Texto Filosófico

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‎E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: ‘Esta vida, assim como tu a vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes; e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida há de retornar, e tudo na mesma ordem e sequência’ – [...] Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasse assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal em que lhe responderias: ‘Tu és um deus, e nunca ouvi nada mais divino!’.

As condições sob as quais sou compreendido, sob as quais sou necessariamente compreendido – conheço-as muito bem. Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu entusiasmo... Auto-reverência, amor-próprio, absoluta liberdade para consigo...

“Má compreensão do sonho. – Nas épocas de cultura tosca e primordial o homem acreditava no sonho conhecer um segundo mundo real; eis a origem de toda metafísica. Sem o sonho, não teríamos achado motivo para uma divisão do mundo. Também a decomposição em corpo e alma se relaciona à antiqüíssima concepção do sonho, e igualmente a suposição de um simulacro corporal da alma, portanto a origem de toda crença nos espírito e também, provavelmente, da crença nos deuses: ‘Os mortos continuam vivendo, porque aparecem em sonho aos vivos’: assim se raciocinava outrora, durante muitos milênios.”

A boa índole, a amabilidade, a cortesia do coração são permanentes emanações do impulso altruísta, e contribuíram mais poderosamente para a cultura do que as expressões mais famosas do mesmo impulso, chamadas de compaixão, misericórdia e sacrifício. Mas costumamos menosprezá-las, realmente: nelas não há muito de altruísta. A soma dessas doses mínimas é no entanto formidável, sua força total é das mais potentes.

Ninguém sabe a que podem levar os acontecimentos, a compaixão, a indignação, ninguém conhece o seu grau de inflamabilidade. Pequenas circunstâncias miseráveis tornam miserável; geralmente não é a qualidade, mas a quantidade das vivências que determina o homem baixo ou elevado, no bem e no mal.

Também pode acontecer que existam fanáticos da consciência, puritanos que preferem morrer sobre uma vã ilusão e não .sobre uma incerta realidade. Mas isto não só é nihilismo, mas também sintoma de uma alma que se sente desesperada e fatigada até a morte, por muito valorosa que possam parecer as atitudes de semelhante virtude

Viver é querer ser diferente da Natureza, formar juízos de valor, preferir, ser injusto, limitado, querer ser diferente! Admitindo que o lema "de acordo com a Natureza" signifique no fundo "de acordo com a vida" seria possível que atuásseis de outra forma? Por que então fazer um principio do que já sois, daquilo que podeis deixar de ser?

Você deve tornar-se senhor de si mesmo, senhor também de suas próprias virtudes. Antes eram elas os senhores; mas não podem ser mais que seus instrumentos, ao lado de outros instrumentos. Você pode ter domínio sobre o seu pró e o seu contra, e aprender a mostrá-los e novamente guardá-los de acordo com seus fins.

Lamento agora não ter tido outrora a coragem (ou a imodéstia) de me servir de uma linguagem pessoal para exprimir ideias tão pessoais e audaciosas. Arrependo-me de ter pessoalmente recorrido a fórmulas de Kant e de Schopenhauer para exprimir opiniões inéditas e insólitas que eram diametralmente opostas à inteligência e ao sentimento, tanto de Kant como de Schopenhauer.

O indivíduo, o 'indivisível', tal como o povo e o filósofo o entenderam até agora, é, no fim das contas, um erro: ele não é algo à parte, não é um átomo, não é um 'elo da corrente', não é algo meramente herdado de outrora - ele é a linha humana inteira que chega até ele e inclusive o ultrapassa...

Gradualmente foi se revelando para mim o que toda grande filosofia foi até o momento: a confissão pessoal de seu autor, uma espécie de memórias involuntárias e inadvertidas; e também se tornou claro que as intenções morais (ou imorais) de toda filosofia constituíram sempre o germe a partir do qual cresceu a planta inteira.

O primeiro olhar,
é a primeira página nunca escrita,
de uma longa história,
que pode ser de amor,
ou de uma desilusão profunda.
Um olhar de tremor inunda,
Faz a carne tremer,
E o corpo em transe, gemer.
Um olhar faz amar,
Faz memórias,
causa dor....
O olhar transforma,
cria...
recria...
produz luz...
mas,
Um olhar profundo,
Daqueles que rasga a alma...
Tira do coração a calma,
E o leva para um querer fecundo
(Sócrates Di Lima)

Há versos que se escrevem e fazem sentido,
Há versos que fazem sentido ao escreve-los.,
Mas, tem versos que é poema nascido,
Do amor que aprisiona a alma ao cocebe-lo.
E desse amor faz-se anjos de liberdade,
Qua cantam canção de paixão e tentação,
Se faz pura sedução a felicidade,
Faz faz felcidade e vale a pena essa prisão.
(Sócrates Di Lima) ...

Um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas, porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho; coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento.

Francis Bacon
BACON, F., Novo Órgão ou elementos de interpretação da natureza, 1620

Mas o maior erro de todos consiste em se equivocar quanto ao objetivo final do conhecimento; pois há aqueles que são impelidos para ele apenas por uma curiosidade natural e um temperamento ávido de saber; outros, para entreter sua mente com variedade e certo prazer; outros, por ostentação e para serem respeitados; outros ainda, com objetivos de emulação e vitória; muitos pelo engodo do ganho ou para sua subsistência e poucos para se valerem do dom divino da razão no interesse da humanidade.

Se prestarmos atenção ao que se passa em nós mesmos sempre que transgredimos qualquer dever, descobriremos que, na realidade, não queremos que a nossa máxima se torne lei universal, porque isso nos é impossível; ao contrário dela é que deve universalmente continuar a ser lei; nós tomamos apenas a liberdade de abrir nela uma exceção para nós.

"Mesmo que tenhas tempo para viajar, dons para os estudos e a esperança de fazer descobertas, casa-te do mesmo modo. Tu não te arrependerás, ainda que isso te impeça de conheceres todo o globo terrestre, de te exprimires em muitas línguas e de compreenderes o espaço celeste; pois o casamento é e continuará a ser a viagem da descoberta mais importante que o homem pode empreender; qualquer outro conhecimento da vida, comparado ao de um homem casado, é superficial, pois ele e só ele penetrou verdadeiramente na existência."

Eu não digo que os corpos parecem simplesmente seres externos ou que minha alma parece simplesmente dada na minha autoconsciência, quando afirmo que as qualidades do espaço e do tempo – segundo as quais, como condição da sua existência, coloco aqueles e esta – estão no meu modo de intuir e não nesses objetos. Seria um erro meu se transformasse em mera ilusão (Schein) aquilo que devo considerar como fenômeno.

Cícero, um orador e político romano que viveu na época de
Cristo, disse: "Estou persuadido a crer que meus amigos, que
partiram desta vida, não deixaram de existir. Na realidade,
só sua condição atual pode ser chamada de vida. Eu adoto
esta fé, não somente porque a lógica exige isso, mas também
porque os mais nobres e distintos filósofos a proclamam. Eu
considero este mundo um lugar para viver mas não o meu lar
para sempre. Eu não julgo a partida deste mundo como uma
expulsão de meu lugar de habitação, porém, como a partida de
meu hotel."
Nós, cristãos, filhos do Pai celestial, cremos da mesma forma --
a morte neste mundo não é o final de tudo. Há um "depois"... e
a nossa fé aqui, determinará o lugar de nosso "depois".
E o que apresentaremos ao Senhor quando tivermos que deixar
este mundo para começar o "depois"? O que Lhe diremos? O que
haverá em nossas mãos? O que estará escrito no Livro de Deus
a nosso respeito? Ouviremos o "vinde benditos de meu Pai" ou
simplesmente seremos colocados à parte?
Muitas vezes estamos indo à igreja, cantando nas reuniões,
ouvindo sermões, conversando alegremente com os irmãos antes
e depois dos cultos, porém, nosso compromisso termina
exatamente quando passamos pelas portas do templo. Fazemos o
que bem entendemos, agimos sem preocupação espiritual,
ignoramos completamente o fato de que somos representantes
do Senhor neste mundo. Pensamos somente nesta vida e nos
mostramos indiferentes ao "depois". Até quando irá a nossa
alegria? Até que ponto somos verdadeiramente felizes?
Eu estou pensando no "depois". Eu quero estar preparado para
o "depois". Todos nós ansiamos pelo "depois". E porque
pensamos no "depois", pensamos no hoje, no agora, na nossa
vida espiritual com Deus , hoje, amanhã, todos os dias.
Eu quero estar na eternidade com meu Senhor. E você?
NENE POLICIA

Inserida por nenepolicia

Eu não me canso dessa rotina que vivo diariamente dentro do meu apartamento, ouvindo Cícero, a janela aberta, o sopro do vento ecoando dentro das estruturas do meu cantinho onde habito, uma parede de livros, outra parede de LPs antigos, uma radiola entre as quinas do pilar, sentado na velha cadeira de madeira, fumando o mesmo cigarro, calçando sempre o mesmo All Star azul, o meu velho e companheiro fusca 76 na frente do residencial, lembrando dos tempos de carnavais, as marchinhas e o frevo, aquele agito na grande recife e ao termino de fevereiro, aquela paz de Olinda, que só quem conhece sabe, pena que nunca vivi, apenas escrevi.

Poema: Canções de apartamento

Inserida por kaaykefox

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