Texto Não Literário

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Pastelaria

Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura

Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio

Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tanta maneira de compor uma estante

Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício

Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola

Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come

Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!

Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora – ah, lá fora! – rir de tudo

No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra

Uma literatura que não respire o ar da sociedade que lhe é contemporânea, que não ouse comunicar à sociedade os seus próprios sofrimentos e as suas próprias aspirações, que não seja capaz de perceber a tempo os perigos morais e sociais que lhe dizem respeito, não merece o nome de literatura: quando muito pode aspirar a ser cosmética.

Última Carta:
Querida Holly, Eu não tenho muito tempo, não digo literalmente é que você foi comprar sorvete e vai voltar logo! Mas tenho a impressão de que é a última carta porque só resta uma coisa pra dizer, não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda, é para dizer como você mexeu comigo, como você me ajudou me amando, você fez de mim um homen, Holly, e por isso eu sou eternamente grato, literalmente. Se pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou insegura ou perder completamente a fé vai tentar olhar para si mesma com meus olhos. Obrigado pela honra de ter você como esposa, eu não tenho o que lamentar, tive muita sorte. Você foi a minha vida Holly, mas eu sou apenas um capítulo da sua, haverá mais eu prometo portanto aqui vai o meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo, fique atenta àquele sinal de que não haverá mais nada igual.
P.S. Eu sempre vou te amar.
(P.S. Eu Te Amo)

Não quero nenhum lugar no universo da literatura. Tudo o que deveria ser dito ou escrito já foi realizado. A luta é insana e torturante, requer esforço sobre-humano para se manter visível e consumível.
Há muita cacofonia no mundo. Quero parar de ouvir, ver e sentir, me concentrar no nada, no ócio não criativo.

ICBA, 26 de setembro de 2013

Inserida por valdeck

Literatura não póstumas de Samuel Augusto
Nem JOÃO GUIMARÃES, ou CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE,
Nem CECÍLIA MEIRELES, ou MARIO DE ANDRADE,
Nem JORGE AMADO, ou LIMA BARRETO,
ou EUCLIDES DA CUNHA, ou MONTEIRO LOBATO,
Nem sequer AUGUSTO DOS ANJOS, nem ÉRICO VERÍSSIMO,
Nem MANUEL BANDEIRA, ou GRACILIANO RAMOS,
Está homenagem que fez fui Eu,
Samuel Augusto, à Literatura que ainda não Morreu.

Inserida por sasgag

A vida, literalmente não é como você pensa.
Você pode tentar decifra-la pela eternidade e nunca vai conseguir desvendar seus mistérios.
A dor, que você pensa que aguenta, é maior que você.
Mas também, a mesma dor, que você pensa que não aguentaria, te fortalece, e te traz pelo menos algo bom.
O medo, que te faz se esconder atras de algo, é o mesmo que te faz enfrentar as coisas com a cabeça erguida.
O amor, aquele que você acha que não é verdadeiro, ao mesmo tempo se torna imortal.
A raiva, que te faz ver as coisas no pior ponto de vista possível, é a mesma que te faz enxergar o quanto todos nós somos parecidos.
A fé, que se quebra em pedaços, é a mesma que te faz acreditar que tudo é possível.
E a felicidade ? Ah, a felicidade, a tão sonhada felicidade, essa sim, é a que te faz voar e cair, chorar e rir, ter forças e ser fraco, rir ou gritar de nervoso, tudo isso ao mesmo tempo ! Uma mistura de sentimentos que nada, nem ninguém explica.
Não é eterna, mais dura tempo suficiente, para tornar um pequeno momento, em uma grande lembrança, daquelas que quando você lembra, enche os olhos de lágrimas.
Então, apenas viva, um dia de cada vez, pois a vida, é apenas uma mistura de sensações e aprendizados, sejam eles bons ou ruins.

Sua magoa não é minha, sua magoa, é literalmente sua, assim se da com a sua tristeza, sua raiva, seus erros...
Você pode ate iludir-se, atribuindo-as a mim mas... Não pode mudar o fato de que a solicitou de seus pensamentos, não dos meus.
A ocasião não faz o ladrão ela apenas testa se vai, ou não, haver o delito.

Literalmente Amor...

Não poderia ser diferente, não poderia ser outro lugar. O Arpoador tem um pôr do sol que faz a alma de qualquer um aplaudir. Dono de beleza singular conta a história de quem mora no bairro – como eu –, ou de quem vai até ele só para alimentar o coração de sol, balé das águas e paz. O Arpoador é poliglota, sem raça, ou local onde as raças se encontram – e talvez seja o contorno de areia mais cosmopolita e democrático de Ipanema.

Sem sentir, o Arpex virou meu santuário, meu camarada, meu confidente. Me espera quase que diariamente só para saber como estou e me encher de beijos com cheiro de maresia molhada. Já enxugou muitas lágrimas, riu de minhas histórias, ouviu minhas músicas, participou de encontros amorosos capazes de deixar muitos casais morrendo de inveja ou a polícia enfurecida. Mas o gesto mais genuíno de todos foi ele ter me cedido a sua beleza, seu balanço das ondas e seu poço de inspiração para dar asas a minha imaginação e ser palco principal de meu primeiro romance, A bailarina da loja de tapetes.

É Arpex, virei escritora... e você foi meu muso inspirador... Obrigada... Coloque seu melhor sol no dia do lançamento... Te vejo amanhã!

Você já se sentiu chapado na sua própria ansiedade?
literalmente chapado. tipo, você não está fumando e nem precisa ter fumado porcaria nenhuma. você se sente tão cansado fisicamente e mentalmente, que isso te dá uma sensação anestésica.
É durante uma dessas viagens que eu escrevo isso. sem rascunhos, sem saber se alguém vai saber que escrevi isso.
O fato é que. você está tão nem aí pras coisas quando se chega nesse estado que você fica tipo "eu posso estar morrendo e nem sei, e nem me importaria se isso acontecesse".
É como se você estivesse vendo aquele cometa de emoções e preocupações vindo em sua direção, e você não saísse do lugar. pq sabe que não existe como evitar esse cometa. porém ignora o fato de que você pode amenizar o estrago feito por ele.
que existem barreiras que podem retardar esse estrago e existem maneiras de você mudar sua trajetória para que ele não pegue em cheio em você.
aquelas últimas pessoas ou aquela última pessoa está te estendendo a mão pra tirar você desse caminho. mas você está tão cansado que tem medo do seu peso acabar puxando essas pessoas e o cometa pegar vocês dois.
E pensando isso, você não se toca o quanto egoísta você está sendo a ponto de negar ajuda.
mas ao mesmo tempo aquelas pessoas não entendem o quanto você foi quebrado antes e que você não se sente a vontade pra dividir essa dor, pq você sabe o quanto isso dói, e tem medo que apenas metade dessa sua dor derrube aquela pessoa que está tentando te ajudar, mas acredite, se existe uma relação forte entre vocês. Se existe amor. isso não vai derrubar vocês e sim vai fortalecer a relação justamente por ter vencido essa luta juntos.
E quando eu falo amor. é amor puro. nessas horas não existe distinção entre amor amizade, amor família ou amor namoro e casamento. É a essência do amor. em que duas ou mais almas se conectam para o prol do bem de uma dessas almas. isso é o que falta em nossas vidas, não podemos dar qualidades ao amor e sim quantidade.
reflitam sobre isso quando alguém te oferecer ajuda para sair dessa e também antes de oferecer essa ajuda a alguém.
Um grande abraço.

Pensante

⁠Eu como poeta não sou nada.
Não sou trovador, nem menestrel.
Nem xilografista na literatura de cordel.
Não sou cordelista e nem faço embolada.

Não sou repentista, nem tenho língua afiada;
não sou doutor, nem bacharel;
não sou embaixador, nem coronel;
não sou hipnólogo e nem sei contar piada.

Sou apenas mais um na multidão.
Sou o cidadão comum, irrelevante.
Nem Sócrates nem Platão

nem Marx nem Dante.
Do alto de minha humana condição,
apenas um ser pensante.

Algumas loucuras antes de partir

Este texto não tem pretensão literária, é apenas uma cartinha de despedida simples e meio jogada, uma ruptura breve e necessária entre nós. Eu só queria dizer, antes de amarrar fitinhas do Bonfim na mala, antes do frio gostoso na barriga, antes do avião me projetar pra trás avisando que a hora tão esperada chegou, que eu continuo a mesma, ainda que completamente diferente.
Eu continuo deixando tudo pra última hora, eu continuo preconceituosa demais e mal-humorada além da conta, eu continuo com medo de tudo e de todos ainda que isso, por alguma razão louca, me faça amar ainda mais tudo e todos.
Mas eu também descobri coisas deliciosas a meu respeito como, por exemplo, que eu assusto todo mundo com o meu espelho de Palas Atenas. Uma pessoa superficial e de mentira jamais agüentaria ficar perto de mim, quer coisa melhor que isso? Afasto as sombras ainda que muitas vezes me sobre a solidão, afinal, são poucas as pessoas realmente vivas.
Descobri, depois de muito meditar, ler, fazer yoga, estudar mitologia, fazer terapia e tomar passe, que o que realmente faz uma mulher feliz e plena é a escova progressiva. Meu cabelo está lindo, liso, brilhante e macio. Sim, eu também posso ser apenas fútil e isso é libertador. Gente, meu cabelo tá um arraso!
Eu ainda choro do nada porque viver é um drama, mas sabe o que eu descobri? Que essa vida dramática é muito engraçada. Semana passada eu e algumas amigas rimos a noite inteira e celebramos o fato de sermos únicas, de sermos sozinhas, de sermos tão parecidas e de sermos umas das outras. Eu descobri que a melhor coisa do mundo são os amigos e por isso queria dizer: Letícia, Ana, Carol, Myla, Lívia e Priscila, eu amo vocês pra cacete.
Queria dizer pra vocês que eu enchi quatro sacos de coisas velhas e mortas e joguei no lixo. Queria dizer pra vocês todos que, pela primeira vez na vida, depois de cinco anos, ele me ligou e eu não atendi, por pura preguiça de andar pra trás ou aceitar um amor de quem tem medo de esperar pelo amor. Queria dizer que eu não acho mais que fulana passou do peso, que fulana passou da conta de imbecilidades e que fulano se esqueceu de ser real. Eu apenas queria dizer que eu tô bem em forma, sou bem bacana e, graças a Deus, tenho plena certeza do que vim fazer nesse planeta.
Queria aproveitar para fazer um elogio a mim, sim, chega de me detonar. Queria te dizer, sua escrotinha que dorme comigo todas as noites, que nenhuma das vezes em que eu cheguei perto da janela e fiquei na ponta dos pés, eu estava sendo sincera. Queria te dizer que, apesar de você se sentir imensamente sozinha de vez em quando, eu sou milhares, e todas essas milhares te acham a melhor mulher do mundo. Queria bater palmas pra todas as vezes em que você sacrificou o que você mais amava em nome de seguir a diante com o teu fígado e todas as vezes em que você ficou pequenininha para que ficar grande fosse ainda maior. Obrigada por nunca ter fugido de mim, obrigada por ter me encontrado, obrigada por estar aqui. Confie que agora, de dentro de mim, conquistar o mundo vai ser ridículo. Ah, e tem mais: sua bunda até que é bonitinha, mas o resto é um arraso.
Hoje eu acordei nervosa e irritada com a minha viagem, aí parei e pensei: chega de se boicotar minha filha, tá na hora de você ser muito feliz.
Gente, tá na hora da gente ser muito feliz. Primeiro porque somos de verdade, depois porque somos filhos de Deus e, pra terminar, porque existe escova progressiva!
Enquanto eu não volto, deixo vocês com o filme “Pergunte ao Pó”, o livro é melhor, mas John Fante vale a pena mesmo empobrecido. Deixo vocês com um fim de tarde na Rua Novo Horizonte, o lugar onde sempre sou feliz porque sempre dá pra ser feliz. Deixo vocês com os quadros da Fer Veriga, com a voz da Marisa Monte e da Nina Simone, com a frase maravilhosa de Vinícius, “a vida só se dá pra quem se deu”, e com a sopa de aspargos do Pasta e Vino nas madrugadas. Tem ainda a senhorinha de setenta anos que fez o curso de strip da Fátima Moura, a garotinha do farol que esperou a mãe virar de costas pra me dizer baixinho “Não quero dinheiro não, mas me traz uma boneca?”, tem o Ronaldinho Gaúcho que consegue ser lindo com tanta feiúra não porque é rico, mas porque é criança, e tem, claro, a Lolita, que não tem vergonha de ficar histérica sem amor, assim como a dona.
Meu peito está cheio de curiosidade e alegria. É possível sim amar a vida, ainda que qualquer amor tenha seus dias de crise. E eu só queria deixar todos vocês, enquanto eu não volto, com um pedaço de mim. Pode pegar sem cerimônia, alma quanto mais a gente dá, mais a gente tem.

Muito obrigada por todos os e-mails maravilhosos que eu recebo todos os dias, por todas as palavras de incentivo e carinho. Por todos os recadinhos no Orkut. Vocês me dão a certeza de que eu estou exatamente onde eu deveria estar. Vocês fazem valer a pena todo o sacrifício, muitas vezes solitário, de ser uma pessoa sem medo de sentir de verdade a vida de dentro e a de fora.
Não me xinguem se este texto ficar muito tempo nesse site, todo mundo precisa, pra viver, morrer de vez em quando. Até a volta.

A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é um insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra.

No fundo não sou literato, sou pintor. Nasci pintor, mas como nunca peguei nos pincéis a sério (pois sinto uma nostalgia profunda ao vê-los — sinto uma saudade do que eu poderia ser se me casasse com a pintura) arranjei, sem nenhuma premeditação, este derivativo da literatura, e nada mais tenho feito senão pintar com palavras.

Monteiro Lobato
A Barca de Gleyre: quarenta anos de correspondencia literaria entre Monteiro Lobato e Godofredo Rangel
...Mais

O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair – literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é “o que vamos fazer hoje?” – já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo!

Quando dizem que o tempo voa, não é exagero, o tempo literalmente voa,
voa pelo espaço-tempo, e leva com ele tudo, ou melhor, quase tudo.

Existem coisas que ele não consegue levar, como as lembranças, a memória-viva em nós, os sentimentos, as amizades.
O tempo por mais que poderoso, em sua definição totalmente incrível e inexplicável, ele não é forte o suficiente para tirar de nós as coisas boas que cultivamos com quem gostamos, e isso mostra a força de uma verdadeira e genuína amizade.

Como o tempo é brincalhão, acho que por ele não conseguir arrancar de nós aquilo que guardamos em nossos corações, ele resolveu em vez de nos tirar, nos acrescentar algo amargo e doloroso, a saudade.

Não sei dizer se a saudade foi um presente de grego que Deus nos deu, só pra nunca esquecermos das coisas, ou se ela pode ser considerada algo bom justamente por não nos deixar esquecer e despertar em nós uma vontade doida de manter contato com alguém ou nos trazendo à memória as boas lembranças de algo ou de alguém.

Como o tempo passa depressa, mostrando a cada um de nós o que podíamos ter feito e não fizemos, as oportunidades perdidas, mas ao mesmo tempo nos mostra aquilo que conquistamos e fizemos de bom, nos mostra que não existe de fato tempo perdido.

Dimitry Duarte

Sabe aquela sensação que você está sozinha?! É sozinha, não estou me referindo no sentido literal da palavra, mas de estado de espírito, aquela sensação que mesmo estando com várias pessoas ao seu redor, você sente-se sozinha, mesmo conversando e sorrindo, há uma sensação de vazio, parece faltar alguma coisa, ate parece meio sem lógica o que eu estou “falando”, mas realmente é assim que acontece, o engraçado é que nem mesmo nós sabemos explicar o que se passa, o que está faltando?! Sentada, começo a olhar para os lados, com movimentos repetitivos, giro a cabeça de um lado para o outro como se procurasse alguém, como se estivesse ansiosa esperando por alguém, mas ninguém aparece...
Ai eu percebo que não estava esperando por ninguém, não tinha marcado com ninguém, seria esse o reflexo do meu inconsciente, que queria estar a esperar por alguém? E novamente, quando me “cai à ficha” volta àquela sensação. E eu me pergunto: “meu Deus, não tenho motivos para me sentir assim, queria entender o porquê desse sentimento de vazio, o porquê desse sentimento de solidão?”.
E mesmo sem entender, eu continuo a caminhar, sei que falta algo, mas tenho a certeza que logo chegará! E no dia em que chegar, eu direi: “então era você, por quem tanto esperei!”.

O desespero de acordar e o pesadelo da noite passada ainda não ter acabado. Nada aconteceu, literalmente, dentro de mim a sensação permanece como uma água perigosamente parada, um mar calmo a espera de uma tempestade para se tornar revolto.
Estava tudo controlado, contido, cada coisa em seu lugar e de repente BOOM! Tudo explode e me vejo em meio a escombros do lar mental que eu tinha construído para mim mesma. Olho ao redor procurando abrigo e vejo seus braços estendidos, mas eles são finos... E apesar da dúvida eu te entrego meu problema, te exponho a minha humilhação... É seus braços eram muitos frágeis e agora você também está no chão, seu semblante é devastador e com os cotovelos ralados você sangra, e sua dor espirra em mim fazendo o fardo ainda mais pesado.
O que fazer quando seu porto seguro não está pronto para te socorrer? O que fazer quando você é o único que suporta o próprio peso e o do mundo de todos ao seu redor?
É tão cansativo viver nesse caos, mas calma eu vou levantar.
Nada alem do comum, guardar minha dor no bolso, bater a poeira das minhas roupas, limpar o sangue e suor de meu rosto e partir para a luta, levantar todos que eu puder e reconstruir minha sanidade 1, 2 3 mil vezes se necessário for. Sei que um dia eu terei a certeza de que tudo valeu a pena.

Entre na onda da simbiose
Literária
Amorosa
Carnal

Não se afogue em preconceito
Ignorância
Na aceitação só do que classifica ser normal

Pegue sua prancha
Essa que você não tira debaixo do braço
E saia da areia

Pule pra água
Se encharque
Deixe a cabeça molhar

Quem sabe assim não brota algo mais daí?

Não tenho primor gramatical, nem primor literário.
Este último não tenho porque falta-me talento.
Já o primeiro eu não tenho porque sou um bárbaro
que usa e abusa da licença poética,
destruindo a gramática em favor de alguma melodia.
E aí quando acusam-me os puristas
de ajudar a assassinar a língua portuguesa,
eu vou dizendo pelo caminho
que, tal como as coisas essenciais da vida,
poesia não se lê com os olhos,
só se lê bem com o coração.

As vezes a vida nos bate com tanta
força que falta-nos o chão
Literalmente não temos para
onde correr,é nessas horas que
nosso coração parece se
despedaçar em mil farpas que
apenas nos ferem a cada suspiro..
Então sentimo-nos verdadeiros indigentes
do afeto em meio a multidão.
A dor é tão grande que respirar dói,
as lágrimas já não caiem do olhar
triste e perdido e sim da alma
cansada de tanta decepção..
Resta-nos a esperança e o amor
em Deus para nos fazer fortes
a fim de superar tantas desilusão.