Texto eu Amo meu Namorado

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⁠TEU VERSO

Esse meu verso, que escrevo e oferto
Outrora vivido, agora muito saudoso
Que roubei-o da memória, ardentoso
Poético crime e, na inspiração liberto
Busco, contudo, um sentimento certo
Possa nisto servi-me de maravilhoso
Instante, não aquele receio malicioso
Se, recordar, for dum agrado coberto

Porém, dizer-te, eu te amo! Quisera
Fosse apenas na sua forma sincera
O que foi, naquele momento imerso
Em cada trova a deferência rimando
Possa, pando de paz, assim, doando
O meu verso pra que seja teu verso!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 junho, 2023, 14’32” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠⁠POR ESTAR AMANDO

O poema que é meu, e que é seu, e que é nosso poema
Onde o amor versa, e flori, prosa sincero, e tão vibrante
Rimando os beijos, os gestos, com o mais belo fonema
Cheio de olhares poéticos, muito mais que um instante
Este poema que cá está assim, numa emoção suprema
Onde devoto poeto com nosso sentimento semelhante
Passando estar afeito a paixão, sem métrica e teorema
Apenar, sentir, ritmar, se fazendo de um poetar amante

Feliz e acompanhada, a poesia, percorre a significação
E, sussurra, suspira, dá rizada, e a sedução recontando
Envolve namoro, transbordando do âmago do coração
E mal jugas, talvez, quando, acaso, assim, murmurando
A poesia devaneia daquela consagrada e boa sensação
Perdão! Ó amor meu, este, estado, é por estar amando!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/06/2023, 16'03" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Apanhador

Uso os versos para compor o meu vazio
A poética tem a pulsação no aconchego
Gosto do tinido tão cheio de desapego
Do silêncio, assim, os momentos, recrio

Compreendo bem o sotaque do cerrado
O balé do vento entre as folhas, aprecio
Tenho em mim o cheiro do mato, de rio
E, n’alma um ser do sertão, apaixonado

Trago abundância, a ilusão, sou afetivo
O meu abraço é maior que um legado
Sou apanhador com visível significado
De um olhar, do toque, daquele motivo

Queria que a safra fosse de arrepios
Que cada formato, o poema narrativo
De amor, assim, sendo, o latejo vivo
Arfando, sobretudo, os meus vazios

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2023, 19’32” – Araguari, MG
*paráfrase Manoel de Barros

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AO AMOR MEU
Em sensação o verso por te sonante
Ó amante! o poetar por te de outrora
Por amar-te suspira, sente e implora
Sem que possa falar-te por um instante
Que vale a poética se, estravagante
O coração pulsa e a quietude devora
Borbulhando emoções a toda a hora
Tendo o verso túrbido e inconstante

Ah! sentimento delirante e sofrente
Distante, de jeito grosseiro, plebeu
Tem dó do versejar tão descontente
Oferta o que a bom feitio te ofereceu
Dá-me prosa cheia de rima diferente
Conceda parceiro verso ao amor meu ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/08/2023, 13’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Registro

Toda está saudade comovida
Meu relógio toca, hora a hora
É dura dor, badalada e doída
Toando solidão, ao ir embora
Como é vazia toda despedida
Incontida aflição, então, chora
Aperta a alma, se faz sentida
Soando numa privação sonora

O ponteiro marca cada sensação
E, seus minutos, tão singulares
Pulsam na cadência do coração
Ah! toada em toada, os olhares
De segundo a segundo, ilusão
Não mais há tempo de voltares!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 agosto, 2023, 13’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Súplica (soneto III)

Há uma prosa jacente que mascara
O meu poetar sentimental e sedutor
Revirando aquela saudade tão cara
Sumida nas embirrações dum amor
E nesta dura aflição, molesta e avara
Que deixa na boca o tal gosto traidor
Rola sensação picante que não para
Porque não para a poesia com temor

Ah! Sentimento, por que tanto sente
Por que um coração por afeto mente
Tornando mais dorida a trova inteira
Te suplico! -vem silenciar o momento
Cala meu versar, dispersa-o ao vento
Deixai-me manso da minha maneira!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 agosto, 2023, 20’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Terra natal (Araguari, MG)

Nasci em Minas, o meu chão
Araguari, orgulho das Gerais
Sertão de serra na imensidão
Das flores perfumadas e mais
Da mocidade, aparatos especiais
Que me viu nascer, doce paixão
Que faz aos sentidos, divinais
Do meu bem querer, és coração

Cá para as bandas do cerrado
Em explosão de cor, estrelado
O céu, terra natal, tom maior
Pois, longe de ti, és só saudade
Que na lembrança a dor invade
Araguari, não se esquece, amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 agosto, 2023, 06’28” – Araguari, MG
*135 anos de Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Adonde?

Amor? Amor? estás onde? Aonde cato
A um coração que por ti o meu suspira
Aquela doce paixão que jamais sentira
Tanto mais de encontrar-te, mais grato
Ah! se ao menos saber-te, um contato
Entre as ofertas, inteiramente está lira
Trauteada em musical e dançante gira
Amor, espero, sair-te deste anonimato

E, já no meu desejar-te, as sensações
Que respira, e o sonho em te esconde
Revelai, revelai-me em suas emoções
Ah desventura! Nada, então, responde
Infelizes, cruéis a cada mais estações
Amor? Aonde estás? Adonde? Adonde?

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
1 setembro, 2023, 19’01” – Araguari, MG
*paráfrase Cláudio Manuel da Costa

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Proposição

Se talvez aqui topares, ó soneto
Meu coração já sucumbido feito
Ali sofrente e suspiroso no peito
Acuda-o, não o deixai irrequieto
Devaneia noutro verso discreto
Cuida-lhe no seu doloroso leito
Na sua métrica tenha mais jeito
Então, na afeição mais alfabeto

Repleto, completo e demais raro
Trate a cada lado com sensação
Alivio a versão e poético amparo
Assim, os versos com doce sorte
Que, por honra ao amor, emoção
Senão, rendição, ao soneto morte!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 setembro, 2023, 20’16” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Dama da Noite (flor)

No meu jardim, há uma flor encantada
Que freima a perfeição e a imaginação
Perfumada, à noite, é graça iluminada
Aos versos, doce poética com emoção
É alva composição, é sedução velada
E estas flores, atraentes, até em botão
Tão majestosas adentra a madrugada
Perfumando com sua infida sensação

No meu jardim, há uma flor, fagueira
Que seduz nossa fascinação inteira
Como a um versejar cheio de amor...
... breve, intenso. Tal como um clarão
Apesar disso, agarra toda a atenção
A “Dama da Noite”... poesia em flor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/10/2023, 19”24” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Concordar, sem querer!

Meu versar de amor, caro enredo
Por meu pecado que não foi feliz
De certo, o acaso, teve seu dedo
Quis falida paixão, e como quis!
Podes ver o meu íntimo segredo
De um coração cheio de cicatriz
Olhares, desdém, gestos, medo
Mas tão sonhador... cor de anis!

Carente, a poética com tormento
E neste sentir, muito o momento
Em que, sozinho, hei de perecer!
E, meu verso, sem suave fantasia
A inspiração tão cheia de agonia
Me resta, concordar, sem querer!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/10/2023, 09”48” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MEU POBRE SONETO

Ele sussurra com uma dor sofrida
Que esmaecido chora na emoção
Tal a uma lágrima na falta sentida
Que bate forte o apertado coração
Ele canta com a sensação pendida
Dos urutaus, que cantando em vão
Entoam cantos de sisuda despedia
Soando saudade adentro do sertão

Um versar gemido e de melancolia
Que rola na trova com árida agonia
Com frios sentimentos superficiais
Meu pobre soneto, tão moribundo
Que quer arrebatamento profundo
E vive o sonho, que não volta mais.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 abril, 2024, 18’17” – Araguari, MG
*à amiga Lucineide S. Ghirelli

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BREVE SONHO

Vós que devotei atraente prosa
Com que nutria o meu sentido
Na rosa dada e tão suspirosa
Agora, é o sofrimento referido
Deste amor, no verso perdido
O pranto, de uma dor furiosa
Rasgando a alma tão raivosa
Em um partido coração doído

Agora vejo bem que era ilusão
Mais que razão, que sensação
Apenas um passado tristonho
Seca flor que colhi sonhando
Numa sede de quem amando
Se entregou no breve sonho.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 maio, 2024, 20’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠“prego”

Talvez que um dia no verso meu chorado
sob a luz da saudade, num versar falando
tu ouças nas rimas o meu ser apaixonado
em um grito de padecimento te saudando
Está lágrima que fez o papel ficar borrado
não se atenha. É meu prosar lacrimejando
quando vaza do coração pra ser escutado
e que na dor da solidão vai transbordando

Não é simples sofrer, ou, que nada valeu
é aperto no peito e, que ainda não passou
e cá no soneto, um suspirar cruciante meu
O grito, se ouviste, por favor, é sentimento
que vai corroendo a súplica, assim, te dou
um canto: com choro, gemido e sofrimento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 junho 2024, 15’04” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠⁠MÍSERO MOMENTO

Mísero momento meu, cheio de desalento
de um coração partido, emoção ressentida
rimas de ira, nostalgia e suspiroso lamento
- Como não sentir a está poética tão doída?
Padece a prosa e poeta todo o sofrimento
a flagelar o soneto numa agonia possuída
rude, sim, mas não simulando sentimento
é dor, é rasgar, uma sensação desmedida

Chora o versar, versa o choro, excessivo
é intenso, é amargo, farto de argumento
e que fica a perseguir, por qual o motivo
Vós, testemunheis, ó poema, o tão lento
pesar. Ah! quanto amei, e o quão é vivo
este mal, que apoquenta o pensamento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 junho 2024, 20’11” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENCANTADA FIGURA

Versos sucintos do meu sentimento
nunca me surgiu quando tinha a vos
que a criação poética fosse tão algoz
em tão dolorosas toadas de tormento
Prantina e ruídos no meu pensamento
suspiro ao vento, e o tempo tão atroz
de uma saudade gritante, ah! dura voz
pois, sobre a tristura fiz fundamento

Rima com nervosa sensação, aparece
a solidão, e agonia no ritmo murmura
e em cada versejar uma amarga prece
Ó soneto sofrente! ó cruel desventura!
nos meus versos tu ainda permanece
e na inspiração uma encantada figura.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 julho 2024, 20’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ALEGÓRICO CERRADO MEU

Alegórico cerrado meu, quão diverso
te cantei e canto, és cântico desigual
místico te vejo a ti, encantado visual
teu chão acre, seco, em te perverso
A ti eleva-te o fascínio, todo o verso
a quem te devotar, num ato visceral
e graça, te trova já, riqueza tropical
no teu controverso e incontroverso

Já que na sedução és-te comparte
seja deleite, ó dissonante quimera
que fôreis em tudo díspar encarte
Mas, de ti, a demudada primavera
rica, e bela, e tu tornarás baluarte
e assim, notar que o vário impera.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
31 julho 2024, 14’15” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO AVOCANDO

Na mão da agonia, na dor desdita
Uma saudade, afinal, meu coração
Frustrado, no engano duma ilusão
Senti e amarga na tristura descrita
Como a dó, ferida, que do dano grita
Aumentando ainda mais a vastidão
Do verso sem decisão, sem a paixão
E, o sentimento desbotado e eremita

Como sofrente, em lôbrega jornada
O soneto, em uma poética prostrada
Sussurrando solidão insistentemente
Acossa, estorva, se vê desnorteado
Jorrando cada suspiro encarcerado
Avocando pelo momento pendente.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 agosto 2024, 07’57” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOBRE A VIDA

Abri o meu sonho ao raiar do alvor
E ideei, veio a sorte, então, segui-a
Na ilusão, maciça de colorido vigor
E tão mais venturosa e, com poesia
Fui criando momentos e alquimia
Aos pés da emoção, no tom maior
Assim, no jogo do fado, robusto ia
No sentimento, caminho, no louvor

A gente é realidade, fantasia: lança
Avança, recua e vai na imensidade
Dentro da incerteza e da confiança
No viver tem uma vasta diversidade
Larga vitalidade, tão cheia de dança
Já o passado, uma estreita saudade...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01/09/2024, 14’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETEANDO O AMOR

Verso divino do meu sentimento
Sempre surgiu intacto e especial
Que vos visse tornados tão real
De tão preciosa valia e momento
Aqueles olhares soltos ao vento
O vento as sustinha, tão visceral
Do bem que me ficou, sorte total
Tornando o poetizar, feliz intento

Na poética nobre, mostras aparece
Em cada rima um tom encantador
Tão cheio de ritmo em doce prece
Ó inspiração tamanha! Ó hábil ardor
Por ter vivido o que não se esquece
Meu rimar, vive, soneteando o amor.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/09/2024, 14’36” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol