que serve de paredes frágeis a este quartel
improvisado
foi cortado durante a noite
Há marcas evidentes do inimigo
e da sua passagem traiçoeira
por aqui
Estremece o sangue nas veias
a raiva corta os pulsos
e o medo apodera-se de todos nós
Não há heróis,
existe apenas
a cruz de guerra entregue ao pai
ou ao filho que o pai não conheceu
e a memória sentida
escrita no mármore da sepultura


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

O comboio levou-me para o leste em direção à fronteira com a Zâmbia. Eram nove e quinze da manhã, daquele dia chuvoso de dezembro de 71. Dia 12. Exatamente como imaginava!
Apenas viajámos de dia. À noite, pernoitámos em Silva Porto. A partir daqui e até ao Luso, à frente da máquina que puxava as carruagens, ia outra a servir de rebenta minas.
E os meus poemas começaram a nascer… sobre o joelho, onde apoiava o papel, escrevia:

“Espera-me.
Até quando não sei dizer-te,
mas afianço-te
com fé
que voltarei!

Espera-me nas tuas manhãs vazias
nas minhas tardes longas
nas nossas noites frias
e não escondas de mim essa lágrima
teimosa
onde está escrito
“não te vejo nunca mais”

Não esqueças o que fomos ontem
se o amanhã não existir
ou não voltar,

recorda o hoje
permanentemente
mesmo que não haja cartas
que nos possam recordar.

Nova Lisboa, Angola, 12 de dezembro de 1971
- para uma comissão de 14 meses no Leste de Angola, C. Caç. 205 (Cacolo), integrada no Batalhão de Caçadores 2911 (Henrique de Carvalho)


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Todos recebiam cartas
e discos pedidos
ao domingo
no Rádio Clube de Huambo
a mais de mil e duzentos quilómetros…
era a emissora que mais se ouvia

Só ele,
porque exatamente ele era só
e de longe
(talvez de lugar nenhum),
o furriel Abreu Gomes
nem uma letra vertida em magra folha de papel

Vingava-se da solidão no cigarro
que um após outro fumava

Enrolava-os com perícia tal
no fino papel de mortalha,
dois a dois de cada vez,
como se ali depositasse os fios da vida
que queimava,
como se estivesse a fechar para sempre
as abas do seu caixão

Aquele livro de mortalhas
e a cinza do cigarro queimado
que lhe morria pendurado na boca,
tinha a brevidade da vida
que ali se vivia a cada hora que passava


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Olhei-me em cima da berliet
com o coração tolhido de medo

Aqui não há heróis…
até os mais audazes na vitória
sentem medo

As mãos vazias
seguram com firmeza
estranha
a espingarda G3
que me deram para matar,
a única companheira segura
de todos os dias e noites

As nuvens de sangue ao longo da picada
abreviam a morte


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Terra de medo
e de dor
e de sonho também…

Lá fora o vento que zumbe
e uiva
e fustiga ameaçador e célere passa…

o vento a quem tudo pergunto
e nada me diz

O vento que volve e revolve
e varre
as folhas secas das mangueiras
plantadas no terreiro
que serve ao quartel de parada

O vento que zumbe e uiva
tresloucado
no negrume da noite que dói e mata

O vento que fustiga e passa
as frágeis paredes da vida
dentro do arame farpado


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

À volta de mim, o terror e a morte…
olhares de medo
fixos na imensidão do vácuo
interrogam-se mudos
inquietos…

dolorosamente pensam na razão
de tal sofrer

Mas não choram porque o pranto
se esgotou há muito
neste inquieto viver

Ah! Se eu soubesse ao menos rezar…

Rezava por ti
ó homem verme, tirano e sádico
que por prazer destróis;

Rezava por ti
ó governante ganancioso e brutal
que o mais fraco aniquilas;

Rezava por ti
ó deus, que já nem sei se existes,
pela geração que criaste
e abandonaste



In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Desperto…
minhas mãos frias
crispam os dedos inertes
no gatilho da espingarda

Debaixo de mira
numa linha reta que dificilmente erro,
o alvo
Um corpo negro,
meio nu…

Apenas o cobrem os restos daquilo que foi
um camuflado zambiano
Veste no rosto,
encimado por um chapéu também camuflado,
a raiva

Para ele nós somos o invasor,
o inimigo a abater que importa liquidar
ainda que connosco tenha aprendido
rimas de civilização

Nós somos o invasor que (ele) quer
expulsar
destruir
aniquilar

E ele, para mim, o inimigo de ontem
será o amigo de amanhã
a quem hei-de abraçar



In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Há corpos espalhados pelo chão
à minha frente

Nos seus rostos lívidos
cor de cera
morreu a esperança com a chegada da morte
no frio gume da catana

Jazem à sombra das mangueiras…
a morte passou por ali

Corpos decepados
esventrados
violentados
num rio de sangue pelo chão…

Ali apenas as varejeiras têm vida e voz
no zunido e na cegueira de beber
Sugam famintas de sede
o sangue ainda quente dos cadáveres

Zunem de sofreguidão na disputa
do sangue vertido
dos corpos esquartejados
pelos golpes das catanas

Para lá da orla da mata ainda o eco
dos gritos de vitória e os risos satânicos
de alegria e morte no ar
numa mistura de feitiço e de liamba


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Perdi os poemas ébrios
de ritmo
feitos ao sol da manhã

Esse tantã longínquo que me acordava
manhã cedinho
antes de subir na minha bicicleta
reduzida ao mínimo para pedalar até ao liceu,

acordava-me como uma loa,
cântico virginal
puro…
ou como um ritmo escondido
no regaço da mais linda mulata
da sanzala

Um poema ébrio de ritmo
órfico
em dionisíaca celebração
um cântico mestiço
místico
pagão
negro soneto espúrio
de um povo híbrido de muitos deuses
e de mais irmãos ainda…

Hoje o meu poema já não é ébrio
de ritmo
nem o som do tantã tem o sol puro
erguido pela manhã
cedinho

O meu poema é de sangue
e dor
lavrado pelo frenesim dos tiros

O tantã que me acordava
manhã cedinho
e trazia no som o ritmo
dos beijos,
hoje
já não me acorda deste sono
que não durmo
sobressaltado

O tantã traz agora na sua voz longínqua
o som próximo
da metralha


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

No ar, o medo e o silêncio sepulcral
a invadir
os primeiros raios da manhã

Corações sobressaltados
em prece e oração…
muitos sem saberem sequer rezar

No trilho traiçoeiro
espreitava a morte a cada passo
que se desse em falso
na picada

Sem perder de vista o combatente
à nossa frente
perscrutávamos, no lusco fusco do alvorecer,
as sombras que se dissipavam
por entre as silhuetas das bissapas

Nas mãos doridas,
por matar,
o peso da G3 engatilhada
dos soldados

De repente o grito e a dor
pelo estrondo e pela morte trazida
no estilhado e no sopro da granada

As lágrimas morriam afogadas
pela raiva e ódio surdo
nos corpos amputados


In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

Entre os teus lábios
entreabertos
inchados pela morte
e gretados pelo calor que te calcinava
os ossos desfeitos
ainda antes de morreres,
passeava-se uma mosca varejeira
ufana de sua propriedade encontrada

No ar
adivinhava-se o som das palavras
que não chegaste a proferir…

Talvez uma oração…
ou uma prece ao teu deus de ti tão distraído
a quem imploraste a ajuda sem te socorrer

Ou à mulher distante
de quem não chegaste a conhecer
o filho que lhe deixaste no ventre



In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta